
Também é preciso entender nunha perspectiva schopenhaueriana a ligaçón entre a clareza filosófica e a experiência da morte que Wittgenstein estabeleceu e experimentou, sobretudo durante a Grande Guerra. Wittgenstein chegou a Schopenhauer depois de dar por perdida a sua fé relixiosa. Como bem explica Ray Monk na sua excelente biografía “Ludwig Wittgenstein: o Dever do Xénio”, essa perda de fé era o reconhecimento de nunca a ter possuído – e talvez a certeza de que nunca a teria. Sem recorrer à fé, como solucionaría Wittgenstein o problema do sentido da vida? Fazendo desaparecer o problema, vendo a vida de outra perspectiva, tal como dissipava os problemas lóxicos apresentando-os de unha maneira alternativa ao habitual. Antes de mais, tinha de deixar de vê-lo como um problema. Esta transformaçón podia ter lugar olhando para a morte cara a cara; confrontar-se com esse limite podia favorecer a superaçón do afecto polo que acontecía. Ascetismo puro e duro. O mesmo ascetismo com que Schopenhauer enfrentou “a vontade”. A exortaçón de Schopenhauer à superaçón da vontade teve um papel central na procura da vida feliz de Wittgenstein. Para este, alcançar a felicidade implica unha certa resignaçón, aceitar que as cousas som como som. Schopenhauer também chamou a atençón de Wittgenstein sobre o carácter transformador da experiência estéctica. Influênciado polo filósofo holandês, de ascendência portuguesa, Benedictus de Espinosa, Schopenhauer propunha o distanciamento estéctico como actitude perante o mundo, unha das formas de conseguir a perspectiva eterna sobre as cousas. Preciso era mudar a forma como olhamos para o que nos rodeia para, de algum modo, a superarmos. Esta mudança de perspectiva implicava impor limites à vontade. Isto foi o que Wittgenstein aprendeu negativamente com o que Weininger escrebeu acerca da figura-tipo do “criminoso”, que, incapaz de impor limites a si próprio, via o que o rodeaba de maneira deformada e estaba condenado à infelicidade de unha cadeia de desexos sempre insatisfeita. Para Wittgenstein, ver o mundo correctamente significava dar-se conta de que o mundo e o eu têm limites e, axustar-se a eles de bom ânimo.
CARLA CARMONA