
A magnífica arquitectura destes dous grandes poemas é quase seguro, em cada caso, criaçón de um só poeta, oral ou escrito, mas unha parte grandemente considerábel do material básico é tradicional, producto refinado da experimentaçón durante muitas xeraçóns de compositores orais. Antes de que houbera libros e leitores em Grecia, houbo poetas e público. E isto é certo para formas poéticas diferentes da épica: os chamados Himnos Homéricos e os poemas didácticos de Hesíodo mostram os mesmos síntomas de orixem oral. Na obra de Hesíodo, non obstante, um novo fenómeno suxére a possibilidade de que estes poemas foram escritos durante a vida do seu autor: Hesíodo identifica-se, dá detalhes biográficos e expressa opinións pessoais sobre problemas morais e sociais. Está na natureza da poesía plenamente oral que o cantor recríe o seu canto em cada representaçón; fái-o como servidor anónimo da Musa, que é a depositária do conhecimento antigo e das técnicas da tradiçón oral. A sólida presença de Hesíodo na sua obra (A Teogonía começa com um relato do seu encontro com as Musas no Monte Helicón, e Os Trabalhos e os Dias está dirixida ao seu perezoso e ambicioso irmán Perses) suxére que esperaba que os poemas foram manexados na forma que el lhes tinha dado, seguramente identificada com o seu trabalho. A explicaçón mais razoábel desta confiança parece ser que os poemas estiverom fixados por escrito. A escritura parece segura na seguinte figura importante da literatura grega, Arquíloco de Paros, que viveu na primeira metade do século VII a. C.; a variedade das suas formas métricas, o tom intensamente pessoal de muitos dos seus poemas, a grande variedade de temas e, sobre tudo, a liberdade das fórmulas fán improbábel que a sua obra tivera podido sobreviver durante séculos por outros meios que non foram as cópias escritas dos manuscritos do poeta. E o mesmo se pode afirmar ainda com mais vehemência dos poemas de Safo e Alceo, que forom compostos na ilha de Lesbos alá pelos princípios do século VI a. C. Alguns dos seus cantos tinham podido conseguir unha popularidade universal e por tanto ser conservados na memória. Mas a escritura tivo que representar um papel na transmisón dos poemas completos de Safo, que os alexandrinos dispuserom em nove libros, dos quais o primeiro continha 333 estâncias sáficas de quatro versos. Por suposto, isto non quere dicer que a obra destes poetas fora “publicada”, nem sequer que existiram muitas copias. Os poemas forom compostos para ser representados (a maioria com acompanhamento musical); o texto escrito debeu de ter unha funçón de apoio para a memória do actor, xá fora o poeta ou outro. Num âmbito cultural no que a poesía era um meio público, non debía haber muito incentivo para multiplicar as cópias. De qualquer maneira, a âmpla circulaçón de cópias neste período temprám puido non ser possíbel; dependia da disponibilidade de um material para escreber relativamente barato, o papiro exípcio. Esta pranta era orixinariamente das marismas do Baixo Exípto, e das fibras do seu talho, de secçón triangular e que alcanzaba os dez pés ou mais de altura, os exipcios habiam manufacturado durante mais de um milénio um “papel” (é a mesma palabra) de superficie suave, forte, flexibel e, si se mantinha seco, extraordinariamente duradeiro. Do meolho do talho, sacabam-se bandas verticais, descascando-as ou facendo-as tiras; apilando unhas quantas sobre unha superfície dura, e outras encima formando angulos rectos sobre as primeiras. Baixo presón, talvez aplicada com um mazo de madeira, as duas superfícies se pegabam indisolubelmente pola cola natural da mesma pranta; logo eram cepilhados os bordes para fazer folhas (kollemata) que variabam considerabelmente de tamanho. Os exemplares que se conservam parecem indicar que para textos literários a norma era de nove polegas por outras nove, ainda que non som infrequêntes as folhas mais altas que largas. Estas folhas (normalmente unhas vinte) eram unidas num rolo (chartes) pegando os bordes laterais com as fibras horizontais que atravessam a superfície; o borde de cada folha unía-se à sua vecinha pola dereita para que a pena, que se move desde a esquerda, cruzá-se suavemente a unión. Nesta superfície interior protexida, o escríba trabalhaba desde a ezquerda em columnas verticais, determinando o ancho désta pola lonxitude do verso, no caso de metros regulares, e normalmente, no caso da prosa, dentro de unha marxem de quince a vinticinco letras.
P. E. EASTERLING Y B. M. W. KNOX (EDS.)