O “BANCO MEDICI”

O primeiro a dedicar-se ao negócio da banca internacional foi Xoán, que em 1397 fundou o “Banco Medici”, que os seus filhos haveriam de transformar num dos mais importântes do Renascimento. Todavia, este negócio sempre representou para os Medici um difícil dilema moral. Fervorosos católicos como eram, a Igrexa considerou durante pouco mais de mil anos que emprestar dinheiro com usura -isto é, cobrando xuros- era um pecado mortal. Tal situaçón pecaminosa levou a que os Medici, acima de tudo, sexam recordados, xunto da Igrexa católica, como os grandes mecenas do Resurximento. De facto, a progressiva secularizaçón da arte renascentista é em grande medida fruto desta nova fornada de patronos de artistas, de humanistas e de cientistas. No fundo, o propósito destes novos ricos mecenas era principalmente apaziguar o seu peso de consciência promovendo a cultura e, ainda, “comprar” a salvaçón eterna que uns papas tán ambiciosos quán necessitados de capital para manter o seu nível de vida e as suas dispendiosas aventuras militares, tinham posto à venda. Non era por acaso que os libros de contabilidade dos Medici tinham o muito significativo cabeçalho de “Em nome de Deus e do lucro”. E, de facto, os Medici imaxinavam-se a si mesmos como os “Reis Magos”, na sua condiçón de ricos e piedosos, embora, em vez de mirra ou incenso, tenham pago com o seu ouro conventos inteiros para a Igrexa.

IGNACIO ITURRALDE BLANCO

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