LITERATURA CLÁSSICA LATINA (“IUS GENTIUM” E “LIBER HOMO”)

O único exemplo de proteçón do Senado à “literatura” foi o encargo dado a D. Silano, depois da destruçón de Cartago no 146 a. C., de traducir para o latim os vintioito libros do Manual de Agricultura do cartaxinês Magón. Outras investigaçóns das que temos notícia forom os estudos cronolóxicos e sobre o calendário de M. Acilio Glabrión e M. Fulvio Nobílior, aproximadamente em 190 a. C. e a obra astronómica de C. Sulpicio Galo (cónsul em 166 a. C.), quem, non obstânte, resulta improbábel que conhecera, e menos ainda que entendera, as investigaçóns do grande Hiparco de Bitinia, seu contemporâneo. Como indicamos anteriormente, os poetas e erudíctos iniciarom o estudo da história da literatura latina no período dos Gracos. Lamentábelmente, pola qualidade do seu trabalho, foi a escola de Pérgamo mais que a tradiçón da erudiçón alexandrina, a que influíu por cima de tudo. Muito mais importânte foi o estudo do direito romano, para o qual eram directamente apropriádos os métodos de classificaçón e definiçón peripatéctica, e que se resentía menos do dogmatismo e da especulaçón característica de Crates de Malos e os seus seguidores de Pérgamo. A primeira obra importânte foi a “Tripertita” de Sex. Elio Peto Cato, escrita probabelmente na década do 190 a. C. Incluía um texto das “Doce Tablas”, um comentário sobre a sua interpretaçón e um informe sobre os procedimentos apropriádos ante a lei. Há de ter-se em conta que Elio foi o primeiro xurista que non era “pontifex” ou “augur”. Tampouco o era Catón. El mesmo, ou o seu filho, escreberon comentários de algún tipo sobre o direito civil, mentras é seguro que Liciniano escrebeu quinze ou mais libros idênticos em que incluíam um “De legis disciplina”, nel apareciam proposiçóns teóricas. C. Sempronio Tuditano (cónsul em 129 a. C.) escrebeu treze ou mais “libri magistratuum”, unha obra que combinaba a investigaçón histórica e interpretaçón legal. Pomponio considera a P. Mucio Escévola o Pontífice (cónsul no 133), M. Junio Bruto e Manio Manilio (amigo de Lucilio) como fundadores do direito civil. Atribuie-lhes respectivamente dez, sete e três libros. P. Mucio Escévola o Pontífice, em certo sentido publicou também os “annales” do Coléxio dos Pontífices; estes ocupabam oitenta libros. Non está claro o que implica exactamente a “publicaçón”. Certamente, os arquivos forom acessíbeis para os historiadores arcaicos. O seu filho Q. Mucio Escévola o Pontífice (cónsul em 95) compuxo dezoito libros autorizados sobre direito civil, assim como unha monografía, cuxo título, “Opoi” (definiçóns), implica a natureza peripatéctica do tratamento. As três obras autênticas de M. Junio Bruto som de interesse por ser as primeiras em latim, escritas em forma dialogada, com localizaçón dramática em Priverno, Albano e Tibur. Evidentemente, esta é a forma literária empregada por Cicerón com tanta graça e nostalxía nos últimos anos da República. Ainda que virtualmente non poida citar-se nada específico destes estudos legais do século II a. C., colectivamente representam unha contribuiçón importânte para a história das ideias, xá que estes xuristas íam muito mais alá dos logros gregos neste terreno, combinando estudos empíricos anteriores com a abstraçón teórica. De ahí surxíndo conceitos legais tán importântes como “ius gentium” e “liber homo”.

E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)

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