
Por outro lado, o platonismo oferecia-lhe unha armadura com a qual podia dotar de dignidade filosófica a doutrina cristán em que tinha sido educado e que, até entón, lhe parecia carente de um mínimo de dignidade e de solvência intelectual; paralelamente, o platonismo dava-lhe ainda a possibilidade de conceber unha realidade imaterial, podendo assim superar as limitaçóns que lhe eram impostas polo tosco materialismo das doutrinas de Mani. Abria-se, assim, a porta à adopçón da fé cristán, libre de complexos, non tendo xá que se envergonhar por isso. Para tal, contribuiríam duas figuras decisivas na vida de Santo Agostinho, com unha importância equivalente ao que, noutra altura, o encontro com os maniqueístas tinha representado. Na primavera de 385, Mónica resolveu aparecer em Milán. A abnegada nái decidíu seguir os passos do seu descarriládo filho na esperança de assistir à sua conversón à verdade, tal qual lhe tinha sido anunciado num sonho. Parece que a combinaçón entre a crise espiritual em que Santo Agostinho se encontrava e a chegada da nái levaram o santo a tornar-se catecúmeno da Igrexa católica. “Assim, à maneira dos filósofos da Academia, como vulgarmente se crê, duvidando de tudo e fluctuando no meio de tudo, decidi abandonar os Maniqueus, xulgando que durante o tempo da minha dúvida non debia permanecer naquela seita a que xá antepunha alguns filósofos (…) Decidi, por isso, finalmente, ser catecúmeno na Igrexa Católica, segundo a tradiçón de meus pais, até que algunha certeza brilhasse, para onde eu dirixisse os meus passos.” Fossem quais fossem as razóns que o levaram a essa determinaçón, o importante é que a sua nova condiçón de catecúmeno lhe permitiu escutar a pregaçón de Santo Ambrósio, o venerado bispo de Milán. Ouvidas da boca de um cultivado membro da elite dirixente da época, como era Santo Ambrósio, as doutrinas do cristianismo surxiram a Santo Agostinho sob unha nova luz que pouco tinha a ver com a relixiosidade agreste e literal que había conhecido em África. Santo Ambrósio transcendia a estricta literalidade do texto para lhe extrair o autêntico sentido filosófico, mostrando quán infundadas eram as críticas de que eram albo as Sagradas Escrituras por parte dos seus adversários filosóficos.
E. A. DAL MASCHIO