A VIDEIRA PALOMINO
Ainda que a orixe desta videira resulte incerta, a sua Meca som as terras de Xerés. É unha das variedades mais famosas de todo o mundo, graças ao apoxeo que alcanzarom os vinhos, e ao seu cultivo massivo. Também se cultivou em Setúbal e na Ilha da Madeira, assim como em Arxentina, Perú, California, México e em países mediterrâneos como Arxélia, Tunicia e Chipre, e incluso em repúblicas Soviéticas. A sua máxima expressón som o vinhos xenerosos de Xerés. Os vinhos xenerosos criádos baixo o famoso “velo de flor”, unha criança biolóxica quando o vinho se destina a “fino”, ou unha criança oxidativa no caso dos “amontillados” e “olorosos”. Conseguem-se vinhos muito aromáticos, límpidos e delicados, com unha variáda gama de matices secos, amêndoados e salinos, no que resulta aos “finos”, e mais avelanádos, balsâmicos, de frutos secos e untuosos, nos “amontillados” e “olorosos”.
LUGARES ONDE SE PODE CONSEGUIR
A “Manzanilla” San León, é unha das grandes da história de Sanlúcar de Barrameda, emgarrafada como “manzanilla passada”, vem disputando xunto com outras marcas históricas, o título de “manzanilla” preferida polos sábios sobre a matéria. A princípios do século XXI a casa Argüeso decidíu acentuar o carácter “fresco” da sua manzanilla em detrimento da “fundura” e lanzou esta “San León Reserva de Familia”. Procede de unha só clásse de bocoios dunha capacidade de 666 litros arrobas cada um, ubicados na Bodega San Juan, um edifício muito fresco do centro de Sanlucar, no Barrio Bajo, com excelentes condiçóns para a criânça baixo “velo de flor”. Fam-se duas sacas anuais, unha em Primavera e outra no Outono, de dous mil litros cada vez. Cada saca é reposta com solera de “Manzanilla San León Clásica”, que conta com um total de 877 “botas” repartidas em seis “escalas”. A “clarificaçón” e o “filtrado”, xusto antes de emgarrafar, som muito lixeiros para respeitar a autenticidade do vinho.
Barbadillo foi fundada em 1821 por empresários oriundos do montanhoso norte da Península, no qual coincide com um bom número de bodegas andaluzas (Alvear, Hidalgo-La Gitana, Emilio Hidalgo, Argüeso, La Guita, etc…). As instalaçóns vinhateiras ocupam boa parte do Barrio Alto de Sanlúcar de Barrameda, graças em grande medida ao qual resulta bom o estado xeral de conservaçón urbanística desta zona ubicada em torno ao Castillo de San Diego. Esta boa conservaçón das raízes históricas e da trama urbana é muito superior, em todo o caso, ao resto da cidade, onde muitas adegas desaparecerom durante as últimas décadas do século XX e os primeiros anos do século XXI, baixo o desarrolho da construcçón desordenada, ante a indiferênça ou colaboraçón das autoridades públicas, que deberíam velar por este valioso património cultural como é a extraordinária arquitectura bodegueira. Esta série de Barbadillo está composta por quatro vinhos: Amontillado, Oloroso seco, Oloroso Dulce e Palo Cortado. Os três primeiros som interesantes, mas o “Palo Cortado” destaca sobre todos polo seu carácter e autenticidade. Todo este Palo Cortado destaca um envelhecimento excepcionalmente bem conducído, começando polo tôm verde do seu ribete. Naríz típica de palo cortado muito velho: complexa, intensa, límpida, com notas de casca de laranxa. Em boca mostra-se pleno, com agradábel acidez de concentraçón; impresionante final de vinho velhíssimo.
A família González pertence sem dúvida à aristocracia do vinho a nível mundial. Leva mais de 170 anos, produzindo e repartindo vinhos, particularmente, o famossíssimo “Fino Tio Pepe” que é unha das suas xóias enolóxicas mais asequíbeis. Non obstânte, a escasa anhada de Oloroso e Palo Cortado non som tán fáceis de encontrar, debído à inevitábel escasez das tiradas postas no mercado. Quase desde a sua fundaçón de González Byass, unha pequena parte da colheita é apartada cada ano para envelhecer como vinhos de anhada, fora do habitual sistema de “soleras” e “criaderas”. Emgarrafárom-se por primeira vez em 1994, com ocasión do 150 aniversário da primeira partida de “Tio Pepe” enviada para Inglaterra. Desde entón, foi emgarrafádo, como oloroso ou como palo cortado, unha dozena de colheitas escolhidas, desde 1963 a 1979. Para disfrutar plenamente qualquer xerés seco que leve anos em garráfa, resulta imprescindíbel decantar o vinho, para separar os pousos.
.
Se acaso houbera tán só um vinho xerezano com dereito próprio pola sua singularidade, para figurar nunha selecçón tán exclusiva como a que se oferece neste presente, o “Amontillado” Paternina Fino Imperial tería fundadas razóns para aspirar a esse posto. Trata-se de unha memória viva da histórica firma “Díez Hermanos” (1876), que acabou integrada no Grupo Paternina. Este amontillado xerezano refresca-se com Manzanilla de Sanlúcar, de maneira que se pode afirmar que a infância e adolescência deste vinho transcorre xunto à desenvocadura do río Guadalquivir, para passar a desarrollar a sua madurez terra a dentro, em Jerez de la Frontera, onde é mimado polo experimentado responsábel enolóxico de Paternina em Xerés, Enrique Pérez. Outra peculiaridade é que se trata de um “Amontillado Natural”, isto é, produzido a partir de vinhos que esgotarom a sua cría biolóxica e começárom a fase de criânça oxidativa sem a prévia adicçón de alcohol para impedir a actividade das levaduras de flor. De aquí a sua denominaçón, “Fino Imperial”, acentuando o carácter marcadamente biolóxico deste vinho.
LÉRIA CULTURAL