
Alfonso X el Sabio sucedeu no trono de Castella ao seu pai Fernando III em 1252, e reinou até 1284. É um lugar comúm falar da sua diversa eficacia como gobernante e como home de letras. Solalinde recorda a inexactitude do xuíço do padre Mariana, segundo o qual o rei Alfonso tinha fracassado repetidamente nas suas empressas políticas, por esquecer a terra e preocupar-se demasiado com as estrelas. Porque o rei Sabio non descuidou de todo as cousas da terra; talvez, polo contrario, intervem em mais assuntos do que tivésse sido menester. O qual resulta innegábel é que o seu temperamento de home de letras, moderado e meditador (indeciso e presto a rectificar, qual corresponde a um espírito científico) avinha-se mal com a expedictiva resoluçón necessária para actuar com êxito frente aos homes e ós problemas do seu tempo. Non deu as espaldas à actividade própria de um gobernante; mas, evidentemente, só se encontraba no seu verdadeiro elemento diante dos libros e na companhia dos sabios, dos colaboradores, e dos poetas e artistas da sua câmara. Sendo infante, tinha Alfonso intervído activamente ao lado do seu pai, em cuxo nome conquistou o reino de Murcia. Ao princípio do seu próprio reinado reconquistou algunhas praças perdidas e logo tomou despois Cádiz, Cartagena e Niebla. Mas logo fracassou sucessivamente nunha série de empressas: disputou sem êxito a rexión do Algarve ao rei de Portugal; pretendeu conquistar Navarra proseguindo a velha política de Castella, mas teve que desistir do seu propósito; tratou de recuperar o ducado de Gasconha, que os ingleses tinham dado como dote à esposa de Alfonso VIII, e acabou por aceitar um tratado pouco feliz. A sua maior empressa política, o proxecto de coroar-se imperador de Alemanha ao extinxir-se alí a casa dos Suabia, de quem era herdeiro pola sua nái, empressa que lhe custou grandes esforzos e enormes sumas de dinheiro, sem que ao fim conseguira o seu propósito, a pesar de que chegou a ser elexido imperador. Finalmente, a sua falta de autoridade e as indecissóns dos seus varios testamentos, desatarom a rebelión do seu filho Sancho IV, e quando morreu, em plena guerra civil, non lhe odedecía mais que a cidade de Sevilha, na qual se encontraba sitiado. Frente a estes fracassos políticos, o seu papel, em câmbio, na história das letras foi excepcional.
JUAN LUIS ALBORG