BUERO VALLEJO, Antonio (Guadalajara, 1916). É o autor teatral espanhol mais significativo da sua xeraçón. Quase ao inicio da guerra civil espanhola interrompeu os seus estudos para enrolar-se no serviço médico do lado republicano. Foi encarcerado por motivos políticos desde o final da guerra até 1945. Pouco depois da sua liberaçón, começou a escreber teatro. Em 1949, as primeiras duas obras ganharom prémios importântes: o Premio Lope de Vega por “Historia de una escalera”, drama social de grande profundidade, e o drama em um acto “Palabras en la arena”, sobre o adultério e a necessidade de perdoar. O seu segundo drama largo foi “En la ardiente oscuridad” (escrito em 1946, estreádo em 1950), de corte existencialista. “La tejedora de sueños” (1952) basada na história de Penélope, durante a sua larga espera e na desilusón ao enfrentar o regresso de Ulisses. A estes seguem obras de menor calado: “La señal que se espera” (1952), “Casi un cuento de hadas” (1953), “Madrugada” (1953), “Irene o el tesoro” (1954) e “Hoy es fiesta” (1956). “Las cartas boca abajo” (1957), sobre o fracasso e a frustraçón, resulta unha obra mais lograda. Buero começou a escreber dramas históricos com “Un soñador para un pueblo” (1958), que trata do fracasso de Esquilache ao intentar modernizar España durante o reinado de Carlos III. “las meninas” (1960) é unha explêndida fantasía velazquiana que utiliza a experiência do autor como pintor. “El concierto de San Ovidio” (1962) situádo no París prerrevolucionário. Depois vinherom “Aventura en lo gris” (1963), “El tragaluz” (1967), “La doble historia del doctor Valmy” (estreáda em Chester em 1968), “El sueño de la razón” (1970) e “Llegada de los dioses” (1971). Ganhou numerosos prémios pola sua labor. Traducíu “Hamlet” de Shakespeare e “Mutter Courage” de Berthol Brecht. Foi considerado um autor polémico, sobre tudo do lado da sociedade espanhola mais conservadora. Non obstânte, em palabras de G. G. Brown, trouxo seriedade e dignidade à escena espanhola actual.
OXFORD