
Como os primeiros monodistas Safo e Alceo, mas à diferença da maioria dos poetas posteriores, Alcmán compuxo no seu dialecto local; também tomou libremente préstamos do armazém comúm da dicçón épica. Probabelmente compuxo uns poucos poemas em xónio, possibelmente como prelúdios (prooimia) de obras mais largas, unha práctica vagamente testemunhada para Terpandro e outros líricos primitivos. As suas obras forom recolhidas em seis libros de lírica e unha obra enigmática, “As mergulhadoras”, hoxe confirmada como poema solto polo recente descubrimento do final do libro VI nos Papiros de Oxirrinco, 3209. O seu carácter segue sendo um problema: as suposiçóns ván desde um poema sobre Leda a algún tipo de epitalamio. Alcmán foi especialmente celebrado pola sua poesia amorosa, da qual non toda tinha por que ser pessoal. Sem dúvida os temas eróticos eram importantes nos seus cantos nupciais ou “himeneos”, a causa dos quais também se fixo famoso, e nas suas “partheneia” ou cantos de doncelas, como podemos deducir dos fragmentos conservados. Destes últimos temos dous exemplares importantes: a sua obra mais famosa conservada, o “Partenio do Louvre”, chamado assim pola ubicaçón actual do papiro, descuberto em Sakkara no 1855 e publicado em París em 1863, e partes substânciais de um segundo “Partenio” procedente de Oxirrinco, publicado em 1957. Os papiros de Oxirrinco também enriquecerom o nosso conhecimento de Alcmán com um poema cosmogónico, importantes escolios sobre o Partenio do Louvre e outros fragmentos. Muitos fragmentos curtos, às vezes só unha palabra ou unha frase, citados por lexicógrafos ou metricistas polas suas anomalias formais, som atractivos, mas misteriosos. A graça, a viveza e a altura do estilo coral de Alcmán, percebem-se especialmente no “Partenio do Louvre”. Este foi composto para um coro de doncelas espartanas, para ser cantado num festival relixioso local, cuxa natureza exacta é incerta. A deusa à que as doncelas oferecem o seu canto e um “pharos” (xeralmente um tapiz ou vestidura sagrada, mas aquí glosado pelos escolios como um arado) é chamada Aotis e, como suxére o seu nome, podería ter algunha relaçón com o amanhecer e possibelmente com o matrimónio e a fertilidade (Som inválidos por razóns métricas e linguísticas os intentos de estabelecer unha referência a Ártemis Ortia. A nossa ignorância sobre o culto, a obscuridade de muitas das alusóns e o estado do texto, cheio de lacunas, deixam sem resolver muitos problemas. Ainda assim, temos unha boa imaxem de conxunto de toda a obra, e podemos apreçar a limpeza em xeral e a riqueza do estílo de Alcmán.
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)