Arquivos diarios: 21/02/2022

ESCRITORES HISPÂNOS (GUSTAVO ADOLFO BÉCQUER)

BÉCQUER, Gustavo Adolfo (Sevilla, 1836-1870). Um dos maiores poetas do romântismo espanhol, quase solitário na sua luta contra os convencionalismos e a pedantería. O seu nome verdadeiro foi Gustavo Adolfo Domínguez Bastida. Horfán desde neno, estudou na “Escuela Naval de San Telmo”, até que foi pechada em 1850. Depois converteu-se em aprendís do pintor Antonio Cabral. Impulsivamente marchou para Madrid em 1854, com o sonho de convertir-se nunha figura literária, mas forzado pola realidade económica tivo de escreber libretos para zarzuelas, hoxe completamente esquecidos. Vivéu na pobreza, padecéu tuberculose. Trabalhou como censor de novelas, ocupaçón que desempenhou de 1864 a 1865 e de 1866 a 1868. Colaborou a miúdo no “El Contemporáneo” de José Luis Albareda. Algunhas das suas “Rimas” forom inspiradas pela lembrança de Julia Espín, filha de um professor do Conservatório de Sevilla, a quem tinha amado desde 1858. Non obstânte. Bécquer nunca se aproximou dela, consciente da barreira social e económica que os separaba. Em 1861 casou-se com Casta Esteban Navarro. O seu irmán, o pintor Valeriano Domínguez, contribuíu ao fracasso do matrimónio ao sentir ciúmes de Casta. Os irmáns colaboram xuntos em “La Ilustraçión de Madrid” (1870). Em 1863, Bécquer passou unha temporada em Novierca (Soria), mas a sua saúde empiorou despois de unha estância em Sevilla em 1864 estivo no mosteiro de Veruela, ao norte do país, onde escrebeu as famosas “Cartas desde mi celda” para “El Contemporáneo”. A maioría das “Rimas” forom compostas entre 1867 e 1868, mas o manuscrípto perdeu-se durante “La Gloriosa”. As ediçóns recolhen unicamente as rimas que el recordaba de memória. Em Septembro de 1870, morreu Valeriano. Bécquer, que se tinha separado da sua mulher a causa dos ciúmes de Valeriano, continuou escrebendo-se com ela durante esse lapso e, quando o seu irmán morreu, voltou a viver com ela; permanecendo xuntos até à morte do poeta. O único libro que publicou em vida foi “História de los templos de España” (1857, vol. I), em colaboraçón com Juan de la Puerta. Despois da sua morte um grupo de amigos financiou a publicaçón das suas “Obras” (1871, 2 vols.) e donarom os lucros à sua viúva e filhos. A segunda ediçón contêm o mesmo número de “Rimas” (79), mas a terceira, de 1889, enriqueceu-se com as “Cartas a una mujer”. A fama de Bécquer non só non disminuíu ao longo do tempo, senón que se incrementou, apesar de que utiliza com frequência um tôm confessional e que non som asequíbeis os seus versos à maioría dos leitores. Os seus temas som o amor e a esperança, a miséria e a solidón, a desesperança que vem como consequência, e a busca constânte do mistério da vida humana, da arte e da poesía. A sua obra acusa a influênça do xá esquecido F. Rodríguez Zapata, e também a de Byron e Heine, aos quais conhecía. As suas rimas som a miúdo mecânicas; dixo-se que o melhor da sua obra foi a sua prosa, especialmente as sua “Leyendas”. “Los ojos verdes” está tomada de um tema de Hoffmann; “Es raro” pertence ao xénero costumbrista. Tal vez a impressón de ensonhaçóns e mistério dos escrítos de Bécquer, xunto com a sua falta de rectórica e a sua forma coloquial de expressar-se, sexam as razóns do seu êxito.

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