Também non escaparía da armadilha confundindo o “historicismo” de Rorty com outra tese. Non valía a pena dizer que a natureza humana consiste em non ter natureza, que ser um humano é simplesmente ser filho de um tempo e de unha cultura, para depois se servir dessa ideia como base de unha nova tentativa para descobrir a verdade sobre os seres humanos. O “historicismo”, tal como o “instrumentalismo”, pode axudar a desfazer-se da imaxem do espelho, mas a filosofia edificante tenta fazer o impossíbel para non depender de nenhuma imaxem. Rorty insistia que todo o filósofo edificante se engana a si próprio quando tenta fazer “algo mais” do que prolongar a conversaçón, mesmo aquele que suxere outras metáforas diferentes das do espelho. É óbvio que Rorty non era o único interessado em desfazer-se das metáforas erróneas da verdade como unha correspondência com a realidade, mas também é óbvio que outros filósofos non as substituíam polo mesmo que ele, nem sequer se conformavam com a mera conversaçón. Filósofos alemáns como Karl-Otto Apel e Jürgen Habermas estavam a fazer algo deste xénero, por isso non é de admirar que também aparecessem na terceira parte de “A Filosofia e o Espelho da Natureza”. Ao contrário de Rorty, para estes autores era preciso continuar a falar mais de reflexón do que de conversaçón. Defendiam que a reflexón era essencialmente linguística e concebiam-na como algo que pôm os indivíduos em contacto com algo mais do que os outros indivíduos. Ao contrário de Rorty, pensavam que a imaxinaçón e a história non podem substituir a Razón discursiva. Em contrapartida, Rorty pensava que voltar a reivindicar unha perspectiva para lá da conversaçón era voltar a enganar-se a si próprio, era unha forma de tomar as cousas mais fáceis. Para os alemáns, a diferença entre unha filosofia reflexiva e unha filosofia edificante dependia, novamente, de ter descoberto unha diferença entre raciocinar e dissertar, argumentar e persuadir, deliberar e convencer, saber e opinar (ou sexa, ter descoberto unha propriedade, a pretensón de validade universal, cuxa possessón afiança certas afirmaçóns feitas polos falantes). O interessante é que xá nos finais dos anos setenta, num libro dedicado principalmente à filosofia analítica, Rorty expressara sérias dúvidas relativamente a um proxecto teórico de grande envergadura que estaba a ser feito na Europa. A conclusón do libro non era que a filosofia edificante deixara para trás os problemas que a filosofia analítica desexava resolver, mas que deixara para trás qualquer outro tipo de filosofia sistemática que os quisesse focar melhor. Habermas estaba a afirmar-se como modelo de filósofo sistemático, um filósofo que ainda concebia a filosofia como unha actividade mais elevada do que animar unha conversaçón, o que explica que Rorty acabasse o seu primeiro libro a mencioná-lo, e que face a ele só reiterara o seu modelo de filósofo que non tem um direito preferencial face a outros participantes na conversaçón da humanidade. O final de “A Filosofia e o Espelho da Natureza” abría um arco histórico mais vasto do que o que o próprio Rorty confessaba. A história que tinha contado sobre a filosofia analítica non era unha história do progresso da razón, mas unha história da persistência da superstiçón. “A relixión non chegou ao fim com o Iluminismo” declara na última páxina do libro. À filosofia sistemática (que de certa forma substituíu a relixión como fonte de autoridade) podería acontecer o mesmo. Também non chegaría ao fim com mais edificaçón. Em 1989, escrebía noutro libro: “o pragmatismo é a antítese do racionalismo do Iluminismo, apesar de só ter sído possíbel (de forma perfeitamente dialéctica) em virtude desse racionalismo”. Assim, o fim de tudo non era fazer filosofia para renovar a sua autoridade, mas conseguir um novo gráu de secularizaçón e aplicar ao racionalismo a mesma receita que no debido momento ele aplicara à própria relixión, ou sexa, promover um “Segundo Iluminismo”. O facto de o racionalismo persistir nunha sociedade que quer dizer adeus à razón sería tán explicábel como a persistência da relixión nunha era pós-secular. Som ilusóns sem futuro – diría Rorty – mas com enorme inércia.
RAMÓN DEL CASTILLO