Arquivos diarios: 13/02/2022

ESCRITORES HISPÂNOS (RAMÓN DE BASTERRA)

BASTERRA, Ramón de (Bilbao, 1888-1928). Poeta e diplomático. A sua obsessón pola grandeza da Espanha levou-o a construir extranhas teorías históricas e culturais para probar a superioridade do católico-romano, latino e imperial sobre o protestante, anglosaxón e liberal. Trabalhou como diplomático em Itália, onde encontrou algunhas “probas” para a sua teoría; na Roménia, onde escrebeu “La obra de Trajano” (1921), obra em que relaciona a um emperador de orixe ibérico com os limítes do Império Romano; na Venezuela, onde escrebeu “Los navíos de la Ilustración: una empresa del siglo XVIII” (1925), libro no qual esaxéra a importância da “Real Compañía Guipuzcoana de Caracas” no futuro da América Hispâna. Basterra non foi somente um excêntrico: acabou morrendo maluco. A sua poesía é interessante no sentido ao que D’Ors chamou os seus sentimentos cerebrais. Apesar de estar dominado polas suas emoçóns, ou talvez por elas mesmas, Basterra entronizou o conceito de razón. O resultado foi a personalizaçón mítica do ideal “romano-hispânico” em Vírulo, em cuxo nome se combina a virilidade, a força e a humanidade. Usou metros tradicionais nos poemas, a miúdo barrocos, recolhidos em “Las ubres luminosas” (Bilbao, 1923) e “Vírulo. I. Las mocedades” (1924), mas os metros novos, vanguardistas, comezarom a notar-se em “Los labios del monte” (1925) e fixérom-se evidentes as suas necessidades de experimentaçón estilística e métrica em “Vírulo. II. Mediodía” (1927). A sua “Obra poética” foi recolhida recentemente (Bilbao, 1958).

OXFORD

PASSEIOS PARA UNHA TARDE DE SÁBADO (DE GUILLADE A GUILHADO)

Unha quarta-feira do mês de Febreiro do ano 2022, fomos de longada, como sempre, sem saber que rumo tomar. Alá, polas onze da manhám, brilhaba um sol magnífico e xá se sentía a primavera a ferver na sangre.

O Benito, escolheu Guimaráns “a terra dos cáns”, como acostumaba bromear o meu pai. A cidade é singular, está habitada por unhas xentes de pequena estatura, mas, adivinha-se unha constituiçón muito forte, as mulheres som xeitosas e alegram a vista, ainda que non convêm meter-se em maiores profundidades, ou complicaçóns, com admirá-las basta.

O meio dia, estaba radiante. Habia muita xente nova, acabamos por comer ó aire libre, para aproveitar um sol morno de inverno. Como lagartos ó sol, disfrutamos de todas as belezas, que non eram poucas.

A cidade é lindíssima, com casas à maneira tradicional, resulta um grande exemplo de conservaçón arquitectónica dos cascos históricos.

Depois, de um prolongado repasto de abades (¡comim, como um padre! ¡¡Lo que comió usted, fué como una bestia!!

Remoloneando, a saída deste lugar tán acolhedor, programá-mos o “Tom-Tom”, para partir cara à aventura de unha nova reportáxe com o fim de descobrir a orixe ou o significado do nome de Guillade.

Caros amigos, temos aquí diante das nossas vistas Guilhado, que nos hade proporcionar a chave definitiva para resolver o enígma deste nome.

E, quando eu xá non acreditaba que chegaría-mos a este lugar, e pensaba que o “Tom-Tom” nos tinha enganado unha vez mais, graças à fé de Benito e à sua constança, logramos dar com ele.

¡Boa tarde! ¿Há por aquí um lugar chamado Guilhado? Sim! Fica alá no alto de tudo!

Conforme nos fomos adentrando na configuraçón da paisaxem, e comparando-a com os outros Guillades, acaba-mos por descubrir o verdadeiro significado desta palabra.

Como unha revelaçón repentina, chegavamos ao significado deste nome. Aquí, nesta aldeia remota do território de Vila pouca de Aguiar, chegou por fim a confirmaçón da sua orixe escondida polo tempo.

Guilhado, aldeia perdida de Aguiar, é realmente um aguiar, ou sexa, um ninho das águias.

O Guilhado, tem um casco urbano considerábel, agora xá non muito habitado, por mulheres velhas pequenas e vestidas de negro cerrado.

“Antes habia neve, mas agora, xá non se conserva muito tempo.”

Guilhado, está practicamente abandonado a sua sorte, isto é, perder toda a sua povoaçón nativa, mas. de todas formas ainda conserva a propriedade comunal dos seus baldios.

Mulheres velhas vestidas de negro, com duros rasgos na sua cara.

Percorremos minuciosamente o povoado, e practicamente non conseguimos ver ninguém, só um par de velhas.

Polo chán, habia bastante bosta de gando.

Algúns cáns de pastoreo, um deles sacaba a cabeza por debaixo do portal, como se estivéra contente de ver-nos.

Terras duras da montanha.

Estas ruas bem pavimentadas, dán a esperanza de que venha xente nova.

Sería um bom lugar para montar unha comuna utópica, dentro de algúns anos.

O torreiro da igrexa.

Casa bem recuperada.

A igrexa é modesta, parece unha capela.

As ruas están bastante bem pavimentadas.

Valeu a pena buscar,

porque o que busca, sempre encontra.

Ainda que às vezes.

non o que procuraba.

Pois, aquí, nos despedimos de Guilhado, irmán da nossa Guillade, em terras de Aguiar, um ninho das águias.