
Pola hora das once do dia, fún fazer unha visita ao Senhor Juan Rodríguez Dominguez (o Coxo). Ainda estaba em xexum, e deu-me de comer. Despois vinhem pola casa e comprei cinco centávos de azeite para alumiar, com o qual untei a língua de maneira que se me introducíu perto de um dedal, acto seguido, assaltou-me unha dor muito extranha por todo o corpo. Como que caím exánime, aflixido e sem sentido, quedei lutando com as agonias da morte, consultei a minha mesa, perguntando se sanaba, se tinha victória, e várias cousas mais, mas também a isto non respondeu (como acostumaba fazer com a enfermidade). Entón, amonestei à minha Santa Madre, como había de fazer o meu enterro, e que non me deixa-se passar fame na cama, etc. etc… Queridos leitores, heis aquí o meu término! Vos pido, às pessoas que lerem este libro, e às demais tamém, o fagam passar aos Seminários, onde será arquivado para recordo dos tempos vindouros, como xóia da vida monástica misteriosa. Sem mais demora, queridos irmáns, acordádevos de mím, rogai por mím ó Deus dos Altos Céus. Rogai por mim sepultado debaixo das negras lousas! Recordai, que eu fún o que vós sois, e vós sereis o que eu som. Dado em Guillade, a cinco de Xulho de 1918 (lugar da Portela).
MANUEL CALVIÑO SOUTO