“O princípio de diferênça” repartirá os recursos, por exemplo, na educaçón, com o obxectivo de melhorar as expectativas a longo prazo dos menos afortunados. Se este fim se alcançar prestando mais atençón aos mais dotados, entón, isso é permissíbel, mas de outra forma non. A xustiça consiste em “partilhar o destino comum” no sentido de atenuar os efeitos da lotaría natural e social. “Ninguém terá de beneficiar-se de continxências, excepto quando isto resulte no bem estar dos outros.” Como non desexamos eliminar a instituiçón da família e xá que a igualdade equitativa de oportunidades non evita a influênça arbitrária da lotaria natural no resultado social, precisamos de um princípio que “atenue” esses efeitos: como vimos, o “princípio de diferênça” tem esse papel. Se aceitamos que existe um certo fracasso na igualdade de oportunidades, dado que “na práctica é impossíbel garantir aos igualmente dotados iguais oportunidades culturais e de superaçón”, debemos restituir a igualdade com outro mecanismo. Se desexamos mesmo tratar de forma igual todas as pessoas e proporcionar unha “autêntica igualdade de oportunidades”, a sociedade terá de prestar mais atençón a quem tem menos dotes naturais e a quem nasceu nas posiçóns sociais menos favorecidas. O “princípio de diferênça” é, no fundo, unha extensón da igualdade de oportunidades, de modo que non podemos interpretar um princípio sem o outro na teoria da xustiça de Rawls. O “princípio de diferênça” pretende que as desigualdades socioeconómicas resultantes da aplicaçón dos dous princípios de xustiça precedentes contribuam para beneficiar os que están nunha posiçón social inferior.
ÁNGEL PUYOL