
A analoxia normalmente utilizada para explicar a curvatura do espaço é tentar imaxinar alguém de um universo com superfícies planas, que nunca tivesse visto unha esfera, a ser trazido para a Terra. Por mais que calcorreasse a superfície do planeta, nunca encontraria unha ponta. Poderia eventualmente voltar ao ponto de partida, caso em que ficaria extraordinariamente confuso se tentasse explicar o sucedido. Bem, estamos mais ou menos na mesma situaçón que o nosso amigo do planeta plano, só que completamente perplexos perante unha dimensón mais elevada. Assim, tal como non há lugar onde encontrar a ponta do universo, também non há lugar onde encontrar o seu centro, de forma a podermos dizer: “Foi aqui que tudo começóu. Este é o verdadeiro núcleo de tudo.” “Todos nós” estamos no centro de tudo. Na verdade, non podemos ter essa certeza, pois non podemos prová-lo matematicamente. Os cientistas partem simplesmente do princípio de que non podemos ser o centro do universo – imaxinem o que isso implicaria -, mas que o fenómeno debe ser o mesmo para qualquer observador em qualquer lugar. Mas, mesmo assim, non sabemos. Para nós, o universo só chega até onde a luz tem viaxado nos bilións de anos decorridos desde a sua formaçón. O universo visíbel – aquele que conhecemos e de que podemos falar – tem um milhón e meio de milhón de milhón de milhón de quilómetros de dimensón total. Mas, segundo a maior parte das teorias, o universo no sentido lato – o “Meta-universo”, como lhe chamam por vezes – é muito mais espaçoso. Segundo Rees, o número de anos-luz até à ponta deste maior e invisíbel universo seria escrito “non com dez zeros, nem com cem zeros, mas com milhóns de zeros”. Resumindo, xá há mais espaço do que se consegue imaxinar, polo que non vale a pena ter o trabalhón de tentar visualizar mais um espaço adicional para além dele. Durante muito tempo, a teoria do “Big Bang” teve unha falha enorme que preocupaba muita xente – nomeadamente, non conseguia explicar como tinhamos chegado até aqui. Apesar de 98 por cento de toda a matéria que existe ter sido criada com o “Big Bang”, essa era apenas constituída por gases leves: hélio, hidroxénio e lítio, como xá atrás mencionámos. Nem unha única de todas as outras partículas pesadas de matéria vitais para o nosso ser, como o carbono, o azoto, o oxigénio e todos os outros, surxiu do grande caldo gasoso da criaçón. Mas – e isto é que é inquietante – para forxar estes elementos é necessário o tipo de calor e enerxia xerados por um “Big Bang”. Contudo, só hoube um “Big Bang”, e esse non os produziu. Portanto, de onde vinherom eles?
BILL BRYSON




























