
A maioria daquilo em que acreditamos, ou pensamos acreditar, sobre os primeiros momentos do universo debe-se a unha ideia chamada “teoria da inflaçón”, suxerida em 1979 por um xovem físico de partículas, que na altura trabalhava em Stanford e hoxe no MIT, chamado Alan Guth. Tinha entón 32 anos, e era o primeiro a admitir que nada fizera de excepcional até entón. Provabelmente também non teria pensado nesta teoria se non tivesse assistido a unha palestra sobre o “Big Bang”, dada pelo famoso Robert Dicke. A palestra inspirou Guth, que começou a interessar-se pola cosmoloxia e em especial pelo nascimento do universo. O resultado final foi a “teoria da inflaçón”, que diz que na fracçón de momento que se seguíu à aurora da criaçón, o universo sofreu unha expansón súbita e monumental. Insuflou – na verdade, perdeu o controlo de si mesmo, duplicando de tamanho a cada 10 elevado à potência de 34 segundos. Tudo isto non debe ter durado mais do que 10 elevado à potência de 30 segundos, ou sexa, um sobre um milhón de milhón de milhón de milhón de milhón de segundos – mas o facto é que mudou o universo de algo que poderíamos segurar na mán para qualquer cousa pelo menos 10 000 000 000 000 000 000 000 000 vezes maior. A “teoria da inflaçón” explica as ondulaçóns e redemoinhos que tornam possíbel o nosso universo. Sem ela non haberia agregados de matéria, ou sexa, non haberia estrelas, apenas gases à deriva nunha escuridón eterna. Segundo a teoria de Guth, a gravidade emerxíu a um sobre dez milhóns de bilións de bilións de bilións de segundo. A que se xuntou, após outro intervalo ridiculamente curto, o electromagnetismo, assim como as forças nucleares fortes e fracas – basicamente, a física. Um instante mais tarde, vieram xuntar-se-lhes enxames de partículas elementais – basicamente, a matéria. Do nada absolucto surxiram de repente enxames de fotóns, protóns, electróns, neutróns, e muito mais – entre 10 elevado à potência de 79 a 10 elevado à potência de 89 de cada, segundo a teoria mais corrente do “Big Bang”. Sendo estas quantidades incompreensíbeis, basta perceber que num simples instânte fomos presenteados com um vasto universo – de acordo com a teoria, pelo menos cem mil milhóns de anos-luz d’unha punta à outra, mas possíbelmente de qualquer tamanho até ao infinito. É um vasto universo perfeitamente preparado para a criaçón de estrelas, galáxias e outros sistemas complexos.
BILL BRYSON
