AS PEDRAS FITAS
Ainda quando as notícias que temos logrado reunir acerca da existência destes importântes monumentos nas quatro províncias, som de que xá no dilatado monte do Barbanza (Noya) – ao qual non sem razón denominá-mos o Olimpo céltico da Galiza – xá noutras várias comarcas se encontram algunhas pedras cravádas e de suficiente elevaçón, para acreditar serem “menhires”, como non temos muitas esperanzas de encontrá-las, nem sequer as mencionámos. Outro tanto afirmamos de todas aquelas pessoas competentes que nos asegurarom ter visto na Serra da Queija (Ourense), e na xá citada de Barbanza, pois mentras non se examinem debidamente, non será dado a ninguém alargar-se mais que as pressentes indicaçóns. A carência ou suma escasez destes importântes monumentos num país céltico por excelência e no qual tanto abundam os “dólmens”, e podem assinalár-se algúns “cromlechs” e também “alinhamentos”, non deixa de ser notábel: non se explica senón por unha grande e sistemática destruiçón dos mais assinaládos. É certo que a colina de Fraxilde e a chán de Corzan, apressentam à vista do curioso numerosas pedras fitas, mas som estas de tán breves dimenssóns que non é possíbel recordar a propósito delas o “menhir” bretón, a menos que non se lhes aplique a comparaçón do cedro e do hisopo. ¿Faltam no país? Acreditamos que sí. ¿Faltarom sempre? Impossíbel! Polo pronto, nos documentos medievais referêntes a territórios cuxos limites assinálam e, muito especialmente nos das igrexas, mencionam a cada momento as “pedras fitas”, das quais muitas tivérom que ser antigos “menhires”, que forom aproveitados como marcos ou que xa estabam alí como pedras terminais. A miúdo denominádas “pedras de cruce”, ou sexa aquelas santificadas grabando a cruz nunha das suas caras, e “petram scriptam”, as marcadas com signos e letras acordes ao fim a que estabam destinádas. Também há expressóns como “petra incabalada”, que podería muito bem aludir a unha pedra vacilante, “petra incarrigada”, “petra grande de castro” e outras com o qual advertímos que non só os “menhires”, senón os demais bloques de granito (petra in qua stat crux), os “dólmenes” (arcas) e mâmoas – em ocasións “cómaros”- som aproveitados como “marcos”, talvés por mais respeitados e melhor conhecidos do vulgo. Semelhante predilecçón parece como que indica de por sí a importância que o nosso pobo lhes concedía nas suas lembrânças, e o carinho que lhes professaba e até nas superstiçóns. A sua antiguidade está reconhecida nos mesmos documentos, quando no ano 877 da nossa era, se afirma “petras quoe ab antiquo fuerunt constructe”; indicando a sua condiçón de pedras cravadas com a frase: “petras erectas”.
MANUEL MURGUÍA