Foi unha enorme caminhada, menos mal, que íbamos sentados sobre um aparato com rodas. Decidimos entrar por Cabeceiras de Bastos, mas, sinceramente, parecía unha outra Pontareas, arrassada por alcaides barbaros e carente ao parecer de qualquer interesse arquitectónico (salvo algunhas “Casas Grandes” de xerifaltes d’antâno), polo qual decidimos non parar, e continuar viáxe cara aos desfiladeiros das Cabeceiras.
A estrada antiga que nos leva até Boticas , sí que é um monumento paisaxístico de primeira magnitude e abultada lonxitude. Quase setenta quilómetros por ribanceiras, povoádos remotos (perdidos do mundanal ruído) e terras bravías de gando.
Chegamos a Boticas perto das três da tarde, xá non eram horas de comer, mas o “Restaurante Rio Béça” ainda estaba cheio de xente, e o movimento era animado.
Quanto mais se sofre polo caminho, mais gratificante costûma ser a recompensa! A carta era prometedora, tendo em conta que estábamos em terras de muito gando, e que este pastába libre polos verdes prados de montanha.
A sopa era boa e abundante, como mandam os monxes (non como os santos, que esses passam mais fâme c’a Dios)!
As trutas, parece serem as estrelas do lugar, e inclúso se temos sorte poderíam ser do mesmo río Béça. Estabam fritas e escabechadas, e resultabam um prato delicioso.
O lombo de boi grelhado, era de bastânte qualidade.
Aquí, em Boticas, está enterrado um tio meu, José Argibay Amil natural de Guillade e filho do Benito do Ramón e da sua primeira mulher.
Chegados a Montalegre, o frío era intenso e doíam as máns dentro das alxibeiras, o naríz estaba encarnado. Non se vía unha alma pola rua. Todos estabam encafuádos.
Só vislumbramos duas ou três pessoas.
A vila é bonita, airosa e está bastante bem conservada. Ainda que, para viver neste lugar, é necessário ter dentro de casa um fogón de lenha “Hergóm” funcionando a toda máquina.
Há que vir no vrán, no tempo das festas e das lutas de bois! Ver o boi de fulano de tal, lutar contra outro, num espectáculo de bestialidade tamanha, que só pode ter unha disculpa: o feito de, terem cabeça pequena e um bom lombo, para levarem unhas cornadas!
LÉRIA CULTURAL