HETERODOXOS (CONCILIO ILIBERITANO)

O concilio de Ilíberis, foi o primeiro dos celebrados na península, cuxas actas forom conservadas. Merece por vários títulos veneraçón assinalada e estúdo minucioso. Reuniu-se nos primeiros anos do século IV, a começos do império de Constantino, uns vintiquatro anos antes do sínodo Niceno. Assistirom a el dezanove bispos de diversas províncias hispânas, enumerados assim na subscripçón final: Accitano, Hispalense, Evagrense, Mentesano, Urcitano, Cesaraugustano, Toledano, Ossonobense, Eliocrocense, Malacitano, Cordubense (éra-o o insigne Osio), Castulonense, Tuccitano, Iliberitano, Emeritense, Legionense ou Asturicense, Salariense, Elborense e Bastetano. Ademais de Osio, só um destes bispos tem nome conhecido: Valerio o de Zaragoza, pertencente à casa mitrada, “domus infulata”, de que falou Prudencio. Com oitenta e um cánones, deron os Padres de Ilíberis a sua primeira constituiçón à sociedade cristán peninsular, fixándose. mais que no dogma, que entón non padecía contrariedade, nas costûmes e na disciplina. Condenarom, non obstânte, algunhas prácticas herécticas ou supersticiosas e vestíxios de paganismo: de tudo o qual importa dar notícia, sem perxuíço de insistir em dous ou três pontos quando falêmos das artes máxicas. Tratarom, ante tudo, os bispos de separar claramente o pobo cristán do xentío para evitar novas apostasías, caídas escandalosas e simuladas conversóns. Non estaba bastante apagado o fogo das perseguiçóns, para que puidéra xulgar-se inútil unha disciplina severa, que fortificá.se contra os perigos. Para condenar os apóstatas, escrebeu-se o canon numero um, que excluía da comunhón, inclúso na hora da morte, ao cristán adulto que se achegue aos templos pagáns e idolátre. Igual pena se impón aos “flámines” ou sacerdotes xentís que, depois de ter recebído o bautismo, tornen a sacrificar, ou se manchem com homicídio e fornicaçón; mas aos que non sacrifiquem com obras de carne nem de sangre, senón que se limitem a oferecer dons, outorga-se o perdón final, feita a debída penitência.

MARCELINO MENÉNDEZ PELAYO

Deixar un comentario