
Servem os Menhires como enlace entre os monumentos megalíticos que podemos chamar naturais e os que som obra dos homes. Polo seu aspecto exterior e a sua simplicidade, venhem a ser como os bloques erráticos, unha pedra bruta; pola sua colocaçón e destino um verdadeiro monumento; em ambos conceitos um eterno mistério. Sexa qual for o obxecto polo qual os levantarom, xá se tomem por estelas funerárias, xá como símbolo relixioso; xá sexam ídolos, xá um obelisco conmemorativo ou tudo isto à vez e sucesivamente, resulta impossíbel negar-lhe a índole monumental que os distingue. Falam deles os antigos documentos das nossas igrexas e correm unidos às primitivas crênças, à recordaçón, tradiçóns e vida exterior do pobo galego. Depois de limitar o campo sagrado, fixar os límites territoriais da tribu e ser testemunha das assambleias nacionais, como pedra terminal e em tal conceito ser santificado polo campesino, que em algúns lugares lhe tributa todavía ofrendas e espera da sua virtude a saúde desexáda. Este dobro carácter de monumento civil e de fetiche em que se unem e alíam, para o home do campo, todas as condiçóns protectoras do agro e da família, que aínda non se perdeu entre nós. Vive o seu recordo nas superstiçóns populares, como na representaçón senssíbel. Sobram as indicaçóns respeito à sua existência no nosso país, e faltam mais do debido as “pedras fitas”, que, ao parecer, tanto abundarom noutros tempos. Non os encontramos nem tán característicos como os de Bretanha, nem da altura para ter a importância daqueles. Tal vez por mais gratos ao pobo, caírom com maior razón ante o peso dos anatemas da igrexa. Mas, pensamos se a infindade de “cruceiros” (vera-cruces) que desde há tanto tempo povoam os caminhos e lugares da Galiza, non reemprazarom à sua hora os velhos menhires, ante os quais seguirom, durante tanto tempo, rendendo culto a multidóm que poboa os campos daquel país ao qual historiadores e poetas chamarom com verdade suma a pequena Galia. Que aquí foi, sem dúvida algunha, onde com maior ânimo que em outras partes se levou a cabo o que Gregorio II aconselhaba ao monxe Agustín que evanxelizaba na Inglaterra, quando lhe escrebía, que santificasse pola nova lei todos os lugares consagrados ao culto ancestral.
MANUEL MURGUÍA