LITERATURA CLÁSSICA LATINA (CATÓN E FLAMININO) (II)

Defendía o que consideraba as verdades “mores maiorum”, costumes ancestrais, nas que era fundamental unha visón (talvés incluso entón romântica), da vida sinxéla. Se apresentaba a sí mesmo, como o camponês obstinado e cheio de sentido comúm, sem tempo para veleidades helenísticas: os sábios gregos estabam mortos, os “poetae” e os xefes sábios eram signos de decadência. O filho de Catón, Liciniano, nasceu ó redor do 192 a. C., e Catón tomou em sério o seu papel de educador, preparando incluso um libro de histórias instructivas (escrito com letras grandes) para ensinar o rebênto a ler. Desde esta época até à sua morte no 149 a. C., Catón usou a sua pluma para atacar, defender, xulgar e instruir com um brio, unha orixinalidade e franqueza, que sería notábel num home da metade dos seus anos e de qualquer época. A sua maneira contundente e contenciosa acabou por envolvélo em muitas acusaçóns legais, de homes importântes; foi acusado quarenta e quatro veces, ainda que nunca foi encontrado culpado de nada: isto, polo menos, acredita tanto a sua própria eloquência como a sua honradez. Sería unha simplificaçón excessiva, supor que Flaminino e Catón, respectivamente, estabam a “favor” ou “em contra” da corrente da cultura helenística. Em particular, um debe ser consciente das ideias modernas, irrelevantes para o nacionalismo cultural, se queremos entender a Catón, que estaba muito mais versado em cousas gregas que, Mario duas xeraçóns depois, e de que o seu autêntico eclecticismo era helenístico. Recomendaba que um se banhara na cultura grega, mas que non se empapara dela, e a ideia tán estendida antes de que non aprendeu grego até que foi velho, reconheceu-se como um erro. Pola sua parte, Flaminino, cuxo interésse pola literatura grega como tal, pode ter sído esaxeráda, aprendería a fala sendo ainda novo, no sul da Itália. Um fragmento do seu discurso em Atenas, foi identificado como eco de unha observaçón despectiva de Demóstenes sobre Filipo de Macedonia, unha intelixente estrataxema num discurso pronunciádo com a axuda de um intérprete. Como observaba Plutarco, Catón podía ter falado em grego se tivéra querído; usou o latim por razóns políticas. Ainda que Catón, insistía em eloxiar o colectivismo da velha “res publica” e em ridiculizar a adopçón das costumes gregas, ele mesmo era um exemplo vivo do impulso e individualismo do “uomo universale” helenístico, dedicado à vida activa. O dito do prefácio dos “Origines” citado anteriormente é unha adaptaçón da primeira frase do “Banquete de Xenofonte”. Éste era da clásse de gregos que Catón podería admirar, ao ser um home de acçón e também como escritor.

E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)

Deixar un comentario