ESTOICISMO IMPERIAL (EPICTETO E MARCO AURÉLIO)

EPICTETO (50-120 d. C.)

Concentrado exclusivamente nas questóns morais, aprofundou as ideias de autonomia e de liberdade interior a partir do princípio da personalidade moral. O seu interesse por esta liberdade interior provinha, sem dúvida da sua longa experiência como escravo em Roma. Foi alforriado e teve de se exilar (xuntamente com os outros filósofos que viviam na capital do Império), por despacho de Domiciano. Partíu para Nicópolis, na costa adriática da Grécia, onde fundou unha escola e foi altamente respeitado e admirado. Um dos seus discípulos, o historiador Flávio Arriano, foi quem consignou os ensinamentos do mestre, xá que, tal como o seu admirado Sócrates, Epicteto nunca se dedicou a escrever. Apelar à distinçón entre aquilo que está em nosso poder (a actitude) e aquilo que non está (o êxito na vida), para assim discernir entre liberdade e determinismo, era um dos seus ensinamentos mais populares. Epicteto defende que os fenómenos mentais (pensamentos, crenças, decissóns) som libres e que a filosofia tem como tarefa educar as pessoas para a compreensón daquilo que é verdadeiramente positivo para elas, no intuito de conseguirem tomar decissóns libres em vez de cederem às paixóns negativas.

MARCO AURÉLIO (121-180)

Foi preparado desde a xuventude para o exercício do mais alto cargo de Roma e acabou por desempenhá-lo nos últimos vinte anos da sua vida. Teve de lutar no campo de batalha durante as campanhas contra o Império Parta na Ásia e as tribos da Xermânia Superior; à noite, na solidón da sua tenda, escrevia em grego helenístico as reflexóns pessoais de índole moral que acabaram por constituir as célebres “Meditaçóns”. Esta obra, marcadamente influênciada polos ensinamentos morais de Epicteto, constitui unha longa conversa íntima de quem teve de aceitar o seu papel no curso xeral da história. As anotaçóns, dirixidas a si próprio para perseverar no caminho da virtude, foram alvo de grande fascínio por unha multidón de leitores ao longo dos séculos, pola sua sinceridade e clareza moral.

J. A. CARDONA

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