
Em Canet non habia tempo para as disquisiçóns intelectuais ou morais. Alí tudo era directo e ao albo. O namoro com as alemáns, ou era “ipso facto” ou non era, non existíam estratéxias nem requebros: “aquí te pillo, aquí te mato”. A Academia “Aprenda alemán, ligue seguro”, era um sacacartos que encaixaba muito bem na psicoloxía do espanhol médio e nas suas ilimitadas ânsias sexuais; era comprehenssíbel num país de “pajilleros”, maiormentemente, num país dominado polo mito “hortera” do “latin lover” como aspiraçón suprema de hexemonía em algo. Os trolhas (albañiles) da costa, tinham ouvido falar do “latin lover”, o amante bandido, fogoso e irressistíbel. E todos se considerabam “playboys”, e galopabam de arremetida em arremetida. Algunhas alemáns também acreditábam, mas penso que isso foi só ao princípio do turismo. De onde púido sair semelhante épica amatória, sobre tudo entre as clásses baixas, é algo que desconheço totalmente. Pode que tenha existído, mas a outros níveis. Por estes anos na Espanha, seguiam axudando-se o confesionário e a política. Só había liberdade de sexo, guardando certas formas sociais, para quem a tivéra sempre: estraperlistas ou sucedâneos e xerifaltes, que ofertábam moradas às queridas em bairros de vivendas protexidas. Os do Opus eram castos, ainda que alguns eram suspeitosos e se mortificabam com cilícios. Isso era divulgado, sobre tudo, e seguro que sem fundamento, polos falangistas, machos e folhadores. As suecas em xeral e as alemáns em particular, digam o que digam os celtibéricos, non vinham a Espanha para curar-se de carências sexuais: estabam de lacer, um pouco subidas de sol e de etílicos, e isso perturvaba os seus biorrítmos sexuais; caridade era o que non facíam aquelas valquírias. Mas, de ahí a montar com qualquera, mediaba um abismo. Gozabam de certa leviandade, ainda que, chegado o momento, eram tán senhoras como as espanholas. Os desexos lascivos pareciam os mesmos, os dunhas e os das outras, só que às hispânicas lhes faltaba ocasión e lhes sobrabam sermóns e autoridade familiar. Mentras que quase todos os extranxeiros passabam da questón dos cornos, os espanhois punham a sua honra entre as pernas das mulheres. Nada era mais sagrado que a virxindade das noivas e a honestidade das irmáns. Para estas, o respeito, para as outras, as que consentiam por gosto, ou se obrigabam por necessidade, o despreço. O qual era unha contradiçón antípoda, porque aquí todo mundo quería meter como fosse; polas bravas, em xeral, e arrempuxando.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO