
Xá referimos que este afastamento de Wolff teria tido influência na severa decisón do xúri de lhe outorgar o terceiro lugar na classificaçón quando, em 1793, Hegel defendeu perante o xúri a sua tese para o diploma de Teoloxía. Em todo o caso, o nosso filósofo tinha bom olho: a filosofia de Kant estava a revolucionar a concepçón do conhecimento e do papel que nele desempenha o suxeito que conhece; estava a assentar sobre novos fundamentos os princípios que rexem a moralidade, e, finalmente, parecia trazer luz à nebulosa que até entón rodeava os discursos sobre a especificidade dos xuízos estécticos relativamente aos cognoscitivos. A vocaçón pastoral de Hegel fraquexa. Depois de concluir a licenciatura, abandona o seminário de Tubinga e aceita um cargo de preceptor em Berna, no qual permanece até 1796, para depois se mudar para Frankfurt, onde exerce funçóns análogas até 1800. Som anos de enorme peso para a sua vida social e filosófica. Nesse mesmo ano de 1793, no qual Hegel renuncia ao destino de pastor, na França revolucionária, através do Comité de Salvaçón Pública, Saint-Just impulsiona a República Ideal, concretizada na Constituiçón do Ano I, aprobada por referendo, que garantia os direitos de educaçón, trabalho e axuda imediata em caso de indixência. De facto, os mesmos membros da Convençón que deveriam pôr o proxecto em marcha consideram-no irrealizábel, em virtude de ameaças tanto internas como externas, dada a coligaçón de intereses conservadores em toda a Europa. Mas isto non debe fazer esquecer que esse ideário continuou a encoraxar todos os momentos em que, desde entón, se reivindicou a causa xenérica do home, apostando tanto pela aboliçón do embrutecimento social como pola actualizaçón do espírito. O xovem Hegel seguía de lonxe esses acontecimentos e non apenas pola distância xeográfica. O preâmbulo da Constituiçón do Ano I recordaba o decreto de 21-22 de Septembro do ano anterior, através do qual: “A Convençón nacional decreta por unanimidade que a monarquia fica abolida em França”. No entanto, como veremos, por razóns estrictamente filosóficas (isto é, inerentes ao que Hegel xulgava ser o cenário social no qual a filosofia podería ganhar relevo), o desaparecimento de unha forma periclitada de poder monárquico de modo algum podía significar a aboliçón da monarquia, o que non obstava a que o entusiasmo pola Revoluçón fosse unha constante no pensador.
VÍCTOR GÓMEZ PIN