
Depois de por em andamento o “Tom-Tainas”, partímos de corazón alegre com ânimos de longada. Para a tranquilidade de mais unha das nossas aventuras gastronómicas, cara a Boticas. Baixo a influênça de Saramago e do seu românce “Todos os nomes”, buscamos um tio meu Xosé Argibay Amil, que está enterrado no cemitério de Boticas. A trama-pretéxto, é ir pechando o cerco até dar com ele.

Comemos no Restaurante Rio, um lugar limpo, desafogado e com unha carta bastante interesante.

Três trutas fritas e escabechadas, muito bem preparadas e bastânte tersas.

E, como prato principal xabalí estufado com castanhas.

Logo de inquirir demoradamente as raparigas, passámos a saber que Boticas tem um cemitério e todas as aldeias limítrofes tenhem o seu próprio. Assim que, há que investigar todos os nomes.

À tarde, xá com a barriga contente, tomámos o caminho da cordilheira da Serra do Larouco, buscando um buraco por onde furá-la cara ao Couto Mixto, desde terras de Portugal.

Depois de perguntar, a um rude pastor celtibérico, de barbas sem rasurar e roxos cabelos bem abonados. O caminho a seguir era, sempre em frente, sem duvidar.

Entramos no Couto Mixto, sem saber onde estábamos, tudo parecía diferente da semana anterior. Quando entrámos polo lado galego, a verdade é que o lugar parecía muito mais montanhoso e agréste.

Mas, desta vez, tivémos muita mais sorte! Pois, conseguímos infiltrar-nos nunha “orda” de visitantes, capitaneádos por duas raparigas expertas na temática local, às quais non deixámos respirar com perguntas indiscrétas, características de todo heréxe que se préça.

Inclúso, lhe propuxem, aproveitar toda esta confusón do “Covicioso”, para acabar definitivamente com os curas.

E, a um dos vecinhos, que milagrosamente conseguim encontrar, polas destartaladas e solitárias viélas, que era urxente fazer unha importaçón massiva de suecas, sexam elas de onde forem, dá igual. E? Pareceu-me que, algo sim, que o animou.

Aquí, dentro desta arca, pechada a três chaves, están os documentos que testemunham a independência passada do nosso Couto Mixto, liberdade sentada sobre a dura vida das terras pobres.

Baixo esta tarde soleada do Outono, xá os corpos pedem quentura, adivinhando o crú Inverno, o frío e a dureza destes lugares da montanha. Fai falta, abundante lenha. Duros tempos se aproximan, em que tanto Portugal como a Galiza xá quase non existem. E o Couto Mixto, arruinado na sua beleza e falto de habitantes, está irremediábelmente morto!

A IRMANDADE CIRCULAR