Nada se sabe das “saturae” de Pacuvio, o sobrinho de Ennio, e só por casualidade sabemos das cartas escritas em Corinto no ano de 146 a. C. por Sp. Mummio “versiculis facetis”, em versos divertidos, e enviadas para os seus familiares, e os seus amigos pessoais. Pode ter habido muito mais do que sabemos deste “lusus” doméstico, divertimento em verso: Lucilio fai referência a um edicto cómico em verso, regulando a conducta nos banquetes, a “Lex Tappula” de um tal Valerio Valentino, e um poema temperán de Lucilio afirma que se os seus foram os versos ocasionais mais famosos non seríam os únicos. As primeiras obras descobertas datariam dos últimos anos da década de 130 a. C., quando voltou a Roma depois de servir na cabalaría com os soldados de Escipión Emiliano no lugar de Numância, nas Espanhas. Lucilio pertência à aristocrácia latina, non à romana. Um senador chamado Manio Lucilio puido ter sído seu irmán e el foi avô de Pompeio Magno. Era rico e independente, senhor de unha casa importânte em Roma e âmplas possessóns no sul da Itália e Sicilia. A família era orixinária de Suesa Aurunca, nos limítes da Campânia e do Lacio Adiecticio. Assim, como Sp. Mummio, era um nobre, superior em rango aos seus contemporâneos em letras, L. Accio e L. Afranio. Era amigo de Escipión Emiliano, Décimo Lelio e do xovem Junio Congo, Gayo Lelio e probabelmente de C. Sempronio Tuditano. O filósofo escéptico Clitómaco dedicou unha obra a Lucilio, como cabeza da Academia de Atenas, e é bastânte probábel que conhecera ao estoico Panecio e a Polibio, amigos também de Emiliano. Um rasgo que destaca da obra de Lucilio aos olhos da posteridade, era a sua crítica aberta a homes famosos; polo qual se o comparaba com Arquíloco e os autores da “Comedia Antiga”. Era a situaçón privilexiada na sociedade, que lhe permitia lanzar e soster tais ataques. Incluso os fragmentos testemunham unha série impresionante de nobres como suas víctimas: Q. Cecilio Metelo Macedónico; L. Cornelio Léntulo Lupo; o filho do Macedónico, C. Cecilio Metelo Caprario; C. Papirio Carbón; Quinto Mucio Escévola o Augur e outros. Um pasaxe escrito confusamente, que define a “virtus”, está dirixído a um tal Albino: pode estar pensado irónicamente em homenáxe a A. ou Sp. Postumio Albino, depois da sua desafortunada actuaçón na “Guerra de Yogurta”. Ainda que, alguns dos mencionados forom “inimici”, enimigos pessoais de Emiliano, Lucilio, que puido ser cidadán romano ou non ser, non foi um político activo. Como latino e terratenente, tinha que ter opinións sobre as questóns mais importântes da sua época, como as relaçóns de Roma com as cidades itálicas, os efeitos do capitalismo e as prantaçóns a grande escala, o trabalho da terra estilo rancho pola sociedade campesina tradicional. A pesar de tudo isto, só menciona estes asuntos de passo se é que o fai. Tampouco ouvimos nada seguro sobre os Gracos ou sobre Mario. Os “Ludus ac sermones” (conversas divertidas), “schedia” (improvisaçóns) – o termo “satura” non está directamente testemunhado em Lucilio – non era a sátira de um reformador social, com um ponto de vista constânte e um plano a largo prazo. A prosa era o meio para um manifesto. Os seus albos eram os que proclama como exemplos notorios de arrogância, engano, incompetência, falta de humanidade, orgulho, falta de valía ou cobiza, em lugares destacados ou humildes – em política, na traxédia, no comercio, na cama, etc…
E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)