A Rañó

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

                    A RANÓ

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

              EIDO DA PERICA

IMG_0653Vista do lugar do Pinheiro, com a casa da Perica xá coberta polas silvas.

IMG_0657

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

          CANCIONEIRO D’AXUDA    (95  –  2)

XXXVIII

No mundo non me sei parella

mentre me for como me vay, ca ia moi

ro por vos e ay mia sennor branca e

vermella, queredes que vus retraya,

quando vus eu vj en saya, mao dia

me levantei , que vus enton non vj

fea.

E mia señor des aquel dia, y,

me foy ami muy mal,

e vus filla de don paay.

moniz eben vus semella,

daver eu por vos guaruaya,

pois eu mia señor dalfaya,

nunca de vos ouve ne ey,

valia dua correa.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

             EIDO DO MORTE

IMG_0654

.IMG_0655

.

IMG_0656

Aquí no Outono vinha o Pote D’aguardente, e eran tardes-noites de confraternizaçón colectiva nesta casa de gozo comúm.

IMG_0658

O Caminho do Pinheiro, com as suas ferteis e soleadas veigas.

IMG_0724

 

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

         CANCIONEIRO D’AXUDA   (113  –  2)

LXXI

A meu tan muito mia sennor,

que sol non me sei consellar, e  ela

non se quer nenbrar, de min, moiro

me damor, assi morrerei, por quen

nen quer meu mal nen quer

meu ben.

E quandolleu quero dizer

o muito mal q mia mor faz

sol no lle pesa nen llé praz

ne quer én mi mentes met.

E assi morrerei, p,q,n,q,m.

Que ventura que me ds deu,

que me fez amar tal moller,

que meu juiço no me quer,

e moir e no me ten por seu.

E, assi, m, por, q, n, q, m, m, n, q.

E veede que cuita tal

q eu ia senpr éi ajuir

moller que mio no qr g-cir,

ne mio ten por ben ne por mal. E  assi, m, p, q, n.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

                   a sáia da carolina

A sáia da Carolina, têm um lagarto pintádo

Quando a Carolina danza, o lagarto dá-lhe ó rabo.

 

Ó Carolina, ó í, ó ái!

Ó Carolina, ó laré meu bem!

oooooooooooooooooooooooooooooo

        cancioneiro DA axuda   (129  –  2)

CIII

Que muit a ia que a terra non

vi, u est a mui, fremosa mia sennor de

que meu trist e chorando parti, e muit

ánvidos e mui sen sabor por que me

disse que me partiss en, ay mia sennor

e meu lum e meu ben, mais fremosa

das donas que eu vi.

E meus amigos por meu mal a vi,

das outras donas e pareçer melhor,

e fez mia ds veer por mal de mi,

meus amigos ca de pran a mayor

coita do mundo vi u oge poren

como querer lle mellor dout- ren,

e nona veiamigos u a vi.

Mais u mia ds primero fez veer,

mais me valuera demorrer enton,

pois que mia ds tan gn ben fez qrer,

que ben mil vezes si ds me pdon.

esmoresco no dia  que non sei,

que me faço nen que digo tante y,

amigos gran coita pola veer.

oooooooooooooooooooooooooooooo

           EIDO DO PINHEIRO

IMG_0660

Isto non se sabe muito bem o que era, parece que a metade do lado do caminho apartir da divisón central dos postes pertencia ás Sornas, e o outro lado ó Pinheiro.

IMG_0661

Poderia ser , taberna, paderia, eido, ou qualquer outro negócio.

 

IMG_0663

A Casa do Pinheiro, este caminho antes era bastante lamacento.

 

IMG_0664

.IMG_0665

.

oooooooooooooooooooooooooooooo

        CANCIONEIRO D’AXUDA      (136  –  1)

CXIII

Rogaria eu mia sennor por deus

que me fezesse ben, mais ei dela tan

gran pavor quelle non ouso falar ren

con medo de sem assannar, e me non que

querer pois falar.

Dirialleu de coraçon,

como me faz pder o sen,

o seu bon pareçer mais no,

ous e tod aquesto mi aven.

Con medo de se miassannar.

Pois me ds tal ventura deu,

quem en tamanna coita ten,

amor, ia senpr eu ia sere seu

mais nona rogarei poren.

Con medo de sem assannar.

oooooooooooooooooooooooooooooo

             EIDO DA LOMBA

IMG_0667

Este eido foi vendido, fai xá muitos anos.

oooooooooooooooooooooooooooooo

             EIDO DO VERGAS

IMG_0668

Caminho do Outeiro.

oooooooooooooooooooooooooooooo

            EIDO DO OUTEIRO

oooooooooooooooooooooooooooooo

                MARIA ROSA DO OUTEIRO

A velha do Outeiro, morreu afogada no rego da água d’Uma, que atravessaba  o caminho da Laxe. No meio do caminho tumbou por ataque repêntino, com a boca submerxida na água acabou por falecer. Há unha memória de pedra á sua morte, que ainda hoxe pervíve na beira da Via.  Esta mulher apareceu-lhe á sua criáda, nunha noite de luar, era ela mesmamente, de forma clara a víu, com o seu manto pola cabeza, a sua cara branquinha, acenando-lhe brandamente com a mán. Atemorizada, foi avanzando lentamente, na direcçón da aparecida, e ao chegar bem perto, deu-se conta que eran unhas xéstas c’um farrápo po’rriba, que abanádas pola aráxe á luz do luar, talmênte parecían a difunta.  Se non tivera a valêntia de se achegar ó lugar, xuraría toda a vida, habela visto com os seus próprios olhos.

A Irmandade Circular

oooooooooooooooooooooooooooooo

           EIDO DO PIÁNCHO

IMG_0669

.

IMG_0695

oooooooooooooooooooooooooooooo

           CANCIONEIRO D’AXUDA  (150 – 2)

CXLII

Pregoutou iohan garçia da mor

te de que morrea, e dixelleu toda vía.

A morte desto se mata, guiomar afonso

gata esta dona que me mata.

Pois que mouve preguntado

de que era tan coitado

dixelleu este recado.

A morte desto xe mata.

Dixelleu ia vos digo

a coita que ei comigo

per boa fe meu amigo.

A morte desto se mata.

oooooooooooooooooooooooooooooo

                Ó Portal do Piancho

“Vinde meus amiguinhos!  Vinde!   C’o meu marido xá começou co rosário.”  “O meu home, foi p’rás águas do Caralhinho”  ( Comentários da Senhora Generosa do Piáncho, abusando da corpulência, diante do seu marido, o Senhor Amadeo da Láxe.)

a irmandade circular

oooooooooooooooooooooooooooooo

             EIDO DO RAMÓN

IMG_0670

oooooooooooooooooooooooooooooo

                      benito do ramón

Benito do Ramón de Pazos (em frente da Casa do Moure),  trabalhaba aquí como zapateiro, sempre cantando e assobiando, sendo á posteriori substituído, por unha rádio a toda mecha.

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_0673

.

oooooooooooooooooooooooooooooo

                     CAMILO ARGIBAY

Recordo-o na sua posse oratória, a mán estendida, sobre o horizonte das ideias, disfrutando com o eco das suas palabras.
Foi de muito novo para Lisboa, onde viveu practicamente toda a sua vida, poucas veces visitou ésta terra, non obstânte nunca renegou dos seus, á diferença doutros, que alardeaban de alfacinhas de pura cêpa. Quando um suxeito ínglore, num xogo de hoquei em patíns, insultaba os espanhois, chamando-lhes Galegos, el levantou-se só, no medio de toda aquela multidón enfurecida e gritou:  ¡¡ Ó SEU CABRAO, QUE TEM VÔCE CONTR’ÓS GALEGOS !!  Foi um amante da boa vida e das mulheres, nas quais gastou quase todo o seu dinheiro. Á sua volta, fluctuava unha caterva de oportunistas, que se aproveitaban da sua xenerosidade. Tivo non obstante, grandes amigos, entre eles o seu patrón português, homen benemérito, pois lhe ofertou cem contos de reis, em moeda daquéla época, com os quais comprou unha casa de negócio no centro de Lisboa, unha embarcaçón de recreio, e unha “churrigueta” para empreendela a tiros, com os pobres coelhos.  O seu carácter popular, e a sua irmandade temerária, ultrapasou inclúso fronteiras, turistas ingleses em apuros, eran auxiliados por el, que desinteresadamente os axudaba, mais tarde, quando voltaban a Lisboa, vinhan perguntar amistosamente por el.
Casou com unha moza feiranta de quince anos de idade, da qual tivo o seu único filho, sempre conservou um fraco por esta mulher, apesar de que eles nunca chegaron a atinxír o seu nível humano.  O rabo da vaca, é sempre o mais malo de esfolar, tivo um duro final, morreu na nossa casa da Graça, dentro da mais tráxica normalidade.

A Irmandade Circular

oooooooooooooooooooooooooooooo

.

IMG_0674

O Portal das Mourinhas.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

            CASA D’ANRIQUE

IMG_0671

Portal da Casa D’Anrique.

IMG_0697

Quinteiro da casa, e tamém Coberto.

IMG_0698

A Barra para conservar as colheitas, a Corte do Gando, a Capoeira das Galinhas, e o Cortelho do Porco, son partes dum sistema integrado autosuficiênte.

oooooooooooooooooooooooooooooo

            o poéta xosé da casquilha

TOOOOO311 IMG_0083

.

 

Homem, tocado pela “loucura divina” da poesía.

.

IMG_0699

A Escaleira da casa, é dunha fermosa factura.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

                    A CASA D’ANRIQUE

Esta é unha das velhas lendas de Guillade, perdida na néboa dos tempos medioevais, segundo parece ser, ficava onde hoxe em dia está a casa da Isáura do Ganhabém. Conta a tradiçón, que estas acaudaladas xentes, sacaban o ouro em cestos, para secar ó sol. Parece ser, tinham unha enorme riqueza, orixinada por este fértil val, e algunha que outra renda, proveniêntes de terras de Portugal.  Se tivermos em conta, que o primeiro rei de Portucale, se chamaba Adfonsus D’Anrique, puidera remotamente, existir qualquer parentesco, entre Urracas e Tereixas, com ésta família.

A Irmandade Circular

oooooooooooooooooooooooooooooo

IMG_0691

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           CANCIONEIRO D`AXUDA    (137 – 2)

CXV

Quen vus foy dizer mia sennor

que eu deseiava mais al, ca vus men

tíu se non mal me venna de vos

e de deus e se non nunca estes meus

ollos veiam niun prazer, de quant al

deseian véér.

E veia eu de vos señor

e de quant al amo pesar

se nunca no vosso logar

tive ren no meu coraçon,

atanto deus non me pdon,

nen me de nunca de vos ben

que desegeu mais doutra ren.

E per boa fe mia senor

amei vos muito mais ca mí,

e seó non fezesse assí,

de dur verri aqui mentir,

a vos nen miría partir,

du eu amasse outra moller,

mais ca vos mais pois q ds qr.

Que eu avos queira mellor, valla mel

contra vos sennor ca muito me per e

mester.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

IMG_0692

IMG_0693

Um Espigueiro, de importante presença.

IMG_0694

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

            CANCIONEIRO D’AXUDA (153 – 1)

CXLVIII

Se vus eu ousasse sennor, no

mal que por vos ei falar, desque vos

vi a meu coidar, pois fossedes en sabe

dor doer vus yades de mi.

E por q nunca estes meos

ollos fazen se non chorar

vuus non veen con pesar.

se o soubessedes por deus.

Doer vus yades de mí.

Mais non vus faceu saber

de quanto mal me faz amor

por vos ca mey de vos pavor,

ca se volousasse dizer.

Doer vus yades demi

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

IMG_0687

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

      EIDO DA MARIA ROSA DO MOURINHO

IMG_0675

Portal da casa, no caminho que vai ó Monte da Ranhó.

IMG_0684

O Caldo, Farinha e Berzas.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

            CASA DO TARANO

IMG_0676

Nésta Casa Permacultural, nasceu Xosé do Taráno (Toutatis Taranuco, filho de Odín, e Senhor da Tormenta).

IMG_0700

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

                      XOSE DO TARáNO

Xosé do Taráno, dada a calamitosa situaçón económica em que se encontraba, tivo que vir a pé desde Sevilha. Durante a longa viaxem, atopou-se num lugar remoto com unha alcateia, e foi inmediatamente rodeado polos lobos famíntos. Num intento desesperado por salvar-se, tirou o cinto, e mangou nele o garrafón, entón comezou a rodopiá-lo enerxicamente á sua volta, acabando este por estilhazar-se contr’ó chán, e as calzas baixaron-lhe a promo, ficando désta maneira Xosé do Taráno completamente a mercede dos apetitos da loba, e gritou rendido: E    ¡¡ COMEME LOBA !!  ¡¡ COMEME XÁ !!

A Irmandade Circular

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

         EIDO DO GANHABÉM

IMG_0677

A mais vistosa de toda a Rañó, Benito do Pazo e Tía Aquilína do Ganhabém.

.

 

IMG_0690

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           CANCIONEIRO D’AXUDA   (153 – 1)

CXLIX

Estes ollos meus ei eu mui gran

razon de querer mal en quanteu ia viu

ver, por que vus foron mia sennor ve

er, ca de pois nunca si deus me per

don. Pud eu en outra ren aver

sabor ergu en coidar en vos ay mia

sennor.

Desses vossos ollos, e destes meus

me veo sempre coit e pesar

poilos meus foron os vossos catar

ca de si nunca si me valla deus.

Pud eu en outra ren aver sabor

IMG_0689

Artilúxio de bombear água.

IMG_0688

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

          CANCIONEIRO D’AXUDA ( 170 – 1 )

CLXXXIII

Dizen mias gentes por

que non trobey, a gran sazon

maravillan sen, mais non saben

de mia fazenda ren, ca se be soubessen

o que eu sei , maravillar syam lo

go per mi, de como viu é de como

viví, se mais viver como vívereí.

Mais nono saben nen lle lo direi

en quanteu víva ia p neu sen

mais calarmei con qnto mal me ven

semprassi mia coita soffrerei

ca eu non quero mía coita dizer

aquen sei ben ca non mia de poer

consello mais do que meu hy porrei.

Eo consello ia o eu hy fillei

que eu hy porrei cassi me con ven

morrer coitado como morre quen

non ha consello comogeu non ey

esta morte mellor me sera

ca de viver na coita que no a

par nena ouve nunca eu o sei.

E mellor est é mais sera meu ben

de morrer çedo é no saberen quen

por quen moír é que semp neguei.

IMG_0682

Caminho de entrada desde o Monte da Ranhó, parece como se o povoado antigamente estivera fortificado.

 

IMG_0681

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           CANCIONEIRO D’AXUDA  (175 – 1)

CXCI

Un dia que vi mia sennor

quis lle dizer lo mui gran ben que

lleu que re como me ten, forçad

e preso seu amor. E via tan ben

pareçer, quelle non pude ren dizer.

Quanteu puge no coraçon

me fez ela desacordar,

ca selleu podesse falar,

quisera lle dizer enton.

E via tan ben pareçer

Seu medo poila vi atal,

que ouve me tolleo assi,

ca lle quisera falar y

de como me faz muito mal.

E via tan ben pareçer

Pero mela no ten por seu,

mui gran verdade vos direi,

meu mal est é quanto ben ei,

e fora polo dizer eu.

E via tan ben pareçer.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           EIDO DO MONADAS

oooooooooooooooooooooooooooooo

          

IMG_0701

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

       CANCIONEIRO D’AXUDA (201 – 1)

CCXXIX

Amigos non posseu negar

a gran coita que damor ei ca

me veio sandeu andar e con

sandeçe o direi.  Os ollos verdes

que eu vi, me façen ora an

dar assi.

Pero quem quer xentendera

a questes ollos quaes son

e dest alguen se queixara

mais eu ia quer moira qr no.

Os ollos verdes que eu vi.

Pero non devia perder

ome que ia o sen no a,

de con sandeçe ren dizer,

e con sandeçe digueu ia.

Os ollos verdes que eu vi.

oooooooooooooooooooooooooooooo

              EIDO DO PISCO

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           CANCIONEIRO D’AXUDA    (203 – 1)

CCXXXIII

Amigos quero vos dizer

mui gran coitan que me ten a

mui gran coitan que me ten

ua dona que quero ben e que

me faz en sandeçer, e catando

pola veer. Assi andeu assi an-

deu assi andeu assi andeu assi

andeu.

E ia meu consello non sei

ca ia omeu adubad e

e sei mui ben per boa fe

que ia sempr assi andarei

catando se a veerei

Assi andeu assi andeu

E ia eu non posso chorar

ca ia chorandensandeçi

e faz mia mor andar assi,

como me veedes andar

ca tando per cada logar.

Assi andeu assi andeu

E ia o non posso negar, alguen

me faz assi andar.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

            EIDO DA BALBINA

IMG_0678

A Casa da Balbina no meio, xá em estado ruinoso.

IMG_0702

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

    EIDO DA DORINDA DA LÁXE

IMG_0703

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

 EIDO DA TÍA MATÍLDE DA LÁXE

IMG_0705

IMG_0707

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

      EIDO DA MARIA DA LAXE  (TARECA)

IMG_0680

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           CANCIONEIRO D’AXUDA  (205 – 1)

CCXXXVII

Estes meus ollos nunca per

deran, sennor gran coita mentreu vi

vo for e direi vos fremosa mia

sennor destes meus ollos a coita

que an  Choran çegan quandal

guen non veen, ora çegan por algue

que veém

Guisado teem de nunca perder

meus ollos coita e meu coraçon

estas coitas senor mińńas son

mais los meus ollos por alguen veér

Choram çegan quandalguen non véem.

E nunca ia poderei aver ben

pois que amor ia non quer nen quer deus,

mais os cativos destes ollos meus

morreran sempre por veer alguen

Choran çegan quandalguen non véém

IMG_0716

Entrada a Carbalhede polas Fontes.

IMG_0719

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

          CANCIONEIRO D’AXUDA   (206 – 1)

CCXXXIX

Esso mui pouco que ogeu fa

lei con mia sennor, gradeçio a deus

gran prazer viron os ollos meus

mais do que dixe gran pavor p ei.

Cametre miassi o coraçon, que non

sei sello dixe se non.

Tan gran sabor ouveu delle dizer

a mui gran coita que soffr é soffri,

por ela mais tan mal dia naçi

sello ogeu ben non fiz entender

Ca me tremiassi o coraçon

Ca nunca eu falei con mia señor

se non mui pove ó ge direi vos al

non sei semello dixe ben se mal

mais do que dixe estou agñ pavor

Ca metremassi o coraçon

E a quem muito trem o coraçon

nunca ben pod acabar sa razon

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

IMG_0718

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           CANCIONEIRO D’AXUDA    (228 – 2)

CCLXXIII

Dizedes vos sennor que

vosso mal, seria se me fezesse

des ben, e non tenneu que

fazedes bon sen, en me leyxar

des en poder damor, morrer poys

eu non quero min nen al.

A tan gran ben come vos mia señor

Ben me podedes vos leyxar morrer

se quiserdes come señor que ha

end o mais sabed ora ia

que seria de me guarir mellor,

poys eu non sey eno mund al qrer

Atan gran ben come vos mia señor

Sempre vos eu señor cosellarey

que me façades ben por me guarir

de mort e vos devedes mio graçir

ca mal sera se por vos morto for

poys eu non quis no mud al ne qrrey

A tan gran ben come vos mia señor,

Ca nunca dona vi nen veerey

contanto ben come vos mia señor

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

   EIDO DA SENHORA ROSA DA CANCELA

IMG_0708

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           CANCIONEIRO D’AXUDA (209 – 2)

CCXLIII

Parti meu de vos mia sennor

sen meu grad ua vez aqui, e na

terra u eu vivi, andei sempre

tan sen sabor. Que nunca eu

pude veer, de rem u vos non

vi prazer.

Na terra u me fez morar

muito sen vos mia señor ds

fez me chorar dos ollos meus

e fez me tan coitad andar

Que nunca desque me d q.

E des que meu de vos quitei

fezo me sempr aver de pran,

nro señor mui grand affan

e sempre tan coitad andei

Que nunca eu pude veern

E non poderia prazer

u eu vos non visse veer.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

IMG_0709

IMG_0710

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

            CANCIONEIRO D’AXUDA  (210-1)

CCXLV

Estes que ora dizen mia sen

nor, que saben ca vus quereu

muy gran ben, pois en nunca

per mi souberen ren, querria

agora seer sabedor. Per quen o

poderon eles saber, pois mio vos

nunca quisestes creer.

Ca mia señor semp o eu neguei

qnteu mais pude assi ds me pdon

e dizen ora quantos a qui son

que o saben mais como saberei

Per que no poderon eles saber.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

IMG_0711

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

                 CANCIONEIRO D’AXUDA

Pero cuideu fremosa mia sennor

Se o  fezerdes faredes ben y

senon sen ben viverei senpr assi

ca non ey eu outro ben de buscar

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

IMG_0712

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           EIDO DA CABEIRAS

IMG_0714

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

           CANCIONEIRO D’AXUDA   (235 – 2)

CCLXXXII

Non esta de nogueyra afrey

ra quem e poder ten. mays exoutra

fremosa a que me quereu mayor ben.

E moyro meu pola freyra, mays non

pola de nogueyra.

Non est a de noguera a

a freyra ond eu ey amor

mays exoutra fremosa

aque me qreu muy mellor

E moiro meu pola freyra

Se eu afreyra visse o dia

o dia que eu quisesse

non a coyta no mudo

nen migua q ouvesse

E moyro meu pola freyra

Se mela mi amasse

muy gran dereyto faria

calle quereu muy gr ben

e punn y mays cada dia.

E moyro meu pola freyra.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

IMG_0715

Entrada a Carbalhede pola Chán da Rañó.

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

             EIDO DO TÁBOAS

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

          EIDO DA MASQUINA

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

            EIDO DO CAPITÁN

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

          CANCIONEIRO D’AXUDA    (244 – 1)

CCXCVI

Meus amigos pese vos do

meu mal, et da gran coyta que me

faz aver, ua dona que me ten en

poder, por que moyr e poys mela

non val.  Morrerey eu meus amigos

por en, ca ia perdi o dormir o sen,

Polo seu ben et deus non mio quer dar

senón gran coyt én que senpre víví

des que vi ela que por meu mal vi

e poys eu tanto víu ámeu pesar

Morrerey e. m.

Polo seu ben que desei é non sey

senon gran coyta que mela deu ia

et se mays vivo mays mal me fara

et poys eu tanto mia fazenda sey

Morrerey, eu, m.

E coytad éu que muyto mal me ven

por que quero muy boa sennor ben

OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO

                        FIM

Deixar un comentario