Aí está, pois, o nosso sistema solar! ¿E que mais haberá por aí fora, além do sistema solar? Bom, nada e muito! Dependendo da forma como o encararmos. A curto prazo, non há nada. O vácuo mais perfeito algunha vez criado polo ser humano, nunca será tán vazio como o vazio do espaço interestelar. E continuará a haber muito deste nada até conseguir chegar ao próximo bocado de algunha cousa. O nosso vizinho mais próximo no cosmos, “Próxima de Centauro”, que fai parte da constelaçón tripla conhecida como “Alfa de Centauro”, está a unha distância de 4,3 anos luz, um saltinho de nada em termos galácticos, mas que non deixa de ser cem milhóns de vezes maior do que unha viáxe à Lua. Para lá chegarmos nunha nave levaríamos polo menos vinticinco mil anos, e mesmo que fizéssemos esta viáxe, chegaríamos apenas a um solitário amontoado de estrelas no meio do nada. Para alcançar o próximo marco significativo, “Sírius”, seriam precisos mais 4,6 anos luz de viaxem. E assim sucessivamente, se decidíssemos saltitar de estrela em estrela através do cosmos. Unha simples viáxe ao centro da nossa galáxia, levaría mais tempo do que aquele em que existimos como seres humanos. Permitam-me que repita isto: o espaço é enorme! A distância média entre estrelas é de mais de trinta bilións de quilómetros. Mesmo a velocidades próximas da da luz, som distâncias impensábeis para qualquer viaxante. Claro, que é possíbel que haxa alienígnas que viáxem bilións de quilómetros para se divertirem a fazer círculos nos campos de trigo de Wiltshire, ou para pregarem um susto dos diábos a um pobre camionista que siga por unha estrada isolada do Arizona (ao fim e ao cabo, eles também debem ter adolescentes), mas nada disto parece real. Ainda assim, existe unha forte probabilidade estatística de haber outros seres pensantes algures no espaço. Ninguém sabe quantas estrelas há na “Via Láctea” -as estimativas variam entre os cem e os quatrocentos mil milhóns- e a “Via Láctea” é apenas unha entre cento quarenta mil milhóns de galáxias, muitas delas maiores do que a nossa. Em 1960, um professor da Universidade de Cornell, Frank Drake, entusiasmado com números tán vertixinosos, criou unha famosa equaçón destinada a calcular as hipóteses de haber vida superior no cosmos, baseada nunha série de probabilidades. Segundo a equaçón de Drake, divide-se o número de estrelas de unha determinada parte do universo polo número de estrelas que poidam eventualmente albergar sistemas planetários; divide-se o resultado polo número de sistemas planetários que teoricamente tenham condiçóns para suportar vida; divide-se esse resultado polo número de planetas em que a vida, depois de surxir, avança para um estado de intelixência; e assim por diante. A cada divisón, o número fica colossalmente reduzido -contudo, mesmo utilizando os números mais cautelosos, o número de civilizaçóns avançadas, só na “Via Láctea”, acaba por se situar sempre na casa dos milhóns.
BILL BRYSON