AURELIUS AGUSTINUS (O CRISTIANISMO RELIXIÓN OFICIAL DO IMPÉRIO)

Som três os principais eixos sobre os quais assenta a actividade de Santo Agostinho a partir de entón. O primeiro, o menos gratificante para o bispo e, também, o menos relevante para nós, é o do exercício do seu papel de autoridade local, de figura respeitada e respeitábel, a quem os membros da comunidade recorriam para resolver as disputas e controvérsias da vida quotidiana. Santo Agostinho visto como xuíz, como conselheiro, como autoridade que pode oferecer refúxio e proteçón. O segundo eixo é, polo contrário, fundamental para compreender as particularidades no desenvolvimento do pensamento de Santo Agostinho na idade adulta, tanto no conteúdo como na forma. Trata-se, neste caso, do Santo Agostinho pregador e polemista. É preciso non esquecer que a posiçón da Igrexa católica, nos anos que se seguirom à ordenaçón de Santo Agostinho como bispo de Hipona, estaba bem lonxe de ser sólida e hexemónica. Ainda era recente a aprovaçón do Édito de Tessalónica, por parte do imperador Teodósio (380), que reconhecia o cristianismo como a relixión oficial do Império, pondo assim um fim à longa sucessón de decretos e éditos que, desde a época de Constantino, vinham consolidando a posiçón privilexiada da fé cristán. Mas este catolicismo emerxente, que acabava de se tornar oficial, era ainda unha fé em processo de definiçón, abalada (para os seus hierarcas) por unha infinidade de interpretaçóns e sensibilidades diferentes que à medida que se ia definindo unha ortodoxia, passarom a ser etiquetadas como heréticas.

E. A. DAL MASCHIO

Deixar un comentario