Arquivos diarios: 08/12/2022

HETERODOXOS (CONCILIO ILIBERITANO)

O concilio de Ilíberis, foi o primeiro dos celebrados na península, cuxas actas forom conservadas. Merece por vários títulos veneraçón assinalada e estúdo minucioso. Reuniu-se nos primeiros anos do século IV, a começos do império de Constantino, uns vintiquatro anos antes do sínodo Niceno. Assistirom a el dezanove bispos de diversas províncias hispânas, enumerados assim na subscripçón final: Accitano, Hispalense, Evagrense, Mentesano, Urcitano, Cesaraugustano, Toledano, Ossonobense, Eliocrocense, Malacitano, Cordubense (éra-o o insigne Osio), Castulonense, Tuccitano, Iliberitano, Emeritense, Legionense ou Asturicense, Salariense, Elborense e Bastetano. Ademais de Osio, só um destes bispos tem nome conhecido: Valerio o de Zaragoza, pertencente à casa mitrada, “domus infulata”, de que falou Prudencio. Com oitenta e um cánones, deron os Padres de Ilíberis a sua primeira constituiçón à sociedade cristán peninsular, fixándose. mais que no dogma, que entón non padecía contrariedade, nas costûmes e na disciplina. Condenarom, non obstânte, algunhas prácticas herécticas ou supersticiosas e vestíxios de paganismo: de tudo o qual importa dar notícia, sem perxuíço de insistir em dous ou três pontos quando falêmos das artes máxicas. Tratarom, ante tudo, os bispos de separar claramente o pobo cristán do xentío para evitar novas apostasías, caídas escandalosas e simuladas conversóns. Non estaba bastante apagado o fogo das perseguiçóns, para que puidéra xulgar-se inútil unha disciplina severa, que fortificá.se contra os perigos. Para condenar os apóstatas, escrebeu-se o canon numero um, que excluía da comunhón, inclúso na hora da morte, ao cristán adulto que se achegue aos templos pagáns e idolátre. Igual pena se impón aos “flámines” ou sacerdotes xentís que, depois de ter recebído o bautismo, tornen a sacrificar, ou se manchem com homicídio e fornicaçón; mas aos que non sacrifiquem com obras de carne nem de sangre, senón que se limitem a oferecer dons, outorga-se o perdón final, feita a debída penitência.

MARCELINO MENÉNDEZ PELAYO

RAWLS (A IGUALDADE LIBERAL)

É preciso ir além da liberdade natural – como Rawls chama à mera igualdade formal de oportunidades em combinaçón com o princípio de eficiência – através da igualdade equitativa de oportunidades que, combinada com o princípio de eficiência, dá lugar à igualdade liberal. A ideia aqui é que os cargos ou posiçóns devam ser acessíbeis non só num sentido formal, mas favorecendo que todos tenham oportunidades equitativas de os obter. O obxectivo da igualdade equitativa de oportunidades é eliminar as barreiras sociais na competiçón polos cargos e polas posiçóns relevantes. Nas palabras do próprio Rawls, trata-se de que “em todos os sectores da sociedade deviam existir, em termos xerais, as mesmas perspectivas de cultura e de sucesso para todos os que estexam igualmente motivados e dotados. As expectativas daqueles com as mesmas capacidades e aspiraçóns non deviam ser afectadas pola classe social à qual pertençam”. As duas medidas políticas que respondem melhor a este desexo som a igualdade de oportunidades educativas, ou sexa, a garantia de unha educaçón de qualidade para todos os que non a receberiam por iniciativa privada das suas famílias, por razóns económicas ou de outra índole, e a eliminaçón das acumulaçóns excessivas de propriedades e de riqueza, entendendo-se que unha grande desigualdade económica torna inúteis os esforços da igualdade equitativa de oportunidades, incluindo a sua aplicaçón na educaçón.

ÁNGEL PUYOL