
Abolicionista Español, El (1865 – 1872). Xornal do Movimento Antiescravista Espanhol. Em 1872, foi substituido por “La Propaganda”.
OXFORD

Abolicionista Español, El (1865 – 1872). Xornal do Movimento Antiescravista Espanhol. Em 1872, foi substituido por “La Propaganda”.
OXFORD

Quando História da Loucura é publicada, Foucault fora nomeado professor do departamento de filosofia da Universidade de Clermont-Ferrand, a perto de quatrocentos quilómetros de París, onde estabeleceu a sua residência. Apesar do que foi repetido insistentemente, a sua publicaçón non levantou qualquer escândalo de imediato, nem entre os psiquiatras nem entre aqueles sectores que, na altura, discutiam sobre as relaçóns entre política e conhecimento, problema ao qual o texto de Foucault esperaba trazer suxestóns relevantes. Em 1977, nunha conversa com M. Fontana, Foucault recordaba assím a questón: “Se é colocado a unha ciência como a física teórica ou a química orgânica o problema das suas relaçóns com as estructuras políticas e económicas da sociedade… non se coloca demasiado alto a fasquia da explicaçón possíbel? Sim, no entanto, se pegar num conhecimento como a psiquiatria, non será muito mais fácil resolver a questón, na medida em que o perfil epistemolóxico da psiquiatria é baixo e que a práctica psiquiátrica está ligada a unha série de instituiçóns, esixências económicas imediatas e urxências políticas de regulaçón social?”. E acrescentou: “O que entón me ‘desencaminhou’ um pouco foi o facto de que esta questón que eu propunha non ter interessado para nada àqueles a quem a propunha. Consideraram que era um problema que non tinha importância política, nem nobreza epistemolóxica… Somente com o Maio do 68… entón, todas estas questóns adquiriram o seu significado político, com unha aquidade que eu non tinha suspeitado e que demostraba até que ponto os meus libros anteriores eram ainda bastante tímidos e conturbados”. As reaçóns que em 1961 fizeram eco da publicaçón do seu texto provieram apenas d’alguns companheiros de xeraçón que muito em breve iam fazer parte da nova intelixência parisiense, como Roland Barthes ou Michel Serres, que reconheceram no libro de Foucault a impressón das suas próprias inquietaçóns, tal como o fez um leitor atento e escrupuloso como Maurice Blanchot. Quanto à recepçón mediática, reduz-se quase só a unha entrevista concedida a J. P. Weber, publicada no diário Le Monde em Xulho desse ano.
MIGUEL MOREY
Publicado en Uncategorized