Abu ‘L-Afia, Tudrus ha-Levi ben Yusuf ben Tudrus (m. d. 1285). Xudeo erudicto hispâno. Cabeza da comunidade xudía de Castela, exerceu grande influênça sobre Alfonso X. Foi autor de comentários bíblicos e talmúdicos com referências cabalísticas; o seu comentário ó Talmud Osar hakabod (Tesouro de Gloria), contém referências ao Zohar. Intercambiou poemas com o seu contemporâneo Abraham Bedersi. Non debe ser confundido com o seu homónimo Tudrus ben Yehuda Abu ‘L-Afia.
Abu ‘L-Afia, Tudrus Ben Yehuda (Toledo, 1247-c. 1303). Xudeo e erudicto hispâno, que cultivou também a poesía. Non foi demasiado respeituoso com a tradiçón hebrea. Quando xovem, gozou da proteçón de Alfonso X. Despois de unha viaxe a Aragón e a Barcelona, começou a escreber poemas ascépticos e relixiosos, quando anteriormente habia empreendido alguns versos incluso atrevidos. El Diván de Tudrus, também chamado Gan ha Meshalim we ha-Hidoth (ed. D. Yellin, 1932 – 1934, 2 vols.) é mais importante pola informaçón que aporta da sua época, que polo seu valor literário.
Abril, Xavier (Lima, 1905). Autor de Hollywood (1922), um volûme de contos. Pasou do surrealismo para o neo-simbolismo. Escrebeu também Difícil Trabajo (1935) e Descubrimiento del Alba (1937).
Os seus anos de residência em França, foram dedicados à elaboraçón daquela que é, sem dúvida algunha, a sua obra mais importante, Tratado da Natureza Humana. Dado que unha cousa é escreber unha obra e outra muito diferente publicá-la, procedeu ao que na carta a um amigo denominou como “castrar” a sua obra, isto é, suprimir as partes nobres, tentando assím ofender o menos possíbel. Este trabalho de expurgaçón consistiu, certamente, em liberar a sua obra da crítica à credibilidade dos milagres cristáns e da argumentaçón de que tudo o que sabemos nos leva a pensar que somos seres mortais, finitos, sem qualquer céu ou inferno que estexa à nossa espera após a morte. Em todo o caso, ambos os temas apareceriam mais tarde noutras obras suas e, embora assím desaparecessem as críticas explícitas às doutrinas relixiosas na obra tal como foi publicada finalmente, o leitor atento non deixaria de observar que a relixión primaba pola sua ausência. Era como se non existira, non tinha qualquer papel a desempenhar. De facto, num determinado momento destaca-se a universal despreocupaçón e incredulidade dos homes a respeito de unha vida futura após a morte. Unha incredulidade que parece ser extensiva ao conxunto das crenças relixiosas, pois só assím se explica, diz Hume, que os homes encontrem prazer em ser aterrorizados por questóns relixiosas e, como ele próprio tivera a ocasión de observar na Escócia da sua infância, que os pregadores mais populares sexam aqueles que excitam as paixóns mais lúgubres e melancólicas. Como Hume conclui.