
Se o meu sangue nao me engana,
como engana a fantasia.
Habemos de ir a Viana,
ó meu amor de algum dia.
Um demorado passeio, agreste, através dos verdes campos das terras do Alto-Minho, a Galiza do lado dereito do rio. Vamos, recreando-nos na paisaxem, na toponímia tam familiar dos lugares. Até chegar aos arcos do val do rio Vez. Este é um velho caminho de muitas décadas atrás, agora xá tem outro nome o “Costa do Vez”, xá non se chama “O Grelo”, mas, continua sendo um dos melhores restaurantes para comer nestas terras.

Para começar, o melhor é quase sempre unha sopa de verduras.

A pescada, xá era pescada antes de ser pescada. Mas é um dos pratos que sempre senta bem no estômago.

Depois, para bons comedores, o prato estrela desta casa, o “Bacalhau à Lagareiro” com “Batatas à Murro”.

E “Abade de Priscos”. Ámem!

Jesus, meu Deus !!
O mundo está do revês!
Você, fala espanhol,
e nós falámos português!!!
Resultaba um caso curioso, e bastante habitual, que os empregados de mesa em Portugal, sempre che faláram em castelán. E, ainda que tu lhes fales em português, e que lhe pidas por favor, que entre nós sobra o castelán, resulta inútil, eles non podem evitá.lo! Ao princípio, poderíamos pensar que os portugueses mostram unha absolucta ignorância respeito aos asuntos dos seus vizinhos do lado. Ao ponto de confundir galegos com casteláns, e o “Galaico-Português” com a “Lusofônia”. Mas, logo, começei a desconfiar. ¿¿Será, que eles sentem vergonha de nós?? Razóns, non lhe faltam!! Reconheço, que o nosso comportamento, nunca foi exemplar! (Senón, vexamos a Manuel da Canle, que, durante as duas viáxes que fixo a Lisboa, acabou as duas no hospital. A última, no Hospital do Desterro, onde lhe mandarom dar um banho. Mas, o que realmente non sabem os Portugueses, é que, ao envergonhar-se dos galegos, están envergonhando-se de sí mesmos, da sua velha história, da civilizaçón do “Noroeste Atlântico”, que vem da idade do bronze, e sobre todas as cousas de unha fala em comum.
A IRMANDADE CIRCULAR COMUNAL