OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
A RANÓ
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA PERICA
Vista do lugar do Pinheiro, com a casa da Perica xá coberta polas silvas.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (95 – 2)
XXXVIII
No mundo non me sei parella
mentre me for como me vay, ca ia moi
ro por vos e ay mia sennor branca e
vermella, queredes que vus retraya,
quando vus eu vj en saya, mao dia
me levantei , que vus enton non vj
fea.
E mia señor des aquel dia, y,
me foy ami muy mal,
e vus filla de don paay.
moniz eben vus semella,
daver eu por vos guaruaya,
pois eu mia señor dalfaya,
nunca de vos ouve ne ey,
valia dua correa.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DO MORTE
.
Aquí no Outono vinha o Pote D’aguardente, e eran tardes-noites de confraternizaçón colectiva nesta casa de gozo comúm.
O Caminho do Pinheiro, com as suas ferteis e soleadas veigas.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (113 – 2)
LXXI
A meu tan muito mia sennor,
que sol non me sei consellar, e ela
non se quer nenbrar, de min, moiro
me damor, assi morrerei, por quen
nen quer meu mal nen quer
meu ben.
E quandolleu quero dizer
o muito mal q mia mor faz
sol no lle pesa nen llé praz
ne quer én mi mentes met.
E assi morrerei, p,q,n,q,m.
Que ventura que me ds deu,
que me fez amar tal moller,
que meu juiço no me quer,
e moir e no me ten por seu.
E, assi, m, por, q, n, q, m, m, n, q.
E veede que cuita tal
q eu ia senpr éi ajuir
moller que mio no qr g-cir,
ne mio ten por ben ne por mal. E assi, m, p, q, n.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
a sáia da carolina
A sáia da Carolina, têm um lagarto pintádo
Quando a Carolina danza, o lagarto dá-lhe ó rabo.
Ó Carolina, ó í, ó ái!
Ó Carolina, ó laré meu bem!
oooooooooooooooooooooooooooooo
cancioneiro DA axuda (129 – 2)
CIII
Que muit a ia que a terra non
vi, u est a mui, fremosa mia sennor de
que meu trist e chorando parti, e muit
ánvidos e mui sen sabor por que me
disse que me partiss en, ay mia sennor
e meu lum e meu ben, mais fremosa
das donas que eu vi.
E meus amigos por meu mal a vi,
das outras donas e pareçer melhor,
e fez mia ds veer por mal de mi,
meus amigos ca de pran a mayor
coita do mundo vi u oge poren
como querer lle mellor dout- ren,
e nona veiamigos u a vi.
Mais u mia ds primero fez veer,
mais me valuera demorrer enton,
pois que mia ds tan gn ben fez qrer,
que ben mil vezes si ds me pdon.
esmoresco no dia que non sei,
que me faço nen que digo tante y,
amigos gran coita pola veer.
oooooooooooooooooooooooooooooo
EIDO DO PINHEIRO
Isto non se sabe muito bem o que era, parece que a metade do lado do caminho apartir da divisón central dos postes pertencia ás Sornas, e o outro lado ó Pinheiro.
Poderia ser , taberna, paderia, eido, ou qualquer outro negócio.
A Casa do Pinheiro, este caminho antes era bastante lamacento.
.
oooooooooooooooooooooooooooooo
CANCIONEIRO D’AXUDA (136 – 1)
CXIII
Rogaria eu mia sennor por deus
que me fezesse ben, mais ei dela tan
gran pavor quelle non ouso falar ren
con medo de sem assannar, e me non que
querer pois falar.
Dirialleu de coraçon,
como me faz pder o sen,
o seu bon pareçer mais no,
ous e tod aquesto mi aven.
Con medo de se miassannar.
Pois me ds tal ventura deu,
quem en tamanna coita ten,
amor, ia senpr eu ia sere seu
mais nona rogarei poren.
Con medo de sem assannar.
oooooooooooooooooooooooooooooo
EIDO DA LOMBA
Este eido foi vendido, fai xá muitos anos.
oooooooooooooooooooooooooooooo
EIDO DO VERGAS
Caminho do Outeiro.
oooooooooooooooooooooooooooooo
EIDO DO OUTEIRO
oooooooooooooooooooooooooooooo
MARIA ROSA DO OUTEIRO
A velha do Outeiro, morreu afogada no rego da água d’Uma, que atravessaba o caminho da Laxe. No meio do caminho tumbou por ataque repêntino, com a boca submerxida na água acabou por falecer. Há unha memória de pedra á sua morte, que ainda hoxe pervíve na beira da Via. Esta mulher apareceu-lhe á sua criáda, nunha noite de luar, era ela mesmamente, de forma clara a víu, com o seu manto pola cabeza, a sua cara branquinha, acenando-lhe brandamente com a mán. Atemorizada, foi avanzando lentamente, na direcçón da aparecida, e ao chegar bem perto, deu-se conta que eran unhas xéstas c’um farrápo po’rriba, que abanádas pola aráxe á luz do luar, talmênte parecían a difunta. Se non tivera a valêntia de se achegar ó lugar, xuraría toda a vida, habela visto com os seus próprios olhos.
A Irmandade Circular
oooooooooooooooooooooooooooooo
EIDO DO PIÁNCHO
.
oooooooooooooooooooooooooooooo
CANCIONEIRO D’AXUDA (150 – 2)
CXLII
Pregoutou iohan garçia da mor
te de que morrea, e dixelleu toda vía.
A morte desto se mata, guiomar afonso
gata esta dona que me mata.
Pois que mouve preguntado
de que era tan coitado
dixelleu este recado.
A morte desto xe mata.
Dixelleu ia vos digo
a coita que ei comigo
per boa fe meu amigo.
A morte desto se mata.
oooooooooooooooooooooooooooooo
Ó Portal do Piancho
“Vinde meus amiguinhos! Vinde! C’o meu marido xá começou co rosário.” “O meu home, foi p’rás águas do Caralhinho” ( Comentários da Senhora Generosa do Piáncho, abusando da corpulência, diante do seu marido, o Senhor Amadeo da Láxe.)
a irmandade circular
oooooooooooooooooooooooooooooo
EIDO DO RAMÓN
oooooooooooooooooooooooooooooo
benito do ramón
Benito do Ramón de Pazos (em frente da Casa do Moure), trabalhaba aquí como zapateiro, sempre cantando e assobiando, sendo á posteriori substituído, por unha rádio a toda mecha.
oooooooooooooooooooooooooooooo
.
oooooooooooooooooooooooooooooo
CAMILO ARGIBAY
Recordo-o na sua posse oratória, a mán estendida, sobre o horizonte das ideias, disfrutando com o eco das suas palabras.
Foi de muito novo para Lisboa, onde viveu practicamente toda a sua vida, poucas veces visitou ésta terra, non obstânte nunca renegou dos seus, á diferença doutros, que alardeaban de alfacinhas de pura cêpa. Quando um suxeito ínglore, num xogo de hoquei em patíns, insultaba os espanhois, chamando-lhes Galegos, el levantou-se só, no medio de toda aquela multidón enfurecida e gritou: ¡¡ Ó SEU CABRAO, QUE TEM VÔCE CONTR’ÓS GALEGOS !! Foi um amante da boa vida e das mulheres, nas quais gastou quase todo o seu dinheiro. Á sua volta, fluctuava unha caterva de oportunistas, que se aproveitaban da sua xenerosidade. Tivo non obstante, grandes amigos, entre eles o seu patrón português, homen benemérito, pois lhe ofertou cem contos de reis, em moeda daquéla época, com os quais comprou unha casa de negócio no centro de Lisboa, unha embarcaçón de recreio, e unha “churrigueta” para empreendela a tiros, com os pobres coelhos. O seu carácter popular, e a sua irmandade temerária, ultrapasou inclúso fronteiras, turistas ingleses em apuros, eran auxiliados por el, que desinteresadamente os axudaba, mais tarde, quando voltaban a Lisboa, vinhan perguntar amistosamente por el.
Casou com unha moza feiranta de quince anos de idade, da qual tivo o seu único filho, sempre conservou um fraco por esta mulher, apesar de que eles nunca chegaron a atinxír o seu nível humano. O rabo da vaca, é sempre o mais malo de esfolar, tivo um duro final, morreu na nossa casa da Graça, dentro da mais tráxica normalidade.
A Irmandade Circular
oooooooooooooooooooooooooooooo
O Portal das Mourinhas.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CASA D’ANRIQUE
Portal da Casa D’Anrique.
Quinteiro da casa, e tamém Coberto.
A Barra para conservar as colheitas, a Corte do Gando, a Capoeira das Galinhas, e o Cortelho do Porco, son partes dum sistema integrado autosuficiênte.
oooooooooooooooooooooooooooooo
o poéta xosé da casquilha
.
Homem, tocado pela “loucura divina” da poesía.
.
A Escaleira da casa, é dunha fermosa factura.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
A CASA D’ANRIQUE
Esta é unha das velhas lendas de Guillade, perdida na néboa dos tempos medioevais, segundo parece ser, ficava onde hoxe em dia está a casa da Isáura do Ganhabém. Conta a tradiçón, que estas acaudaladas xentes, sacaban o ouro em cestos, para secar ó sol. Parece ser, tinham unha enorme riqueza, orixinada por este fértil val, e algunha que outra renda, proveniêntes de terras de Portugal. Se tivermos em conta, que o primeiro rei de Portucale, se chamaba Adfonsus D’Anrique, puidera remotamente, existir qualquer parentesco, entre Urracas e Tereixas, com ésta família.
A Irmandade Circular
oooooooooooooooooooooooooooooo
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D`AXUDA (137 – 2)
CXV
Quen vus foy dizer mia sennor
que eu deseiava mais al, ca vus men
tíu se non mal me venna de vos
e de deus e se non nunca estes meus
ollos veiam niun prazer, de quant al
deseian véér.
E veia eu de vos señor
e de quant al amo pesar
se nunca no vosso logar
tive ren no meu coraçon,
atanto deus non me pdon,
nen me de nunca de vos ben
que desegeu mais doutra ren.
E per boa fe mia senor
amei vos muito mais ca mí,
e seó non fezesse assí,
de dur verri aqui mentir,
a vos nen miría partir,
du eu amasse outra moller,
mais ca vos mais pois q ds qr.
Que eu avos queira mellor, valla mel
contra vos sennor ca muito me per e
mester.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Um Espigueiro, de importante presença.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (153 – 1)
CXLVIII
Se vus eu ousasse sennor, no
mal que por vos ei falar, desque vos
vi a meu coidar, pois fossedes en sabe
dor doer vus yades de mi.
E por q nunca estes meos
ollos fazen se non chorar
vuus non veen con pesar.
se o soubessedes por deus.
Doer vus yades de mí.
Mais non vus faceu saber
de quanto mal me faz amor
por vos ca mey de vos pavor,
ca se volousasse dizer.
Doer vus yades demi
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA MARIA ROSA DO MOURINHO
Portal da casa, no caminho que vai ó Monte da Ranhó.
O Caldo, Farinha e Berzas.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CASA DO TARANO
Nésta Casa Permacultural, nasceu Xosé do Taráno (Toutatis Taranuco, filho de Odín, e Senhor da Tormenta).
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
XOSE DO TARáNO
Xosé do Taráno, dada a calamitosa situaçón económica em que se encontraba, tivo que vir a pé desde Sevilha. Durante a longa viaxem, atopou-se num lugar remoto com unha alcateia, e foi inmediatamente rodeado polos lobos famíntos. Num intento desesperado por salvar-se, tirou o cinto, e mangou nele o garrafón, entón comezou a rodopiá-lo enerxicamente á sua volta, acabando este por estilhazar-se contr’ó chán, e as calzas baixaron-lhe a promo, ficando désta maneira Xosé do Taráno completamente a mercede dos apetitos da loba, e gritou rendido: E ¡¡ COMEME LOBA !! ¡¡ COMEME XÁ !!
A Irmandade Circular
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DO GANHABÉM
A mais vistosa de toda a Rañó, Benito do Pazo e Tía Aquilína do Ganhabém.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (153 – 1)
CXLIX
Estes ollos meus ei eu mui gran
razon de querer mal en quanteu ia viu
ver, por que vus foron mia sennor ve
er, ca de pois nunca si deus me per
don. Pud eu en outra ren aver
sabor ergu en coidar en vos ay mia
sennor.
Desses vossos ollos, e destes meus
me veo sempre coit e pesar
poilos meus foron os vossos catar
ca de si nunca si me valla deus.
Pud eu en outra ren aver sabor
Artilúxio de bombear água.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA ( 170 – 1 )
CLXXXIII
Dizen mias gentes por
que non trobey, a gran sazon
maravillan sen, mais non saben
de mia fazenda ren, ca se be soubessen
o que eu sei , maravillar syam lo
go per mi, de como viu é de como
viví, se mais viver como vívereí.
Mais nono saben nen lle lo direi
en quanteu víva ia p neu sen
mais calarmei con qnto mal me ven
semprassi mia coita soffrerei
ca eu non quero mía coita dizer
aquen sei ben ca non mia de poer
consello mais do que meu hy porrei.
Eo consello ia o eu hy fillei
que eu hy porrei cassi me con ven
morrer coitado como morre quen
non ha consello comogeu non ey
esta morte mellor me sera
ca de viver na coita que no a
par nena ouve nunca eu o sei.
E mellor est é mais sera meu ben
de morrer çedo é no saberen quen
por quen moír é que semp neguei.
Caminho de entrada desde o Monte da Ranhó, parece como se o povoado antigamente estivera fortificado.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (175 – 1)
CXCI
Un dia que vi mia sennor
quis lle dizer lo mui gran ben que
lleu que re como me ten, forçad
e preso seu amor. E via tan ben
pareçer, quelle non pude ren dizer.
Quanteu puge no coraçon
me fez ela desacordar,
ca selleu podesse falar,
quisera lle dizer enton.
E via tan ben pareçer
Seu medo poila vi atal,
que ouve me tolleo assi,
ca lle quisera falar y
de como me faz muito mal.
E via tan ben pareçer
Pero mela no ten por seu,
mui gran verdade vos direi,
meu mal est é quanto ben ei,
e fora polo dizer eu.
E via tan ben pareçer.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DO MONADAS
oooooooooooooooooooooooooooooo
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (201 – 1)
CCXXIX
Amigos non posseu negar
a gran coita que damor ei ca
me veio sandeu andar e con
sandeçe o direi. Os ollos verdes
que eu vi, me façen ora an
dar assi.
Pero quem quer xentendera
a questes ollos quaes son
e dest alguen se queixara
mais eu ia quer moira qr no.
Os ollos verdes que eu vi.
Pero non devia perder
ome que ia o sen no a,
de con sandeçe ren dizer,
e con sandeçe digueu ia.
Os ollos verdes que eu vi.
oooooooooooooooooooooooooooooo
EIDO DO PISCO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (203 – 1)
CCXXXIII
Amigos quero vos dizer
mui gran coitan que me ten a
mui gran coitan que me ten
ua dona que quero ben e que
me faz en sandeçer, e catando
pola veer. Assi andeu assi an-
deu assi andeu assi andeu assi
andeu.
E ia meu consello non sei
ca ia omeu adubad e
e sei mui ben per boa fe
que ia sempr assi andarei
catando se a veerei
Assi andeu assi andeu
E ia eu non posso chorar
ca ia chorandensandeçi
e faz mia mor andar assi,
como me veedes andar
ca tando per cada logar.
Assi andeu assi andeu
E ia o non posso negar, alguen
me faz assi andar.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA BALBINA
A Casa da Balbina no meio, xá em estado ruinoso.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA DORINDA DA LÁXE
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA TÍA MATÍLDE DA LÁXE
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA MARIA DA LAXE (TARECA)
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (205 – 1)
CCXXXVII
Estes meus ollos nunca per
deran, sennor gran coita mentreu vi
vo for e direi vos fremosa mia
sennor destes meus ollos a coita
que an Choran çegan quandal
guen non veen, ora çegan por algue
que veém
Guisado teem de nunca perder
meus ollos coita e meu coraçon
estas coitas senor mińńas son
mais los meus ollos por alguen veér
Choram çegan quandalguen non véem.
E nunca ia poderei aver ben
pois que amor ia non quer nen quer deus,
mais os cativos destes ollos meus
morreran sempre por veer alguen
Choran çegan quandalguen non véém
Entrada a Carbalhede polas Fontes.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (206 – 1)
CCXXXIX
Esso mui pouco que ogeu fa
lei con mia sennor, gradeçio a deus
gran prazer viron os ollos meus
mais do que dixe gran pavor p ei.
Cametre miassi o coraçon, que non
sei sello dixe se non.
Tan gran sabor ouveu delle dizer
a mui gran coita que soffr é soffri,
por ela mais tan mal dia naçi
sello ogeu ben non fiz entender
Ca me tremiassi o coraçon
Ca nunca eu falei con mia señor
se non mui pove ó ge direi vos al
non sei semello dixe ben se mal
mais do que dixe estou agñ pavor
Ca metremassi o coraçon
E a quem muito trem o coraçon
nunca ben pod acabar sa razon
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (228 – 2)
CCLXXIII
Dizedes vos sennor que
vosso mal, seria se me fezesse
des ben, e non tenneu que
fazedes bon sen, en me leyxar
des en poder damor, morrer poys
eu non quero min nen al.
A tan gran ben come vos mia señor
Ben me podedes vos leyxar morrer
se quiserdes come señor que ha
end o mais sabed ora ia
que seria de me guarir mellor,
poys eu non sey eno mund al qrer
Atan gran ben come vos mia señor
Sempre vos eu señor cosellarey
que me façades ben por me guarir
de mort e vos devedes mio graçir
ca mal sera se por vos morto for
poys eu non quis no mud al ne qrrey
A tan gran ben come vos mia señor,
Ca nunca dona vi nen veerey
contanto ben come vos mia señor
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA SENHORA ROSA DA CANCELA
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (209 – 2)
CCXLIII
Parti meu de vos mia sennor
sen meu grad ua vez aqui, e na
terra u eu vivi, andei sempre
tan sen sabor. Que nunca eu
pude veer, de rem u vos non
vi prazer.
Na terra u me fez morar
muito sen vos mia señor ds
fez me chorar dos ollos meus
e fez me tan coitad andar
Que nunca desque me d q.
E des que meu de vos quitei
fezo me sempr aver de pran,
nro señor mui grand affan
e sempre tan coitad andei
Que nunca eu pude veern
E non poderia prazer
u eu vos non visse veer.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (210-1)
CCXLV
Estes que ora dizen mia sen
nor, que saben ca vus quereu
muy gran ben, pois en nunca
per mi souberen ren, querria
agora seer sabedor. Per quen o
poderon eles saber, pois mio vos
nunca quisestes creer.
Ca mia señor semp o eu neguei
qnteu mais pude assi ds me pdon
e dizen ora quantos a qui son
que o saben mais como saberei
Per que no poderon eles saber.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA
Pero cuideu fremosa mia sennor
Se o fezerdes faredes ben y
senon sen ben viverei senpr assi
ca non ey eu outro ben de buscar
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA CABEIRAS
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (235 – 2)
CCLXXXII
Non esta de nogueyra afrey
ra quem e poder ten. mays exoutra
fremosa a que me quereu mayor ben.
E moyro meu pola freyra, mays non
pola de nogueyra.
Non est a de noguera a
a freyra ond eu ey amor
mays exoutra fremosa
aque me qreu muy mellor
E moiro meu pola freyra
Se eu afreyra visse o dia
o dia que eu quisesse
non a coyta no mudo
nen migua q ouvesse
E moyro meu pola freyra
Se mela mi amasse
muy gran dereyto faria
calle quereu muy gr ben
e punn y mays cada dia.
E moyro meu pola freyra.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
Entrada a Carbalhede pola Chán da Rañó.
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DO TÁBOAS
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DA MASQUINA
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
EIDO DO CAPITÁN
OOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO
CANCIONEIRO D’AXUDA (244 – 1)
CCXCVI
Meus amigos pese vos do
meu mal, et da gran coyta que me
faz aver, ua dona que me ten en
poder, por que moyr e poys mela
non val. Morrerey eu meus amigos
por en, ca ia perdi o dormir o sen,
Polo seu ben et deus non mio quer dar
senón gran coyt én que senpre víví
des que vi ela que por meu mal vi
e poys eu tanto víu ámeu pesar
Morrerey e. m.
Polo seu ben que desei é non sey
senon gran coyta que mela deu ia
et se mays vivo mays mal me fara
et poys eu tanto mia fazenda sey
Morrerey, eu, m.
E coytad éu que muyto mal me ven
por que quero muy boa sennor ben