. LETRA B
ESCRITORES HISPÂNOS (BONIUM OU BOCADOS DE OURO)
Publicado o11/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOCADOS DE ORO (O BONIUM). É unha das colecçóns de sentênças mais importantes da Idade Média. Foi traducída ao castelán por ordem de Alfonso o Sábio. Procede do “Libro de las sentencias” de Abû-l-Wafâ’ al-Mubashshir ibn Fâtik (século XII). Bonium, rei de Persia, viaxa á India para interrogar aos sábios sobre a verdade e a sabedoria. As respostas dos sábios constituem o grosso do libro (editado por Hermann Knust em “Mittelungen aus dem Eskurial” (Tübingen, 1879). foi reeditado várias vezes nos séculos XV e XVI. As sentênças atribuídas aos sábios indios derivan na realidade da filosofia grega: um filósofo grego fai a introduçón de cada capítulo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GABRIEL BOCÁNGEL Y UNZUETA)
Publicado o11/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOCÁNGEL Y UNZUETA, Gabriel (Madrid, 1603 – 1658). Poeta. Foi bibliotecario do Cardeal-Infante Dom Fernando. O seu “Rimas y prosas”, xunto com “Fábula de Leandro y Ero” (1627), mostram unha clara influênça de Góngora y Jáuregui, dentro da tradiçón do culteranismo. Escrebeu também numerosos poemas de ocasión (como um dedicado á festa de San Juan Bautista celebrada em Madrid) e panexíricos (um ao Infânte Dom Carlos em 1633). A sua poesía amorosa resulta pedestre, mas nos seus melhores momentos, alcança grande força sensual e beleza nas imáxes. Escrebeu unha peça de teatro, “El emperador fingido”, que apareceu na “Parte 43 de Comedias nuevas” (1678).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GRUPO BOEDO)
Publicado o12/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOEDO, grupo. Grupo literario arxentino dos anos vinte, chamado assim por unha rua do bairro baixo de Buenos Aires, onde viviam a maioria dos inmigrantes. O grupo opunha-se ao da rua Florida, cuxa cabeça vissíbel era Jorge Luis Borges. O Boedo estaba formado por Roberto Arlt, Álvaro Yunque (Arístides Gandolfi), César Tiempo (Israel Zeitlin), Enrique Amorim, Olivari, González Tuñón, Guijarro, Riccio, Barletta, Elías Castelnuovo e Mariani. Na realidade, personáxes de âmbos grupos colaboravam na revista supostamente “contrária”. E os estilos non eram tán diferentes, ainda que as actitudes sim estivéram diferenciadas. Boedo optaba por unha literatura comprometida, contra a inxustiça social. Interesába-lhes mais o conteúdo das obras que o estilo florido, polo que alguns dos seus membros acabarom no panflecto. Queriam “levar ao verso, ao conto, à novela, ao ensaio, ao teatro, à crítica, essa visón definitiva que nas massas começaba a encender-se como unha possíbilidade imediata”. A primeira revista que publicarom foi “Los Pensadores”, seguida depois pola mais representativa “Claridad”. Cultivarom preferentemente a novela.
OXFORD
O Pomar
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO DE BOFARULL I DE BROCÁ)
Publicado o12/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOFARULL I DE BROCÁ, Antonio de (Reus, 1821-1892). Historiador e autor teatral. Fundou a revista satírica “El Hongo” e foi crítico de teatro baixo o pseudónimo de “Lo Coblejador de Moncada”. Contribuiu para o resurximento da literatura catalán e para a restauraçón dos “Jocs Florals”. Entre as suas obras encontram-se “Pedro el Católico, rey de Aragón” (1842) e “Roger de Flor” (1845). Escrebeu também unha novela histórica bastante medíocre, “Blanca o la huérfana de Menagres” (1876). É mais conhecido pola sua obra de historiador. Durante muitos anos, foi director do “Archivo de Aragón”. Escrebeu Crónica de Pedro IV “el Ceremonioso” (1845), “Hazañas y recuerdos de los catalanes… hasta el enlace de Fernando con Isabel” (1846), “Historia de don Jaime I” (1848) e “La confederación catalana-aragonesa: historia crítica civil y eclesiástica de Cataluña” (1878).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JAUME BOFILL I MATES)
Publicado o13/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOFILL I MATES, Jaume (1878-1933). Poeta catalán característico do Noucentisme que utilizou o pseudónimo “Guerau de Liost”. Bofill é mais sério e irónico que Josep Carner, em “La muntanya d’amatistes” (1908) , “Somnis” (1913), “La ciutat d’ivori” (1918) e “Sàtires” (1928). A sua obra foi reunida em “Obra poètica completa” (Barcelona, 1948).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CECILIA BÖHL DE FABER)
Publicado o13/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BÖHL DE FABER, Cecilia (Morges, Suiça, 1796-1877). Novelista e costumbrista que escrebeu baixo o pseudónimo de “Fernán Caballero”. Filha do hispanófilo alemán Juan Nicolás Böhl de Faber. O seu pai educou-na no catolicismo. Aos dezanove anos casou-se com um xovem capitán de infantaria, que morreu ao ano seguinte em Puerto Rico. Em 1882 casou de segundas núpcias com o marquês de Arco Hermoso, e com el viveu nas casas de Sevilla e do campo, de onde sacou material para as suas novelas e os seus quadros rurais e de costûmes. Depois da morte do marquês, Cecília casa, por terceira e última vez, com Antonio de Ayala. Foi a causa da sua precária situaçón económica que considerou a publicaçón das suas obras. “La Gaviota” publicou-se por entregas no “El Heraldo” em 1849. De imediato, esta novela, orixinariamente escrita em françês, foi considerada como digna de um novo Walter Scott. Escrebeu-a como reacçón contra os folhetins sensacionalistas, que estabam de moda nos xornais da época; ademais de dar unha visón muito real de como se comportabam e falabam os espanhois daquel tempo. A obra trata do matrimónio fracasado do doutor Stein com a filha de um pescador, a quem chamabam “La Gaviota”. A mulher enamora-se de um “torero” e abandona o marido para converter-se em cantora profissíonal. O doutor Stein parte para os Estados Unidos e “La Gaviota” regresa finalmente ao fogar; perdida a voz, só lhe queda casarse com o barbeiro. As escenas da vida andaluza, que som a verdadeira razón de ser da novela, absoluctamente convincentes, mas, evidentemente, non reflexan “a vida espanhola”, xá que a autora seleccionou o que considera mais pintoresco. A seguinte novela, foi “Clemencia” (1852, dous volûmes), na qual unha mulher desafortunada no seu matrimónio aceita essa carga com resignaçón; “Cuadros de costumbres populares andaluces” (Sevilla, 1852); “La farisea” (1853), que está baseada nas suas experiências portorriquenhas; “Lágrimas, novela de costumbres contemporáneas” (Cádiz, 1853); e “La familia de Alvareda, novela original de costumbres populares” (1856), escrita em alemán, trinta anos antes da sua publicaçón em Espanha. Outras obras suas som: “Una en otra”, “Callar en vida y perdonar en muerte” e “Con mal o con bien a los tuyos te ten” (todas em 1856); “Un servilón y un liberalito, o tres almas de Dios” (1857); “Relaciones” (1857) e o quadro de costûmes breves “Deudas pagadas” (1860). Fernán Caballero aspiraba a expressar a verdade, o patriotismo e a naturalidade, mas a sua falta de xuíço literário, fán a sua leitura problemática para o home moderno. As suas “Obras completas” publicarom-se em 1855-1858 (19 volûmes).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN NICOLÁS BÖHL DE FABER)
Publicado o14/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BÖHL DE FABER, Juan Nicolás (Hamburgo, 1770-1863). Hispanista alemán, home de negócios e crítico literário. Foi cónsul alemán em Cádiz. Converteu-se ao catolicismo. Foi o pai de Cecilia Böhl de Faber. Colaborou com alguns artígos publicados na prensa gaditana (1814) difundindo as ideias de Schlegel sobre a beleza dos românces espanhois e do chamado drama “irregular” do “Siglo de Oro”, que entón era despreçado. Estes artígos iniciarom unha disputa com Alcalá Galiano, que atacou a Böhl desde unha perspectiva neoclássica. José Joaquín de Mora apoiou a Alcalá e manipulou para impedir que novos artígos de Böhl apareceram na prensa. A querela convertíu-se em política: os liberais apoiabam as teorias francesas neoclássicas e os conservadores como Böhl, López Soler e Agustín Durán considerábam-se a sí mesmos como os defensores da tradiçón cristiana, identificando esta, de unha maneira errónea, com a visón dos românticos. Forzado a deixar de colaborar nos xornais, publicou três panfletos baixo o título de “Pasatiempos” (1818-1819), com o pseudónimo de “El Alcalde de Daganzos”, que mais tarde reeditou na forma de libro como “Vindicaciones de Calderoń, y del teatro antiguo español contra los afrancesados en literatura” (1820). A polémica, conhecida como “querella calderoniana”, foi ganha polos hispanófilos encabezados por Böhl de Faber, que foi elexído membro honorário da Real Academia. Böhl adiantou-se aos críticos actuais ó afirmar que os autos relixiosos de Calderón eram tán valiosos como as comédias. Como erudicto fixo duas importantes compilaçóns: “Floresta de rimas antiguas castellanas” (Hamburgo, 1825) e “Teatro anterior a Lope de Vega” (1832).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (VICENTE BOIX Y RICARTE)
Publicado o14/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOIX Y RICARTE, Vicente (Játiva, 1813-1880). Autor teatral, historiador e poeta. Novelista melodramático que segue a tradiçón de Dumas. Escrebeu a medíocre e voluminosa “Historia de la ciudad y reino de Valencia”, pouco fiábel nos seus dactos (1845, três volûmes). As suas “Obras poéticas” aparecerom em dous volûmes, “Poesías históricas y caballerescas” (Valencia, 1850) e “Poesías líricas y dramáticas” (Valencia, 1851).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SARA BOLLO)
Publicado o15/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOLLO, Sara (Montevideo, 1904). Poeta e crítica uruguaya. A sua poesía, em contraste com a convencional poesía herótica que acostumam escreber as hispanoamericanas, centra-se principalmente na sensibilidade espiritual. A sua obra teatral “Pola Salavarrieta” (estreada em 1944, publicada em 1945)é unha traxédia em verso situada na época de Bolívar, que tem como protagonista a unha heroína colombiana. A publicaçón da sua obra poética começou com os seus inmaduros “Diálogos de las luces perdidas” (1927) e “Nocturnos del fuego” (1931). Escrebeu poemas em prosa nas “Las voces ancladas” (1933). A sua voz poética começou a destacar em “Regreso” (1934), “Baladas del corazón cercano” (1935), “Ciprés de púrpura” (1944) e “Ariel prisionero, Ariel libertado” (1948), libros todos que servirom para elaborar a sua “Antología lírica”. Outros títulos mais recentes som “Espirituales” (1963), “Tierra y cielo” (1964) e “Diana transfigurada” (1964). Escrebeu também um manual de “Literatura uruguaya, 1807-1965” (1965, dous volûmes) e outros estudos menores, “Juana de Ibarbourou” (1935), os ensaios “Sobre José Enrique Rodó” (1951), “El modernismo en el Uruguay: ensayo estilístico” (1951) e “Delmira Augustini: espíritu de su obra” (1963).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARÍA LUISA BOMBAL)
Publicado o15/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOMBAL, María Luisa (Viña del Mar, 1910-1980). Novelista chilena, que estudou filosofía na Sorbona. É autora de duas novelas, nas quais evita seguir as duas correntes convencionais da novelística do seu país: o “criollismo” e o “neorrealismo”: “La última niebla” (1935), reescrita pola autora em colaboraçón com o seu esposo para unha versón em fala inglesa publicada como “House of mist” (1947) e “La amortajada” (1938), descrípta por Jorge Luis Borges como um “libro de triste magia… de oculta organización eficaz”. “La última niebla” conta a historia de unha mulher casada carente de verdadeiro amor, através da utilizaçón da personáxe da néboa, símbolo e símil da mulher. Esta novela foi comparada com a obra de Hoffmann, de Virginia Woolf e, em alguns pontos, toca as obras de Barrios e de Halmar polo seu subxectivismo. A reediçón de 1944, contêm duas novelas curtas centradas também no amor frustrado. “La amortajada”, é a historia de um dadáver contada em primeira pessoa a través de “flashbacks”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ABELARDO BONILLA)
Publicado o15/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BONILLA, Abelardo (Cartago, 1899). Ensaista, historiador literário e novelista costarricense. Publicou “El valle nublado” (1944), novela na que ataca discretamente a hipocresía e a corrupçón. Publicou também unha “Historia de la literatura costarricense” (1959, dous volûmes).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JORGE LUIS BORGES)
Publicado o16/08/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BORGES, Jorge Luis (Buenos Aires, 1899). É um dos grandes contistas da literatura universal e um ensaista incomparábel. Os seus escritos influirom a muitos escritores mais alá das suas fronteiras e do seu continente. Borges é também um excelente poeta, mas o seu êxito como narrador com frequência fai esquecer os seus acertos neste outro xénero. O estilo da sua prosa une a brevidade com a elegancia em contos cuxa ambigüidade resulta absoluctamente orixinal. Passou a sua xuventude em Buenos Aires, mas dentro de um âmbiente muito influído pola cultura inglesa, de maneira que Borges aprendeu a lêr em inglês antes que em espanhol. A leitura de Robert Louis Stevenson foi unha das suas aficçóns daqueles anos, Estudou depois em Xinébra (1914-1918) e entón também viaxou por França, Alemanha e Maiorca. Residíu depois em Espanha, onde se xuntou ao grupo dos “ultraístas” e à revista “Ultra” em 1919. Introducíu este movimento na Arxentina a través de publicaçóns em revistas como “Prisma”, “Proa”, “Nosotros” e “Martín Fierro” e no seu primeiro libro, “Fervor de Buenos Aires” (1923). A primeira etapa de “Proa” abarcou de 1922 a 1923, até que o cofundador, Macedonio Fernández, renunciou. Borges iniciou a segunda etapa da revista (1924-1925) com Ricardo Güiraldes, Pablo Rojas Paz e Brandán Caraffa. Em 1925 Borges começou a colaborar no suplemento cultural do xornal “La Prensa”. De ahí iniciou as suas colaboraçóns em quase todos os diários e revistas importantes da Arxentina. Recordamos especialmente a sua colaboraçón na revista de Victoria Ocampo, “Sur”. A sua biografía é quase inexistente. A sua verdadeira vida está constituída polo crescimento das suas leituras e do seu desarrolho intelectual e criativo. Os únicos incidentes externos importantes que podemos mencionar foi o seu cese como director da Biblioteca Nacional por ordem de Juan Domingo Perón e a cegueira progressiva que padeceu desde fai muitos anos. Profundo estudoso dos sistemas de pensamento oriental e occidental, xamais caíu no “escepticismo”. É um home de cultura universal e enciclopédica e foi capaz de introducir subtilmente nos seus escritos paradoxas e metáforas que saca de diversas fontes. Pode afirmar-se que os seus ensaios e os seus contos constituem unha série de problemas literários e filosóficos, que introduce com brevidade e que resolve com gráça e elegância. Os seus ensaios som: “Inquisiciones” (1925), “El tamaño de mi esperanza” (1926), “El idioma de los argentinos” (1928), “Evaristo Carriego” (1930), “Discusión” (1932), “Las Kenningar” (1933), “Historia de la eternidad” (1936), “Nueva refutación del tiempo” (1947), “Aspectos de la literatura gauchesca” (Montevideo, 1950), “Antiguas literaturas germánicas” (em colaboraçón com Delia Ingenieros, México, 1951), “Otras inquisiciones” (1952), “El Martín Fierro” (com Margarita Guerrero, 1953), “Leopoldo Lugones” (1955, em colaboraçón com Betina Edelberg) e “Elogio de la sombra” (1969), que incluie histórias e poemas, entre outros. O primeiro libro de Borges foi um libro de poemas e ao longo da sua vida continuou cultivando este xénero. Os seus temas preferidos som sempre o tempo e o intemporal, a identidade e a âmbigüidade que entranha, a paradoxa e a natureza cíclica do conhecimento e da história. Depois de “Fervor de Buenos Aires” publicou “Luna de enfrente” (1925) e “Cuaderno de San Martín” (1929). Libros que despois rechazou por esaxeradamente “ultraístas”. Os asuntos dos seus primeiros poemas som com frequência “criollos” e rexionais. Neles pode-se notar o aspecto local de unha literatura que raramente o é na sua narrativa. A tendência metafísica de Borges está reflexada em “Antología personal” (1961), “Obra poética 1923-1967” (1967) e nos poemas incluidos no xá citado “Elogio de la sombra”. Mas o melhor de Borges som os seus contos: “Historia universal de la infamia” (1935 e logo incluida nas suas “Obras completas” em 1954), é a primeira obra do “realismo mágico” hispanoamericano, que atinxiría o seu clímax com Gabriel García Márquez. “El jardín de los senderos que se bifurcan” (1941), “Artificios” (1944), “Ficciones, 1935-1944” (1944); “El aleph” (1949), “La muerte y la brújula” (antoloxía que incorpora alguns contos novos), “El hacedor” (cuxa primeira edicçón está incluída em “Obras completas”, 1960), “Cuentos” (1968), “Elogio de la sombra” (1969), “El informe de Brodie” (1970), “El congreso” (1971) e “El libro de Arena” (1975). Borges admite a influênça na sua literatura de escritores como Chesterton e Lewis Carroll. O elemento lúdico levou-o a colaborar frequentemente com Adolfo Bioy Casares na elaboraçón de novelas policíacas baixo o pseudónimo de “H. Bustos Domecq”: “Seis problemas para don Isidro Parodi” (1942), “Dos fantasías memorables” (1946) e “Crónicas de Bustos Domecq” (1967). Como “B. Suárez Lynch” publicarom a obra “Un modelo para la muerte” em 1946. Borges compilou também varias antoloxías: “Antología clásica de la literatura argentina” (sem data, mas de 1937), em colaboraçón com Pedro Henríquez Ureña; “El compadrito: su destino, sus barrios, su música” (1947), em colaboraçón com Silvina Bullrich; “Cuentos breves y extraordinarios” (1953), com Bioy Casares; “Manual de zoología fantástica”, com Margarita Guerrero (1957); e “El matrero” (1970).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ARTURO BORJA)
Publicado o24/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BORJA, Arturo (Quito, 1892-1912). Poeta equatoriano, filho de Luis Felipe Borja, comentarista do Código civil do seu país. Borja introducíu o postmodernismo francês no Equador. Postumamente foi publicado o seu libro “La flauta de ónix” (1920), com vintisete poemas e três homenaxens dos seus amigos.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CÉSAR BORJA)
Publicado o24/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BORJA, César (Quito, 1852-1910). Poeta, político e médico. Foi exilado a causa das suas convicçóns políticas. Quando os liberais assaltarom o poder regressou ao seu país como ministro da Educaçón. A sua melhor obra é “Flores tardías” e “Joyas ajenas” (1909), em cuxa primeira parte os temas preferidos som a infância e o amor pola natureza. Em “Joyas ajenas” tradúz versos de Baudelaire e de Hérédia, entre outros importantes poetas franceses.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO DE BORJA Y ARAGÓN)
Publicado o24/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BORJA Y ARAGÓN, Francisco de (1581-1658). Poeta espanhol descendente da casa real de Aragón e da família Borgia. Foi príncipe de Esquilache e virrei do Perú, onde fundou a Universidade de San Marcos em Lima. Pola sua amizade com os irmáns Argensola resistíu-se a utilizar o estilo culterano nas suas obras, excepto em “El canto de Antonio y Cleopatra”. Os seus poemas cortesanos som elegantes mas relativamente sosos. Os melhores dos seus trescentos românces “artísticos” som excelentes mostras da sua labor como poeta. Nas suas “Obras en verso” (1639, com várias reimpressóns), está incluída “La Pasión de Nuestro Señor Jesucristo” (1638), obra escrita em tercetos. Escrebeu um poema mediocre para celebrar os feitos do seu antepassado Alfonso V de Aragón: “Nápoles recuperada por el rey don Alfonso” (Zaragoza, 1651). Na sua velhice traducíu os tratados latinos atribuídos a Tomás de Kempis e publicou-nos como “Meditaciones y oraciones” (Bruxelas, 1661).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (TOMÁS BORRÁS)
Publicado o25/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BORRÁS, Tomás (Madrid, 1891-1976). Novelista muito prolífico agora caído no esquecimento. Estudou com Navarro Ledesma no Instituto de San Isidro. A sua melhor obra está nos seus contos: “Noveletas” (1924), “Cuentos con cielo” (1943), “La cajita de los asombros” (1947), “Algo de la espina y algo de la flor” (1954) e “Pase usted, fantasía” (1956) entre outros. Parece ser que escrebeu mais de cinco mil artígos xornalísticos, desde os doze anos até à sua madurez. Cultivou outros xéneros: escrebeu “La esclava del Sacramento” (1943), (biografía dramática) situada no Madrid de 1840 a 1865. A maior parte da sua produçón é novelística, “La pared de tela de araña” (1924; segunda ediçón, 1960), que oferta escenas costumbrístas da vida em Marrocos, especialmente no que se refere às relaçóns entre homes e mulheres; “Checas de Madrid” (Cádiz, 1940), com visóns alucinadas de unha cidade aterrorizada pola guerra; “La sangre de las almas” (talvés 1947; segunda ediçón, 1955), conmovedor relato das diferênças entre a teoría e a práctica revolucionárias, ainda que a miúdo chega a esaxerar, o qual converte o relato em inverossímil; “La mujer de sal” (1925), drama pasional de unha mulher que se suicida ao saber que o seu amante ama a unha mulher rica. Os críticos ignorarom a sua obra, mas resulta interesante o tratamento que dá aos dictadores como heróis das suas novelas, e polo uso de xiros dialectais. Falta-lhe profundidade e as relaçóns entre as personáxes nunca som expostas com claridade. Ao final da sua vida publicou “Retratoteca” (1973) e “Madrid, madrileño” (1975).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GEORGE BORROW)
Publicado o25/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BORROW, George (1803-1881). Autor inglês de “Lavengro” (1851) e “The Romany rye” (1857). Foi axente em Espanha da “British and Foreign Bible Society” de 1835 a 1840, durante o período da guerra carlista de 1833-1839. Foi também corresponsal do Times em Espanha. Os seus trabalhos sobre este país som unha mistura de realidade e fantasía: “The Zincali, or an account of the gypsies in Spain” (1841), sobre os ciganos espanhois, e “The Bible in Spain” (1843), libro que foi traducído para castelán por Manuel Azaña.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAN BOSCÀ ALMUGAVER)
Publicado o26/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOSCÀ ALMUGAVER, Joan (Barcelona, 1487?-1542). Poeta e traductor. Foi tutor do xovem don Fernando, futuro duque de Alba. A pesar de que passou a maior parte da sua vida em círculos da corte, os seus melhores temas tratam da vida doméstica, e do amor da sua mulher e filhos, dos prazeres mais sinxélos do lar e da vida honesta do burguês. Conheceu e travou amizade com Garcilaso de la Vega na corte de Carlos V, e esta amizade resultou decissiva para a introduçón dos novos metros italianos na literatura espanhola. Em 1526, o embaixador veneciano Andrea Navagero convidou a Boscà a escreber no metro italiano. Boscà, que estaba familiarizado com o endecassílabo provençal a través da sua orixe catalán, mostrou aos seus compatriotas este novo metro. Escrebeu em oitavas reais, tercetos e probou o soneto. Aconselhou a Garcilaso a probá-lo também, e a causa disto renovou totalmente o panorama lírico espanhol. A poesía de Boscà alcança em muitos momentos unha grande maestría, mas resulta difuso, inconsistente: tende também a trivializar ou a ser excessivamente pesado. Boscà começou a reunir os seus poemas, mas morreu antes de vê-los publicados; a sua viúva Ana Girón de Rebolledo, a quem tinha dirixido os seus mais belos poemas, encargou-se de reunílos e publicálos como “Las obras de Boscán y algunas de Garcilaso de la Vega repartidas en cuatro libros” (Barcelona, 1543). O primeiro libro contem a poesía mais temperám de Boscà, escrita em metros tradicionais espanhois; o segundo reúne os seus versos ao estilo italiano; o terceiro, a “Epístola a Mendoza”, em tercetos, a alegórica “Octava rima”, que começa bem mas ao alargarse a 85 oitavas, perde a força que tenhem as cinquenta orixinais de Bembo que lhe servem de modelo, e o poema em 2.793 versos brancos, “Leandro”, baseado no “Hero y Leandro” de Museo; o quarto libro contem a obra de Garcilaso, muito superior à de Boscà. O libro foi um êxito e conheceu numerosas reediçóns. Durante bastante tempo (até 1570), a obra de ambos poetas continuou reeditando-se tal como a tinha proxectado a viúva de Boscà. A partir dessa dacta, non obstânte, a obra de Garcilaso sobreviveu, mentras que os poemas de Boscà ficárom um tanto esquecidos, e forom suprimidos em posteriores edicçóns. A primeira edicçón da obra é também importante desde o ponto de vista bibliográfico, pois marca a transiçón entre os tipos góticos e os romanos na Espanha do século XVI. Boscà traducíu “El cortesano” de Castiglione, atendendo a unha petiçón de Garcilaso.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL BOTELHO DE CARVALHO)
Publicado o27/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOTELHO DE CARVALHO, Miguel (faleceu em 1622). Poeta português que escrebeu a maior parte da sua obra em castelán excepto “La Filis” (1641), poema em oito estâncias, que começa em um previssíbel estilo pastoril, mas que vai ganhando interese à medida que o poeta narra a sua própria vida e aventuras. As suas obras mais importantes som “La fábula de Píramo y Tisbe” (Madrid, 1621), “Prosas y versos del Pastor de Clenarda” (Madrid, 1622) e “Rimas varias y tragicomedia del Mártir de Etiopía” (Ruán, 1646).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAÚL BOTELHO GOSÁLVEZ)
Publicado o27/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOTELHO GOSÁLVEZ, Raúl (La Paz, 1917). Contista e novelista boliviano. As narraçóns da sua “Borrachera verde” (1938) podem comparar-se, a pesar da sua brevidade, com a violência de José Eustacio Rivera em “La vorágine. Coca: motivos del Yunga paceño” (1941) é um românce que mistura o modernismo com o realismo socialista. “Altiplano” (Buenos Aires, 1945) é seguramente a sua melhor obra: nela chocam duas famílias que vivem perto do lago Titicaca, os Huancas e os Condoris. Trata-se de unha obra muito similar a “El mundo es ancho y ajeno” de Ciro Alegría. “Vale un Potosí” (1949) é um libro de contos que segue o estilo de Valle Inclán. Segue-se “Tierra chúcara” (1957) e “El Tata Limachi” (1967), novela à qual se agrega um conto sobre a corrupçón do idealismo de um cura, nunha solitária parróquia de unha aldeia indíxena. “Los toros salvajes y otros relatos” (1965) combina o humor, a fantasía e o realismo máxico. Também publicou um libro de ensaios, “Vendimia del viento” (1967), cuxo tema predominante é a necessidade da xustiça social.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS BOUSOÑO)
Publicado o28/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOUSOÑO. Carlos (Boal, Asturias, 1923). Poeta e crítico. Foi professor nos Estados Unidos e na Universidad de Madrid. O seu libro “Subida al amor” (1945) trata do amor reprimido, da relixión e da Espanha. “Primavera de muerte” (1946) trata do amor e da morte. Seguirom-se outras obras nas que o mundo dos sentidos está cada vez mais presente: “Hacia otra luz” (1951), que xunta “En vez de sueño” aos dous libros anteriores; “Noche del sentido” (1957); “Poesías completas” (1960); “Invasión de la realidad” (1962); “Oda a la ceniza” (1967) e “Las monedas contra la losa” (1973). Os dous últimos ganharom o Premio Crítica em 1968 e 1974, respectivamente. Bousoño opôm-se com a sua obra poética à corrente lacónica e epigramática que se dá em Espanha nesse momento. Escrebeu também como crítico trabalhos notábeis de grande sensibilidade e penetraçón: “La poesía de Vicente Aleixandre” (1950); “Seis calas en la expresión literaria española” (1951), em colaboraçón com Dámaso Alonso; “Teoría de la expresión poética” (1952), na qual busca encontrar unha base científica para o estudo da poesía; “Introducción a ensayo de la teoría de la visión” (1979) e unha antoloxía preparada por el, “Selección de mis versos” (1980).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS BOYL VIVES DE CANESMAS)
Publicado o28/09/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BOYL VIVES DE CANESMAS, Carlos (Valencia, 1577-1617). Autor teatral do círculo de Lope de Vega. Conheceu ao “Fénix de los Ingenios” em Valencia, mas é um dos autores valencianos de menor interese desta escola, que também incluie a Guillén de Castro, Gaspar de Aguilar, Tárrega e Ricardo del Turia. Unha obra sua verdadeiramente valiosa é “El marido asegurado”, publicada na “Segunda parte de laureados poetas valencianos” (1616). A obra entronca com fontes italianas e com “El curioso impertinente” de Cervantes. O argumento conta a história do rei Segismundo de Nápoles, quem proba o amor e a lealdade da sua prometida Menandra de Sicilia, que xá tinha estádo comprometida com o duque Norandino. As probas a que submete a Menandra, trocando de identidade com Manfredo -o favorito- som superadas pola mulher. Finalmente, a irmán Fulgencia, casa com Manfredo. Boyl foi membro da “Academia de los Nocturnos”, na qual utilizaba o nome de “Recelo”. A sua poesía está reunida em “Silva de los versos y loas de Lisandro” (Valencia, 1600). Morreu assassinado por um desconhecido, quando passeaba xunto da catedral de Valencia.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARMEN BRANNON)
Publicado o26/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRANNON, Carmen (Armenia, Sonsonate, 1899). Poeta salvadorenha de pai irlandês e nai criolha. Está considerada unha das escritoras mais grandes de Centroamérica. “Estrellas en el pozo” (1934) deixa sentir um eco de González Martínez. A influênça de García Lorca percebe-se nos seus “Romances de norte u sur” (1946). Nos seus “Sonetos” (1947) e especialmente em “Donde llegan los pasos” (1953) encontra-se xá a sua autêntica voz poética, libre das influênças alheias, intelixente e com aptitudes para lograr a metáfora exacta. Escrebeu duas obras autobiográficas, “Tierra de infancia” (1958), em prosa, e “Fábula de una verdad” (1959), em verso.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CÉSAR BRAÑAS)
Publicado o26/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRAÑAS, César (Antigua, 1900). Poeta, novelista e crítico literário guatemalteco. Publicou o seu primeiro libro, “Sor Candelaria: leyenda lírica”, aos dezaseis anos. Entre 1918 e 1939 publicou sete títulos. Fundou em 1922 o xornal “El Imparcial” com a colaboraçón de Alejandro Córdoba e Carlos Gándara Durán. A maioría dos escritores guatemaltecos de certa importância colaborarom neste diário. O seu primeiro libro de versos, “Antigua” (1921), é unha homenáxe à sua cidade natal, mas em “Viento negro” (1938) escrebeu um dos libros mais fermosos da sua xeraçón. Trata-se dunha elexía em dez cantos dedicada ao seu pai. “El lecho de Procusto” (1943) é unha colecçón de sonetos. As suas novelas de tipo costrumbrista som “Tú no sirves” e “La vida enferma”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SALVADOR BRAU)
Publicado o26/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRAU, Salvador (Cabo Rojo, 1842 – 1912). Ensaista e autor teatral portorriquenho. Foi um xornalista muito prolífico. Publicou os seus artígos mais breves em “Ecos de la batalla” (1886) e os mais longos e substânciais em “La campesina” (1866), “Las clases jornaleras” (1882), “La herencia devota” (1886) e “La danza” (1887). Publicou um medíocre libro de versos: “Hojas caídas” (1909). Os seus românces suscitarom muito pouco interesse; “La Pecadora” (1881) resulta ser o melhor deles. Os seus escritos de tipo histórico, tenhem importância: “Puerto Rico y su história” (1894), “Historia de Puerto Rico” (1904) e “La colonización de Puerto Rico” (1930). Como autor teatral alcanzou um êxito imediato e duradouro. As suas obras, todas de três actos e escritas em verso, som “Héroe y mártir” (1870), baseada na revolta dos “comuneros” de Castela em 1520; “De la superficie al fondo” (1874), comédia sobre um casamenteiro e a sua filha; “La vuelta al hogar” (1877), história de pirataría e amor no Puerto Rico do século XIX; “Los horrores del triunfo” (1887), drama patriótico sobre as “Vísperas sicilianas”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GERALD BRENAN)
Publicado o26/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRENAN, Gerald (Malta, 1894). Viaxeiro inglês, escritor de libros de viáxes e historiador literário que viveu em Espanha desde 1920. Em 1950 publicou “The face of Spain” (Londres), libro ao que seguíu “South of Granada” (Londres,1957), sem dúvida o seu melhor libro. Escrebeu também um libro sobre literatura espanhola, “The literature of Spanish people” (Cambridge, 1951), publicado em castelán baixo o título “História de la literatura española” (Losada, 1958; 1984). “The Spanish Labyrinth” (1943) é um comentário político sobre a situaçón espanhola, que ainda serve de guía aos estudosos. Tem também um estudo sobre San Juan de la Cruz, “St. John of the Cross: his life and poetry” (Cambridge, 1972).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ROBERTO BRENES MESEN)
Publicado o27/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRENES MESEN, Roberto (San José, 1874-1947). Poeta e filólogo costarricense. Foi um dos mais importantes poetas modernistas de Costa Rica. Abriu o caminho para lograr unha nova simplicidade e pureza da forma poética, assím como unha maior liberdade no ritmo e na rima. Os seus melhores libros som “En el silencio” (1907), “Voces del ángelus” (1916), “Pastorales y jacintos” (1917), “Los dioses vuelven” (1928), “En busca del Grial” (Madrid, 1935), “Poemas de amor y de muerte” (1943) e “Rasur, o semana de esplendor” (1946). Entre os seus estudos están incluídos “Gramática histórica y lógica de la lengua castellana” (1905) e dous libros que datam da época em que pertenceu a unha sociedade teosófica, “Metafísica de la materia” (1917) e “El misticismo como instrumento de investgación de la verdad” (1921).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL BRETÓN DE LOS HERREROS)
Publicado o27/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRETÓN DE LOS HERREROS, Manuel (Quel, Logroño, 1796-1873). Autor teatral e poeta, chegou a ser secretário da Real Academia. Tinha sído elexído membro de número em 1837. Foi director da Biblioteca Nacional de Madrid. Durante a sua xuventude, Bretón ingresou no exército, como voluntário; servíu de 1812 a 1822. Durante este lápso perdeu um olho, talvés nunha trifulca. Escrebeu mais de duzentas obras teatrais, das quais cinquenta eram orixinais suas e o resto traducçóns e adaptaçóns. O seu primeiro período criativo chega até 1831 e está assinalado polo costumbrismo que herdou de Fernández de Moratín filho. Larra e outros criticarom agudamente a sua falta de orixinalidade e da repetiçón constânte de personáxes “tipo”. Ferído no seu orgulho, escrebeu unha obra na qual Larra é parodiádo: “Me voy de Madrid”. Non obstânte, ainda que el acreditára no contrário, a acusaçón de monotonía e falta de orixinalidade era verdadeira, inclúso nas obras compostas durante o seu segundo período, que começa em 1831 com o êxito de “Marcela o ¿cuál de los tres?”, em que unha moça vivaz debe elexir entre três pretendentes igualmente desagradábeis e acaba afastando os três. O tema repítese em “Un tercero en discordia”, onde a heroína Luciana tem que escolher entre três pretendentes, um ciumento, outro complacente e o terceiro sinxélo e sincero, que é o que recebe o prémio. O argumento é dunha simplicidade extrema. O interesse que despertarom estas obras orixina-se na malintencionada, mas non amargada, visón que dá o autor das classes médias, asinalando as suas fraquezas, como fixo Ramón de la Cruz com as classes trabalhadoras nos seus “Sainetes”. Bretón moraliza, mas menos abertamente que o seu mêstre Moratín, desarrolhando um estilo que Eugenio de Ochoa chama “bretoniano” em obras como “Muérete y verás” (1837), na qual ataca o romantismo, ou “A Madrid me vuelvo”, na que ridiculariza a visón romântica do campo como paraíso. Das suas traducçóns há que salvar a de “Mithridate” e a “Andrómaque” de Racine, algunhas obras de Seribe, a “Iphigénie en Tauride” de Guimond de la Touche e “Les enfants d’Eduard de Casimir Delavigne. Adaptou obras clássicas do teatro espanhol do “Siglo de Oro” como “Con quien vengo, vengo” de Calderón, “Las paredes oyen”, de Ruiz de Alarcón e “Los Tellos de Meneses” de Lope de Vega. Entre os seus ensaios destacamos “Elena” (1834), o mais interesante dos escrítos sobre teatro romântico, para o qual estaba negado, tanto por tradiçón como por inclinaçón pessoal. Outros ensaios interesantes som “Don Fernando el Emplazado”, sobre os Carbajales, e “Vellido Dolfos”, que trata do cerco de Zamora. A sua poesía está relacionada com as “letrillas y anacreónticas” de Juan Meléndez Valdés e as suas “Poesías” (1831), incluiam também versos cómicos e satíricos. Foi muito popular no seu tempo. Valera chamoulle “o príncipe dos nossos poetas cómicos”
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LIBORIO E. BRIEBA)
Publicado o28/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRIEBA, Liborio E. (1841-1897). Autor de novelas históricas de nacionalidade chilena, cuxas series de românces de aventuras baseadas na guerra da Independência, están na linha de Dumas pai, a pesar de que as nomeara baixo o pomposo título de “Episodios nacionales”. Maestro da primeira ensinança, conferíu às suas exitosas obras um fervor moralizador e patriótico. A melhor das suas novelas foi “Los Talaveras” (1871) xunto com “El capitán San Bruno, o el escarmiento de los Talaveras” (1875). O seu estilo é pobre e o seu tratamento das tramas, superficial e panfletário.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAN BROSSA CUERVO)
Publicado o28/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BROSSA CUERVO, Joan (Barcelona, 1919) Poeta catalán editor da revista “Algol” e um dos membros principais do grupo “Dau al Set”. O seu libro mais importante é “Poesia rasa” (Barcelona, 1970), no qual incluíu vários centos de poemas escritos entre 1943 e 1959, muitos deles publicados anteriormente em “Em va fer Joan Brossa” (1951), “Poemes civils” (1961) e “El saltamartí” (1969). É um dos poetas mais importantes da sua xeraçón. Brossa mantém certas afinidades com Foix e os surrealistas franceses. Entre os seus últimos libros podemos citar “Cappare” (1973) e “La barba del cranc” (1974). As suas obras teatrais forom consideradas, inxustamente, menores frente aos seus poemas; non obstânte algunhas delas representam unha aportaçón interesante ao teatro do absurdo: “La jugada”, “La xarxa”, “Or i sal”, “El bell lloc”, “Gran guinyol” e “Aquí al bosc”. Em “Teatre complet” (vol. I, Barcelona, 1973) reúne a maioria das obras escritas entre 1945 e 1954. Em 1976 publica “Novella y Poemes visuals”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARIANO BRULL)
Publicado o28/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRULL, Mariano (1891-2956). Poeta cubano, que se dedicou à diplomacia. Traducíu o “Cementerio marino” de Valéry ao castelán. Considerou que o modernismo era decadente e publicou um primeiro libro com poemas de tipo tradicional, “La casa del silencio” (1916). A influênça da poesía pura de Enrique González Martínez e de Juan Ramón Jiménez percebe-se nos seus “Poemas en menguante” (París, 1928). Foi um poeta que basou a sua técnica na metáfora e utilizou a miúdo imaxens e asociaçóns fonéticas proximas às do “dadaísmo”. Os últimos libros som “Canto redondo” (1934), “Solo en rosa” (1941), “Tiempo en pena” (1950) e “Nada más que…” (1954).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARTA BRUNET)
Publicado o29/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRUNET, Marta (Chillán, 1901-1967). Contista e româncista chilena que começou a escreber baixo a influênça de Zola. A sua carreira diplomática levou-a a Buenos Aires, onde entrou em contacto com o grupo de escritores da revista “Sur” e, particularmente, com Eduardo Mallea. Este feito levou-a a experimentar unha aproximaçón novelística mais subtil e psicolóxica. Em ambos períodos da sua narrativa as personáxes som mulheres. Os homes som meras presenças secundárias que nunca alcanzam um desarrolho dentro da trama. Do seu primeiro período podem-se destacar: “Montaña adentro” (1923), o libro de contos “Florisondo” (1925), as novelas “Bestia dañina” (1926) e “María Rosa, flor del Quillén” (1929) e o libro de contos “Reloj de sol” (1930). O seu segundo período resulta completamente diferênte e começa com os contos de “Aguas abajo” (1930), onde abandona parcialmente “o criollismo” para tratar um estilo mais internacional, com maior técnica e mais elaboraçón formal e com temas como o conflícto entre a ilusón e a realidade e o eterno problema da frustraçón da mulher. “Humo hacia el sur” (1946) é um românce no que as ideias conservadoras se enfrentam às progressistas e perdem. “La mampara” (1946), novela curta, tracta de unha mulher resentida que é incapaz de levar a cabo os seus desexos; “María Nadie” (1957) intenta conciliar os dous estilos da autora: o criolho, narrado na primeira parte do libro, e a descripcón de problemas sexuais e da cidade na segunda; a protagonista está deliberadamente difuminada, e recorda alguns tratamentos de figuras femeninas das novelas de Virgínia Woolf. Em “Amasijo” (1962) narra a história de um homosexual estreitamente ligado a unha nai opresiva e esixente. O xovem acaba suicidando-se. As suas “Obras completas” publicárom-se em 1963 e unha “Antología de cuentos”, em 1962.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALFREDO BRYCE ECHENIQUE)
Publicado o29/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BRYCE ECHENIQUE, Alfredo (1939). Novelista peruano e contista que reside em Europa desde 1964. “Um mundo para Julius” (1971) é unha descripçón apaixonante da caída de unha poderosa família limenha, feita com unha técnica que recorda a do “Ulises” de Joyce. No libro de contos “La felicidad, ja, ja” (1974), a narraçón é feita a partir do ponto de vista das personáxes, prescindindo totalmente do autor/narrador omniscente. Em 1978 publicou a novela cómica “Tantas veces Pedro”; “Todos los cuentos” (1979) e a novela “La vida exagerada de Martín Romaña” (1982).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL BUENO)
Publicado o30/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUENO, Manuel (Pau, France, 1874-1936). Xornalista e home de letras. O seu pai era arxentino e a sua nai bilbaína. Passou um curto período da sua vida em Hispanoamérica, mas a maior parte dela residíu em Espanha, e considerába-se espanhol. Entre as suas obras de teatro están “La mentira del amor” (1907) e “El talón de Aquiles” (1908). Escrebeu muito sobre crítica teatral e publicou “El teatro en España” (1910), de sumo interesse. Ainda que hoxe as suas novelas e contos caírom no esquecimento, foi neles que concentrou o seu maior esforço criador; os contos están reunidos em “Viviendo” (1897), “A ras de tierra” e “Almas e paisajes” (ambas de 1900) e “En el umbral de la vida” (1919). Entre as suas numerosas novelas destacan “Corazón adentro” (1906), “Jaime el Conquistador” (1912), “El dolor de vivir” (1924) e “Poniente solar” (1931). Están escritas num estilo fluído mas pouco imaxinativo, que carece do vigor criativo e da habilidade de estructurar as histórias que tinha o seu mêstre Baroja. Os seus temas favoritos som Dios e a inmortalidade, a morte e o suicídio.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SALVADOR BUENO MENÉNDEZ)
Publicado o30/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUENO MENÉNDEZ, Salvador (La Habana, 1917). Crítico literário e historiador cubano, escrebeu para a UNESCO “Contorno del modernismo en Cuba” (1950) e “Medio siglo de literatura cubana 1902-1952” (1953). Editou unha “Antología del cuento en Cuba, 1902-1952” (1953), publicou a “Historia de la literatura cubana” (1954) e contribuíu com um ensaio sobre a literatura cubana do século XX para “Panorama das literaturas das Américas” de Montezuma de Carvalho (vol. II, 1958).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO BUERO VALLEJO)
Publicado o30/11/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUERO VALLEJO, Antonio (Guadalajara, 1916). É o autor teatral espanhol mais significativo da sua xeraçón. Quase ao inicio da guerra civil espanhola interrompeu os seus estudos para enrolar-se no serviço médico do lado republicano. Foi encarcerado por motivos políticos desde o final da guerra até 1945. Pouco depois da sua liberaçón, começou a escreber teatro. Em 1949, as primeiras duas obras ganharom prémios importântes: o Premio Lope de Vega por “Historia de una escalera”, drama social de grande profundidade, e o drama em um acto “Palabras en la arena”, sobre o adultério e a necessidade de perdoar. O seu segundo drama largo foi “En la ardiente oscuridad” (escrito em 1946, estreádo em 1950), de corte existencialista. “La tejedora de sueños” (1952) basada na história de Penélope, durante a sua larga espera e na desilusón ao enfrentar o regresso de Ulisses. A estes seguem obras de menor calado: “La señal que se espera” (1952), “Casi un cuento de hadas” (1953), “Madrugada” (1953), “Irene o el tesoro” (1954) e “Hoy es fiesta” (1956). “Las cartas boca abajo” (1957), sobre o fracasso e a frustraçón, resulta unha obra mais lograda. Buero começou a escreber dramas históricos com “Un soñador para un pueblo” (1958), que trata do fracasso de Esquilache ao intentar modernizar España durante o reinado de Carlos III. “las meninas” (1960) é unha explêndida fantasía velazquiana que utiliza a experiência do autor como pintor. “El concierto de San Ovidio” (1962) situádo no París prerrevolucionário. Depois vinherom “Aventura en lo gris” (1963), “El tragaluz” (1967), “La doble historia del doctor Valmy” (estreáda em Chester em 1968), “El sueño de la razón” (1970) e “Llegada de los dioses” (1971). Ganhou numerosos prémios pola sua labor. Traducíu “Hamlet” de Shakespeare e “Mutter Courage” de Berthol Brecht. Foi considerado um autor polémico, sobre tudo do lado da sociedade espanhola mais conservadora. Non obstânte, em palabras de G. G. Brown, trouxo seriedade e dignidade à escena espanhola actual.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALFREDO R. BUFANO)
Publicado o01/12/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUFANO, Alfredo R. (1895-1950). Poeta arxentino de verso fácil, que foi despoxando-se da rectórica a través dos seus trinta libros. A maioría deles surxídos do amor e do arraigo ao seu povo (San Rafael, Mendoza), incluíndo “Mendoza, la de mi canto” (1943). Os seus últimos dous libros están inspirados nos seus viáxes, por España: “Junto a las verdes rías” (1950) e por Marrocos, no libro do mesmo nome publicado em 1951. O seu melhor libro, “Misa de Réquiem” (1920), debe algo à “Melpómene” de Arturo Capdevila; nel o sufrimento despráça a outros sentimentos expresados em libros anteriores.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS BUÑUEL)
Publicado o01/12/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUÑUEL, Luis (Calanda, 1900 – México, 1983). Cineasta aragonés. Fixo-se famoso com os seus filmes surrealistas, feitos em colaboraçón com Salvador Dalí, “El perro andaluz” (1928) e “La edad de oro” (1930). Buñuel procedía de unha família da classe média acomodada; estudou no coléxio dos Xesuitas e depois na Universidade de Madrid, onde estudou literatura e filosofía. Os dous primeiros filmes provocarom o asombro e a indignaçón do público. Ambos som de unha agressividade simbólica e de unha força na xustaposiçón de imáxens que chocam ao espectador burguês. “Tierra sin pan” (1932) é um documental que mostra a fame e a miséria física e mental de um grupo de espanhois. Buñuel tivo que sair de Espanha em 1946. Afincou-se em México, onde levou a cabo quince filmes que ao mesmo tempo que som exhibidos em cinemas comerciais mantenhem a sua firme postura filosófica e unha alta qualidade estéctica. Desta época som “Los olvidados” (1950), “Archibaldo de la Cruz” (1955), “El ángel exterminador” e “Tristana”. No seu terceiro período recebeu xá o reconhecimento internacional ao grande cineasta que foi. Nazarín (1958) está baseada na fermosa novela de Galdós; Viridiana (1961) e “La vía láctea” (1969) parodían, a primeira, a represón sexual sublimada por unha piedade falsa, e a segunda, os peregrináxes a Santiago de Compostela. “El discreto encanto de la burguesía” (1972) e “El fantasma de la libertad” (1974) som só duas mostras do poderío criativo de Buñuel na sua velhíce. As suas memórias, baixo o título “Mi último suspiro”, forom publicadas o mesmo ano da sua morte.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FAUSTO BURGOS)
Publicado o01/12/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BURGOS, Fausto (Tucumán, 1885-1951). Contista e româncista arxentino cuxo impulso criador foi parado a causa da sua profissón de xornalista. As suas melhores novelas som parcialmente autobiográficas: “Los regionales” (1939), influída por Pereda, e “Aire de mar” (1943).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO JAVIER DE BURGOS)
Publicado o02/12/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BURGOS, Francisco Javier de (Motril, Granada, 1778-1849). Poeta neoclássico, autor teatral e traductor de Horacio, das “Geórgicas” de Virgilio e de “De rerum natura” de Lucrecio. Ingressou no seminário, mas nunca chegou a ordenar-se sacerdote. Foi advogado. Durante a invasón francesa foi nomeado subperfeito de Almería e em 1812 emigrou para París. A partir de 1822 foi director de “El Imparcial” e foi elexido membro da Real Academia Española em 1827. A sua poesía, de corte neoclássico, foi reunida em BAE (1875). Os seus melhores poemas som “La primavera”, “El porvenir” e “A la constancia”. Das suas obras teatrais a melhor é “El baile de máscaras” (1832).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ RAFAEL BUSTAMANTE)
Publicado o02/12/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUSTAMANTE, José Rafael (Quito, 1881-1961). Narrador costumbrista e ensaísta equatoriano. A sua única novela foi publicada por entregas em “Letras” (1915) e só até 1935 como libro, baixo o título de “Para matar el gusano”. É um fino retrato do conflícto social que se estabelece entre o pobre mas honrado Roberto e o rico e pedante Jorge, que se converte em dipsómano depois de um fracaso amoroso. Escrita num estilo sinxélo e directo, a novela oferece unha bela descripçón da paisaxe equatoriana. Escrebeu também um libro de ensaios, ” Consideraciones sobre la libertad” (1938).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN BUSTILLO ORO)
Publicado o02/12/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUSTILLO ORO, Juan (México, 1904-1982). Autor e cineasta de profisón adbogado. Bustillo Oro estaba convencido da necessidade da revoluçón em México, mas as suas obras teatrais reflexam mais bem unha visón pessimista sobre os logros alcanzados. Colaborou com Mauricio Magdaleno no grupo de teatro “Ahora”. As suas melhores obras tratam os problemas do campo, da corrupçón xudicial e da dificuldade para que o home humilde poida enfrentar-se à nossa sociedade moderna. “Masas: reportaje dramático en tres tiempos y un final” descrebe o asasinato de um home íntegro cuxo cuñado passou a ser o títere do xeneral que goberna tras bambalinas. “Los que vuelven” é unha amarga visón do problema dos braseros, trabalhadores mexicanos que emigran a Estados Unidos em busca de unha melhóra económica. “Justicia S. A”. mostra a venalidade de um xuíz, “Santos Gálvez”, que trabalha para o cacique do poboado e que condena à morte a um home a sabendas de que é inocente, para compracer o cacique. Escrebeu muitos outros dramas, incluíndo um que depois se convertirá num excelente filme, “Tiburón”, onde descrebe a vida infrahumana dos pescadores mexicanos. A sua melhor obra é “San Miguel de las Espinas” (publicada em “Teatro mexicano del siglo XX”), situada no norte de México, na qual xeraçón trás xeraçón lutam por unha presa sem que ninguém a utilice, sem que haxa o mais mínimo desexo de arranxar o problema ou tratar de compreender ao outro.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EVARISTO “KIRIKIÑO” BUSTINZA)
Publicado o02/12/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUSTINZA, Evaristo “kirikiño” (Mañaria, Vizcaya, 1866-1929). Escritor vasco. Foi professor de ciências físico-matemáticas. Colaborou com Azkue na preparaçón do seu magno diccionário. Publicou numerosos contos e narraçóns breves em revistas, que logo recopilou em dous volúmes com o título de “Abarrak” (Raminhas); caracterizam-se polo seu pintoresquísmo e humor, e a lenguáxe popular.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ PASCUAL BUXÓ)
Publicado o03/12/2022por fontedopazo | Deixar un comentario

BUXÓ, José Pascual (Sant Feliu de Guíxols, 1931). Poeta e semiótico hispâno transterrado a México a raíz da guerra civil espanhola. Foi professor da Universidad Nacional Autónoma de México e director do Seminario de Poética y Semiología da mesma universidade. Doutorou-se na de Urbino. Itália. Dirixíu a revista “Acta Poética”. Poesía: “Tiempo de soledad” (México, 1954), “Elegías” (México, 1955), “Memoria y deseo” (Maracaibo, 1963), libro no qual recolhe os poemas anteriores; “Boca del solitario” (Maracaibo, 1964), “Materia de la muerte” (México, 1966) e “Lugar del tiempo” (México, 1974). Dos seus estudos literarios destacam “Muerte y desengaño en la poesía novohispana, siglos XVI y XVII” (México, 1975), “Ungaretti y Góngora. Ensayo de literatura comparada” (México, 1978), “Introducción a la poética de Roman Jakobson” (México, 1978) e “César Vallejo: crítica y contracrítica” (México, 1982). Se como crítico Buxó prefere servir-se das tendências mais modernas, na sua poesía, em câmbio, prevalece a influênça da poesía tradicional espanhola. Os poemas de “Materia de la muerte” inscrébem-se sem dúvida na tradiçón da melhor poesía espanhola de tipo elexíaco.
OXFORD
LETRA C
ESCRITORES HISPÂNOS (EDUARDO CABALLERO CALDERÓN)
Publicado o15/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CABALLERO CALDERÓN, Eduardo (1910). Escritor de libros de viaxens, ensaísta e româncista colombiano. Fundou a Editorial Guadarrama em Madrid e servíu no corpo diplomático em diversos lugares de Hispanoamérica e em Espanha. Foi corresponsal do diário colombiano “El Tiempo” em Buenos Aires. A sua novela “El Cristo de espaldas” (Buenos Aires, 1952) está basada na guerra civil colombiana de 1948-1958, durante a qual morreron mais de douszentos mil campesinos. Um sacerdote progressista enviado desde o seminário a unha aldeia nos Andes opôn-se ao goberno conservador, ao cacique local e à própria Igrexa, que defendíam aos poderosos. O bispo, ao final dos cinco dias que abarca a novela, ordena ao sacerdote que volte para o seminário: Cristo é forzado a dar a espalda a Colombia. “Manuel Pacho” (Barcelona, 1966) narra a história de um rapaz que, escondido nunha árbore, contempla como é massacrado o seu povoádo. Carga o dadáver do seu pai a través dos campos e enterra-o em lugar consagrado. Durante o caminho, sofreu fame, sede e fatiga, vé-se forzado a desmembrar o corpo, para fazê-lo mais lixeiro. Quando chega ao poboádo onde está o cemitério, os habitantes mostram-se pouco interessados em dispor o enterro do corpo pestilente e desmembrado, e pensam mais em salvar as suas próprias vidas. A narraçón evita todo sentimentalismo com a sua sequedade, contando simplesmente os sentimentos do xovem campesino. A sua seguinte novela “El buen salvaje” (1966) ganhou o Prémio Nadal. “Siervo sin tierra” (1954) refére-se a um campesino obsesionado por poseer unha pequena parcela que cultivar. Escrebeu também ensaios sobre as relaçóns de Hispanoamérica com o mundo, como “Suramérica, tierra del hombre” (1942) e “Latinoamérica, un mundo por hacer” (1957).
OXFORD
POETAS DA TERRA (RAMÓN CABANILLAS ENRÍQUEZ)
Publicado o17/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CABANILLAS ENRÍQUEZ, Ramón (Cambados, Pontevedra, 1873-1959). Poeta galego. Colaborador da importânte revista “Nós” e do “Seminario de Estudos Galegos”. Foi escritor muito versátil: em “Vento mareiro” (La Habana, 1915) escrebeu versos ao mar. Versos narrativos, basados em três poemas celtas em “A noite estrelecida” (1926), e poesía amorosa de grande poder expressivo e economía de formas, em “A rosa de cen follas” (1927). A sua obra no campo da poesía oral foi reunída em “Antífona de cantiga” (Vigo, 1951). Em muitos dos seus poemas rende homenáxe ao seu pobo natal e a temas mais cosmopolitas, âmbas cousas com igual tino. Escrebeu a obra teatral “A man de Santiña” e, em colaboraçón com Antón Villar Fonte, a peça histórico-mítica “O mariscal” (1926).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL DE CABANYES)
Publicado o17/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CABANYES, Manuel de (Vilanova i la Geltrú, 1808-1833). Poeta prerromántico de verdadeira inspiraçón e uso directo e sinxélo da língua. A través de fray Luis de León foi influído polos epítetos de Horacio, os seus xiros e os seus sentimentos, ainda que non pelos seus metros. Leu com paixón a Tomás Moro e Byron, ainda que rechazaba a tendência deste último para a desilusón. Traducíu a “Mirra” de Alfieri em 1831. Em colaboraçón com Joaquín Roca y Cornet publicou em 1832 unha versón de “Las noches” de Torcuato Tasso (Barcelona). Enfermou de tuberculoses e morreu unhas semanas depois de ter sído publicado o seu primeiro libro, “Preludios de mi lira” (Barcelona, 1833). As suas “Poesías escogidas” publicarom-se em 1858. Menéndez Pelayo pensou que “Cabanyes tinha o que faltou a Moratín: ideias, sentimentos e vida poética própria”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MERCEDES CABELLO DE CARBONERA)
Publicado o18/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CABELLO DE CARBONERA, Mercedes (Moquegua, 1845-1907). Novelista peruana. Foi membro da tertulia de Juana María Gorriti em Lima e escritora de “escandalosa reputaçón e grande talento” segundo V. García Calderón, As suas três primeiras novelas forom: “Los amores de Hortensia” (1888), “Sacrificio y recompensa” e “Eleodora” (1886 e 1887, respectivamente), todas igualmente insípidas e sentimentais. “Blanca Sol” (1889), em câmbio, foi a primeira novela naturalista escrita no Perú; na qual se analisam os vicios e a hipocresía da alta sociedade peruana. “Las consecuencias” (1890) ataca o vicio do xogo, agora num escenário rural. A sua última novela, “El conspirador: autobiografía de un hombre público” (1892), som as memórias fictícias de um xefe de partido que é atraiçoado polos seus amigos e logo encarcerado. “La novela moderna” (1892) reimprimíu-se em 1948.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL DEL CABRAL)
Publicado o20/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CABRAL, Manuel del (Santiago de los Caballeros, 1907). É o poeta dominicano mais importânte deste século. A pesar de que os seus primeiros libros forom publicados durante a dictadura de Trujillo (1930-1961), a sua poesía reivindicou aos negros e aos mulatos antillanos e denunciou as inxustiças que padecen, A sua poesía última benefícia-se de unha maior amplitude temática e de unha actitude tolerante respeito da sociedade que lle tocou viver e el amor, que el divide em quatro categorías: sexual, literário, romântico e metafísico. A sua gama de expressón resulta tán âmpla como a sua temática. A sua “Antoloxía tierra” (Madrid, 1949) incluie poemas publicados em “Pilón” (1931), “Color de agua” (1932), “Doce poemas negros” (1935), “Biografía de un silencio” (1940), “Trópico negro” (1942), “Compadre Mon” (1943), “Sangre mayor” (1945), e “De este lado del mar” (1949). “La Antología clave, 1930-1956” (1957) selecciona poemas de outros libros: “Los huéspedes secretos” (1951), “Sexo y alma” (1956) e “Dos cantos continentales y unos temas eternos” (1956). Desde entón publicou unha autobiografía, “História de mi voz” (Santiago de Chile, 1964), que revela a elaboraçón interna das obras de um grande poeta. “Pedrada planetaria” (1958), “Carta para un fósforo no usado y otras cartas” (1958), “Catorce mudos de amor” (1962), “La isla ofendida” (1965) e “Los anti-tiempo” (1967). Também escrebeu dous volûmes de poemas em prosa: “30 parábolas” (1956) e “Chinchina busca el tiempo” (1945), ademais da novela “El presidente negro” (1973).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS CABRERA DE CÓRDOBA)
Publicado o20/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CABRERA DE CÓRDOBA, Luis (Madrid, 1559-1623). Historiador, Cortesán que tomou parte na Armada Invencíbel. A sua obra mais importante foi “Biografía de Felipe II, rey de España” (I, 1619; II, 1876-1877, quatro volûmes), que foi a fonte da importante obra teatral de Pérez de Montalbán, “El segundo Séneca de España”. O melhor da sua obra foi a precisón e a brevidade, mas o seu estilo resulta a miúdo ilexíbel: os capítulos non tenhem unha estructuraçón lóxica e isto dificulta a comprehensón dos complexos feitos que narra. Ao parecer, non practicou o que predicaba no seu manual “De historia, para entenderla y escribirla” (1611). Um estudo relativamente menos importante, ainda que com notabeis dactos, é “Relaciones de las cosas sucedidas en la Corte de España, desde 1599 hasta 1614” (1857).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GUILLERMO CABRERA INFANTE)
Publicado o21/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CABRERA INFANTE, Guillermo (1929). Novelista, contista, guionista e crítico de cinema cubano. As suas críticas publicaron-se reunidas em “Un oficio del siglo XX” (1963). Em 1959 fundou “Lunes”, suplemento semanal do diário “Revolución” que se publicou até que foi prohibido em 1961. Ingresou no serviço diplomático, do qual foi cesado em 1965. O seu libro de contos basado no período do dictador Baptista foi publicado em “Así en la paz como en la guerra” e traducído ó francês, polaco, italiano e outros idiomas. Com a novela “Tres tristes tigres” ganhou em 1964 o “Premio Biblioteca Breve”. A versón non censurada desta obra non se editou até 1967. Aparentemente, a obra é unha espécie de guía da vida nocturna de La Habana, mas o verdadeiro protagonista é a linguáxe, cheia de experiências, neoloxísmos, associaçóns fonéticas, palabras inventadas e intelixência. Cabrera Infante narra neste libro a decadência do seu país na etapa prerrevolucionária. Vive em Londres e foi privado da nacionalidade cubana. Em 1975 publicou “Vista del amanecer en el trópico y O”; e em 1980, “Habana para un infante difunto”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ CADALSO Y VÁZQUEZ)
Publicado o22/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CADALSO Y VÁZQUEZ, José (Cádiz, 1741 – 1782). Poeta e autor de sátiras. Foi, com Jovellanos, unha das figuras literárias mais importântes do século XVIII, herdeiro do desengano de Quevedo e de Gracián. Estudou no coléxio dos Xesuitas em Cádiz e aprendeu inglês, francês, alemán e italiano nos seus frequentes viáxes por Europa. Regressou a Madrid em 1758. Combateu na campanha portuguesa de 1762 e foi nomeado cabaleiro da Ordem de Santiago de Espada em 1766; nesse mesmo ano conheceu a Jovellanos. Exilou-se em 1768 por ser o suposto autor de um manuscrípto que ofendía a honra de várias damas da corte: o “Calendario manual”. Durante os dous anos seguintes escrebeu desde o seu desterro de Aragón os poemas reunídos em “Ocios de mi juventud” (Salamanca, 1773), os melhores do libro forom ecrítos na honra “Filis”, a actríz María Ignácia Ibáñez, que representou a personáxe de Dona Ava na traxédia de Cadalso “Don Sancho García” em Xaneiro de 1771. Cadalso amou a Ibáñez até à sua morte em Abril de 1771. Durante o ano seguinte acudíu pontualmente à tertúlia da “Fonda de San Sebastián” em Madrid e publicou “Los eruditos a la violeta y el suplemento”, sátira sobre a falsa sabedoría dos pedantes, que sem apenas saber ler e sem minimamente estudos, querem opinar de tudo e o fán com pretensóns. O libro está estructurado a partir de unhas “Lecciones” de poesía, filosofía, leis, matemáticas e outros temas. O grande êxito da sátira, levou-o a escreber “Un buen militar a la violeta” (1790). Passou parte dos anos 1773-1774 em Salamanca, onde conheceu a Juan Meléndez Valdés. Nesse lápso escrebeu as suas melhores obras, “Cartas marruecas” (1793), e “Noches lúgubres” (1798), que apareceron por entregas no “Correo de Madrid” (1789-1790). Foi ascendido a coronel em 1782 e quinze dias depois morreu no sítio de Gibraltar. A história amorosa de Cadalso, o seu activo patriotismo, o seu atrevimento crítico frente às intituiçóns hipócritas encumbram-no a unha figura imprescindíbel do prerromantismo espanhol.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (BEATO DIEGO JOSÉ DE CÁDIZ)
Publicado o23/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CÁDIZ, Beato Diego José de (Cádiz, 1743-1801). Nome relixioso do capuchino José Caamaño García Texero. O seu estilo fixo-se muito popular no seu tempo pola sua sinxeleza e o seu alonxamento tanto do conceptismo como do culteranismo, considerados indispensábeis até nos sermóns. Das suas obras mais conhecidas citaremos “Afectos de un pecador arrepentido” (Barcelona, 1776) e o seu ataque às obras teatrais, “Dictamen sobre asunto de comedias y bailes” (Pamplona, 1790).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (BARTOLOMÉ CAIRASCO DE FIGUEROA)
Publicado o23/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAIRASCO DE FIGUEROA, Bartolomé (Gran Canaria, 1540). Poeta, autor teatral e canónigo da Catedral de Las Palmas. Escrebeu um longo poema de cinco mil oitavas, “Templo de la Iglesia militante o Flos sanctorum” (Lisboa, 1612, três volûmes). A. Castro seleccionou algunhas das suas “Definiciones poéticas morales y cristianas” para a BAE (1857, vol. XLII).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FERNANDO CALDERÓN)
Publicado o24/01/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CALDERÓN, Fernando (Guadalajara, México, 1809-1845). Autor teatral e poeta mexicano. Afiliou-se ao partido liberal e foi logo perseguído e posteriormente elevado à alcaldia de Zacatecas. É um poeta imitativo, como nos poemas em que se serve do romantismo mais temperán para expressar imaxinárias penas amorosas. Non obstânte, as suas “Obras poéticas” (1844) forom reimpressas muitas vezes. Destacou como autor teatral, especialmente em “A ninguna de las tres” (1854), que foi unha réplica a “Marcela” ou ” ¿Cuál de las tres? de Bretón de los Herreros. Nela satirizou a manía de copiar tudo o procedente da França, a hipocrisía política e a deficiente educaçón das mulheres no mundo hispâno. Escrebeu também o drama em cinco actos “Ana Bolena” (1854), “Hernán, o la vuelta del Cruzado” (1854), a obra em quatro actos com reminiscências cabaleirescas “El torneo” (1865), a traxédia neoclássica “Muerte de Virginia por la libertad de Roma” (1882), em verso, e a comédia em prosa “Los políticos del día” (Zacatecas, 1883). Considerado o melhor autor teatral mexicano da sua época. Tivo grande êxito na escena, ainda que como poeta foi menor. Manexou com maestría a construçón dramática nas suas obras, assim como o diálogo, a intensidade da trama e outras técnicas. Em 1959 Francisco Monterde publicou “Dramas y poesías” (México).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO CALDERÓN DE LA BARCA)
Publicado o25/03/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CALDERÓN DE LA BARCA, Pedro (Madrid, 1600-1681). É o dramaturgo mais importante do “Siglo de Oro”. El e a sua escola diferencíam-se de Lope e o seu círculo por unha série de características estilísticas: Lope leva a cabo as suas obras basândose nunha composiçón lírica e rápida, mentras que Calderón busca efeitos especiais que derívan do uso do conceptismo e do culteranismo e da maior importância ao uso da fala e à construçón da obra no aspecto formal. A obra de Calderón é mais tendenciosa e mais didáctica que a de Lope. Em quanto aos temas, âmbos partem de um material mais ou menos comúm, ainda que Calderón, pola sua maestría no xénero do auto sacramental, debe ser considerado superior. Calderón estudou no “Colegio Imperial de los Jesuitas” dos nove aos quatorce anos, quando se matriculou em Alcalá (1614). Estudou direito canónico em Salamanca até 1620, mas abandonou a carreira eclesiástica e regresou a Madrid. Alí levou unha vida relativamente axitada na companhia dos seus irmáns Diego e José. Os seus pleitos com Diego de Velasco, acabarom com o misterioso assassinato deste. A primeira comédia de Calderón “Amor, honor y poder” é de 1623. No ano seguinte viaxou por Flandes e polo norte de Itália e em 1625 entrou ao serviço do duque de Frías. A maioría das suas peças teatrais forom estreádas no teatro do Palácio Real. Graças ao cargo de autor teatral oficial, chegarom às nossas máns obras que, escritas por outro, tiveran sido meramente circunstânciais. A causa de unha zaragata, Calderón voltou a meter-se em problemas, quando por vingança, violou o sagrado do convento em que -casualmente- a filha de Lope se encontraba. Lope e Fray Hortensio Paravicino protestarom por este sacriléxio. Calderón vingou-se do frade parodiando o seu sermón acusatório em “El príncipe constante”. A pesar dos seus roces com a lei e com a Igrexa, nunca perdeu o favor do rei, quem em 1637 o fixo cabaleiro da ordem de Santiago de Espada. Nesse mesmo ano começou a servir como soldado a ordens do Duque del Infantado e foi ferído nunha mán durante a revolta dos cataláns. Por acompanhar a Felipe IV no sítio de Lérida foi-lhe concedida unha pensón vitalícia de trinta escudos em 1642. Uns anos mais tarde tivo um filho ilexítimo, mas presume-se que a sua amante morreu pouco despois, pois non se soubo mais dela. Em 1651 ordenou-se sacerdote e foi nomeado capelán da “Capilla de los Reyes Nuevos” na Catedral de Toledo, ainda que continuou visitando Madrid com frequência e escrevendo péças teatrais seculares, ao mesmo tempo que as aplaudidas séries de autos sacramentais e outras obras mais largas. Quando o Patriarca das Indias o censurou por escreber obras de teatro sendo eclesiástico e lhe encargou autos sacramentais para “Corpus Christi”, Calderón respondeu com xusta indignaçón: “o es malo o es bueno: si es bueno, no me obste y se es malo no se me mande”. Non disminuíron o número de obras que escreveu no futuro. Em 1663 foi nomeado capelán de honra de Sua Maxestade e passou ainda mais tempo escrebendo obras e autos. O seu prestíxio sobrevivéu ao reinado de Felipe IV e persistíu ao longo do reinado seguinte. Respeito da sua fama entre os contemporâneos, Menéndez y Pelayo comenta que “rara vez se víu exemplo de unha popularidade parecida á de Calderón, entre os seus contemporâneos; realmente a de Lope foi mais ruidosa, mas non tán funda nem tán duradeira”. A pesar de que em vida do autor se publicarom quatro “Partes”, que incluíam grande parte das suas obras, ningunha foi publicada por el, nem sequer aprobada por el. A “Primeira parte das comedias” (1636) e a “Segunda parte” (1637), reuníam doze péças teatrais cada unha (como era costûme na época). A ediçón esteve a cargo de José Calderón. Seguramente estavam mais cuidadas que as publicadas em forma pirata, mas non existe qualquer certeza de que calderon fornecera ao seu irmán os orixinais das suas obras. A “Terceira parte” (1664) foi preparada por Ventura de Vergara, amigo de Calderón. A “Quarta parte”, alberga um prólogo de Calderón no qual nega haber escrito unha larga lista de obras que lhe tinham sído atribuídas. Unha “Quinta parte” totalmente espúria que se publicou em 1677: continha quatro obras que non eram do seu cunho e seis mais, tán desfiguradas polos erros e emendas, que tampouco parecem suas. Doce autos sacramentais forom publicados como “Primeira parte” em (1677). Non existe unha classificaçón consensuada das obras de Calderón, mas Díez Echarri e Roca Franquesa organizam-na como segue: “Tragedias”: El pintor de su deshonra; El mayor monstruo, los celos; El médico de su honra; A secreto agravio, secreta venganza. “História Nacional”: Amar después de la muerte; El príncipe constante; La niña de Gómez Arias; El alcalde de Zalamea (de feito non é histórica); El sitio de Breda. “História de outros países”: El cisma de Inglaterra; La hija del aire e La gran Cenobia. “Comedias de costumbres”: La dama duende; Casa con dos puertas mala es de guardar; Guárdate del agua mansa. “Obras palaciegas”: La banda y la flor; No siempre lo peor es cierto. “Obras mitolóxicas”: Eco y Narciso; Ni amor se libra de amor; La fiera, el rayo y la piedra; El mayor encanto, amor. “Obras filosóficas”: La vida es sueño; En esta vida todo es verdad y todo es mentira. “Obras de tema caballeresco”: El castillo de Lindabridis; La puente de Mantible. “Obras de zarzuelas”: El laurel de Apolo; La púrpura de la rosa. “Obras de entremeses”: El dragoncillo; El pésame de la viuda; Carnestolendas; La casa de los linajes. O cuidado que puxo Calderón na sua obra -muito menor em volûme que a de Lope- resulta evidente para um leitor actual. Non obstânte, há que reconhecer que a Calderón lhe faltarom a imaxinaçón e a fantasía de Lope, nunha obra como “El caballero de Olmedo”. Lope foi mais variádo no uso das suas fontes, mentras que Calderón repetíu muito as intrigas amorosas nas suas obras de costûmes. Várias das suas obras, algunhas importântes, non se diferênciam grande cousa unhas das outras: “El pintor de su deshonra” e “A secreto agravio, secreta venganza, por exemplo. Também se escrebeu muito sobre a tendência a repetir personáxes similáres em diferêntes obras, e a sua costûme para simplificar lhe saca profundidade e interesse à personáxe. O seu uso da fala é arquetípico do final do “Siglo de Oro”; tráta-se de unha linguaxem complexa. Como os heróis das obras de Tirso e Lope, os discursos dos heróis e viláns de Calderón parecem excessivamente violentos, comparados com os feitos que levam a cabo. Segundo Valbuena Prat, as personáxes de Calderón albergam virtudes e defeitos esaxerádos e desproporcionados. Os seus “dramas relixiosos” podem-se classificar entre os mais longos e xuntamente com os “autos sacramentais”: “Dramas de tema bíblico”: Los cabellos de Absalón; La sibila de Oriente; Judas Macabeo. “Dramas circunstânciais”: El gran príncipe de Fez, don Baltasar de Loyola (apoloxía dos xesuitas). “Dramas de santos”: El mágico prodigioso; Las cadenas del demonio; Los dos amantes del cielo. “Leyendas piadosas”: La devoción de la Cruz; El purgatorio de san Patricio; Origen, pérdida y restauración de la Virgen del Sagrario. A primeira é um asombroso drama de violência, crime e incesto, na qual o elemento salvador é a devoçón que Eusebio tinha pola Cruz durante toda a sua vida. Os “autos sacramentales” de Calderón non som só os piadosos interludios de alguns dos seus contemporâneos, senón que alcanzam unha estatura comparábel à das melhores criaçóns do seu teatro de maior lonxitude. Tenhem de mil a dous mil versos e utilizam imáxes muito complexas: o mundo como mercado em “El gran mercado del mundo”, ou do mundo como teatro em “El gran teatro del mundo”. Reelaborou algunhas das suas obras maiores para adaptálas como “autos sacramentáles” em “El pintor de su deshonra” e “La vida es sueño”. Os autos sacramentais podem-se dividir nas seguintes classificaçóns: “Filosóficos e teolóxicos”: La vida es sueño; El pintor de su deshonra; El gran teatro del mundo; El gran mercado del mundo; Pleito matrimonial del alma y el cuerpo; Lo que va del hombre a Dios; El veneno y la triaca. “Mitolóxicos”: Los encantos de la culpa (alegoría da comédia “El mayor encanto, amor”); El divino Orfeo; El labirinto del mundo; El divino Jasón; Andrómeda y Perseo. “Do antigo testamento”: La torre de Babilonia; El árbol del mejor fruto; Sueños hay que verdad son; Primero e segundo Isaac; La cena del rey Baltasar; Las espigas de Ruth; Mística y real Babilonia. “Do novo testamento”: El tesoro escondido; La siembra del Señor; Llamados y escogidos; El día mayor de los días; A tu prójimo como a ti. “Histórico-legendarios”: El cubo de la Almudena; La protestación de la fé; Al santo rey don Fernando (I e II partes); La devoción de la misa; A María, el corazón. “Circunstânciais”: Las órdenes militares; Los misterios de la Misa; No hay instante sin milagro. “De tema mariano”: La hidalga del valle. A selecçón anterior das obras maiores e dos autos de Calderón pode considerar-se representativa de um autor que no âmbito hispâno é comparábel a Shakespeare, tanto na variedade dos temas como na riqueza da linguáxe. Os autores que colaborarom com el forom: Rojas Zorrilla, Moreto, Cubillo de Aragón, Coello, Henríquez Gómez, Diamante, Hoz y Mota, Juan Vélez de Guevara, Matos fragoso e Ramírez de Arellano. As obras non dramáticas de Calderón, están totalmente esquecídas, excepto por E. R. Curtius, que anota a importância da “Deposición a favor de los profesores de pintura en la teoría del arte del siglo XVII”. Forom feitas muitas edicçóns das obras de Calderón, tanto das suas obras completas como de textos ailhados.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PERE CALDERS I ROSSINYOL)
Publicado o29/03/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CALDERS I ROSSINYOL. Pere (Barcelona, 1912). Prossista catalán. Estudou desenho e pintura na Escola Superior de Belles Arts de Barcelona. Em 1936 publicou por primeira vez em “L’Esquella de la Torratxa”, revista que chegou a dirixir xunto com A. Artís-Gener; este mesmo ano apareceu o seu primeiro libro de contos: “El primer arlequí”. Durante a guerra escrebeu e desenhou para um bom número de publicaçóns (Treball, Diari de Barcelona, etc…). Nesta primeira época, cabe relacionar-se com o grupo de Sabadell (Francesc Trabal, Joan Oliver, etc…) que exercía, através da ironía e da fantasía, a crítica à sociedade da época. A vía fantástica iniciada com a sua primeira obra vê-se truncada pola experiência da guerra, que reflexa em “Unitats de xoc” (1938). Acabada a contenda, partíu para o México, onde permaneceu vintitrês anos e participou nas actividades do grupo de exiládos cataláns daquel país: com Carner y Bartra, fundou a revista “Lletres”. “Cròniques de la veritat oculta” (1955) supón a sua reincorporaçón à literatura catalán, depois de um largo parêntese. Pouco depois publicou duas colecçóns de contos: “Gent de l’alta vall” (1957), com protagonistas mexicanos, e “Demà a les tres de la matinada” (1959). Em 1962 regresou do exílio e ao ano seguinte publicou “L’ombra de l’atzavara”, novela psicolóxica. Outras obras som “Ronda naval sota la boira” (1966), “Aquí descansa Nevares” (1967) e “Tots els contes” (1968). O grupo Dagoll-Dagom escenificou com grande éxito em Catalunya um montáxe teatral inspirado em vários dos seus contos: “Antaviana”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (O LIBRO DE CALILA E DIGNA)
Publicado o29/03/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CALILA E DIGNA, El libro de. Versón de unha colecçón de fábulas morais escríptas em sánscrito, Pançatantra, vertídas ao castelán a instâncias de Alfonso X el Sabio. A obra passou a Europa a través de unha antiga versón persa escrita por Barzuya e através de unha versón árabe de ‘Abd Allâh ibn al-Muqaffa’, fontes de todas as versóns posteriores que conhecemos. A versón ordenada por Alfonso X de 1251, servíu de base para a latina feita por Raymond de Béziers em 1313. A versón latina mais popular foi a de Juan de Capua (1263-1278), basada em um texto hebreo. A obra é conhecída também como “Kalîla wa-Dimna” em árabe, ou como “Fábulas de Bidpai”, corrupçón do nome do sabio mais importânte da côrte de um príncipe indio.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AGUSTÍ CALVET)
Publicado o30/03/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CALVET, Agustí (Sant Feliu de Guíxols, 1887-1964). Ensaista, xornalista e autor de libros de viáxes e de memórias. Em 1914 entrou no xornalismo profisional com a publicaçón em “La Vanguardia” de unha série de artígos sobre a guerra europeia, que firmou com o pseudónimo de “Gaziel”. Están reunidos no libro “Diario de um estudante en París” (1915), e mais tarde, em “Narraciones de tierras heroicas” (1916), “En las líneas de fuego” (1917), etc… Em 1933 foi nomeado director de “La Vanguardia”. Outras obras som “Tots els camins duen a Roma”. “Història d’un destí (1893-1914) (1958), memórias; a série “Viatges i somnis”, que consta da “Trilogia ibérica” (Castella endins, 1959; Portugal enfora, 1960; e “La península inacabada”, 1961), na qual manifestou o seu interesse polo carácter e convivência dos diferentes pobos peninsulares, e “Cura d’aires” (Seny, treball i llibertat, 1961; e “L’home és el tot”, 1962), onde aparecem algunhas das suas teses políticas.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN CRISTÓBAL CALVETE DE ESTRELLA)
Publicado o30/03/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CALVETE DE ESTRELLA, Juan Cristóbal (Sariñena, Huesca, 1526 ?-1593). Humanista. Estudou em Alcalá e pertenceu à côrte do príncipe Felipe (depois, Felipe II). Escrebeu “Felicísimo viaje del príncipe Felipe, hijo de Carlos V, a Alemania y a Flandes” (Amberes, 1522; ed. M. Artigas, 1930), do que foi testemunha presencial. Resulta unha descripçón absorbente e detalhada do torneo ofertado a Carlos V pola rainha da Hungría em 1549. Isto demostra o profundo arraigo dos libros de cavalaria e os usos que se tinham instaurado na sociedade da época. É autor de um poema sobre a vida de Carlos V (1590), de um elóxio ao duque de Alba em latim: “Túmulo imperial, adornado de historias” (Valladolid, 1559), e de um relato da conquista de unha cidade norteafricana: “De aphrodisio expugnato quod vulgo Aphrica vocant” (Amberes, 1551).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAQUÍN CALVO SOTELO)
Publicado o31/03/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CALVO SOTELO, Joaquín (A Coruña, 1905). Autor teatral cuxa actitude reflexa a das clásses médias católicas, ainda que non por isso deixa de criticálas. As suas cinquenta obras teatrais som melodramáticas, desiguais e cheas de convencionalismos. Abarcou três xéneros: a farsa, a comédia propriamente dita e a obra de tese. Entre as farsas podemos citar “El contable de estrellas” (1937) e “Tánger” (1945); das obras de tese “La muralla” (1954), “La ciudad sin Dios” (1960) e “El poder” (1965). Cultivou mais a comédia, desde a sua primeiriza “Una comedia en tres actos” (1930) até “A la tierra, kilómetros 500.000” (1932), ou a triloxía formada por “Una muchachita de Valladolid” (1957), “Cartas credenciales” (1961) e “Operación embajada” (1962); “Micaela” (1964), baseada num conto de J. A. Zunzunegui; “El proceso al Arzobispo Carranza” (1964), “La condesa Laurel” (1965), “El inocente” (1969) e “Una noche de lluvia” (1969).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL J. CALLE)
Publicado o31/03/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CALLE, Manuel J. (Cuenca, 1866 – 1918). Xornalista equatoriano. Foi um prolífico polemista na sua columna “Charlas”. Os seus ensaios forom reunidos em “Biografías y semblanzas” (1920), mas é mais conhecido por um libro dedicado à xuventude: “Leyendas del tiempo heroico: episódios de la guerra de la Independência” (Guayaquil, 1905).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JULIO CAMBA)
Publicado o01/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMBA, Julio (Vilanova de Arosa, Pontevedra, 1882 – 1962). Humorista cuxas caricaturas carecen de amargura, incluso na sua sátira contra os Estados Unidos em “La ciudad automática” (1932). Camba foi xornalista na Arxentina (como o seu irmán Francisco Camba, 1884-1947), França, Estados Unidos e Turquía. Escrebeu toda unha série de simpáticos artígos em “Las alas de Ícaro” (1913), “Alemania” (1916), “Londres” (1916), “Playas, ciudades y montañas” (1916), “Un año en el otro mundo” (1917), “La rana viajera” (1920), “Sobre casi nada” (1928), a sátira sobre Espanha em “Haciendo la República” (1934), e “Millones al horno” (1948). As suas “Obras completas” forom publicadas em 1948.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EUGENIO CAMBACERES)
Publicado o01/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMBACERES, Eugenio (Buenos Aires, 1843-1888). Novelista satírico e político liberal arxentino, que propuxo a separaçón da Igrexa e do estado na Arxentina em 1871. Abandonou o Parlamento com “una ilusión menos e un desengaño más”. Os seus dous primeiros libros, “Potpurri” (1881) e “Música sentimental” (1884), mostram unha misantropía maior que as de: Groussac, Eduardo Wilde ou Lucio Vicente López. O principal defeito das obras é que tenhem um incongruente final feliz. A sua melhor novela é “Sin rumbo” (1885), muito influênciada por Zola, cuxo final estraga o conxunto de logradas escenas costumbristas. Por outra parte, o estudo psicolóxico da personáxe central, Andrés, é do melhor que foi escrito na Arxentina. A sua última novela, “En la sangre”, determinista e de um corte marcadamente zolesco, apareceu por entregas em Sud América durante 1887.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GIUSEPPE CAMERINO)
Publicado o02/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMERINO, Giuseppe (fl. 1624). Novelista italiano. As suas “Novelas amorosas” (1624), escritas em castelán, encaixam na corrente de narrativa amorosa que floreceu no “Siglo de Oro”. O seu trabalho foi alabádo por Lope de Vega. Ruiz de Alarcón, Vélez de Guevara e Guillén de Castro, a pesar de que Roca Franquesa e Díez Echarri as catalógam como as doze novelas “más insípidas que pueden darse en su género”. Forom reeditadas em 1736. Outras obras em castelán som: “Discurso político sobre estas palabras: a fe de hombre de bien (1631) e “La dama beata” (1624, mas na realidade em 1655).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS CAMINO CALDERÓN)
Publicado o02/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMINO CALDERÓN, Carlos (Lima, 1884-1956). Novelista peruano autor de “tradiciones” basadas nas lendas populares do seu país. A sua obra mais conhecida é a novela “La cruz de Santiago: memorias de un limeño” (Trujillo, 1925), na qual narra feitos da Independência. Um ano antes escrebéra “Ildefonso” (1924). Também escrebeu “El caballero de Santiago” ” (1935), “Anecdotario de los libertadores” (1941), “El daño” (1942), novela sobre o Perú rural; “La ilusión de Oriente” (1943), “Tradiciones de Trujillo” (1944), “Tradiciones de Piura” (1944), “Diccionario folklórico de Perú” (1945), “Mi molino” (1947) e “Cuentos de la costa” (Trujillo, 1954).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (NARCISO DEL CAMPILLO)
Publicado o03/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMPILLO, Narciso del (Sevilla, 1835-1900). Poeta e contista, membro da tertulia de Valera e amigo de Bécquer, Campillo foi influído pola tradiçón clássica de Virgilio a través de fray Luis de León, e polo romântismo de Zorrilla e Espronceda. Foi professor de literatura em Cádiz e em Madrid, onde editou a importânte revista “El Museo Universal”. Nesta época escrebeu “Memoria y teoría del estilo” (Cádiz, 1865) e “Retórica y poética” (1871). Os poemas de Campillo eram espontâneos, eclécticos e bastânte medíocres. Forom publicados em “Poesías” (Sevilla, 1858) e “Nuevas poesías” (Cádiz, 1867), que forom complementados com a ediçón das suas “Cartas y poesías inéditas” (1923). Campillo escrebeu também contos: “Una docena de cuentos” (1879), “Nuevos cuentos” (1881) e “Cuentos y sucedidos” (1891).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ÁNGEL DEL CAMPO)
Publicado o03/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMPO, Ángel del (Ciudad de México, 1868-1908). Contista, novelista e humorista mexicano, que escrebeu baixo o pseudónimo de “Micrós”. Publicou três volûmes de subtís, a miúdo amábeis, contos: “Ocios y apuntes” (1890), “Cosas vistas” (1894) e “Cartones” (1897). Os seus quadros de costûmes forom considerados dos melhores, na linha de Fernández de Lizardi, “El Pensador Mexicano”, de Guillermo Prieto, “Fidel”, e de Cuéllar, “Facundo”. Forom escriptos baixo o pseudónimo de “Tic-Tac”, como colaboraçóns para diários. Algúns podem encontrar-se em “Obras” (1958). Escrebeu também duas novelas: “La sombra de Medrano”, que nunca foi publicada completa, e “La Rumba”, publicada primeiro por entregas no “El Nacional” (1890-1891), que leva o nome de unha “tenda” fictícia situada num bairro pobre da cidade. Na qual, unha pobre costureira é violada por um vendedor brutal, a quem ela mata despois. Campo, mostrou nesta novela o seu grande conhecimento das clásses média e proletária. Urbina escrebeu: “No ve en grande, pero ve en detalle y límpidamente. Su dibujo és asombroso; su color brillante y enérgico”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ESTANISLAO DEL CAMPO)
Publicado o04/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMPO, Estanislao del (Buenos Aires, 1834-1880). Poeta do gaucho (vexa-se Literatura Gauchesca), xornalista e soldado arxentino. Usou os pseudónimos “Anastasio el Pollo” e menos frequentemente “El Pardo”. Foi discípulo declarado de Hilario Ascasubi. A sua obra mais importânte é “Fausto” (1866), diálogo poético para gauchos em seis episodios que foi inspirado pola representaçón do “Fausto” de Gounod em Buenos Aires. Um gaucho supersticioso e inxénuo que assiste à representaçón da ópera francesa, acredita que presenciou unha autêntica representaçón de maxía no teatro Colón. A tendência a ver no gaucho um suxeito cómico acabou com a publicaçón do “Martín Fierro” de Hernández. Editou-se em Buenos Aires em 1951 (3.ª ed.). Os primeiros poemas gauchos de Campo apareceron no diário bonaerense “Los Debates”. As suas “Poesías” (1870) forom reeditadas duas veces.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAMÓN DE CAMPOAMOR)
Publicado o04/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMPOAMOR, Ramón de (Navia, Asturias, 1817-1901). Poeta post-romântico. Primeiro acreditou sentir unha vocaçón relixiosa, que deixou para estudar medicina, mas finalmente decidíu-se pola política e pola literatura. O seu primeiro libro de versos foi “Ternezas y flores” (1840), ao qual o próprio autor negaba qualquer mérito. “Ayes del alma” e “Fábulas” (âmbos de 1842), que passarom desapercebidos para crítica e público, mas as suas “Doloras” (1845; ed. ampl., 1886) forom acolhidas como poesías de grande arte. Como Valera, Campoamor desdenhaba a adulaçón e non acreditaba merecer tamanhos eloxíos. Segundo Félix Ros, “quizá por temor a una emoción fuerte”. Este detalhe revéla-nos a debilidade do epígono de Espronceda, que se caracterizou precisamente pola expresón poética de fortes emoçóns. A través da sua traxectória poética, Campoamor tentou sem êxito o poema épico e filosófico: “Colón” (Valencia, 1853), “El drama universal” (1862) e “El licenciado Torralba” (1881) som mostras disto. Crítica e público gostavam dos seus poemas mais curtos, especialmente “Doloras”, “Los pequeños poemas” (1871) e “Humoradas” (1886). Foi home rico, com prestíxio e grandes influências. Foi membro do “Partido de los moderados” e obtívo, entre outros cargos, o de gobernador de Castellón, Alicante e Valencia sucesivamente. Os temas da sua poesía ponhem de manifesto unha filosofía pessoal e unha ideia do amor. Tratou de reconciliar as crênças relixiosas com o xiro intelectual europeio cara ao positivismo e ao escepticismo. Nesta linha escrebeu “El personalismo” (1835) e “Lo absurdo” (1865), que hoxe pecam pola sua inxénuidade, mas que podem interesar aos estudosos das ideias filosóficas. Também escrebeu unha valiosa “Poética” (1883). As ideias que expresa neste libro non coinciden com o seu próprio ideário como poéta. Teóricamente defende a claridade e a significaçón de ideias e estilo, a transformaçón destas ideias em imáxes viváces e a plasmaçón destas imáxes num linguáxe rítmico que evite a frase poética vácua. Com estes princípios reaccionava contra a extravagância e a pedantaría de algúns poetas românticos. Com o seu libro, influíu em Bécquer e Batrina na Espanha, e em Darío, Gutiérrez Nájera e José Asunción Silva em América. As suas “Poesías” forom editadas em 1956.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ ANTONIO CAMPOS)
Publicado o05/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMPOS, José Antonio (Guayaquil, 1868-1939). Xornalista e crítico literário equatoriano. Os seus escritos humorísticos apareceron baixo o pseudónimo de “Jack el Destripador”. Varias das suas obras forom publicadas em Guayaquil; especialmente interesantes som “Cintas alegres” (1919) e “Cosas de mi tierra” (1929).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (HÉRIB CAMPOS CERVERA)
Publicado o06/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAMPOS CERVERA, Hérib (Asunción, 1908-1953). Poeta e crítico paraguayo. Foi um dos fundadores da revista de corte modernista “Juventud”, mas logo se tornou surrealista em 1926. Durante muitos anos residíu em Chaco, na parte oeste do Paraguay, e trabalhou também como xornalista em Buenos Aires. Conhecido como o escritor mais importânte da xeraçón dos 40, escrebeu os seus primeiros poemas transcendentes entre 1940-1942. Deixou únicamente um libro de poemas, “Ceniza redimida” (1950), mas a sua influência foi profunda, especialmente em Augusto Roa Bastos e Elvio Romero. Os seus temas som a morte, a nostalxía (em “Un puño de tierra”, por exemplo) e, com menor fortuna, a guerra, o trabalho e a política.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ARTURO CANCELA)
Publicado o06/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CANCELA, Arturo (1892-1956). Contista arxentino e, segundo Carmelo M. Bonet, novelista “por accidente”, autor da “Historia funambulesca del profesor Landormy”, obra influída polo estilo de Anatole France. A sua obra mais importânte foi “Tres relatos norteños” (1922), na qual aparecem “El cocobacilo de Herrlin”, “Una semana en holgorio” (sobre a semana tráxica de Xaneiro de 1919) e “El culto de los héroes”. As duas primeiras narraçóns som amábelmente irónicas, mentras que a terceira é unha súbtil parábola que conta a história de um pobre emigrado asturiano na Arxentina, que se fai rico à forza de trabalhar duramente. A sua filha, criada como nena rica, avergonha-se del. Juan Martín e Juana María som figuras arquetípicas da sociedade arxentina. A profunda anglofília de Cancela, levou-o a ser influído por Chesterton. Escrebeu também “Babel” (1919) e “El suicida y el león de Persia”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JERÓNIMO DE CÁNCER Y VELASCO)
Publicado o07/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CÁNCER Y VELASCO, Jerónimo de (Barbastro, c. 1594-1654). Autor teatral e poeta. De família nobre vinda a menos, encontrou proteçón xunto dos condes de Luna e de Niebla. Foi amigo de algúns dos dramaturgos mais importântes do seu tempo: Moreto, Pedro Rosete Niño e Antonio de Huerta. Improvisador inxenioso e intelixente, que sobresaía nos xogos de palabras ao estilo conceptista e nas sátiras à maneira de Quevedo. Fray Andrés Ferro de Valdecebo no “El templo de la fama” afirmou que foi único na arte de retrucar e o primeiro em fazê-lo com a alma. As únicas obras teatrais que fixo sem colaboraçón alheia forom: “La muerte de Baldovinos” (prohibida pola Inquisición em 1790) e “Las mocedades del Cid”, âmbas em tôn burlesco. O resto das suas obras forom escritas em colaboraçón com outros autores, que non sempre eram os mesmos, como mais adiante veremos. Cada autor escrebía um acto. Entre outras, citaremos, com a colaboraçón de Matos e Moreto: “Caer para levantar”, “El bruto de Babilonia”, “Hacer remedio el dolor” e “La adúltera penitente”. Com Rosete e Martínez escrebeu: “El arca de Noé” e “El mejor representante san Ginés”. A maioría destas obras oscila entre a imitaçón de outras, e a inspiraçón, ainda que a maior parte delas caracterizam-se por ser pedestres, escritas únicamente para ganhar dinheiro de unha forma rápida. As suas “Obras varias” aparecerom em duas ediçóns, muito diferêntes em contído, âmbas em 1651. Outras obras forom recolhidas na “BAE” (1850, vol. XIV) e a sua poesía, em “BAE” (1857, vol. XLII),
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL CANÉ)
Publicado o07/04/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CANÉ, Miguel (Montevideo, 1851-1905). De orige argentino, o seu pai exiliou-se no Uruguay, onde nasceu Miguel. Xornalista e home de letras arxentino, cuxo diestro toque ilumina ainda as suas primeiras tentativas literarias: “Ensayos” (1877), “Charlas literarias” (1879), “Notas e impresiones” (1901) e “Prosa ligera” (1903). Cané está considerado o autor mais importânte da xeraçón de 1880. Recorda-se especialmente por unha autobiografía na qual relembra os seus anos escolares, “Juvenilia” (1884), publicada o mesmo ano que o seu importânte libro de viáxes “En viaje”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ LUIS CANO)
Publicado o25/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CANO, José Luis (Algeciras, 1912). Poeta, antólogo e crítico literário. Pertencéu ao grupo que participou na revista “Litoral”. Fundou a colecçón poética “Adonais”, que se publicou de 1943 a 1963. Desde Xaneiro de 1946 até à data foi secretário da revista mensal “Ínsula”. A sua poesía, inspirada quase sempre na cidade de Málaga, publicouse em “Sonetos de la bahía” (1942), “Voz de la muerte” (1944), “Las alas perseguidas” (1946), “Otoño en Málaga y otros poemas” (1955), “Luz del tiempo” (Málaga, 1962) e “Poesía” (Barcelona, 1964). Escrebeu unha biografía, “García Lorca” (1962); estudos críticos, “De Machado a Bousoño” (1955) e “Poesía española del siglo XX” (1960). As suas antoloxías contribuíron para dar a conhecer as correntes poéticas espanholas do momento: “Antología de poetas andaluces contemporáneos” (1952), “Antología de la nueva poesía española” (1958), “El tema de España en la poesía española contemporánea” (1964) e “Antología de la lírica española actual” (1964). Últimamente publicou “Poesía española contemporánea” (1974), que reúne algúns artigos previamente publicados na revista “Ínsula” e “La poesía de la generación del 27” (2.ª ed., 1973).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO CÁNOVAS DEL CASTILLO)
Publicado o26/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CÁNOVAS DEL CASTILLO, Antonio (Málaga, 1828-1897). Político espanhol do partido conservador responsábel da restauraçón da dinastía borbónica em España. Foi sobrinho de Serafín Estébanez Calderón, cuxa vida e época estudou em “El Solitario y su tiempo” (1883). Licenciou-se em dereito em 1853 e foi nomeádo ministro do goberno em 1864 e primeiro ministro em 1874. Editou a monumental “História general de España” (1890-1894, 18 vols.); escrebeu três volûmes de ensaios e conferências, “Problemas contemporáneos” (1884), “Arte y letras” (1887) e “Estudios del reinado de Felipe IV” (1888, 2 vols.), ademais de um libro de “Obras poéticas” (1887). “La campana de Huesca” (1852) é unha novela histórica baseada nos feitos do século XII. Escrebeu também unha interesante “Historia de la decadencia de España desde Felipe II hasta Carlos II” (1910). Segundo parece, morreu assassinado polos imperialistas.
LÉRIA CULTURAL
ESCRITORES HISPÂNOS (LEOPOLDO CANO Y MASAS)
Publicado o27/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CANO Y MASAS, Leopoldo (Valladolid, 1844-1936). Autor teatral de grande popularidade. Ganhou unha boa reputaçón como autor ao lado do seu mêstre Echegaray. Começou a escreber dramas históricos como: “El más sagrado deber” (1877), que trata dos acontecimentos do Dous de Maio. De ahí passou para o teatro moral e ideolóxico em obras como: “El código del honor” (1881) e chegou à fama com “La Pasionária” (1883), melodrama vigoroso no que unha muller vinga a su própria deshonrra, polos seus próprios meios. Intentou obras que imitáram a traxédia grega como: “La opinión pública” (1878) e o estilo simbolista em “La mariposa” (1879), que trata o tema da insconsciência humana frente a unha felicidade que talvés non exista. “Los laureles de un poeta” (1878) parece ser unha paródia de Echegaray e considéra-se unha reacçón contra o mêstre.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CANTARES)
Publicado o28/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CANTARES. Poemas escritos para ser cantados ou para ser acompanhados com música, que derivam da tradiçón oral. Os “cantares de xésta” como Bernardo del Carpio ou o Cantar de mio Cid, som poemas baixo temática épica. O romântismo decimonónico tratou de recrear esta tradiçón. No século XX, poetas como Federico García Lorca e Antonio Machado cultivárom o xénero.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALFREDO CANTÓN)

CANTÓN, Alfredo (Emperador, 1910). Novelista do Panamá. Cursou a educaçón secundária em Nicarágua, logo ingresou na Universidade de Panamá e nas de Washington e Missouri. As suas novelas mais importântes som: “A sangre y fuego” (Costa Rica, 1935). “Rojas y pálidas” (Barcelona, 1935), “El ciego del Bulabá” (1946) e “Juventudes exhaustas” (1959), ganhadora do primeiro prémio de novela do diário brasileiro Cruzeiro Internacional, no qual depois foi publicada por entregas. A sua própria experiência como campesino e labrador foi aproveitada nas suas obras, que resultam às vezes opacas pola prolixidade narrativa e a inxénuidade política que maniféstam.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL CAÑETE)
Publicado o29/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAÑETE, Manuel (Sevilla, 1822-1891). Crítico e poeta menor. Muito conservador políticamente; como Valera, foi um “idealista” em literatura e opuxo-se ao “liberalismo” que encarnaba Leopoldo Alas “Clarín”. Foi crítico teatral em Madrid durante muitos anos em xornais e revistas como “La Ilustración Española y Americana” e outros. Poesías (Granada, 1843) foi um libro medíocre; as suas obras de teatro forom igualmente esquecidas, com a excepçón de “El duque de Alba” (1845). Cañete foi admitido na Real Academia em 1857. Editou a obra de vários dramaturgos temperáns: Lucas Fernández, Jaime Feruz, Agustín de Rojas, Francisco de las Cuevas e Alonso de Torres. Entre os seus ensaios teatrais figuran “Sobre el drama religioso español antes y después de Lope de Vega” (1862) e “Teatro español del siglo XVI” (1885).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ DE CAÑIZARES)
Publicado o29/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAÑIZARES, José de (Madrid, 1676-1750). Autor teatral da escola de Calderón igual que Antonio de Zamora. Ingresou ao serviço do duque de Osuna. Á idade de quatorze anos escrebeu a sua primeira comédia, “Las cuentas del Gran Capitán”, na qual xa mostraba unha reaçón contra o gosto neoclássico, que finalmente había de ser dominante na escena espanhola durante o século XVIII e que tornaría a sua obra opaca. As suas obras forom representadas em Madrid, onde alcanzarom bastante popularidade, entre os anos 1704 e 1742. Particularmente aplaudidas forom as “comédias de figurón” como: “El dómine Lucas”, onde satiriza a vida e as costûmes dos estudantes da Universidad de Salamanca, tema xá tratádo por Lope, mas que foi superado nesta obra. Outras pezas interesantes som: “El picarillo en España, señor de la Gran Canaria”, obra basseáda em feitos históricos com unha excelente caracterizaçón das personáxes; “Abogar por su ofensor, e Barón del Pinel”; “El honor da entendimiento, e el mas bobo sabe más”; “La más ilustre fregona”, baseada na novela ejemplar de Cervantes; “Por acrisolar su honor, competidor hijo y padre”, de um orixinal perdido de Lope de Vega, e “Yo me entiendo y Dios me entiende”. Escrebeu também unha imitaçón de “El alcaide de sí mismo” de Calderón: “También por la voz hay dicha” . Escrebeu assim mesmo, “zarzuelas”; entre as melhores podemos destacar “Angélica y Medoro”. As suas “Comedias escogidas” forom publicadas em dous volûmes (1828-1833).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ARTURO CAPDEVILA)
Publicado o30/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAPDEVILA, Arturo (Córdoba, 1889-1967). Professor universitário, poeta e ensaista arxentino. Os seus melhores libros som o melancólico “Melpómene” (1912) e “La fiesta del mundo” (1922), que alberga a xubilosa “Canción de la recién nacida”. A sua autobiografía consta de “El tiempo que se fue” (1926), “Córdoba del recuerdo” (1937) e “Córdoba azul” (1940).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO DE CAPMANY SURIS I DE MONTPALAU)
Publicado o30/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAPMANY SURIS I DE MONTPALAU, Antonio de (Barcelona, 1742-1813). Historiador e crítico literário catalán. Deixou a um lado as suas aspiraçóns militares, para convertir-se em colono de Sierra Morena, dentro do proxecto de Olavide para reflorestar e renovar a agricultura da rexión, mas regressou a Madrid para ser secretário permanente da Real Academia de la Historia. Durante a invasón francesa refuxiou-se em Cádiz, onde foi deputado nas famosas Cortes. A sua “Filosofía de la elocuencia” (1777) teve unha grande influênça no seu tempo (sendo reeditada em Londres, 1812). O seu “Teatro histórico-crítico de la elocuencia española” (1780-1794, cinco volûmes) resulta unha longa defesa da literatura espanhola, escrita contra os críticos da enciclopédia francesa, como Masson de Morvilliers, que a despreçavam totalmente. A sua obra mais importante foi a investigaçón “Memorias históricas sobre la marina, comercio y artes de la antigua ciudad de Barcelona” (1779-1792). Tamém publicou “Antiguos tratados de paces y alianzas entre algunos reyes de Aragón y diferentes príncipes infieles de Asia y África (1786).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EMILIO CARBALLIDO)
Publicado o31/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARBALLIDO, Emilio (Córdoba, Veracruz, 1925). Contista e autor teatral mexicano. Como neorrealista levou a vida quotidiana para a escena, em obras como a sua primeira peça teatral, “Rosalba y los llaveros” (1950). Como autor fantástico e poético criou o novo auto sacramental “La zona intermedia”, de este mesmo ano. Outras obras suas non neorrealistas som “La danza que sueña la tortuga”, escenificada por primeira vez em 1955, como “Las palabras cruzadas” e publicada despois, xá com o título definitivo, em “Teatro mexicano del siglo XX (1956, volûme III); “Felicidad”, estreáda em 1955 e publicada o mesmo ano, e “D F” (1957), que alberga nove obras em um acto na primeira edicçón e quatorce na segunda (1962). Outras obras fantásticas som: “La hebra de oro” (1956), “El día que se soltaron los leones”, “El relojero de Córdoba” e “Medusa” (publicadas xunto com “Rosalba” em 1960), nas que se combinam os seus dous estilos e fai surxir um novo modo de escreber. As suas novelas curtas som: “La veleta oxidada” (1956), “El norte” (1958) e “Las visitaciones del diablo” (1965), da qual se fixo um filme. Todas mostram unha grande seguridade narrativa, à vez realista e de fina penetraçón psicolóxica. “La caja vacía” (1962) reúne dez contos realistas, enmarcados no estado de Veracruz.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RICARDO CARBALLO CALERO)
Publicado o31/05/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARBALLO CALERO, Ricardo (Ferrol, 1910). Poeta galego e professor de literatura galega da Universidade de Santiago de Compostela. Os seus estudos literários albergam “Sete poetas galegos” (1955), “Aportaciones a la literatura gallega contemporánea” (1955), “Contribución ao estudio das fontes literarias de Rosalía” (1959), “Historia da literatura galega contemporánea” (1963 e 1975) e “Gramática elemental del gallego común” (1968). A sua “novela rexional”, “A xente da barreira” (1963) está situada no século XX. As suas obras de teatro som: “Farsa das zocas” (1963) e “A arbre” (1965). Na sua poesía destacam: “Vieiros” (1931), “O silenzo axionllado” (1934), “Anxo de terra” (1950), “Poemas pendurados d’un cabelo” (1952) e “Salteiro de Fongoy” (1961).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ERNESTO CARDENAL)
Publicado o01/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARDENAL, Ernesto (Granada, 1925). É um dos poetas mais importantes de Nicaragua. Depois de estudar na Universidade de Columbia, passou algúm tempo em Nicaragua e México. Cardenal voltou para os Estados Unidos em 1957, onde ingresou no mosteiro trapense do poeta Thomas Merton. Deixou constância do seu retiro naquel lugar em “Gethsemani”, Ky. (1961). Por esses anos publicou também “Hora 0” (México, 1960) e “Epigramas” (México, 1961) que, polo contrario, som agudas sátiras e agrias denuncias da corrupçón dos gobernos hispanoamericanos. Nestes dous libros figuram também alguns dos mais belos poemas de amor de Cardenal, escritos baixo a influênça dos poetas clássicos, especialmente de Catulo. A força expressiva de Cardenal reside no equilibrio que logra entre os elementos contemplativos e os activos dentro da sua poesía. A pesar de que se percebe a influênça de Pound, Eliot, William Carlos Williams e outros poetas, a sua é unha voz orixinal e autêntica que pode comparar-se com Neruda, ainda que muito diferênte deste noutros aspectos. Segundo J. M. Oviedo, a força da sua poesía reside em fazer-nos pensar que a história de América é unha profecía, que a sua utopía existíu unha vez e que signos recentes anûnciam que se encontra no meio da hecatombe. Cardenal levou a cabo unha experiência criativa a nível artesanal, e cultural em xeral, na ilha nicaragüense de Solentiname, onde organizou ao pobo em talheres que producíam artesanías, ao mesmo tempo que aprendíam a comprehender textos de Marx e da Biblia. A comunidade foi acabada pola polícia de Somoza e em grande parte foi masacrada. Cardenal exiliou-se novamente e ao rebentar a revoluçón sandinista solidarizou-se com ela. Actualmente forma parte do goberno do seu país, como ministro de Educaçón e Cultura. A sua “Antología” (Buenos Aires, 1971) reúne poemas novos e bastântes das primeiras épocas: “Salmos” (Medellín. 1964; ed. def., Buenos Aires, 1969); “Oración por Marilyn Monroe y outros poemas” (Medellín, 1965); “El estrecho dudoso” (Madrid, 1966) e “Vida en el amor” (Buenos Aires, 1970). Logo publicou o poema extenso “Homenaje a los indios americanos” (León, Nicarágua, 1969), o inspirado “En Cuba” (Buenos Aires, 1972), no qual Cardenal reconhece alguns erros do goberno cubano, mas acredita encontrar-se alí o novo home irmán do seu irmán; o “Canto nacional” (México, 1973), que continúa a tradiçón do nerudiano “Canto general”, e o “Oráculo sobre Managua” (1973). Em 1975 apareceu “El evangelio en Solentiname”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JENARO CARDONA)
Publicado o03/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARDONA, Jenaro (San José, 1863-1930). Poeta e novelista costarricense. A sua novela “El primo” (1905) foi a primeira novela costarricense de costûmes que atacou a alta sociedade da Costa Rica ao final do século XIX e princípios do XX. O seu outro românce “La esfinge del sendero” (Buenos Aires, 1916; reed., San José, 1970), que afronta o problema do celibato dentro da Igrexa católica, com bastante penetraçón psicolóxica e unha boa dose de ironía. Os seus contos forom reunidos em “Del calor hogareño” (1929).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALFREDO CARDONA PEÑA)
Publicado o03/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARDONA PEÑA, Alfredo (San José, 1917). Poeta e crítico costarricense. Exiliádo em México em 1928. Está considerádo o melhor poeta da xeraçón de 1940. Escrebeu “El mundo que tú eres” (México, 1944), “Poemas numerales (1944-1948)” (Guatemala, 1950) e “Zapata” (México,1954). O seu último estilo é mais libre em quanto à rima e ao metro; os seus temas som o passado histórico e lexendário dos pobos americanos e tínxe-se com o ténue chauvinismo tán típico de alguns poetas hispanoamericanos. Ganhou o Premio Centroamericano de Poesía (Guatemala, 1948) e o Premio Interamericano de Poesía (Washington, 1951). A sua crítica literária reuníu-se em “Pablo Neruda y otros ensayos” e “Semblanzas mexicanas” (ambos México, 1955).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ONELIO JORGE CARDOSO)
Publicado o04/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARDOSO, Onelio Jorge (Calabazar de Sagua, 1914). Contista cubano. Os seus temas e personáxes derivam da vida campesina do seu país, ainda que mostra igual conhecimento do mundo urbano. As suas obras mais representativas som “Taita, diga usted cómo” (México, 1945), “El cuentero” (1958), “Cuentos completos” (1960; ed. ampl., 1965), “Gente de pueblo” (1962), “La otra muerte del gato” (1964), “El perro” (1965) e “Iba caminando” (1966).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS CARDOZA Y ARAGÓN)
Publicado o04/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARDOZA Y ARAGÓN, Luis (Antigua, 1904). Poeta, ensaista e crítico de arte guatemalteco, afincado em México. Estudou literatura, filosofía e arte na Europa. Viveu vários anos da sua xuventude em París e outros lugares da Frânça, onde estudou literatura francesa e acabou interesando-se por García Lorca. Há unha certa influênça do subrrealismo na sua vasta e farto complexa produçón poética: “Luna Park” (París, 1923), “Maelstrom” (París, 1926), “La torre de Babel” (La Habana, 1930), “El sonámbulo” (México, 1937) e “Pequeña sinfonía del Nuevo Mundo (Guatemala, 1949), entre outras obras. Os seus melhores ensaios figuram em “Guatemala”: “Las líneas de su mano” (México, 1955), na qual Cardoza prantéxa a necessidade de unha revoluçón política, social, económica e cultural, para lograr que todos os guatemaltecos alcancem a igualdade. Escrebeu também numerosos estudos sobre arte, entre os que mencionaremos somênte “Pintura mexicana contemporánea” (México, 1953) e “México: pintura activa” (México, 1961). Actualmente desarrolha unha intensa actividade em favor dos direitos humanos em Guatemala. Tem pronunciádo infinitude de conferências, sobre a realidade do seu país.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EFRAÍN CARDOZO)
Publicado o05/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARDOZO, Efraín (1906-1981). Historiador do Paraguay cuxos libros “El Chaco en el régimen de las intendencias” (1930) e “El Chaco y los virreyes” (1934) contribuírom para as negociaçóns de paz com Bolivia em 1938, depois da guerra do chaco. Desde o ponto de vista de Cardozo, os factores mais determinantes da personalidade nacional de Paraguay non som de ordem económico, xeográfico ou racial, senón as ideias comuns sobre a Liberdade e Deus. Defende esta extravagante ideia em “El sentido de nuestra historia” (1953) e no seu libro “El Paraguay colonial” (1959). Em 1959 publicou unha importantíssima “Historiografía del Paraguay” (2 vols.).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSEP CARNER I PUIG-ORIOL)
Publicado o05/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARNER I PUIG-ORIOL, Josep (Barcelona, 1884-1970) Poeta catalán que passou unha grande parte da sua vida no exílio e contribuíu para o engrandecimento da sua fala, ao igual que Guerau de Liost. Foi a figura mais alta do “Noucentisme” catalán, superando com muito ao célebre “Xènius” (Eugeni d’Ors). O seu primeiro libro foi “Llibre dels poetes” (1904). Contribuíu com artígos de subtil ironía a “La Veu de Catalunya”, em cuxa ediçón axudou durante muitos anos. A sua poesía primeira era a miúdo xoguetona, muito distânte da gravidade da sua obra posterior: “Primer llibre de sonets” (1905), “Els fruits sabrosos” (1906), “Segon llibre de sonets” (1907), “Verger de les galanies” (1911), “Les monjoies” (1912), “La paraula en el vent” (1914, ainda que sem data), “Auques i ventalls” (1914), “Bella terra, bella gent” (1918), “L’oreig entre les canyes” (1920), o último, publicado o mesmo ano em que fundou “Amics de la Poesia”. Começou a sua carreira diplomática em 1921 e viveu algum tempo em Costa Rica, França, Chile e México. Depois da guerra civil española exíliu-se em México e seguidamente em Bruxélas. Em México fundou a “Revista dels Catalans d’Amèrica” e colaborou como fundador em “España Peregrina”, editada pola Junta de Cultura Española. Publicou na colecçón “Séneca”, que dirixía José Bergamín, a traduçón ao castelán do seu poema “Nabí” (1942), assim como “Misterio de Quanaxhuata” (1943). Xá desde Bruxélas, colaborou com a orixinal revista Quaderns de L’Exili. Carner escrebeu sempre em catalán e com Carles Riba foi o poeta que mais influênça teve nos poetas xóvens de Catalunya. Os seus últimos libros oferecem unha visón riquíssima da profundidade simbólica e de imáxes da fala catalán: o exemplo mais alto desta poesía metafísica é “Nabí” (1941), no qual a história bem conhecida de Jonás se converte no eixo de discusón do problema da fé e do desacreditamento. Entre os libros que escrebeu fora da península, mencionaremos “La inútil ofrena” (1924), “El cor inquiet” (1925), “Sons de lira i flabiol” (1927), “El veire encantat” (1933), “La primavera al poblet” (1935), “Lluna i llanterna” (1935) e xá durante o exílio, “Paliers” (1950, com traduçón francesa), “Llunyania” (1952), “Arbres” (1954), “Obra completa I”: “Poesia” (1957), “Bestiari” (1964) e “El tomb de l’any” (1966). Entre os seu contos figuram “La creació d’Eva i altres contes” (1922) e “Les bonhomies” (1925). A sua labor de traduçón é exemplar pola sua fidelidade aos textos: Shakespeare, Hans Christian Andersen e Villiers de l’Isle Adam. Em 1974 apareceu “Escrits inèdits i dispersos, 1898-1903”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ EUSEBIO CARO)
Publicado o06/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARO, José Eusebio (Ocaña, 1817-1853) Poeta romântico de Colombia. Primeiro sentíu-se atraído polo racionalismo, mas ao final acabou sendo católico. Em 1836 fundou a revista literaria “La Estrella Nacional” e ao ano seguinte o xornal liberal “El Granadino”. A sua poesía cívica e filosófica clamaba abertamente pola liberdade de consciência de todos os homes, inspirada em Byron. “En alta mar” é um impresionante poema filosófico, talvés o melhor dos que escrebeu, ao lado de “La libertad y el socialismo”. Durante o goberno de José Hilario López, Caro exíliou-se nos Estados Unidos. Depois do seu regreso quatro anos mais tarde morreu de fébre amarela. O seu filho, Miguel Antonio Caro, foi também um conhecído literato. Publicaron-se várias antoloxías da sua obra: “Obras escogidas en prosa y verso” (1873), Poesías (Madrid, 1885) e “Antología: verso y prosa” (1951). O seu “Epistolario” apareceu em 1953.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL ANTONIO CARO)
Publicado o06/06/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARO, Miguel Antonio (Bogotá, 1843-1909). Ensaista e crítico colombiano que foi presidente do seu país de 1892 a 1898. A sua poesía xuvenil, “Poesías” (1866), tivo pouca qualidade, mas as suas traduçóns das “Églogas” e das “Geórxicas” de Virgilio som probabelmente as melhores em castelán. O Instituto Caro y Cuervo de Bogotá reeditou as obras de este autor, entre elas as “Poesías latinas” e as “Versiones latinas” (1951), “Estudios de crítica literaria y gramatical” (1955, dous volûmes), unha nova ediçón da “Gramática de la lengua latina” que escrebeu em colaboraçón com Rufino J. Cuervo e unha nova ediçón das suas “Obras completas” (1962-1972, dous volûmes).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RODRIGO CARO)
Publicado o24/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARO, Rodrigo (Utrera, 1573-1647). Arqueólogo, antiquário e poeta menor. Foi um dos primeiros espanhois que investigaron os monumentos históricos e as ruínas em Espanha, com métodos que se relacionam xá com os utilizados modernamente. Depois do breve estudo “Santuario de Nuestra Señora de la Consolación, y antigüedad de la villa de Utrera” (Osuna, 1622), publicou “Antigüedades y principado de la ilustrísima ciudad de Sevilla y corografía de su convento jurídico, o antigua cancillería” (Sevilla, 1634), obra muito importânte no seu tempo. Escrebeu também “Varones insignes en letras naturales de la ilustrísima ciudad de Sevilla” (Sevilla, 1915) e um volûme de correspondência (ed. S. Montoto). Em quanto à sua poesía, seguíu o modelo de Fernando de Herrera, mas non o seu gongorismo. Entre os seus poemas destacamos “A la villa de Carmona”, em silva; “Silva a Sevilla antigua y moderna”, primeiro publicada em 1634 e editada depois por M. R. Martínez em 1947. É recordado polo seu tán citado “Canción a las ruinas de Itálica”, num princípio atribuída a Francisco de Rioja, que trata das reflesóns que essas ruinas, situadas tán perto da cidade de Sevilla, suscitárom no poeta. Os versos resultam sem dúvida impecábeis, no referênte à técnica, mas falta forza e inspiraçón poética. As suas “Obras” (1883-1884, dous volûmes) inspiráron a Menéndez y Pelayo um interesante ensaio.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JULIO CARO BAROJA)
Publicado o24/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARO BAROJA, Julio (Madrid, 1914). Etnólogo e historiador. Foi director do Museo del Pueblo Español de Madrid (1944-1955) e professor de etnoloxía em Coimbra (1957-1960). Entre os seus muitos e importântes estudos destacam “Los pueblos del norte de la península ibérica” (1943), “Los pueblos de España” (1946), “Los vascos” (1949; 3ª ed. 1971), “Las brujas y su mundo” (1968), “El señor inquisidor y otras vidas por oficio” (1968), “Teatro popular y magia” (1974) e “De la superstición al ateísmo” (1975). A sua contribuçón mais importânte para o estudo da história literária foi o “Ensayo sobre la literatura de cordel” (1969), mas a sua melhor obra foi sem dúvida “Los judíos en la España moderna y contemporánea” (1962, três volûmes). As suas “Obras completas” publicarom-se em 1973; “Vidas poco paralelas” (1981).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALEJO CARPENTIER)
Publicado o25/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARPENTIER, Alejo (La Habana, 1904-1980). Novelista cubano de orixem francorusso. Em 1924 foi editor da revista mais importânte de Cuba, “Carteles”, e colaborou na fundaçón do grupo “Minorista”. Foi encarcerado em 1927 por firmar o manifesto desse grupo contra o dictador Machado. Carpentier escapou de Cuba com um passaporte falso e trabalhou como xornalista em París até ao seu regreso à ilha em 1939. Saíu de novo para a Venezuela, exiliádo em 1945, primeiro como colaborador de unha estaçón radiofónica em Caracas e depois como professor da universidade. Alí radicou até ao triunfo da Revolución cubana em 1959, ano no qual se reincorpora ao seu país. A sua melhor novela, “Los pasos perdidos” (México, 1953), é, segundo J. B. Priestley, unha das obras fundamentais do nosso tempo. Também escrebeu “¡Ecué – Y amba-O!” (Madrid, 1933), sobre os elementos africanos da vida e a arte cubanas. “El reino de este mundo” (México, 1949); “El acoso” (1956); “Guerra del tiempo” (México, 1958), novela em três narraçóns sobre o tempo; “El siglo de las luces” (México, 1962), situada durante a Revolución francesa na Guadalupe e outros lugares das Indias Occidentais, é unha das suas melhores obras; “Tientos y diferencias” (México, 1964); “Tres relatos” (Montevideo, 1967); “Literatura y conciencia política en América Latina” (Madrid, 1969); “La ciudad de las columnas” (Barcelona, 1970); “El derecho de asilo” (Barcelona, 1972); “El recurso del método” (México, 1974), que é unha irónica e amarga denuncia da dictadura de Gerardo Machado escrípta no melhor estilo de Carpentier, digna de formar parte da tradiçón das novelas sobre dictadores, ao lado de Asturias, García Márquez e Roa Bastos. “Concierto barroco” (México, 1974), é unha ambiciosa novela curta que conta a disparatada história de um criollo mexicano que deixa a seu país, recruta a um criádo negro e viáxa por Espanha e Itália, durante o século XVIII. O estilo volta-se gradualmente mais ornamental e barroco à medida que as personáxes retroceden ao XVII. Durante o carnaval de Venécia, o criolho, disfarzado de Moctezuma, conhece a Haendel, Vivaldi e Scarlatti. Com eles e a música do criádo negro improvisasse unha espécie de orxía musical, que culmina com a inspiraçón de Vivaldi de escreber unha ópera diferênte às que están de moda, e que terá como personáxe central a figura do imperador Moctezuma. O divertimento que leva a cabo Carpentier nesta obra está subtilmente apuntalado pelos seus conhecimentos musicais, vertidos em parte no seu estudo “La música en Cuba” (México, 1946). Mais tarde, publicou “El arpa y la sombra” (1979), novela que trata do amor impossíbel entre Cristóbal Colón e a Reina Católica, num marco de confidências pensadas polo almirante, desde o momento da sua morte, até ao momento da sua condenaçón-salvaçón. Segue um pouco o estilo entre fantástico-delirante e romântico-histórico de “Concierto barroco”. Finalmente, a novela da Revolución Cubana, contada a través da longa vida de unha apolítica dançarina russa, “La consagración de la primavera” (1978). Um ano antes aparecerom os seus artígos xornalísticos reunidos em “Crónicas” (dous volûmes), que recolhem as suas aportaçóns a revistas e diários a partir de 1922.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EDUARDO CARRANZA)
Publicado o26/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRANZA, Eduardo (1913). Poeta colombiano, cabeça vissíbel do grupo “Piedra y Cielo”, chamado assim pola revista que os deu a conhecer ao redor de 1935. O grupo reaccionaba contra a estéctica do poeta nacional oficial Guillermo Valencia e chamarom assim à sua revista e a sí mesmos, para homenaxear ao poeta Juan Ramón Jimenez, que publicou um libro com esse título. A sua aspiraçón era criar unha poesía de atrevidas metáforas, de amor à terra nativa e de veneraçón a Cristo. A poesía de Carranza publicou-se em “Azul de ti: sonetos sentimentales” (Salamanca, 1952), escrito entre 1937 e 1943; “Los pasos contados” (Madrid, 1970), escrito entre 1935 e 1968; “Canciones para iniciar una fiesta” (Madrid, 1953), escrito entre 1935 e 1950. Traducíu a Tagore e a Rémy de Gourmont.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (TOMÁS CARRASQUILLA)
Publicado o26/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRASQUILLA, Tomás (Santo Domingo, Antioquia, 1853-1940). Novelista colombiano. Estudou leis em Antioquia, mas interrompeu os estudos a causa da guerra civil e nunca regressou. É o romancista mais interessante e popular da rexión. Tinha um verdadeiro talento para recrear a lenguáxe coloquial. “Frutos de mi tierra” (1896), é um românce expontâneo, cheio de humor e talento despregado na narraçón da anécdota. O seu obxectivo de trabalho é xeralmente a exploraçón dos habitantes dos povoádos, por parte dos habitantes da cidade. As suas personáxes centrais som um avarento par de irmáns. O tratamento de Carrasquilla animaliza as suas personáxes como forma da sátira, assim que em certo nível a novela converte-se nunha fábula. Outras obras som “Salve Regina” (1903), “Grandeza” (1910), “El Padre Casafús” (Madrid, 1914), “Entrañas de niño” (Madrid, 1914), “Ligia Cruz, superhombre” (1926), “El Zarco” (1925) e “La marquesa de Y olombó” (Medellín, 1928), novela histórica sobre unha mulher que se enriquece com as minas no século XVIII. Em 1928, o autor sofreu unha caída que o confinou nunha cadeira de rodas. Dictou assim unha das suas melhores obras, “Hace tiempos” (1935-1936, três volûmes). Também é autor de unha colecçón de contos populares, “En la diestra de Dios Padre” (1897), na qual um campesino burla ó diábo; está escrípta num estilo que recorda o das “Tradiciones peruanas” de Ricardo Palma. “Dominicales” (Medellín, 1934) contem quadros de costûmes nos que se descrebe a vida que se leva os Sábados e Domingos no povoádo. Os seus contos forom publicados em Medellín em 1956 e as suas “Obras completas” em 1964.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JORGE CARRERA ANDRADE)
Publicado o27/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRERA ANDRADE, Jorge (Quito, 1903-1978). Poeta, antropólogo, historiador da literatura e diplomático equatoriano. Foi secretário de Gabriela Mistral em Marselha e as suas primeiras influênças forom francêsas: Baudelaire, Jammes e Renard. Traducíu a Valéry, Reverdy e outros escritores galos. Fundou a editorial Asia-América em Xapón e publicou os seus “haikús” em “Microgramas” (Tokio, 1940). Poemas de vários libros publicados antes e depois de essa data, forom reunidos em “Registro del mundo: antología poética 1922-1949” (Quito, 1949), libro ao que seguíu “Lugar de origen” (Caracas, 1945) e logo unha antoloxía mais completa, “Edades poéticas 1922-1956” (Quito, 1958), e “Obra poética completa” (1976). William Carlos Williams escrebeu sobre a obra deste poeta, que as suas imáxens som tán claras e tán relacionadas com o primitivo, que se tem a impressón de que vê o mundo como o virom os aboríxens: resulta um prazer triste, mas fermoso.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EMILIO CARRERE MORENO)
Publicado o27/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRERE MORENO, Emilio (Madrid, 1881-1947). Poeta prolífico, xornalista, contista e romancista. As suas doze novelas caírom no esquecimento. Levou a bonhomía da sua vida, para a sua criaçón literária a través de um naturalismo derivado do de Zola, misturado com um costumbrismo madrileno tinxído de um tenue erotismo. Poucas forom as páxinas das suas novelas que se salvarom, xá que a linguáxe que utiliza é exasperadamente peseudoarcaico e anacrónico. Escrebeu “El reloj del amor y de la muerte” (1915), “Aventuras de Amber el luchador” (1920), “La torre de los siete jorobados” (1924) e “La calavera de Atahualpa” (1925), som alguns títulos de românces. Durante toda a sua vida sentíu grande amor pola sua cidade natal, que o nomeou historiador oficial da Vila. A sua melhor obra teatral é “La canción de la farándula” (1912). Como poeta recebeu a influênça de Verlaine (ao qual traducíu) em “El caballero de la muerte” (1909), quem também trasluce algo de Darío. Outros libros de poesía som “Del amor, del dolor, y del misterio (1915) e “Dietario sentimental” (1916). As suas “Obras completas” (quinze volûmes) aparecerom entre 1919-1922.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EVARISTO CARRIEGO)
Publicado o28/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRIEGO, Evaristo (Paraná,1883-1912). Poeta e xornalista arxentino, que deixou constância do seu amor por Buenos Aires -cidade à que se tinha trasladado a sua família em 1887- no libro “Misas herejes” (1908) e no publicado póstumamente “La canción del barrio” (1913). Ambos libros están tinxídos de socialismo que depois abandeiraría o grupo Boedo. Um mes antes da sua morte a companhía de Teatro Nacional, estreiou a obra num acto “Los que pasan”. A sua obra teve influênça em muitos escritores arxentinos de primeira linha, como Roberto Arlt e Jorge Luis Borges.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO CARRILLO E.)
Publicado o28/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRILLO E. Francisco (1925). Poeta e antólogo peruano. Entre os seus libros de poemas encontramos “Rimas de juventud” (1945), “Provincia” (1961), “Cuzco” (1962) e unha selecçón da sua obra, “En busca del tema poético” (1965). Os poemas a miúdo ofertam unha visón triste da miséria e da pobreza alheias, vistas desde unha inevitábel diversidade. Publicou também importântes antoloxías: “Las 100 mejores poesías peruanas contemporáneas” (1961); “Antología de la poesía peruana joven” (1965) e “El cuento peruano 1904-1966” (1966).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS DE CARRILLO Y SOTOMAYOR)
Publicado o29/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRILLO Y SOTOMAYOR, Luis de (Córdoba, 1581 ou 1582-1610). Foi de nobre família, capitán de galera, poeta e crítico literário. Educou-se em Salamanca. Trasladou-se depois a Nápoles, onde se relacionou com os grupos literários da cidade; alí conheceu a Giambattista Marino, cuxa obra “Adone” (1623) impúxo unha nova moda no referênte ao ornato, imáxens e conceitos em literatura. No seu “Libro de la erudición poética” (ed. M. Cardenal Iracheta, 1946) afirma que a poesía espanhola debe voltar à sonoridade e à seriedade da literatura latina. Que debe escrever-se únicamente para um público minoritário e debe expressar-se através de alusóns clássicas, metáforas audaces e um escolhido vocabulário, que estéxa formado polas palabras mais arcaicas que se forom perdendo. A sua obra constituie o andamiáxe teórico do “culteranismo”. Traducíu a Ovidio e Séneca e cultivou a poesía que predicaba. A ediçón das suas “Obras” (1611), foi substituída pola correcta ediçón de 1613. O seu poema mais conhecido é a “Fábula de Acis y Galatea”, que erroneamente se pensou que influíra no “Polifemo” de Góngora.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALONSO CARRIÓ DE LA VANDERA)
Publicado o29/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRIÓ DE LA VANDERA, Alonso (Gijón, c. 1715-d. de 1778). Foi administrador nas colónias e escritor de libros de viáxes. Chegou a Nueva España em 1735, mas preferíu residir em Lima, onde vivéu até a sua morte. Em 1746 foi correxidor e em 1771 inspector de Correos. Como “Concolocorvo” escrebeu a picante e a miúdo asombrosa novela “El lazarillo de ciegos caminantes… sacado de las memorias que hizo don Alonso Carrió de la Vandera, por Don Calixto Bustamante Carlos Inca, alias “Concolocorvo” (Gijón, 1773, mas em realidade Lima, 1775 ou 1776). A obra resulta algo assim como unha guía do caminho que vai de Buenos Aires a Lima e foi descrípta por Jean Franco como “unha bocanada de ar fresco num mundo colonial mal ventilado”. Os seus elementos picarescos, levarom a alguns críticos a catalogá-la como novela. As simpatías de Carrió están do lado dos criolhos, e em menor medida com os peninsulares e Espanha. Ao mesmo tempo, rechaza a emitaçón servíl de modelos europeios da sociedade colonial e algunhas instituiçóns da metrópole, causas polas quais se escudou detrás do pseudónimo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALEJANDRO CARRIÓN)
Publicado o30/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRIÓN, Alejandro (Loja, 1915). Poeta, novelista e contista equatoriano. Foi fundador da importânte revista “Letras del Ecuador”, e editor durante alguns anos de “El tiempo” de Bogotá. Durante anos escrebeu a columna política do diário “El Universo”, baixo o pseudónimo de “Juan sin Cielo”. Em 1956 fundou a revista “La Calle”, que apareceu em Quito. Os seus primeiros escríptos aparecerom nas revistas do grupo “Elan”. “La manzana dañada” (1948) reúne unha série de contos basados em recordos da sua própria infância e adolescência. “La espina” (1959) é unha novela sobre a solidón do home. A sua “Poesía” (1961) reúne a maior parte de sua obra, caracterizada pola desilusón a miúdo de tinte metafísico e outras vezes romântico, movimentando-se nunha oscilaçón entre a natureza e os seres humanos, que acaba quase sempre em pessimismo, como no poema “Buen año”: “¡Nunca hace buen año para los labradores!”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (BENJAMÍN CARRIÓN)
Publicado o30/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRIÓN, Benjamín (Loja, 1897). Filho do poeta romântico Manuel Alejandro Carrión. Ensaista e crítico literário equatoriano, que escrebeu unha novela sobre o desencanto intelectual, “El desencanto de Miguel García” (Madrid, 1929). Foi embaixador do Equador em México e transformou o Instituto Cultural Ecuatoriano na Casa de la Cultura Ecuatoriana. De tendências claramente esquerdistas, apoiou ao rexíme popular cubano de Castro. O seu primeiro libro foi o intelixente e comprehensivo estudo: “Los creadores de la nueva América” (Madrid, 1928) em colaboraçón com José Vasconcelos, Manuel Ugarte, F. García Calderón e Alcides Arguedas. “Mapa de América” (Madrid, 1930) trata dos seguintes escritores: Teresa de la Parra, Jaime Torres Bodet, Visconde de Lascano Tegui, Pablo Palacio e Carlos Sabat Ercasty. “Atahualpa” (México, 1934) trata da conquista do grande império inca. Os seus libros posteriores xa non tenhem a importância dos anteriormente mencionados, mas “El nuevo relato ecuatoriano” (1950-1951, dous volûmes) resulta um estudo útil com unha antoloxía de autores bastânte representativos.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL DE CARRIÓN)
Publicado o30/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARRIÓN, Miguel de (1875-1929). Novelista, xornalista e médico cubano. A sua obra recebeu a influência de Vicente Blasco Ibáñez. Escrebeu novelas de realismo psicolóxico e de análisis social e ocupou-se fundamentalmente da hipocresía e dos falsos valores da sociedade caribenha. Como positivista que foi, atacou as falsas vocaçóns relixiosas e o fanatismo em “El milagro” (1903), escrita entre 1896 e 1897. Nas novelas “Las honradas” (1918) e “Las impuras” (1919) mantem que os principios da “honra” a miúdo están fundamentados em motivos bem mais mezquinhos. “La esfinge”, a sua última novela, ficou inconclusa, e non foi até 1961 que foi publicada. Os seus contos forom reunidos no volûme chamado “La última voluntad” (1903).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN ALFONSO CARRIZO)

CARRIZO, Juan Alfonso. Investigador e erudicto arxentino especializado no estudo da cançón popular folklórica. Logrou recolher mais de 22.000 cançóns com a axuda da sua mulher. Entre os seus libros citaremos “Antecedentes hispano-medievales de la poesía tradicional argentina” (1945) e cinco cancioneiros, “Antiguos cantos populares argentinos o Cancionero de Catamarca” (1926), “Cancionero popular de Salta” (1933), “Cancionero popular de Jujuy” (1935), “Cancionero popular de Tucumán” (Tucumán, 1937) e “Cancionero popular de La Rioja” (Tucumán, 1942).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALFONSO DE SANTA MARÍA DE CARTAGENA)
Publicado o31/07/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARTAGENA, Alfonso de Santa María de (Burgos, 1384-1456). Humanista. Filho do grande rabino de Burgos Salomón Ha-Levi, quem escolheu ser baptizado em Xulho de 1390, baixo o nome de Pablo García de Santa María e foi feito bispo de Cartagena em 1401. Alfonso de Santa María foi bispo de Burgos em 1435, mas non tomou posessón do seu cargo até 1439, porque era representânte de Castela no Concilio de Basilea, onde pronunciou um famoso discurso em latím “Sobre la precedencia del Rey Católico sobre el de Inglaterra en el Concilio de Basilea” (reeditado na BAE, vol. CXVI, 1959). Também publicou unha demonstraçón de que as ilhas Canárias pertencíam a Castela e non a Portugal. O seu Palácio Episcopal em Burgos, foi escola de aprendizáxem para muitos, entre eles Rodrigo Sánchez Arévalo e Diego de Rodríguez Almela. A poesía de Alfonso perdeu-se: a que aparece baixo o seu nome nos Cancioneiros, parece ser do seu irmán Pedro. Compilou muitos materiais para “El Valerio de las historias”, cuxo modelo é a obra de Valerius Máximus; esta obra foi editada xunto com a “Compilación de las batallas campales” (que resenha as batalhas mais importântes desde os tempos bíblicos até aos seus dias), escripta por Diego de Rodríguez Almela (Murcia, 1487). Em esse mesmo ano apareceu o libro de Cartagena “Doctrinal de los caballeros” (Burgos), que debe muito às “Siete partidas” de Alfonso X o Sábio. A sua obra de temática cristán comprehende o “Tratado que se llama el oracional de Fernando Pérez porque contiene respuestas a algunas cuestiones que hizo” (Murcia, 1487)e a “Defensorium unitatis christianae” (CSIC, 1943). Foi traductor notábel e comentador em “Cinco libros de Séneca” (Sevilla, 1491) e Tullio “de Oficiis” e “de senectute en romance” (Sevilla, 1501), mas non foi, como se dixo nunha época, o autor do “Amadís de Gaula”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (TERESA DE CARTAGENA)
Publicado o01/08/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARTAGENA, Teresa de (Cartagena, fl. 1450). Escritora de libros relixiosos que, como afirma Amador de los Ríos, puido ser a neta do converso Pablo de Santa María e sobrinha de Alfonso de Cartagena, ainda que M. Serrano y Sanz o considera improbábel. Fragmentos da sua obra forom publicados em “Apuntes para una biblioteca de escritoras españolas desde el año 1401 al 1833” (BAE, CCLXVIII, 1903). Na biblioteca de “El Escorial” existe um manuscrípto que contem duas das suas obras “Arboleda de los enfermos” e “Admiratio operum Dei” (BRAE, anejo XVI, 1967). No primeiro expressa a necessidade de substituir a fraqueza por fortaleza, mentras que no segundo demóstra os dons que dá Deus às almas e tanxencialmente defende com algo de aspereza a autoría da “Arboleda”, que tinha sido posta em dúvida por algúns escritores.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARÍA ISABEL CARVAJAL)
Publicado o01/08/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARVAJAL, María Isabel (San José, 1888-México, 1949). Xornalista e poeta costarricense, que escrebeu baixo o pseudónimo de “Carmen Lyra”. Publicou unha série de interesantes libros para nenos, como a novela “En una silla de ruedas” (1918), “Las fantasías de Juan Silvestre” (1918) e os contos tradicionais “Los cuentos de mi tía Pachita” (1920), contados nunha linguáxe asequíbel aos nenos. A causa da sua militância comunista, tivo que escapar para México, onde morreu.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MICAEL DE CARVAJAL)
Publicado o01/08/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CARVAJAL, Micael de (Plasencia, c. 1501-c. 1576). Escrebeu a importânte “Tragedia Josefina” em 1535 que, segundo unha nota de Fernando Colón no seu “Abecedarium”, publicou-se no mesmo ano na cidade de Salamanca. A ediçón sevilhana de 1545, recentemente descoberta, aproxima-se mais, seguramente, à ediçón príncipe; nas ediçóns modernas preferíu-se esta de Sevilha a outras mais temperáns (1540) publicadas em Plasencia. A obra de Carvajal consta de 4.256 versos em “redondillas duplas” nas quais se narra a historia bíblica das vicisitudes de José contadas no Xénese: o episódio em que os seus irmáns cegados polos ciúmes, o venden; a sua estância na côrte do faraó e a morte de Xacob. A personáxe de Zenobia resulta particularmente interesante. Também escrebeu a maior parte de um auto sacramental (em colaboraçón com Luis Hurtado de Toledo): “Las cortes de la muerte”, que, xunto com a “Farsa llamada danza de la muerte de Juan de Pedraza”, som unhas das mais extraordinárias mostras do seu xénero na Espanha do século XVI.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GABRIEL CASACCIA)
Publicado o25/09/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASACCIA, Gabriel (1907 – 1980). Novelista paraguayo considerado o mais importânte escritor da sua xeraçón. A sua primeira novela foi “Hombres mujeres y fantoches” (1930), que prefigura a exploraçón naturalista e costumbrista da peça teatral “El bandolero” (1932), os contos reunidos “El guahú” e “El pozo” (ambas de 1938) e a novela “Mario Pareda” (1940). A sua melhor obra é “La babosa” (1952), novela joyciana situada na cidade de Aregúa, perto de Asunción, que na realidade é a principal protagonista. Cada personáxe aparece como unha das voces da cidade: Ramón Fleitas, escritor fracassado, dipsómano e xogador; a sua criáda e concubina, Paulina, e as irmáns Ángela e Clara. Publicou mais tarde “La llaga” (1963), que ganhou um prémio na Arxentina, e “Los exiliados” (1966), situada nunha cidade da fronteira com a Arxentina, onde se refuxíam uns exiliados paraguayos.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JULIÁN DEL CASAL)

CASAL, Julián del (La Habana, 1863 – 1893 ). Poeta modernista cubano influído por Gautier, Baudelaire, Zorrilla e Bécquer. Abandonou os seus estudos universitários, quando a família perdeu o seu pequeno enxenho azucareiro e entrou a trabalhar como um modesto oficinista. Com unha saúde precária, morreu de tuberculose. Previamente había perdido o emprego a causa dos seus artígos xornalísticos (que firmaba como “El Conde de Camors”), nos quais atacaba ao chefe do goberno espanhol na ilha, ainda por entón colonia espanhola. Preferíu a beleza da arte à da natureza. Como afirma em “La canción de la morfina”: “dicha artificial/ que es la vida verdadera”. “Hojas al viento” (1890) reúne poemas de corte neorromântico caracterizados por um amor e unha amargura sem esperanças. Nega que a perfeiçón da arte possa existir nas vidas humanas e o seu estilo é refinado e exótico. “Nieve” (1892, ed. ampl. México, 1893) alcanza grande plasticidade e realismo. Combina o simbolismo com o parnasianismo, que naquela época se considerabam excluíntes, e de ahí surxe a orixinalidade. “Bustos y rimas” (1893) foi publicada depois da sua morte; pode ser comparado a algunha obra de Darío pelo seu modernismo renovador de formas poéticas. Esta renovaçón levou-a a cabo num âmbiente totalmente hostil. As suas “Poesías completas” (1945), editadas por M. Cabrera, forom superadas pola nova ediçón de 1963, publicada como “Poesías”. A sua prosa inclúie “Bustos, La sociedad habanera (1888), cuentos, crítica literária impresionista y Crónicas habaneras” (Las Villas, 1963). A sua obra em prosa apareceu na Habana (1963 – 1964, 3 vols.).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JULIO J. CASAL)
Publicado o28/09/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASAL, Julio J. (Montevideo, 1889 – 1954). Poeta uruguayo. Pasou muitos anos da sua vida em Espanha, como diplomático, onde publicou a sua revista “Alfar” (que continuou publicando em Montevideo a partir de 1910). Também publicou na Espanha os seus primeiros libros: “Regrets”, “Allá lejos” (Ambos de 1913), “Cielos y llanuras” (1914), “Nuevos horizontes” (1921), “Huerto maternal” (1921), “Humildad” (1922), “Cincuenta y seis poemas” (1923), “Árbol” (1925) e “Poemas” (1926). Os seus libros seguintes, abandonan xá a corrente modernista para voltar-se sérios e meditativos, às vezes até um pouco pesados: “Colina de la música” (1933), “Cuaderno de otoño” (Buenos Aires, 1947), “Recuerdo de cielo” (1949) e o póstumamente publicado, “Distante álamo” (1956). “En Poesía” (1964) apareceu unha selecçón da sua obra.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAQUÍN CASALDUERO)
Publicado o28/09/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASALDUERO, Joaquín (Barcelona, 1913). Crítico literário e historiador. Foi professor de várias universidades nacionais e extranxeiras. A sua “Contribución al estudio del tema de don Juan en el teatro español” (Northampton, 1938; 1975), colocou-o como um dos críticos literários mais orixinais, mas foi como investigador da obra cervantina que destacou mais. Nesta linha publicou, entre outros estudos, “Sentido y forma de las “Novelas ejemplares” (Buenos Aires, 1943), “Sentido y forma de “Los trabajos de Persiles y Segismunda” (Buenos Aires, 1947), “Sentido y forma del “Quijote” (1949 ) e “Sentido y forma del teatro de Cervantes” (1951). Escrebeu também “Vida y obra de Galdós” (Buenos Aires, (1943), “Jorge Guillén”, “Cántico” (Santiago de Chile, 1946), “Espronceda” (1961), “Estudios sobre el teatro español” (1962) e “Estudios sobre literatura española” (1962).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO DE CASCALES)
Publicado o29/09/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASCALES, Francisco de (Fortuna, Murcia, 1564 – 1642). Historiador e crítico literário. Cascales lutou em Flandes e viaxou por França e polo sul de Itália, antes de estabelecerse como historiador oficial de Murcia. Como tal publicou “Discurso de la ciudad de Cartagena” (Valencia, 1598) e “Discursos históricos de la ciudad de Murcia” (Murcia, 1621; 1874). Como crítico e humanista obteve reconhecimento de Saavedra Fajardo e Carrillo y Sotomayor. A sua inconclusa “Epopeya del Cid” resulta bastânte desafortunada. O seu diálogo, “Tablas poéticas” (Murcia, 1617; 1779) e a antoloxía “Florilegium artis versificatoriae” (Valencia, 1639) quedarom ensombrecidas, a pesar do seu valor, polas “Cartas filológicas” (Murcia, 1638; 1779), estudo erudícto onde ataca a Góngora.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAIMON CASELLAS)

CASELLAS, Raimon (Barcelona, 1855 – 1910). Novelista e contista catalán. Calaborou em “L’Avenç” e foi redactor de “La Vanguardia” e de “La Veu de Catalunya”, cuxa secçón de arte dirixíu até ó seu suicidio em 1910, relacionado, ao parecer, com algúm incidente sufrido durante a “Semana Trágica de Barcelona”. Destacarom os seus estudos sobre pintura românica e gótica catalana e sobre escultura e pintura europeia moderna. Algúns destes trabalhos aparecem na compilaçón “Etapes estètiques” (1914, obra póstuma prologada por Eugeni d’Ors). Em quanto às suas obras literárias, sobresái a sua primeira novela, “Els sots ferèstecs” (1901), na qual através da figura de mosén Llàtzer simbolizou a luta do home civilizado enfrentado à natureza, e onde se combinam elementos naturalistas (como o realismo descríptivo) com rasgos próprios do modernismo (tratamento simbólico das personáxes: Bem = mosén Llàtzer; Mal = a prostituta Rodassoques). Em “Les multituds” (1905), o individuo desaparece integrado na massa, pola que Casellas sentía à vez fascinaçón e despreço característico dos modernistas. Pouco antes da sua morte publicou “Llibre d’històries” (1909), colecçón de reflexóns e anécdotas de menos interesse que as suas outras obras.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO CASO)

CASO, Antonio (C. de México, 1883 – 1946). Filósofo mexicano e importânte intelectual. Foi secretário e fundador del “Ateneo de la Juventud” (1909) e reitor da Universidad de México (1920 – 1923). Caso fundou a Universidad Popular em 1913, que tinha a missón de dar educaçón às clásses mais desprotexídas da poboaçón. Foi bergsoniano. Escrebeu várias obras onde expón o seu pensamento. A mais representativa é “La existencia como economía, como desinterés y como caridad” (1919).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EMILIO CASTELAR)
Publicado o30/09/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASTELAR, Emilio (Cádiz, 1832 – 1899). Ensaista e novelista. Político republicano que satirizou num artígo a rainha Isabel II. Fundador do xornal diário “La Democracia” em 1864. Foi condenado à morte em 1865, mas logrou escapar para París, onde permaneceu até à revoluçón do sessenta e oito. Nomeádo presidente em 1874. Escrebeu várias novelas de menor valía, “Ernesto” (1855), “Alfonso (el Sabio)” (1856), “La hermana de la caridad” (1857), “Lucano” (1857), “Fra Filippo Lippi” (1877) e “Nerón” (1891). Castelar foi também um orador famoso. Os seus discursos deixárom unha impressón duradeira no partido republicano. Foi influênciádo por Hegel, Krause, Michelet, Renan, Victor Hugo e Clarín. As suas obras mais importântes dentro da linha histórica som “La civilización en los cinco primeros siglos del cristianismo” (1859), “La fórmula del progreso” (1867), “Tragedias de la historia” (1881) e “La revolución religiosa” (1880 – 1883). Azorín apreçaba muito as suas obras. Chegando a afirmar: “la prosa castellana es otra desde Castelar”. A sua autobiografía foi publicada em 1922.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ELÍAS CASTELNUOVO)

CASTELNUOVO, Elías (Montevideo, 1893). Escritor arxentino muito estimado polas suas narraçóns breves, num estilo que recorda o de Máximo Gorki. Os seus contos aparecerom em revistas diversas durante os anos vinte; mostras da sua obra aparecerom na antoloxía “Los nuevos” ao lado de Mariani, Yunque, Barletta, Amorim, Cendoya e Pinetta. Nas suas “Notas de un literato naturalista” (1923) admite a influênça que Zola exercéu sobre a sua narrativa. Materialista e inclinádo a mostrar o lado triste da vida, revela ao mesmo tempo unha grande piedade para com os mais marxinádos: os leprosos, os mendigos e os loucos. Despréça aos que, tendo mais, sentem só despreço por estes seres. Escrebeu “Tinieblas” (1924), “Entre los muertos” (1925), “Carne de cañón” (1926), “Calvario” (1929), “Malditos” e “Larvas” (ambos de 1931), este último sobre a delinquência xuvenil e a brutalidade policíaca que xera maior violência. Escrebeu unha obra de teatro, “La noria” (c. 1940).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JESÚS CASTELLANOS)

CASTELLANOS, Jesús (La Habana, 1879 – 1912). Contista e novelista cubano, grande admirador da obra de José Enrique Rodó. “La conjura” (Madrid, 1909) é unha novela curta na qual o doutor Augusto Román (unha espécie de figura quixotesca) é destruído por problemas de negócios e pola hipocresía social. “La manigua sentimental” (1910) conta as vicisitudes de um soldado que combate baixo as órdens do xeneral Maceo, durante a guerra da independência. A sua novela “Los argonautas” ficou inconclusa e nunca se chegou a publicar, mas o seu libro de ensaios “Los optimistas” (Madrid, 1918) alcançou a ver a luz depois da morte do autor.
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DE CASTELLANOS)
Publicado o01/10/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASTELLANOS, Juan de (Alanís, Sevilla, 1522 – 1607). Poeta. Na sua xuventude decidíu explorar o novo mundo e durante muitos anos viaxou polas “Indias Occidentales” e a parte norte de América do Sul. Trabalhou como soldado, mineiro, pescador de pérolas e outros ofícios. Presenciou algúns feitos importântes da colonizaçón espanhola em América. Em Cartagena de Indias, escrebeu os primeiros poemas que conhecemos: “Discurso del capitán Francisco Drake” e “S. Diego de Alcalá” em oitavas. Foi prebendado de Tunja, onde residíu durante mais de quarenta anos e onde compuxo a sua grande obra épica “Elegías de varones ilustres de Indias”, cuxo modelo foi a “Araucana” de Alonso de Ercilla. O poema consta de 119.000 versos em oitavas reais. Está dividido em quatro partes, cada unha das quais se subdivide nas “elegías”, que à sua vez, están divididas em cantos. Na primeira parte descrébe as viáxes de Colombo, a conquista das Antillas e a viáxe a través do rio Orinoco. A segunda parte trata dos feitos da Venezuela e a terceira de Cartagena, Popayán e Antioquía. A quarta é a “Historia del Nuevo Reino de Granada, sobre Tunja, Santa fe e cidades e poboados próximos. Grande parte do poema non é mais que a versificaçón da historia e dos feitos, mas de vez em quando o autor “adquiere el tono inconfundible dos poemas primitivos, porque se asoma con ojos de niño a um mundo inédito”, segundo palabras de N. Bayona Posada.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ROSARIO CASTELLANOS)
Publicado o01/10/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASTELLANOS, Rosario (C. de México, 1925 – 1978). Poeta e novelista mexicana que passou a sua infância em Comitán, Chiapas, terra da qual sempre se sentíu orixinária. Voltou à cidade de México para cursar letras na Universidad Nacional. Proseguíu os seus estudos em Madrid. Em 1948, com a publicaçón de “Trayectoria del polvo”, deu-se a conhecer como poeta de voz profunda. Esse mesmo ano publicou “Apuntes para una declaración de fe”. Seguíron “De la vigilia estéril” (1950), “El rescate del mundo” (Tuxtla Gutiérrez, 1952), “Poemas 1953-1955” (1957), “Al pie de la letra” (Xalapa, 1959) e “Lívida luz” (1960). A pesar de que a sua poesía escapa à etiqueta “femenina” para desenvolver-se de maneira orixinal em temas como as destruçóns que o tempo opera no home, a fraxilidade do amor, a nostalxía da terra e a inxustiça social, é mais conhecida pola sua narrativa: “Ciudad Real” (Xalapa, 1960) e “Los convidados de agosto” (1964), volûmes de narraçóns e polas novelas “Balún Canán” (1957) e “Oficio de tinieblas” (1962). A primeira é unha história absorvente, ainda que construída com deficiência, sobre as reacçóns de unha xovem frente ao prexuízo social, a revoluçón e a exploraçón dos indios no poboádo de Comitán. A segunda, de novo um tanto antropolóxica, também está situada em Chiapas. Está muito mais elaborada que a anterior em quanto à estructura interna. Como ensaista publicou “Sobre cultura femenina” (1950), “Mujer que sabe latín…” (1971) e “Juicios sumarios” (1966). Foi embaixadora de México em Israel, onde morreu.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CRISTÓBAL DE CASTILLEJO)

CASTILLEJO, Cristóbal de (Ciudad Rodrigo, c. 1491 – 1550). Poeta. Aos quinze anos foi paje de um irmán de Carlos V, o archiduque Fernando, ao serviço de quem voltou a entrar depois de ordenar-se sacerdote. Em 1539 esteve em Venecia como parte do séquito do embaixador espanhol Diego Hurtado de Mendoza. Quando o seu primeiro amo foi convertido em rei Fernando de Austria, Castillejo reuniu-se com el em Viena, mas ao parecer non sacou maiores ventaxas. Castillejo defendeu o verso tradicional espanhol (como a copla ou o villancico), quando a introduçón dos metros italianizantes estaba mais de moda. Em “Contra los que dejan los metros castellanos y siguen los italianos” (c. 1550), incluíu uns quantos sonetos italianos para mofarse desta tendência. O seu metro preferido doi o octassílabo natural ou de pé quebrado. No referênte à temática, a sua obra pode-se dividir em três grupos: as obras devotas e morais, como o “Diálogo entre la verdad y la lisonja” (Alcalá, 1614); a poesía amorosa em estilo cortesano, como o poema que dedica a Ana de Aragón, e o grupo de obras coloquiais e informais sobre variádos temas, como o “Diálogo que habla de las condiciones de las mujeres” (Venecia, 1544) sobre o tópico medieval dos debates das virtudes e erros das mulheres. O melhor exemplo do primeiro grupo foi o “Diálogo y discurso de la vida de corte”, de carácter satírico, que segue a tradiçón do “Menosprecio de corte y alabanza de aldea” de fray Antonio de Guevara; do segundo grupo, “Sermón de amores del maestro buen talante llamado don Nidel de la orden del Fristel” (1540). Outras obras suas som o “Diálogo entre el autor y su pluma” (RH, 1927) e a “Farsa de la Constanza” (BAE, 32), da qual quedan só fragmentos. Toda a sua obra teatral se perdeu, excepto o que fica desta farsa.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EDUARDO CASTILLO)
Publicado o02/10/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASTILLO, Eduardo (1889 – 1938). Poeta modernista nascido em Colombia, cuxa obra reflexa a influênça do parnasianismo françês. Participou no grupo literário dos “Centenarios”. Os seus poemas som de unha ternura melancólica pessimista. A sua obra mais conhecida foi “El árbol que canta”(s. f. mas 1938). Foi publicada unha selecçón da sua poesía em “Obra poética” (1965). O seu “Duelo lírico” (1918) está basado na figura de Guillermo Valencia, a quem Ángel María Céspedes tinha atacado e Castillo defendeu no seu libro.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (HERNANDO DEL CASTILLO)

CASTILLO, Hernando del (fl. 1510). Compilador do chamado “Cancionero general de Hernando del Castillo”. A sua obra tem grande importância para o estudo literário e documental dos reinados de Enrique IV e os “Reyes Católicos”, a mesma que o “Cancionero de Baena” e o de “Stúñiga”, ofertam para o de Juan II e Alfonso V de Aragón, respectivamente. O “Cancionero general de muchas y diversas obras de todos y los más principales trovadores de España en lengua castellana” (Valencia, 1511), contem 1.033 poemas escritos por 128 poetas, ademais de innumerábeis anónimos. Os poemas forom divididos em satíricos, morais e didácticos, devotos, galantes e os que forom escritos para xustas e torneos. A maioría dos poetas conhecidos na sua época están representados na obra: os Manrique, Cota, Sánchez de Badajoz, Álvarez Gato, Santillana, Mena, Montoro e Diego de San Pedro, entre outros. “A ediçón de Toledo” (1520) incluie 167 poemas mais, elimina outros muitos e altera as versóns impresas no anterior. “Rodríguez Moñino publicou unha ediçón facsimilar” (Madrid, 1958). A antoloxía foi muito popular no seu tempo e teve grande influênça nas várias xeraçóns literárias que se sucederom. Entre as reimpressóns podemos citar as de Valencia (1540), Zaragoza (1554) e Amberes (1557).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRAY FRANCISCO DEL CASTILLO ANDRACA Y TAMAYO)

CASTILLO ANDRACA Y TAMAYO, fray Francisco del (Piura, 1716 – 1770). Poeta e autor teatral peruano. Foi conhecido como “El Ciego de la Merced”, pois neste convento servía como irmán lego. Ingresou em relixión aos quatorze anos e levou unha vida de meditaçón e de estudo. Muito conhecido pola sua habilidade como poeta improvisador, no estilo acostumado pola sociedade limenha do século XVIII. Escrebeu sainetes e obras teatrais imitando o drama do neoclassicismo françês. As suas obras forom editadas em 1948 por Rubén Vargas Ugarte.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ LUIS CASTILLO PUCHE)

CASTILLO PUCHE, José Luis (Yecla, Murcia, 1919). Novelista e autor de libros de viáxes, que se deu a conhecer com um estudo sobre Baroja, “Memorias íntimas de Aviraneta” (1952). As suas novelas som “Sin camino” (Buenos Aires, 1956), escrita em 1947. “Con la muerte al hombro” (1954), “El vengador” (Barcelona, 1956), “Hicieron partes” (1957), “Paralelo 40” (Barcelona, 1963) e “Oro blanco” (1963). Afirma-se que se trata de um escritor moralista e católico, mas a sua observaçón da realidade resulta a miúdo intelixente, como mostrou desde a sua primeira novela, que é o reconto irónico da indecisón de um seminarista, entre a sua tardía vocaçón e o seu questionamento interno que tende para o anárquico. Está situada temporalmente nos inicios da guerra civil. “América de cabo a rabo” (1959) foi o seu primeiro libro de viáxes, seguido por “El Congo estrena libertad” (1961). Em 1977 escrebeu “El amargo sabor de la retama” e em 1982 publicou “Conocerás el poso de la nada”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALONSO DE CASTILLO SOLÓRZANO)

CASTILLO SOLÓRZANO, Alonso de (Tordesillas, Valladolid, 1584 – 1648?). Autor de novelas picarescas e de obras teatrais. O seu pai esteve ao serviço do duque de Alba e el mesmo foi protexído polo marquês del Villar e polos marqueses de los Vélez. A sua melhor obra teatral é “El mayorazgo figura”, publicada por primeira vez em “Los alivios de Casandra” (Barcelona, 1640), que trata de las aventuras de um idiota com pretensiones. Os seus “Entremeses” forom publicádos em 1911 (NBAE, vol. 17). É conhecido fundamentalmente por ser o autor de obras de tipo picaresco, ubicadas num marco narrativo na linha de Boccaccio do Decamerón; sitúa as suas narraçóns quase sempre num escenário urbano ou cortesán. Estas histórias de evassón eludem o didactismo. A miúdo dán a impressón de estar escritas mecânicamente, como se o autor non puidéra sacar as suas personáxes da rutina das complicadas acçóns para profundizar um pouco nos seus motivos. Algunhas das suas narraçóns som: “Tardes entretenidas” (1625), “Jornadas alegres” (1626), “Tiempo de regocijo” e “Carnestolendas de Madrid” (1627), “Lisardo enamorado” (Valencia, 1629; 1947), “Las harpías em Madrid” e “Coche de las estafas” (Barcelona, 1631; 1907 com “Tiempo de regocijo), “Noches de placer”, que contém doze novelas (Barcelona, 1631; 1906; 1914; 1922), “La niña de los embustes”, “Teresa de Manzanares, natural de Madrid” (Barcelona, 1632); 1906; 1929), “Los amantes andaluces: historia entretenida” (Barcelona, 1633), “Fiestas del jardín” (Valencia, 1634, que contém quatro contos e três obras de teatro: “Los encantos de Bretaña”, “El fantasma de Valencia” e “El marqués del cigarral”, as famosas “Aventuras del bachiller Trapaza, quintaesencia de embusteros y maestro de embelecadores” (Zaragoza, 1637; 1944; 1949) e a sua melhor “secuela”, “La garduña de Sevilla, y anzuelo de las bolsas” (1642; 1922; 1942), “La quinta de Laura” (Zaragoza, 1649) e “Sala de recreación” (Zaragoza, 1649).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MADRE MARÍA FRANCISCA JOSEFA DEL CASTILLO Y GUEVARA)

CASTILLO Y GUEVARA, madre María Francisca Josefa del (Tunja, Boyacá, 1671 – 1742). Escritora relixiosa colombiana cuxa autobiografía alcanzou grande popularidade. O seu pai era orixinário de Illescas (Toledo) e a sua nái era unha criolla colombiana. De oito irmáns, quatro entrarom em relixión. María Francisca entrou na Orden de las Clarisas Pobres à idade de vinte anos, depois de haber recibido unha educaçón estricta como era usual na época. Escrebeu a sua autobiografía, “Vida” (Filadelfia, 1817; Bogotá, 1942) por instruçóns do seu confessor, o padre Francisco Herrera. Também escrebeu unha patéctica e encantadora obra chamada no manuscrípto “Afectos espirituales”, publicada como “Sentimientos espirituales” (I, 1843; II, na “Historia de la literatura colombiana” de A. Gómez Restrepo, 1945-1946). Esta última foi sobrevalorada ao ser comparada com os escritos de Santa Teresa de Jesús. Também escrebeu poesía, mas non foi publicada.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AMÉRICO CASTRO)

CASTRO, Américo (Río de Xaneiro, 1885 – 1972). Crítico literário e historiador espanhol, discípulo de Ramón Menéndez Pidal e de Francisco Giner de los Ríos. Foi professor em Espanha, em Hispanoamérica e finalmente em Estados Unidos. A. M. de Lera o descrebe como “quizás el más esforzado e profundo investigador de la realidad histórica de España”. As suas teorías aparecem principalmente em “Eapaña en su historia: cristianos, moros y judíos” (Buenos Aires, 1948; 1983) e “La realidad histórica de España” (México, 1954; 1966). Neles expón que o factor decisivo no desarrolho da cultura espanhola foi a cohexistencia destas três culturas. Também assenta que qualquer investigaçón que non se base na diversidade cultural da Península corre o perigo de non entender a natureza do espanhol. Esta teoría foi desarrolhada, ademais de nos libros xá citados, em “Origen, ser y existir de los españoles” (1959), reeditada como “Los españoles” (1965), “De la edad conflictiva” (1961), “Sobre el nombre y el quien de los españoles” e “Españoles al margen” (âmbas de 1973). A sua posiçón foi atacada por Claudio Sánchez Albornoz e outros historiadores e críticos. Outras obras suas forom menos polémicas: “Lengua, enseñanza y literatura” (1924), “Don Juan en la literatura española” (1924), “El pensamiento de Cervantes” (1925), “Santa Teresa y otros ensayos” (1932), “Lo hispánico y el erasmismo” (Buenos Aires, 1942), “Castilla la gentil” (México, 1944), “Antonio de Guevara” (Princeton, 1945) e “Cervantes y los casticismos españoles” (1966). Também fixo numerosas ediçóns das obras de diversos autores, entre eles, Juan de Mal Lara, Quevedo, Lope de Vega, Rojas Zorrilla, Tirso de Molina e muitos outros.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ÓSCAR CASTRO)
Publicado o25/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASTRO, Óscar (Rancagua, 1910 -1947). Poeta, contista e novelista chileno. A característica mais destacada da sua poesía é a delicadeza na expressón do sentimento. O primeiro reconhecimento chegou-lhe ao publicar “Responso a García Lorca” (1936). Abandonou a estéctica de Huidobro e Lorca em “Camino en el alba” (1940) e “Viaje del alba a la noche” (1941). As suas narraçóns surxem também da visón da província: “Huellas en la tierra” (1940), “La sombra de las cumbres” (1944) e “Comarca del jardín” (1953). Castro cultivou a novela com bastânte êxito: “Llampo de sangre” (1950) está âmbientado nas minas de cobre e segue a veta fecunda do realismo máxico hispanoamericano; “La vida simplemente” (1951) mostra a vida de um neno num mundo de brutalidade; e “Lina y su sombra” (1958) retrata a vida e a época de mulher maltratáda polo seu home, um xogador.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GUILLÉN DE CASTRO Y BELLVÍS)
Publicado o25/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASTRO Y BELLVÍS, Guillén de (Valencia, 1569 – 1631). Dramaturgo da escola de Lope de Vega. Foi durante um tempo capitán de guardacostas e membro fundador da “Academia de los Nocturnos”, baixo o nome de “Secreto”. Em 1623 foi nomeado cabaleiro da Ordem de Santiago. Casou duas vezes: a primeira com a marquesa Gírón de Rebolledo em 1595 e a segunda com Ana Salgado em 1626. A sua aportaçón mais significativa foi a adaptaçón do tema do Romancero ao teatro do “Siglo de Oro”, que chegou à sua cumbre com “Las mocedades del Cid”, obra em duas partes publicada por primeira vez em 1618. Som também adaptaçóns “El conde de Irlos” e “El conde Alarcos”, temas da épica e da novela cabaleiresca. Acreditase que “Los mal casados de Valencia”, unha das suas comédias de capa e espada, sería em parte autobiográfica, na qual recorda certos aspectos do seu desafortunado primeiro matrimónio. “El Narciso en su opinión”, ao parecer exercéu influênça no “El lindo don Diego” de Moreto. Entre as suas obras de corte histórico figuram: “Pagar en propia moneda”, “La humildad soberbia”, “La justicia en la piedad” e “El amor constante”, esta última publicada primeiro baixo o nome “El caballero bobo” em “Doce comedias famosas, de cuatro poetas naturales de… Valencia” (Barcelona, 1609). Adaptou três obras de Cervantes para o teatro; a mais interesante delas é “Don Quijote de la Mancha, que se centra no episódio de Cardenio e Lucinda. As outras som “El curioso impertinente” e “La fuerza de la sangre. Também escrebeu obras de tema mitolóxico: “Progne y Filomena” e “Los amores de Dido y Eneas”. “As suas Obras” forom editadas em 1925-1927 (três volumes). Pode ser que a sua obra fora editada em 1613 ou 1614 clandestinamente, e que a primeira ediçón legal fosse publicada em Valencia em 1618, baixo o título de “Primera parte de las comedias”; a “segunda parte” apareceu na mesma cidade em 1625.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ADOLFO DE CASTRO Y ROSSI)
Publicado o26/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CASTRO Y ROSSI, Adolfo de (Cádiz, 1823 – 1898). Erudicto e historiador, que escrebeu sobre os reinados de Felipe II e de Fernando VII. Por algum tempo o seu “Buscapié” pseudocervantino enganou alguns escritores e críticos literários. Escrebeu unha novela picaresca e satírica, “Aventuras literarias del iracundo extremeño don Bartolomé Gallardete” (1831), as histórias das cidades de Cádiz e de Jerez em (1845) e unha útil “Historia de los judíos en España” (1847). Compilou um volûme de “Curiosidades bibliográficas” (1855) e dous de “Poetas líricos de los siglos XVI Y XVII” (1854 – 1857; 1861 – 1865).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (VÍCTOR CATALÀ)

CATALÀ, Víctor (1869 – 1966). Pseudónimo de Caterina Albert i Paradís, a escritora catalán mais famosa do primeiro terço do século XX. Escrebeu novelas realistas e contos da Costa Brava, assim como obras de teatro e poesía. A sua melhor novela é “Solitud” (1905). Do resto da sua obra podem-se citar “Drames rurals” (1902), “Caires Vius” (1907), “Ombrívoles” (1910), “Un film” (1926), “Viola mòlta” (1950) e “Jubileu” (1951).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CATECISMO DO LABREGO)
Publicado o26/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CATECISMO DO LABREGO. Obra anónima galega, recolhida e publicada em 1888 por V. Lamas Carvajal, que, parodiando os catecismos escolares, denuncia as inxustiças de que sempre forom víctimas os labradores galegos, e o seu âncestral desâmparo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARIANO DE CAVIA)
Publicado o26/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CAVIA, Mariano de (Zaragoza, 1855 – Madrid, 1919). Escritor espanhol. Estudou dereito e cultivou o xornalismo. Em 1880 trasladouse a Madrid, onde colaborou no “El liberal” e, posteriormente, no “El Imparcial” e no “El Sol”. Artígos amenos e lixeiros, abarcando temas muito diversos, desde a tourada à decadência da língua e aos comentários literários.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JULIO CEJADOR Y FRAUCA)

CEJADOR Y FRAUCA, Julio (Zaragoza, 1864 – 1927). Crítico literário, historiador e professor da Universidade de Madrid. As suas obras mais importântes som “Tesoro de la lengua castellana” (1908-1914) e a “Historia de la lengua y la literatura castellana” (1915-1920, 14 volûmes), mas também realizou unha grande quantidade de ediçóns de clássicos espanhois como Gracián, Mateo Alemán, Quevedo e o arcipreste de Hita. Os seus ensaios e novelas caíron num xusto esquecimento. Outros trabalhos seus forom “Fraseología y estilística castellana” (1921 – 1925, 4 volûmes), “La verdadera poesía popular castellana” (1921-1924) e dous trabalhos que se publicarom depois da sua morte, “Recuerdos de mi vida” (1927) e “Vocabulario medieval castellano, publicado em 1929.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CAMILO JOSÉ CELA TRULOCK)
Publicado o27/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CELA TRULOCK, Camilo José (Padrón, Corunha, 1916). Novelista, contista, poeta, escritor de libros de viáxens e “tremendistas”. Unha das suas melhores obras foi “La familia de Pascual Duarte” (1942), que marcou unha nova direcçón à narrativa espanhola da póstguerra pola sua sobriedade, concissón e dramatismo. Outras novelas importântes som “Pabellón de reposo” (1944), “Nuevas andanzas y desventuras de Lazarillo de Tormes” (1944), a excelente novela neorrelista “La colmena” (Buenos Aires, 1951), que descrebe a vida interna de um café e os seus arredores no Madrid de 1943; “Mrs. Caldwell habla con su hijo” (Barcelona, 1953), em que unha mullher xá senil chora o seu filho morto; “La catira” (Barcelona, 1955), subtitulada “Historias de Venezuela”, na qual incorpora palabras utilizadas nesse país, para narrar unha história alí passada (tal qual Valle Inclán fíxo em Tirano Banderas); “Tobogán de hambrientos” (Barcelona, 1962), Vísperas, festividad y octava de San Camilo del año 1936 en Madrid” (1969), sobre o proletariado madrileño durante os inicios da guerra civil. Entre os seus contos citaremos “Esas nubes que pasan” (1945), “El bonito crimen del carabinero y otras invenciones” (1947), “El gallego y su cuadrilla” (1951), “El molino de viento y otras novelas cortas” (Barcelona, 1956), que foi vista como unha versón provinciana de “La colmena”; “La familia del héroe” (1965); “Viaje a USA” (1967) e “Nuevas escenas matritenses” (1965-1966, 7 volûmes), que som esperpentos de humor negro. Os seus libros de poemas som “Pisando la dudosa luz del día”, escrito em 1936, mas publicado em 1945 e “Cancioneiro de la Alcarria” (1948). Dos seus libros de viáxes destacam: “Viaje a la Alcarria” (1948), brilhante série de esboços; “Del Miño al Bidasoa” (1952); “Primer viaje andaluz” (1959); “Viaje al Pirineo de Lérida” (1965); “Madrid” (1966); e “Barcelona” (1970). As suas “Obras completas” aparecerom em 1972 (8 volûmes). Como editor, fundou unha das revistas mais importântes da España, “Papeles de Son Armadans”. Em 1983, apareceu “Mazurca para dos muertos”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ÁLVARO CEPEDA SAMUDIO)
Publicado o28/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CEPEDA SAMUDIO, Álvaro (1926). Novelista e contista colombiano, que é considerado no seu país, xunto a García Márquez, Rojas Cerazo e Alberto Sierra, um dos melhores escritores de ficçón contemporâneos. “Todos estamos a la espera” (1954) é unha visón do home contemporâneo perdido na xungla urbana que el mesmo criou. Obra desagradábel, tensa e ácida, utiliza a história como unha alegoria da crescente tecnoloxizaçón e deshumanizaçón da nossa época. “La casa grande” (1962) é um românce no qual reconstruie o passado dunha família a través da sua correspondência.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO CERDÁ Y RICO)

CERDÁ Y RICO, Francisco (Castalla, 1739 – 1800). Investigador alicantino e editor de textos medievais e do “Siglo de Oro”, como a “Crónica de Moncada” e os escritos de fray Luis de León, Sepúlveda, González de Salas e Cervantes de Salazar.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ISMAEL CERNA)
Publicado o29/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CERNA, Ismael (Hacienda de El Paxte, Chiquimula, 1856 – 1901). Poeta e autor teatral romântico de nacionalidade guatemalteca. Admirador de Hugo, Lamartine e Byron. Abandonou sucessivamente as carreiras de filosofía, medicina, leis, teoloxía e a carreira das armas. A sua família passou à clandestinidade durante o rexíme do xeneral Justo Rufino Barrios. Cerna passou a residir no El Salvador durante algúm tempo. Em 1878, estando prisioneiro, escrebeu o seu famoso poema “En la otra cárcel”, no qual atacaba a Barrios e que depois foi incluído no libro “Poesías” (Santa Ana, El Salvador, 1901?). A sua obra teatral mais ambiciosa é “La penitenciaría de Guatemala” (Guatemala, 1891), que consta de três actos em verso, nos que se mostra a situaçón política do país. O êxito obtído com esta obra, levou-o a escreber “Vender la pluma” e “La muerte moral”, cuxos manuscriptos están hoxe perdidos.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS CERNUDA)
Publicado o29/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CERNUDA, Luis (Sevilla, 1902-1963). Poeta da xeraçón do 27 (ou da do 25, segundo a sua própria terminoloxía). Estudou com Pedro Salinas em Sevilla e foi professor em Toulouse (1928-1929). Em 1930 regressou a Madrid. Trabalhou nas Misiones Pedagóxicas da República. Durante a guerra civil solidarizou-se com o goberno, polo qual ao termo da mesma tivo que escapar. Viveu em Inglaterra. Foi professor em Glasgow (1939-1943), Cambridge (1943-1945) e Londres (1945-1947). De 1947 a 1951 foi professor no Mount Hlyoke College (Estados Unidos). De 1951 até à sua morte, viveu entre México e Estados Unidos, aínda que a maior parte do tempo a passou no primeiro. Os seus temas som a solidón, a melancolía, o amor homosexual e o desexo de um ideal impossíbel. Em quanto ao estilo, expressa-se de um modo introvertido e a miúdo amargo, utilizando formas clássicas como as décimas e as quartetas, ademais de formas modernas de verso libre ou verso branco. O seu primeiro libro foi “Perfil del aire” (Málaga, 1927, mais tarde reeditádo como “Primeras poesías”. Depois publicou “Égloga, elexía, oda” (1927-1928); “Un río, un amor” (1929); com unha certa influênça surrealista anotamos “Los placeres prohibidos” (1931) e “Donde habite el olvido” (1932-1933), cuxo título tomou de Bécquer; “Invocaciones” (1934-1935); “Las nubes” (1937-1938) sobre o tráxico destino do castelhano; “Como quien espera el alba” (1941-1944), sobre a dor do exílio; “Vivir sin estar viviendo” (escrito en 1944-1949); e “Con las horas contadas”, que completa a ediçón de 1958 de “La realidad y el deseo” (México) e “Desolación de la quimera”, que ataca a poetas como Guillén, de quem nega ter influênça algunha, a pesar de que anteriormente a tinha aceitado. Trata-se do seu melhor libro, aínda que a miúdo exacerbadamente amargo. Escrebeu também, em prosa, “Ocnos” (Londres, 1942; Xalapa, 1963) e “Variaciones sobre tema mexicano” (México, 1953). Traducíu a Hölderlin e a Shakespeare. Escrebeu “Estudios sobre poesía española contemporánea” (1957) e “Poesía y literatura” (1960; Barcelona, 1964), em dous volûmes, o primeiro dos quais incluie um estudio sobre a sua própria obra: “Historial de un libro”. “Tres narraciones” contem os contos “El viento en la colina”, “El indolente” e “El sarao”. As “Poesías completas” forom publicadas em 1975 e o seu “Epistolario inédito” em 1981.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ÓSCAR CERRUTO)
Publicado o30/11/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CERRUTO. Óscar (1907). Româncista boliviano e contista. “Aluvión de fuego” (1935) fracassou como novela, porque o seu entramado era demasiado artístico de unha maneira artificial, e demasiado poético num sentido buscado polo autor, non “dado” pola propria escritura. Isto sacába força à denuncia do sistema feudal boliviano e ao clamor dos indios que pedem xustiça. A sua poesía, como em “Cifra de las rosas”. é abstracta até ao hermetismo. Os seus melhores logros están em “Cerco de penumbras” (1958), um libro de contos.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO CERVANTES DE SALAZAR)
Publicado o01/12/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CERVANTES DE SALAZAR, Francisco (Toledo, 1514?-1575). Historiador espanhol transladado a México. Depois de estudar em Salamanca e dar classes em Osuna (1550) transladou-se a México em 1551, primeiro como professor de latim nunha escola e, a partir da fundaçón da Universidade de México em 1553, como professor de rectórica da mesma. Ao ano seguinte foi ordenado sacerdote. Como cronista oficial, escrebeu a “Crónica de la Nueva España” que permaneceu inédita até 1914. A partir de entón foi edictada várias vezes (Madrid, 1971; México, 1936 e 1976). Cervantes de Salazar conheceu pessoalmente a Cortés e utilizou as suas “Cartas de relación”, assím como também os escritos de López de Gómara. “Las Obras… que ha hecho, glosado y traducido…” (Alcalá, 1546) incluien textos de Mexía e de Luis Vives, ao mesmo tempo que inserta os seus diálogos sobre a fundaçón da universidade e sobre a vida e costûmes da sociedade colonial mexicana. As suas obras forom editadas e traducidas para castelán polo bibliógrafo mexicano Joaquín García Icazbalceta baixo o título de “México en 1554” (1898). O seu “Túmulo imperial de la gran ciudad de México” ( ed. A. Millares Carlo, México, 1954) contem vários poemas bastânte medíocres escritos em latim e castelán.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL DE CERVANTES SAAVEDRA)

CERVANTES SAAVEDRA, Miguel de (Alcalá de Henares, 1547- Madrid, 1616). É um dos pilares da literatura universal. O seu pai foi Rodrigo de Cervantes, médico de escasos recursos, e a sua nai Dona Leonor de Cortina. Estudou as primeiras letras em Valladolid, depois parece que estudou com os Xesuitas em Sevilla, e que seguramente foi alumno de Juan López de Hoyos em Madrid. Em 1569 foi para Itália no séquito do cardeal Acquaviva. Enrrolou-se como soldado em 1570, e participou na famosa batalha de Lepanto, na qual foi ferido. O seu braço esquerdo quedou para sempre inutilizado. Passou seis meses num hospital da cidade de Messina. Depois participou nas campanhas de Corfú, Navarino e Túnez. Quando voltaba a Espanha em 1575, foi feito prisioneiro por piratas mouros e levádo para Argel. Forom encontradas cartas de recomendaçón de Juan de Austria dirixidas a importântes personáxes políticos espanhois. Polo qual, pensárom os captores que Cervantes tinha unha importância grande e foi esixído por el um elevado resgate, que só a meias pudo ser págo pela família do escritor. Depois de vários intentos de fuga, foi resgatado em 1580. Unha vez em Espanha, foi nomeádo recaudador de impostos para a Armada Invencíbel. Ao mesmo tempo que, ganhaba algúm dinheiro com os seus escritos, mas, viveu na pobreza toda a sua vida. Em 1584 casou com Catalina de Salazar y Palacios, mas, parece que non se entenderom muito bem. Esteve na gaiola duas vezes por fraude e dívidas. A partir de 1603 viveu em Valladolid, onde foi encarcerado depois de encontrar o cadáver de Gaspar de Ezpaleta na porta da sua casa. Separou-se da sua mulher. A partir de 1600, começou o seu período mais productivo depois de se estabelecer em Madrid, onde morreu o 23 de Abril de 1616, e foi enterrado no convento das Trinitárias. Poesía: Cervantes non está considerado um grande poeta, mas escrebeu algunhas obras interessantes neste xénero. “Viaje del Parnaso” (1614) com mais de três mil versos, distribuídos em oito cantos, está baseádo num poema com o mesmo título escrito por Cesare Caporali. Cervantes manexou o terceto com intelixência, e a obra resulta interessante, sobre tudo pela sua opinión sobre outros escritores noveis e contemporâneos. A miúdo emite xuízos irónicos. “Canto de Calíope”, sexto libro de “La Galatea”, que também abunda em opinións sobre outros autores. Consta de cento onze versos e é um documento sobre os gostos de Cervantes e sobre os autores da sua época. “La Epístola a Mateo Vázquez” foi escrita em Argel e dirixida ao secretário de Felipe II. É unha petiçón para ser resgatado escrita em tercetos. Atesoura um valor biográfico evidente, aínda que como documento literário non destaca. Por toda a sua obra están disseminados poemas escritos tanto nos metros tradicionais espanhois, como nos italianizantes: encontramos em “La Galatea” (oitavas reais, liras, tercetos), em “El Quixote” (românces e sonetos) e em “La Gitanilla” (românces), entre outras. Como poeta non foi apreçado até ao século XX, xá que a sua labor como prossista ensombrece aínda a sua melhor labor como poéta. Obras de teatro: Cervantes é o melhor autor teatral anterior a Lope de Vega. Foi espectador e autor teatral durante toda a sua vida. As suas primeiras obras som “El trato de Argel” imitado por Lope em “Los cautivos de Argel”, com um contído verdadeiramente autobiográfico. Cervantes incluíu-se a si mesmo na obra baixo o nome de Saavedra. Está escrito em versos lixeiros e descrebe as intrígas da vida dos bárbaros, desde o ponto de vista dos cautivos. “El cerco de Numancia”, é a melhor traxédia espanhola anterior a Lope. Esta obra foi precursora de “Fuenteovejuna”, xa que a comunidade enteira aparece como a principal protagonista do feito patriótico. A obra é extraordináriamente sobria e atractiva. As suas obras posteriores, reunidas em “Ocho comedias y ocho entremeses nuevos, nunca representados” (1615), están escritos totalmente em verso. As obras mais longas xá non están tán bem logradas como os entremeses, nos quais Cervantes se mostra um verdadeiro mêstre, tanto no desarrolho das situaçóns, como no manéxo das personáxes e no diálogo rápido, brilhante e humorístico. As oito obras som: “El gallardo español”, “Los baños de Argel” e “La gran sultana doña Catalina de Oviedo”, baseados nas suas vivências como cautivo, onde mostra a tensón entre mouros e cristáns; “La casa de los celos” e “El laberinto de amor”, de tipo caballeiresco, tán artificiosos na construçón de argumentos mistificadores, que som os menos interessantes de toda a sua obra teatral; a comédia de capa e espada “La entretenida”, interessante pola sua força e realismo; “El rufián dichoso”, comédia de santos sobre a conversón de Cristóbal de Lugo e Pedro de Urdemalas, fina comédia sobre um pícaro que se xunta a uns ciganos por amor dunha moça. Entremeses: están escritos em prossa e som dunha grande orixinalidade. Apresentam fragmentos da vida real com um diálogo lixeiro e matizado. Os entremeses escritos em verso, “La elección de los alcaldes de Daganzo” e “El rufián viudo”, ao parecer som anteriores. Entre os escritos em prosa citaremos: “El juez de los divorcios”, “El retablo de las maravillas” e “El vizcaíno fingido”. Mentras Calderón trata os mesmos temas com grande solemnidade, Cervantes mostra a sua universalidade ríndo-se simpaticamente das fraquezas humanas. Novelas: cronoloxicamente “Primera parte de La Galatea” (Alcalá, 1585), “El ingenioso hidalgo don Quixote de la Mancha” (primeira parte,1605), “Novelas ejemplares” (1613), “Segunda parte del ingenioso caballero don Quixote de la Mancha” (1615), e “Los trabajos de Persiles y Sigismunda, historia septentrional” (1617), publicada depois da morte do autor. “La Galatea” é a sua primeira obra de ficçón e foi publicada quando Cervantes tinha trinta e oito anos, aínda que a había escrito algúns anos antes. Descende da tradiçón literária da novela pastoril popularizada por Sannazaro. “La Galatea” resulta um esplêndido exemplo deste xénero hoxe tán esquecído do público leitor, ademais de ser unha leitura indispensábel na bibliografía cervantina. Nela encontramos grande quantidade de elementos que depois serán reelaborados por Cervantes nas obras posteriores. O estilo é homoxéneo. Isto surprehende um pouco a estas alturas da sua carreira. Queda muito das ideias neoplatónicas, que o autor recebeu do padre Fonseca e dos Diálogos de León Hebreo. Cervantes prometeu unha segunda parte da história que nunca chegou a escreber. “O Quixote” é a obra mais importânte das letras casteláns. A publicaçón da primeira parte tivo um êxito inmediato, e foi reimpresa cinco vezes. Logo, se fixérom traduçóns para inglês e para francês, e no século seguinte publicou-se em quase todos os idiomas. A popularidade desta grande novela, facilitou a adquisiçón de um público que aceitou muito bem as suas “Novelas ejemplares”, escritas na sua maioria entre 1600 e 1610, aínda que foram publicadas em 1613. Um modelo de narraçóns em diferentes xéneros: da novela ao estilo italiano, “Las dos doncellas”, “El amante liberal”, “La española inglesa”, “La señora Cornelia”; de estilo picaresco, “Rinconete y Cortadillo; de sátira, “El coloquio de los perros”, “El licenciado Vidriera”; realistas, “El celoso extremeño”, “La ilustre fregona”, “El casamiento engañoso”; de dupla identidade e anagnórisis, “La gitanilla”, “La fuerza de la sangre”. Em 1614, um tal Alonso Fernández de Avellaneda, publicou em Tarragona um “Segundo tomo del Ingenioso hidalgo don Quixote de la Mancha”, mentras Cervantes trabalhaba na sua própria “Segunda parte”, que apareceu em 1615 em Madrid. O resto da sua vida foi dedicado por Cervantes aos “Los trabajos de Persiles y Sigismunda” (1617), que logrou terminar pouco antes da sua morte, aínda que a começou a escreber em 1609. Ao parecer, a novela resente-se a causa da doença, pois o quarto e último libro contem únicamente 14 capítulos, mentras que o primeiro tinha 23, o segundo 22 e o terceiro 21. Muitas xeraçóns de leitores se perguntarom por qué razón Cervantes se puxo a escreber unha novela bizantina com a complicada trama que isto esixía, depois de haber escrito o Quixote. A maioria dos críticos acreditam, hoxe em dia, na teoría expressada por Américo Castro, que xustifica Cervantes afirmando que o desditado e menospreçado preferíu, ao fim dos seus dias, refuxiár-se num mundo fantástico (na última parte da Noruega, perto do polo Ártico) e criar personáxes com extraordinárias aventuras, em vez de enfrentar-se ao mundo realista de algunhas das suas novelas exemplares, ou à sabedoría das cousas deste mundo, que albergaba Sancho Panza. O propósito de Cervantes ao escreber esta obra, foi ilustrar a traxectória espiritual dos homes com os exemplos dos vícios e das virtudes para “enseñar y deleitar conjuntamente”. A posteridade xulgou o Persiles muito por debaixo do Quixote, aínda que segue sendo um românce interessante, sobre tudo para os amantes da literatura cervantina. Em algúm momento, as seguintes obras forom atribuídas à sua mán, mas, hoxe sábe-se que isto non é verdade: “Los mirones”, “Los habladores”, “El hospital de los podridos”, “La cárcel de Sevilla” e “Doña Justina y Calahorra” (entremeses). Refráns e românces vários: “El Diálogo entre Sillania y Selanio”. A novela exemplar “La tía fingida”. A comédia “La soberana Virgen de Guadalupe”; a cançón “A la elección del arzobispo de Toledo” e a carta “A don Diego de Astudillo Carrillo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GUILLEM DE CERVERA)
Publicado o06/12/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CERVERA, Guillem de (Século XII). Trovador catalán que escrebeu baixo o pseudónimo de “Cerverí de Girona”. Foi autor de 114 composiçóns líricas, cinco narrativas e um poema moral. Cultivou metros e temas diversos: compuxo sirventeses, pastorelas, cançóns amorosas, poemas de tema relixioso, etc…, e incorporou a algunhas das suas composiçóns os temas e o estilo da lírica tradicional, menospreçada polos demais trovadores. Mediante o cultivo do que denominou “vers” -xénero poético ápto para o tratamento de qualquer tema: paradoxas, xogos lingüísticos (“Lo vers revers”), etc… -desarrollou a sua veia irónica e enxenhosa e as possibilidades expressivas da fala. Cara ó final da sua vida escrebeu os “Proverbis” -que firmou com o seu nome-, tratado moral com 4.848 versos dirixidos aos seus filhos. Cerverí tinha um alto conceito da poesía e dos poetas, e aparecem a miúdo nas suas obras referências em primeira pessoa sobre o seu ofício de trovador. Com el cérra-se a grande época da poesía trovadoresca catalán.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AUGUSTO CÉSPEDES)

CÉSPEDES, Augusto (Cochabamba, 1904). Contista e novelista boliviano. Como Díaz Machicao, Céspedes lutou na guerra do Chaco, e escrebeu sobre ela nas vigorosas narraçóns incluídas em “Sangre de mestizos” (Santiago de Chile, 1936), que foi descripta como “novela vertebrada en crónicas de intenso realismo”. “Metal del diablo” (1946) é um ataque feróz à política do seu país, personificada no magnate e tirano Simón Iturri Patiño, que na novela leva o nome de “Zenón Omonte”. A sua obra mais importânte foi “El dictador suicida: quarenta anos de história de Bolívia” (Santiago de Chile, 1956), que abarca a carreira política de Germán Busch de 1900 a 1940. Os seus últimos libros forom “El presidente colgado” (1966) e “Trópico enamorado” (1968).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GONZALO DE CÉSPEDES Y MENESES)
Publicado o07/12/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CÉSPEDES Y MENESES, Gonzalo de (Madrid, 1585? – 1638). Novelista e contista. A sua aportaçón literária mais importânte foi a mistura de elementos corteses picarescos dentro de um xénero que reaccionou contra a sordidez como pilar literário, que estaba de moda na sua época. As suas melhores obras som de carácter semiautobiográfico (“en parte verdaderos e en parte fingidos desengaños”: “Poema trágico del español Gerardo y desengaño del amor lascivo” (1615) e “Varia fortuna del soldado Píndaro” (Lisboa, 1626), âmbas reimpresas em 1851. Também é autor de cinco contos, “Historias peregrinas y ejemplares” (Zaragoza, 1623; ed. Cotarelo y Mori, 1906), o melhor dos quais é “La constante cordobesa”, precedente de “El burlador de Sevilla”. Menos atractivas som “Historia apologética” (1622), excessivamente conceptista, e a “Primera parte de la história de don Felipe” (Lisboa, 1631).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (TULIO MANUEL CESTERO)
Publicado o07/12/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CESTERO, Tulio Manuel (San Cristóbal, 1877-1954). Escritor e diplomático dominicano. Começou a sua carreira literária como modernista: em “Sangre de primavera” (1908) apreça-se claramente a influênça de Gabriel d’Annunzio, o mesmo que em “Notas y escorzos” (1908), “Citerea” (1907) ou a mais temperán “El jardín de los sueños” (1904), mas o mais importânte da sua produçón som as novelas “Ciudad romántica” (1911) e “La sangre” (1914); esta última considerada como unha das obras cumbres da literatura dominicana. Nela Cestero descrebe a época da dictadura de Ulises Heureaux. Também escrebeu ensaios e estudos históricos e políticos, entre os que destacam “Rubén Darío” (1916), “El problema dominicano” (1919) e “Hostos, hombre representativo de América” (1940).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GUTIERRE DE CETINA)
Publicado o08/12/2023por fontedopazo | Deixar un comentario

CETINA, Gutierre de (Sevilla, antes de 1520 – México, 1557?). Italianizante na sua poesía e na sua vida e sentimentos, pode-se colocar entre Garcilaso de la Vega e Fernando de Herrera dentro da tradiçón poética castelán. Traducíu a Petrarca e Ariosto e também a outros poetas longo tempo esquecidos. Foi o autor do maravilhoso madrigal “A unos ojos”. As suas obras forom editadas em 1895. Alí apareceu unha romântica biografía, que ao parecer non era a do autor. Non obstânte, sábe-se que foi para México, onde faleceu.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO FERMÍN CEVALLOS)

CEVALLOS, Pedro Fermín (Ambato, 1812-1893). Historiador e filólogo equatoriano. O seu “Resumen de la historia del Ecuador desde su origen hasta 1845 (2ª ed., 1886-1889, 6 volûmes), intenta superar a obra pioneira de Juan de Velasco. “Breve catálogo de errores en orden a la lengua y al lenguaje castellanos” (3ª ed., 1862) é a sua melhor aportaçón à filoloxía.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (NICASIO ÁLVAREZ DE CIENFUEGOS)
Publicado o22/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CIENFUEGOS, Nicasio Álvarez de (Madrid, 1764-1809). Poeta salmantino prerromântico muito influído por Juan Meléndez Valdéz. A sua obra pode dividir-se em bucólica y filosófica, e a sua atmósfera é de solidón, melancolía e desesperança. As suas “Obras poéticas” (1816, dous volûmes) forom reunidas por mandado do rei. As melhores som: ”La escuela del sepulcro”, “El túmulo” e “Paseo solitario en primavera”. Também escrebeu as traxédias: ”La condesa de Castilla” (1815) e “Pítaco” (1822), entre outras. Editou “La Gaceta”, desde onde se opuxo terminantemente à invasón napoleónica. Foi por isto denunciádo a Murat e levádo para França onde morreu.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO DE CIEZA DE LEÓN)
Publicado o22/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CIEZA DE LEÓN, Pedro de (Sevilla, 1518 – 1584). Soldado e historiador. Embarcou para o Novo Mundo em 1531 baixo as órdens de Jorge Robledo. Tomou parte na fundaçón de Santa Ana de los Caballeros. Uniu-se ao continxente de Sebastián de Balcázar para o sítio que hoxe se chama Colombia. Em 1547 chegou ao Perú e viveu a guerra civil, que se desatou entre os conquistadores. Passou três anos estudando e escribindo sobre a xeografía e os nativos do Perú, num intento temperám de investigar a etnoloxía. Á sua volta a Espanha publicou “Parte primera de la crónica de Perú” (Sevilla, 1553; Amberes, 1554 e 1555; Madrid, 1853). Depois aparecerom outras obras suas, logo da sua morte “Segunda parte de la crónica de Perú que trata del señorío de los incas yupanquis y de sus grandes hechos y gobernación” (Edimburgo, 1871; Madrid, 1880; e “Señorío de los Incas” (Buenos Aires, 1943). O seu terceiro libro “Tercer libro de las guerras civiles del Perú, el cual se llama la guerra de Quito”, foi publicado na NBAE em 1909. A terceira parte da sua Crónica, deu-se como perdída até que foi recuperada por Rafael Loredo, quem publicou algúns fragmentos no Mercurio Peruano (1956). A quarta parte da Crónica publicou-se baixo o título de “Guerras civiles del Perú” em 1877. Cieza de León resulta um cronista admirábel. Em opinión de Raúl Porras: ”trazou o quadro completo do escenário peruano, descrevendo detalhadamente, com profundo amor o Perú; o território, as suas cháns e serras, ríos, vales e montanhas. Também as cidades, o home de cada rexión, as costûmes, crênças, habitaçóns e vestidos… Foi o primeiro cronista dos Incas e que abarcou todo o quadro da história peruana, nas duas vertentes indíxena e espanhola.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL CIGES APARICIO)
Publicado o23/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CIGES APARICIO, Manuel (Enguera, Valencia, 1873 – 1936). Româncista e ensaísta. Viveu um voluntario exílio em París, antes de ser nomeádo gobernador civil de Ávila, durante a breve etapa do Goberno Popular. Foi esquecído depois da sua morte, a pesar de ter alcanzádo certa fama ao publicar a tetraloxía, de corte autobiográfico, que comprehende os seguintes títulos: ”Del cautiverio” (1903), “Del cuartel y de la guerra” (1906), “Del hospital” (1906) e “Del periodismo y de la política” (1907). A sua obra narrativa resulta mais âmpla: ”El Vicario” (1905); ”Luchas de nuestros días: Los vencedores” (1908) e “Los vencidos” (1910); ”Villavieja” (1914), que apontaba ao constânte fracaso das reformas sociopolíticas en Espanha; ”El juez que perdló su conciencia” (1925), novela que mostra que os analfabetos em Espanha (entón um setenta por cento da poboaçón total) eram sistematicamente privádos dos seus dereitos civis, e a sua última e melhor obra, “Los caimanes” (1931), na qual narra com grande emotividade a história do analfabeto Román Castalla. Como xornalista de guerra, escrebeu “Marruecos” (1912); é autor da biografía “Joaquín Costa, el gran fracasado” (1930) e do libro de tema histórico “España bajo los Borbones” (1932).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO CILLÓNIZ)

CILLÓNIZ, Antonio (Lima, 1944) Poeta peruano. A sua carreira universitária trouxo-o para Madrid, em donde trabalhou como arqueólogo, vendedor âmbulante e professor de literatura e línguas. Depois de algúns anos regresou a Perú. Os seus poemas som imaxinativos e com nervo, qualidades que comparte com a maioria dos poetas peruanos da sua xeraçón, reunídos na antoloxía de José Miguel Oviedo, “Estos 13” (Lima, 1973). Publicou “Verso vulgar” (Madrid, 1967); ”Después de caminar cierto tiempo hacia el Este” (1971), com o qual ganhou o Premio Poeta Joven del Perú em 1970; ”Donde va el tiempo cuando no sopla”; e “En busca de la hierba que crece bajo la sombra del árbol del paraíso”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN EDUARDO CIRLOT)
Publicado o24/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CIRLOT, Juan Eduardo (Barcelona, 1916). Poeta surrealista e crítico literário, cuxo período de maior creatividade (1944 – 1947) coincidíu com o apoxeo do surrealismo, que se pode situar num lapso entre dous movimentos neorromânticos (o primeiro que vai de 1940 a 1944, e o segundo, a partir de 1947). Os poetas mais representativos do surrealismo espanhol som Julio Garcés, Manuel Segalá e o próprio Cirlot, que publicou “Seis sonetos y un poema de amor celeste” (1943), ”La muerte de Gerión” (1943, “En la llama” (1945), que tívo bastânte influênça na obra das xeraçóns posteriores; ”Canto de la vida muerta” (1945) e “Cordero del abismo” (1946). Foi autor do “Diccionario de los ismos” y de “El mundo del objeto” (bajo la luz del surrealismo) (1953). Reuníu a sua obra poética última em “Poesía” (1966 – 1972) (1975), e em 1981 apareceu unha “Antología da sua obra.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO CISNEROS)
Publicado o24/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CISNEROS, Antonio (Lima, 1942). Poeta peruano. Os seus primeiros libros, ”Destierro” (1961) e “David” (1962), obtuvérom unha inmediáta aceitaçón entre o público, mas foi com o seu libro “Comentarios reales” (1964) que conseguíu fama internacional. É unha obra cheia de ironía, percepcións e claridade. Também de alta qualidade é “Canto ceremonial contra un oso hormiguero” (La Habana, 1968). Com este último ganhou o Premio Casa de las Américas de 1968. Cisneros reacciona contra a excessiva poetizaçón do poema e utiliza imáxens duras e sátiras para achegar-se às figuras mais sagradas da história peruana ou para tratar dos feitos da vida diária. Os seus últimos libros forom “Agua que no has de beber” (Barcelona, 1971) e “Como higuera en un campo de golf” (1972), que xá non utiliza a ironía, senón que expresa unha série de vivencias e emoçóns do autor. Publicou “Crónica del Niño Jesús de Chilca” (1982), onde explora, com êxito, o tema popular.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS BENJAMÍN CISNEROS)
Publicado o25/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CISNEROS, Luis Benjamín (Lima, 1837 – 1904). Româncista e poeta peruano que segundo Riva Agüero foi o melhor da sua xeraçón. Começou como poeta romântico, mas depois utilizou a silva neoclássica como vehículo expressivo, seguindo nisto os passos de Quintana, Bello e Olmedo. Considerado erróneamente o pai da novelística peruana, escrebeu duas novelas sentimentais de escasso valor literário, “Julia, o escenas de la vida en Lima” (1860) e “Edgardo, o un joven de mi generación” (1864). Escrebeu também duas novelas curtas, “Amor de nido” (1844) e “Cecilia” (1865). Outras obras som “El pabellón peruano” (1855); a obra de teatro “Alfredo el sevillano” (1856); ”Ensayo sobre varias cuestiones económicas del Perú” (1866); ”Memoria sobre ferrocarriles” (1868); ”El negociado Dreyfus” (1870); ”Que no hay otro remedio” (1874); ”Memoria y guía estadística de instrucción primaria” (1876); ”Aurora amor” (1885) e “De libres alas” (1912). As “Sus Obras completas” aparecerom em 1939.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (REVISTA LITERÁRIA “CLARIDAD”)

CLARIDAD. Revista literária arxentina, que apareceu por primeira vez em Xulho de 1926 e que continuou a linha dos “Los Pensadores” (1822), “Dínamo” (1924), “La Campana de Palo” (1925) e “La Revista del Pueblo” (1926). Foi fundada por J. P. Barreiro e por Gaspar Mortillaro para servir de portavoz à esquerda socialista a través da práctica do realismo como estéctica, defendendo às massas e oposta à estecticista e elitista “Martín Fierro”, sucesora de “Prisma y Proa”, e órgano principal do grupo “Florida”. Os do grupo “Boedo”, editores de “Claridad”, non cumprirom o prometído na sua revista, que tívo unha vida tán efímera como as suas predecesoras. Entre os seus colaboradores estabam: Enrique Amorim, González Tuñón, José Ingenieros, César Tiempo, Leónidas Barletta e Carlos Mastronardi.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS CLAVERÍA)
Publicado o26/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CLAVERÍA, Carlos (Barcelona, 1909-1974). Crítico literário. Director dos institutos espanhois de Münich e Londres. Entre outros ensaios, publicou “Cinco estudios de Literatura española moderna” (Salamanca, 1945), “Temas de Unamuno” (1952) e “Ensayos hispanosuecos” (Granada, 1954). Chegou a ser membro de número da Real Academia Española.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO JAVIER CLAVIJERO)
Publicado o26/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CLAVIJERO, Francisco Javier (Veracruz, 1731-1787). Historiador novohispano. Políglota. Dominaba o grego, latím, françês, português e mais de vinte falas indíxenas. O seu pai foi alcaide maior de Teziutlán e Xicayán, na terra mixteca. Passou a sua infância no campo, feito que o marcou para toda a vida. Estudou latím, filosofía e teoloxía em Puebla de los Ángeles e foi ordenado xesuita em 1748 em Tepoztlán. Era professor em Guadalajara quando foi expedido o decreto de expulsón da ordem dos xesuítas em 1767. Unha vez chegado a Itália, residíu sucessivamente em Ferrara e Bolonia. Aínda que xá tinha publicado em México “Diálogo entre Filateles y Paleófilo” (1765), foi em Itália onde concebeu a sua “Historia antigua de México”, que se publicou primeiro em italiano, com traducçón do próprio Clavijero em 1780 – 1781. O manuscrípto espanhol andou perdido durante mais de dous séculos, até que foi editado polo padre Mariano Cuevas em 1945. A Historia está dividida em dez libros, nos quais descrebe a xeografía, os pobos primitivos que habitabam o val de Anáhuac, a peregrinaçón dos mexicas. Descrebe a sua relixión, costûmes e fala. Fixa por primeira vez a cronoloxía destes pobos e continua até à conquista de México e a morte de Cuauhtémoc. Escrebeu também a “Historia de la Antigua o Baja California”, publicada primeiro em italiano (Venecia, 1789) e logo em castelán (México, 1852), na qual mais que escreber a história da rexión, dedica-se a xustificar as “missións xesuítas” que nela se instaláron.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ DE CLAVIJO Y FAJARDO)
Publicado o27/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CLAVIJO Y FAJARDO, José de (Lanzarote, 1730 – 1806). Traductor e escritor satírico. Trabalhou nunha série de empregos oficiais, entre eles, como arquivista do secretário de Estado. Viveu unha temporada em París, com leituras de Buffon e de Voltaire. Traducíu a obra de Buffon de história natural e obras teatrais de Racine. Foi fundador, editor e quase único colaborador de “El Pensador” (1762 – 1767), semanário satírico que, xunto com as críticas de Nicolás Fernández de Moratín, contribuíu para a prohibiçón dos autos sacramentais feita por ordem real o once de Xunho de 1765. Clavijo seducíu em 1764 a Luoise Caron, irmán de Beaumarchais, a quem dirixíu unha humilhante carta apoloxética que foi aceitada polo famoso escritor françês. Goethe escrebeu com este tema a traxédia romântica “Clavijo”. Nas “Memorias de Beaumarchais fai-se referência ao penoso incidente.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DIEGO CLEMENCÍN)
Publicado o27/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CLEMENCÍN, Diego (Murcia, 1765-1834). Sacerdote, erudicto e crítico. Foi tutor dos filhos da duquesa de Benavente. Diputado a Côrtes em 1813 e depois nomeádo ministro de Asuntos Exteriores e ministro de Estado. Fundou, com outros erudíctos, o Museo Nacional de Arqueología e em 1833 foi bibliotecário da rainha rexente María Cristina. Fixo unha edicçón das obras de Leandro Fernández de Moratín (1830 – 1831, quatro volûmes), ”Elogio de la reina católica doña Isabel” (1820; 1821) e escrebeu o melhor comentário feito até entón do “Quijote” (1833-1839).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (BERNABÉ COBO)
Publicado o28/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COBO, Bernabé (Lopera, Jaén, 1580-1657). Historiador. Partíu para o Novo Mundo em busca de El Dorado, na selva mais remota da Venezuela, mas explorou também outras rexións, nas quais encontrou cousas mais incríbeis que a lenda. Em 1599 viaxou desde Panamá ao que hoxe é o Perú e ingressou na Companhia de Jesús. Fixo os primeiros votos em 1603 e os renovou em 1630. Depois de ter viaxádo muito, foi apresentado como reitor da Orden em Arequipa em 1618. De 1630 a 1650 vivéu em Nova España. Em 1650 regressou a Lima, onde morou até ao fim dos seus dias. A sua obra mais importânte foi a “Historia del Nuevo Mundo” (Sevilla, 1890 – 1895, quatro volûmes), reeditada em 1959. Trabalho menor, aínda que interessante, foi “Historia de la fundación de Lima, escrita no México em 1639 e reeditada em “Obras” (1959).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO COELLO Y OCHOA)
Publicado o28/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COELLO Y OCHOA, Antonio (Madrid, 1611-1682). Autor teatral, pertencente à escola de Pedro Calderón de la Barca, mas também com muita influênça de Lope de Vega. Esteve ao serviço do duque de Alburquerque, e foi-lhe concedido o hábito de Santiago. A maior parte da obra teatral que fixo foi em colaboraçón com outros autores: escrebeu cinco obras com Calderón de la Barca, quatro obras com Rojas, três obras com Pérez de Montalbán e outras com o seu irmán Juan Coello, com Vélez de Guevara e com Solís. Fixo o segundo acto de unha adaptaçón de “Il pastor fido” de Guarini; o primeiro acto foi escripto por Solís e o terceiro por Calderón. Esta técnica “mixta” era comúm na época. Com Vélez e Rojas escrebeu “La Baltasara”, “El catalán Serrallonga” e “También la afrenta es veneno”. A única obra que se pensa que escrebeu só foi “Yerros de naturaleza y aciertos de fortuna” (ed. Juliá, 1930), a pesar de que existe a ideia de que parte dela foi escríta por Calderón. Outras obras: ”El celoso extremeño”, basada na novela ejemplar homónima de Cervantes, e um auto sacramental que Jovellanos atribuíu a Felipe IV: ”La cárcel del mundo”. ”El conde de Sex o dar la vida por su dama” (BAE, vol. XLVIII, 1858). Hoxe, a obra é atribuída a Coello, aínda que non se descarta a possibilidade de que Felipe IV, que escrebía obras teatrais, tenha colaborado com algunhas escenas. ”El conde de Sex” está basado na figura de Robert Devereux, conde de Essex, que perde a vida a causa da conspiraçón na qual se mistura a sua amada Blanca, e que tem por fim destronar a Isabel I de Inglaterra. A pesar de que a figura de Isabel da Inglaterra era apaixonadamente odiada na España, a rainha da obra resulta absoluctamente decorosa e unha personáxe bem constituída na obra de Coello. Trata-se, sem dúvida, da melhor obra deste autor. Publicou-se por primeira vez na parte XXXI da antoloxía de obras teatrais conhecida como “la antigua o de afuera” (1638).
OXFOR
ESCRITORES HISPÂNOS (DIEGO DE COLMENARES)
Publicado o29/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COLMENARES. Diego de (Segovia, 1586-1651). Capelán da família dos Contreras, foi autor da monumental “Historia de la insigne ciudad de Segovia y compendio de las historias de Castilla” (1637; 1837). Reeditada em Segovia (1921-1922, três volûmes) e em 1969.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS COLOMA)
Publicado o29/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COLOMA, Carlos, Marquês de la Espina (Alicante, 1573-1637). Historiador. Escrebeu a continuaçón dos “Comentarios” (1592 de Bernardino de Mendoza em “Las guerras de los estados bajos desde el año MDLXXXVIII hasta el de MDXCIX” (Amberes, 1625), que foi reeditado com o libro de Mendoza (BAE, 1853, volûme XXVIII). Coloma lutou em Portugal, baixo as ordens do duque de Alba e depois servíu em Mesina e em Flandes. De maneira que a sua obra é fruto das experiências pessoais. Foi honrado com o hábito de Santiago e gobernador de Perpigñán e das Ilhas Baleares. O seu modelo foi Tácito. Traducíu as suas Obras e as publicou em “Douai” em 1629 (segunda ed., 1794).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS COLOMA)
Publicado o30/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COLOMA, Luis (Jerez de la Frontera, 1851-1915). Româncista e contista. Estudou leis em Sevilha. Quando ganhaba a vida como escritor em Madrid, viu-se envolto num escândalo. Foi ferído e de maneira gráve. Em 1873 decidíu entrar para a Compañia de Jesús. É recordado especialmente pola sua novela “Pequeñeces” (Bilbao, 1890, dous volûmes), que fixo furor polo ataque satírico dirixído à sociedade madrilena da época da Restauración. Tomou como modelo as técnicas naturalistas para levar a cabo unha labor moralista contrária a esa tendência. Non obstânte, o feito de que um xesuíta adoptára essas técnicas foi muito criticado, a pesar de que a heroína da obra, Curra Albornoz, se converte ao catolicismo militante nas últimas páxinas da novela. O título remete para as “trivialidades” cometidas constantemente polos membros da aristocracía e que para a Igrexa som pecados mortais. Este ataque à classe aristocrática foi precedido pola non muito lograda novela de José María de Pereda “La Montálvez” (1888), sobre o mesmo tema. A “Pequeñeces” seguíu, na mesma linha, “La espuma” (1891) de Armando Palacio Valdés. Juan Valera escrebeu unha carta de setenta e nove páxinas titulada “Pequeñeces… Currita Albornoz al padre Luis Coloma”, em estilo aparentemente lixeiro que acostumaba utilizar Valera, mas que na realidade era unha crítica do estilo e da ideoloxía do xesuíta. Coloma escrebeu também “Recuerdos de Fernán Caballero” (1910), de quem recebeu algunha influênça. Intentou escreber unha novela histórica com “Retratos de antaño” (1895), ”La reina mártir” (1902), basada na vida de María Estuardo; ”El marqués de Mora” (1903); ”Jeromín” (1905-1907), sobre a vida de Juan de Austria e Fray Francisco (1914), sobre Contreras. As suas “Obras completas” (1940-1942, dezanove volûmes) alcanzaron a quarta ediçón em 1960.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CRISTÓBAL COLÓN)
Publicado o30/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COLÓN, Cristóbal (Génova, 1451?-1505). O descubridor do Novo Mundo. Constituíu-se, por este feito, no primeiro historiador sobre a matéria “Carta anunciando el descubrimiento de América” (Barcelona, 1493; ed. facs., C. Sanz, 1956), que foi prontamente traducída para latím e conhecida em toda Europa. As suas “Relaciones y cartas”, antes dispersas, forom reunidas em 1892, dando assím lugar a multitude de interessantes hipóteses sobre a língua utilizada nelas. Menéndez Pidal suxeríu que a fala materna de Colón non era o castelán, como outros tinham afirmado, senón o dialecto xenovés, que non tinha alcanzado a forma escrípta, e que aprendeu a escreber o castelán entre portugueses de xénova, polo que está cheio de portuguesismos. Outros professionais e erudíctos, lanzarom diferêntes teorías sobre a fala de Colón.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO EMILIO COLL)
Publicado o31/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COLL, Pedro Emilio (Caracas, 1872-1947). Contista e ensaista venezolano que adheríu à estéctica modernista. Em colaboraçón com Pedro César Dominici e Urbaneja Achelpohl fundou a revista “Cosmópolis” (1894-1895), que, como o seu nome indica, intentaba reflexar as várias tendências literárias de todos os países. Home tolerante, de ideias de diverso signo e conhecedor de vários sistemas filosóficos. Coll encontra-se probabelmente mais perto de Renan, Taine e os escépticos, nos ensaios reunidos em “Palabras” (1896). ”El castillo de Elsinor” (1901) estabeleceu a sua fama como contista, especialmente polo relato “Opoponax” (influído pola sensualidade de Baudelaire) e “El diente roto”. Publicou outros contos em “La escondida senda” (1927). Unha antoloxía sua apareceu em “Obras” (1966).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALEJANDRO COLLANTES DE TERÁN)
Publicado o31/01/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COLLANTES DE TERÁN, Alejandro (Sevilla, 1901-1933). Poeta que fundou com Rafael Laffón a revista sevillana “Mediodía” (1926-1933). A sua obra poética está reunida em dous volûmes, “Versos” (1926) e “Poemas” (1949). Trata-se de poemas num estilo popular, como a obra xuvenil de Lorca e de Alberti. O seu tema principal é a cidade de Sevilla, os seus arredores a sua xente e costûmes. Foi amigo de Luis Cernuda, que lhe apresentou outros poetas da xeraçón do 27.
OXFORD
ESCRITORES HISPANOS (LUCIANO FRANCISCO COMELLA Y VILLAMITJANA)
Publicado o17/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COMELLA Y VILLAMITJANA, Luciano Francisco (Vic, 1751- 1812). Autor teatral da escola “irregular”, que se opunha aos “neoclássicos” ou “regulares” como Leandro Fernández de Moratín. A sua obra “El sitio de Calés” foi parodiada por Moratín em “La comedia nueva”, Comella deu-se conta e tratou em ván de parar a posta em escena da obra de Moratín. A obra do “neoclássico” criticaba, com razón, os efeitos espectaculares que se sucedíam em rápido acontecer sem ter ningunha relaçón com o argumento ou com as personáxes e, ademais, que este tipo de espectáculos estabam ganhando terreno às obras de profundidade e verdadeiro alento. Como sempre quixo estar à moda, Comella tentou em vários xéneros: fixo sainetes ao estilo de Ramón de la Cruz; escrebeu a obra realista “La familia indigente”; probou a comédia larmoyante em “Cecilia” y “Cecilia viuda” (1786 y 1877, respectivamente); escrebeu também um mal drama baixo o tema popular de “Doña Inés de Castro”; com o tema do déspota ilustrado escrebeu a triloxía que integram “Federico II, rey de Prusia”, “Federico II em el campo de Torgau”, na qual criticaba o uso da tortura, e “Federico II en Glatz”. O tema do matrimónio por conveniência foi tratado em “El matrimonio por razón de estado”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (O CONCEPTISMO)
Publicado o17/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONCEPTISMO. Estilo literário que utilizaba conceitos, agudezas, paradoxas e ambigüidades, ao mesmo tempo que cultibábam a criaçón de imáxens complicadas e metáforas. Por isso, se distingue do “culteranismo”, mais pola matéria do seu discurso que pola maneira de expôr. As raízes deste movimento podem-se encontrar nalgúns escritores do Renascimento, como Garcilaso ou fray Luís de León, mas alcançóu a categoría de movimento ou de estilo com a publicaçón dos “Conceptos espirituales” (1600 – 1612) de Alonso de Ledesma, que escrebía poesía ao divino. Quevedo e Gracián forom os mêstres reconhecidos deste estilo, ainda que também o cultivárom muitos outros poetas, durante o final do século XVI e todo o século XVII na España. Na sua “Agudeza y arte de ingenio” (Huesca, 1648), Gracián foi incapaz de chegar a unha definiçón precisa do termo, sem cair na definiçón por símil ou por símbolo. Sostem que o escritor debe combinar a complicaçón com a brevidade, as ideias orixinais com as metáforas mais violentas. A finalidade era estabelecer unha asociaçón conceptual basada no contraste de dous termos nunha mesma imáxem. Um dos propósitos que subxacem no conceptismo é que a comprehensón dos signos levem o leitor a um conhecimento das relaçóns existentes entre as cousas que conformam o mundo; ideia que surxe desde a Idade Média e que chega até fins do século XVII. Até fai pouco pensába-se que o “conceptismo” e o “culteranismo” eram antitécticos, mas hoxe reconhéce-se muitos rasgos em comúm entre escritores que pertencem a um e outro estilo: Góngora e Quevedo, por exemplo; âmbos movimentos cultivam unha expressón intencionadamente obscura, que requer um esforço de comprehensón por parte do leitor; âmbos querem que o leitor participe e descifre as insólitas imáxens e o seu significado. Neste sentido, o conceptismo relaciona-se com os emblemas.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARMEN CONDE)
Publicado o18/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONDE, Carmen (Cartagena, 1907). Poeta considerada a melhor da sua época. Casou com o também poeta Antonio Oliver Belmás, de quem editou as “Obras completas” (vol. I, 1971). Unha antoloxía sua apareceu em “Obra poética” (1967), onde se percebe, expressado em versos de grande paixón, um grande amor à vida e ao sentimento. Publicou também “Júbilos” (1934), “Pasión del verbo” (1944), “Ansia de la gracia” (1945), “Mujer sin edén” (1947), “Sea la luz” (1947) e “Derribado arcángel” (1960), entre outros. Escrebeu também unha série de novelas de corte psicolóxico: “Vidas contra su espejo” (1944), “En manos del silencio” (Barcelona, 1950), “Las oscuras raíces” (1954) e um volûme de memórias da sua infância, “Empezando la vida” (Tetuán, 1955). Escrebeu também, em colaboraçón com o seu marido, vários libros infantís. Utilizou frequentemente o pseudónimo de “Florentina del mar”. É autora da antoloxía “Once grandes poetisas américo-hispanas” (1967) e das biografías “Menéndez Pidal” (1969) e “Gabriela Mistral” (1971). Em 1977 publicou “Cita con la vida”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ ANTONIO CONDE)
Publicado o18/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONDE, José Antonio (Peraleja, Cuenca, 1765-1820). Historiador e, o melhor conhecedor da Espanha musulmana anterior a R. Dozy (1820-1883). Estudou em Cuenca e Alcalá e foi bibliotecário de El Escorial e mais tarde da Biblioteca Real (hoxe Biblioteca Nacional) em Madrid. Foi um escritor pedestre, mas a sua obra tivo grande importância, pois opuxo-se à perspectiva hispanocêntrica da história mediterrânea que prevalecía entón. A “História de la dominación de los árabes en España, sacada de varios manuscritos y memorias arábigas” (1820-1821, três volûmes) foi cuidadosamente enxuizáda por Dozy.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ENRIQUE CONGRAINS MARTÍN)
Publicado o19/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONGRAINS MARTÍN, Enrique (Lima, 1932). Contista peruano. Os seus libros “Lima, hora cero” (1954) e “Kikuyu” (1955) tratan dos bairros pobres limenhos e dos seus desamparados habitantes. A miúdo afloram toques de surrealismo e de realismo máxico, talvés reflexos da realidade que narra, mais que do estilo que utiliza. A sua melhor obra é a novela “No una sino varias muertes” (Buenos Aires, 1957), na qual narra dous dias da vida de unha “chica”, Maruja, que lava garrafas e que sonha com ter unha fábrica própria.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LA REVISTA CONTEMPORÁNEOS)
Publicado o19/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONTEMPORÁNEOS, La revista, a mais importante de México no período 1928 – 1931. Nela publicou-se a obra do seu fundador, Bernardo Ortiz de Montellano, e a de Xavier Villaurrutia, José Gorostiza, Jaime Torres Bodet, Jorge Cuesta, Enrique González Rojo, Bernardo J. Gastélum, Salvador Novo, Elías Nandino, Gilberto Owen e Octavio G. Barreda, que continuaría a tradiçón desta revista literária em “El Hijo Pródigo” (1943-1946). Contemporáneos mantívo a posiçón cosmopolita que habíam imposto as suas antecessoras “La Revista Azul” e “La Revista Moderna” em particular porque renovarom a influênça francesa na literatura mexicana, e porque defenderom um ponto de vista esteticista e vanguardista, que xá tinha rebrotado em publicaçóns anteriores, como “Pegaso” (fundada em 1917 por Ramón López Velarde), “Falange” (fundada em 1922) e “Ulises” (fundada por Novo e Villaurrutia em 1927), mas que em Contemporáneos chegou à sua máxima expressón. Os temas preferidos polos poetas deste grupo forom a solidón, a morte, o sonho e a anestesía. Existe unha ediçón facsimilar (1977).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CONTRARREFORMA)
Publicado o20/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONTRARREFORMA. Foi um movimento destinado a contrarrestar a força da Reforma protestante da Igrexa. Especialmente intensa em Espanha, baixo o reinado de Felipe II, que foi quem a impulsou. A contrarreforma também pretendía eliminar da Igrexa todo excesso ou abuso e foi, neste sentido, unha autêntica “reforma” em sí mesma. Com o Concílio de Trento (1545 – 1563), iniciou-se unha modificaçón e unha renovaçón da Igrexa. Forom criádas novas Ordens relixiosas, entre elas os xesuitas, os escolápios e os capuchinos, mentras que outras forom reformadas, como as carmelitas (vexa-se Juan de La Cruz, e Teresa de Jesús). Os escritores ascéticos do século XVI, Luis de Granada, Alonso de Orozco, Pedro de Alcântara e outros, só podem ser comprehendidos cabalmente a través do clima criádo pola Contrarreforma. O movimento favoreceu agudas controversias tais como: “De auxiliis”, sobre o problema do “libre albedrío” e da “graça divina”, assim como também foi criáda unha nova teoloxía basada parcialmente na reacçón antiprotestante, como a exposta por Melchor Cano no seu “Tratado de la victoria de sí mismo”. No teatro, homes como Calderón, Tirso e outros muitos, tomam como tema asuntos debatidos na Contrarreforma, como em a “Devoción de la Cruz”, do primeiro, ou “El condenado por desconfiado”, do segundo. Depois e durante a Contrarreforma, o contído moral dos libros foi em aumento.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALONSO DE CONTRERAS)
Publicado o20/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONTRERAS, Alonso de (Madrid, 1582-1641). Autor dunha autobiografía. Ó parecer, non recebeu unha educaçón esmerada. A instâncias de Lope de Vega escrebeu a “Vida del capitán Alonso de Contreras”, publicada por primeira vez em BRAH (1900). A primeira notícia que temos das múltiples aventuras vividas por Contreras, a oferta Lope de Vega na dedicatória a “El rey sin reino” (Parte XX, 1625). Contreras começou a escreber a sua história em 1630 e mais tarde adxuntou vários pasáxes. Ainda que o valor literário da obra é mais bem escaso, trata-se de unha história cheia de emoçón e muito absorvente. Depois de haber lutádo em Itália e em Flandes, Contreras foi pirata no Mediterrâneo. Tomou parte como tal no cerco de Hammamet em 1601 e colheu alí barcos turcos e bárbaros. Perdeu pronto a fortuna que ganhou como pirata e dirixíu-se a Grécia, onde lutou como mercenário às ordens dos Cabaleiros de Malta. Ao regresar a Espanha, foi acusado de ser um dos cabecilhas do complot dos mouriscos de Hornachuelos (Badajoz), mas foi libertado pouco depois. Viaxou a Flandes, Puerto Rico, Santo Domingo e Cuba, e os Cabaleiros de Malta o nomeárom gobernador da ilha de Pantellería. Contreras escrebeu também “Derrotero de Mediterráneo”, manuscripto que permanece inédito na Biblioteca Nacional de Madrid, nunha copia do primeiro terço do século XVII e que consiste em cento sete folhas em quarto.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO CONTRERAS)
Publicado o21/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONTRERAS, Francisco (1877-1933). Poeta chileno, discípulo de Rubén Darío. Residíu em París desde 1905 até à sua morte. Foi colaborador de Le Mercure de France. Recebeu a influênça de Gautier, Baudelaire, Moréas e em particular a de Darío. Tem vários libros um tanto vacilantes: “Esmaltines” (1890), “Toison” (1906), “Romances de hoy” (1907), “Almas y panoramas” (1910), “La piedad sentimental” (1911), “Luna de la patria” (1913) e “La barillita de la virtud” (1919). Foi também crítico intelixente e assíduo leitor da literatura hispanoamericana. Dos seus trabalhos críticos podemos citar: “Les écrivains contemporains de l’Amerique espagnole” (París, 1920), “L’esprit de l’Amerique espagnole” (1931) e “Rubén Darío: su vida y su obra” (Barcelona, 1930; 2ª ed., Santiago de Chile, 1937).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JERÓNIMO DE CONTRERAS)
Publicado o21/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONTRERAS, Jerónimo de (Aragón?, c. 1520 – c. 1585). Novelista. Chamou-se a sí mesmo “cronista de Su Majestad”, num dos prefácios que escrebeu. Xá non se-o recorda como autor do “Dechado de varios sujetos” (Zaragoza, 1572), senón polo seu “Selva de aventuras” (Barcelona, 1565), narraçón de amores frustrados na melhor tradiçón da novela bizantina.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAÚL CONTRERAS)
Publicado o21/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONTRERAS, Raúl (Cojutepeque, 1896). Poeta, autor teatral e diplomático salvadorenho que passou muitos anos em Espanha. É unha figura importânte no postmodernismo do seu país. Entre os seus libros destacan “Armonías íntimas” (1919), “Poesías escogidas” (Barcelona, 1922), “La princesa está triste: glosa escénica en tres actos de la “Sonatina” de Rubén Darío” (Madrid, 1925) e “Presencia de humo” (1959). A obra da poetisa “Lydia Nogales”, que apareceu no panorama da literatura centroamericana polos anos de 1946, foi atribuída a Contreras.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CONVERSOS)
Publicado o22/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CONVERSOS. Nome que se deu aos mouros e xudeus que forom obrigados a convertir-se ao catolicismo em Espanha, para non perder as suas possessóns ou poder permanecer nos seus lugares de orixem na Península. Termo que xeralmente. se usaba num sentido insultânte, pois é evidente que tal “converssón” foi muitas vezes puramente verbal. A fé católica foi estabelecída oficialmente na Espanha durante o reinado do visigodo Recaredo I (586-601), mas as converssóns non começarón até à época de Sisebuto (612-621). Os conversos non tivérom grande importância na vida espanhola até ao século XIII, quando Pablo Cristiano e Moishe ben Nahman mantivérom unha controvérsia em Barcelona. Durante o reinado de Juan II de Castela (1407-1454) os conversos, também chamados “marranos”, que tinham um grande poder económico, participarom na caída de Álvaro de Luna. Um dos mais grandes humanistas da sua época, foi o converso Alfonso de Santa María de Cartagena, filho do grande rabino de Burgos, que chegou a ser bispo de essa mesma cidade em 1435. As acusaçóns de seguir practicando a relixión mussulmana ou xudía abundabam. Isto, misturado com problemas de ordem económica e política, foi a causa das frequêntes massácres de cristáns novos: 1448, 1467 (Toledo), 1473 (Córdoba), 1481 (Sevilla). Os Reis Católicos reinstaurárom a Inquisiçón como meio eficaz para lutar contra os perígos que significabam os conversos: em 1481 o rico converso Diego Susán, acompanhado de outros, foi queimado publicamente em Tablada. A diáspora que os conversos iniciárom cara a Portugal e Granada, foi trabáda pola publicaçón do “perdón xeral” do seis de Febreiro de 1481. Mais de dous mil conversos forom reconciliádos. A época mais dura para os conversos, na sua relaçón com a Inquisiçón espanhola foi a de fray Juan de Torquemada, inquisidor xeral de 1483 a 1498. O processo de assimilaçón dos conversos seguíu o seu curso durante os séculos XVI e XVII. A partir dessa data foi perdendo importância. Por exemplo, Alonso de Zamora, professor de hebreo da Universidade de Alcalá, escrebeu um libro nessa fala, “Sefer hokman Elohim” (Libro da sabeduria de Deus), apoloxía do cristianismo dirixida aos xudeus. Este mesmo Zamora colaborou com o também converso Pablo Coronel na elaboraçón da Bíblia Políglota Complutense. Em quanto à literatura, os conversos contribuírom substâncialmente. Entre os autores conversos podemos citar a fray Luis de León, santa Teresa de Jesús, Mateo Alemán, as famílias Santa María e Cartagena, Fernando de la Torre, Juan de Baena, Francisco López de Villalobos e muitos outros.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ARTURO CORCUERA)
Publicado o23/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORCUERA, Arturo (Salaverry, 1935). Poeta peruano. Foi professor da Universidade de San Marcos em Lima e colaborador de “Cuadernos Trimestrales”, revista que dirixe Marco Antonio Corcuera. O seu estilo é directo, sinxélo e coloquial. Recebéu a influênça de Alejandro Romualdo. Publicou vários libros. Entre os títulos mais conhecídos figuram: “Cantoral” (1956), “Primavera triunfante”, “Recuerdo y presencia de Javier Heraud” (ambos de 1963) e “Territorio libre” (1969). Aparte do seu emotivo libro sobre Heraud, o melhor da sua obra está constituído polas fábulas em “Fábula del lobo feroz”. “La gran jugada ou crónica deportiva que trata de Teófilo Cubillas y el Alianza” (1974), onde toma o argumento de unha asociaçón futbolística com as suas personáxes e as suas implicaçóns.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AURELIA CORDERO)
Publicado o23/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORDERO, Aurelia (Cuenca, 1874-1922). Poeta equatoriana. Caracterizada por ser unha escritora da angûstia e da solidón. A sua obra apareceu nunha selecçón entituláda “Aurelia Cordero de Romero León (1954).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS CORDERO)
Publicado o23/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORDERO, Luis (Déleg, 1833-1912). Poeta, filósofo, lexicólogo e xurista equatoriano. Foi presidente do seu país em 1892. Publicou a suas epigramáticas “Poesías jocosas”, com algunha influênça de Victor Hugo, especialmente notábel nas suas “Poesías serias” (âmbas de 1895). Escrebeu em quechua e foi autor de um “diccionário español-quechua”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GONZALO FERNÁNDEZ DE CÓRDOBA)
Publicado o24/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CÓRDOBA, Gonzalo Fernández de (m. 1515). Foi chamado “El Gran Capitán” polos seus intentos por recuperar Granada da mán dos mouros, feito que finalmente levou a cabo, acabando assím com oito séculos de “Reconquista”, em 1492. Depois ganhou Nápoles para a Coroa de Aragón. Gonzalo de Córdoba foi o último herói épico espanhol. O imperador Carlos V encargou a Hernando Pérez del Pulgar, unha vida em prosa do herói, “Vida del Gran Capitán” (Sevilla, 1527), que foi reimpresa baixo o título de “Hernán Pérez del Pulgar: bosquejo histórico” (Madrid, 1834). Unha aborrecida “Crónica chamada de las dos conquistas de Nápoles” (Zaragoza, 1559) que foi erróneamente atribuída a Pérez del Pulgar. José de Cañizares escrebeu sobre o herói algúns fragmentos em prosa. Jean-Pierre Claris de Florian é autor dunha novela romântica, “Gonzalve de Cordobe” (1791). O Gran Capitán foi também utilizado como suxeito poético: a primeira obra em verso inspiráda na sua vida pertence a Alonso Hernández, quem conheceu os acontecimentos que narra de primeira mán. É autor da “Historia partenopea” (Roma, 1516). Non obstânte , Hernández non é um grande poeta. Outros poemas com Gonzalo como protagonista aparecerom em 1651: a “Neapolisea” (Granada) de Francisco Teillo y Figueroa e “Nápoles recuperada por el rey don Alonso” (Zaragoza) de Francisco de Borja. A moda do poema épico estaba chegando ao seu fim: Borja e Trillo som bons exemplos disso.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRAY MARTÍN ALONSO DE CÓRDOBA)
Publicado o25/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CÓRDOBA, fray Martín Alonso de (Córdoba, c. 1398-c. 1468). Escritor de obras didácticas e predicador agustino que andou muito perto de Juan II e de Enrique IV. Foi professor em Toulouse e Salamanca. A maioría dos seus escritos em latím e em castelán estám perdidos, mas outros encontram-se reunidos na BAE (vol. CLXXI, 1964). As suas obras mais importântes forom “De próspera y adversa fortuna”, dedicado a Álvaro de Luna e escrito probabelmente entre 1440 e 1453, editado como “Compendio de la fortuna” (Escorial, 1958); “Jardín de las nobles doncellas” (Valladolid, 1500), escrito seguramente antes de 1467, para a infanta Isabel de Castela e no qual defende o seu dereito ao trono; e o “Tratado de predestinaçión” (Salamanca, 1956). Outro dos seus libros editados pola BAE é “Libro del regimiento de los señores”, assím mesmo de carácter didáctico.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SEBASTIÁN DE CÓRDOBA SACEDO)
Publicado o26/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CÓRDOBA SACEDO, Sebastián de (Úbeda, 1545?-1604?). Versificador que utilizou os metros italianos, seguindo ao Boscán e a Garcilaso de la Vega e voltou para o divino as suas obras, convertíndo-as em material adequado para a contrarreforma em Espanha. “Las obras de Boscán y Garcilaso trasladadas en materias cristianas” (Granada, 1575) foi um libro muito popular no seu tempo e até chegou a reimprimir-se. A sua importância resíde em que san Juan de la Cruz, encontrou nele motivo de inspiraçón, a pesar de que conhecía também, com seguridade os poemas orixinais de Boscán e Garcilaso. San Juan estudou no libro de Córdoba, tanto o metro como o contído e isto reflexou-se posteriormente na sua obra.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRAY MATÍAS DE CÓRDOVA)
Publicado o26/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CÓRDOVA, fray Matías de (Tapachula, 1768-1828). Poeta, professor e humanista guatemalteco. Aínda a sua prosa mais utilitária está marcada por unha preocupaçón polo estilo. O seu primeiro libro foi “Utilidad de que todos los indios y ladinos se vistan y calcen a la española, y medios de conseguirlo sin violencia, coaccíón ni mandato” (1798), à qual seguíu “Método de leer con utilidad los autores antiguos de elocuencia” (1801) e “Método fácil de enseñar a leer y a escribir” (1824-1825). Fíxo-se famoso com o poema épico de 417 endecasílabos “La tentativa del león y el éxito de su empresa” (1801), que tiene algo de fábula moral e que foi imitada por Antonio Machado y Núñez no seu poema “El león e el hombre”; por José Echegaray em “Consejos de un padre”; por Louis François Jauffret, “Le lion et l’homme”, e por León Tolstoi em “Intelligence”. A fábula mostra que o home é superior a todos os demais animais e que é mais forte a intelixência que a brutalidade.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EL CORNO EMPLUMADO)
Publicado o26/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORNO EMPLUMADO, El. Revista bilingüe mexicana, publicada em inglês e castelán e editada por Sergio Mondragón e Margaret Randall. Foi fundada em 1962 e pronto se deu a conhecer como unha das melhores revistas literárias da América hispâna. Entre os seus colaboradores, contou-se com escritores de primeira linha como Ernesto Cardenal, Efraín Huerta e outros.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN COROMINAS)
Publicado o26/03/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COROMINAS, Juan (Barcelona, 1905), Filólogo e lexicólogo. Foi professor de filoloxía românica da Universidade de Chicago a partir de 1946. Em 1953 nacionalizou-se norteamericano. A obra fundamental da sua vida foi o “Diccionario crítico-etimológico de la lengua castellana” (1954-1957, quatro volûmes, agora reeditádo e revisádo). Escrebeu também outros libros importântes: “Mots catalans d’origen aràbic” (Barcelona, 1936), unha traducçón da obra completa de Terencio ao catalán (1936-1959, quatro volûmes), “Estudios de etimología hispánica” (Mendoza, 1942), “L’estil i manera de M. J. de Galba i el de Joanot Martorell” (1953), “Introducció a l’estudi de la toponímia catalana i altres assaigs toponomàstics” (1962), unha excelente edicçón do “Libro de Buen Amor” (1967) e “Entre dos llenguatges” (1976, dous volûmes).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CAROLINA CORONADO)
Publicado o17/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORONADO, Carolina (Almendralejo, Badajoz, 1823-1911). Poeta e novelista. Casou com o diplomático norteamericano J. H. Parry. Aproveitando-se da inmunidade diplomática deu asilo a varios liberais espanhois, depois do fracasso da revolucçón de 1866. A sua poesía leva o amor humano a níveis quase de experiência mística. Acadou grande aceitaçón como poeta desde o seu primeiro volûme de versos, publicados em 1843. A sua obra antecede a de Bécquer. A segunda ediçón das suas “Poesías” (1852) leva um prefácio de J. E. Hartzenbuch. Reeditadas várias vezes. Menos afortunadas forom as suas novelas, que tivérom menor reconhecimento: “Paquita. Adoración” (San Fernando, 1850), “Jarilla” (1851), “La Sigea” (1854, dous volûmes) e “La rueda de la desgracia”. “Manuscrito de un conde” (1873). Entre as suas peças teatrais, hoxe esquecidas, podemos citar as de corte histórico “Alfonso IV de León”, “Petrarca” e “El divino Figueroa”, entre outras.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ CORONEL UTRECHO)
Publicado o18/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORONEL UTRECHO, José (Granada, 1906). Crítico e poeta nicaragüense. Estudou nos Estados Unidos e publicou um útil “Panorama y antología de la nueva poesía norteamericana”, dada a conhecer fora de Nicaragua. Regresou ao seu país em 1925 e formou parte da vaguarda que editaba a revista “Semana” (1926), na qual se expresabam as novas voces tinxídas de “surrealismo” ou de “ultraísmo”. Poeta esperimental, durante alguns anos escrebeu poesía tradicional (1939-1941), mas logo voltou ao “hermetismo”, no qual se encontra mais à vontade. Os seus poemas, aparecem frequentemente em revistas e suplementos culturais, som quase sempre irónicos, cerebrais e esotéricos. A sua obra influíu intensamente nas novas xeraçóns de poetas como Ernesto Cardenal ou Ernesto Mejía Sánchez.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO DEL CORRAL)
Publicado o18/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORRAL, Pedro del (fl. 1440). Novelista espanhol autor da “Crónica sarracina”, chamada também “Crónica del rey don Rodrigo con la destrucción de España” (Sevilla, 1499), escrita por volta de 1443. Corral partíu sem dúvida das semihistóricas “crónicas de Ghazi”, da “Crónica general” e da “Crónica troyana”, mas depois renunciou aos feitos históricos para inventar-se três “autoridades”: Eleastras, Alanzuri e Carestas. Pérez de Guzmán, no seu libro “Generaciones y semblanzas”, despreça profundamente as mentiras do presuntuoso Corral. O seu libro no é, por tanto, unha crónica, ainda que foi chamada por Ausiàs March e outros, senón que resulta mais bem um libro de cabalaría. O seu valor literário é escaso, mas tem importância por ser unha das fontes mais antigas dos românces do rei Rodrigo; também inspirou “La jura de Santa Gadea” de Hartzenbuch e “La leyenda del Cid” de Zorrilla.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JULIO CORREA)
Publicado o19/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORREA, Julio (1900-1953). Poeta e autor teatral paraguayo, colaborador da revista “Juventud”. Foi um dos fundadores do teatro guaraní, ao qual aportou obras com temas da “guerra del Chaco”. Criou personáxes do povo: soldados, campesinas, etc… Os seus primeiros poemas forom publicados dentro do libro “Cuerpo y alma” (Buenos Aires, 1943). Opuxo-se ao conceito da arte pola arte e abogou pola rebeldía dentro da literatura. Tivo bastânte influênça no teatro do seu país, ao insistir na inclusón de personáxes populares nas obras teatrais e ao conferir-lhes a estas unha maior importância como factores de câmbio, sobre tudo em épocas de guerra. Entre as suas obras teatrais podemos citar: “Sandía Ybyguy”, “Guerra ayá”, “Terejó yeby frente”, “Peicha guarante” e “Pleito riré”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL ÁNGEL CORREA)
Publicado o19/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORREA, Miguel Ángel (Rosario, 1881-1942). Novelista, poeta e dramaturgo arxentino, que utilizou com frequência o pseudónimo “Mateo Booz”. Foi xornalista, mas logo acadou renome literário com as novelas curtas: “El agua de la cisterna” (1919) e “La reparación” (1920). Pouco depois começou a publicar várias novelas de mais envergadura, baixo unha temática social e política: “La tierra del aire y del sol” (1926), sobre as dificuldades passadas polos desherdados; “La vuelta de Zamba” (1927); “El tropel” (1932), novela histórica situada no longo mandato de Rosas; “La mariposa quemada” (1932); “Aleluyas del brigadier” (1936), vida fictícia de Estanislao López de la Fe; “La ciudad cambió de voz” (1938), na qual mostra o crescimento de Rosario desde 1870 a través da vida de unha família espanhola inmigrada; “Santa fe, mi país” (1934) é unha popular colecçón de contos que desarrolha antigas lendas e mostra superstiçóns arraigadas entre a poboaçón. Unha obra cheia de ternura e de sarcasmo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JULIO CORTÁZAR)
Publicado o20/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORTÁZAR, Julio (Bruselas, 1916 -París, 1984). Filho de pais arxentinos. Contista, novelista e crítico literário. Pasou os seus primeiros anos na Bélxica. Regressou à Arxentina e voltou a expatriar-se em 1951. Desde entón viveu em París. Viaxou por Estados Unidos e por Hispanoamerica e Europa. Durante cinco anos foi mêstre em Buenos Aires. Afirmou que o “Opium” de Jean Cocteau despertou nele a vocaçón de escritor. Recebeu influênças de Julio Verne, Borges e Roberto Arlt. Baixo o pseudónimo de “Julio Denis” publicou o seu primeiro libro, “Presencia” (1938). “Los reyes” (1949), é um poema em prossa que recreia a lenda de Teseo. Os seus primeiros contos apareceron em “Bestiario” (1951), onde resulta evidente que para Cortázar, o mesmo que para Alfred Jarry, a natureza verdadeira da realidade non está nas suas leis, senón nas excepçóns a essas leis. O seu mundo compêndia terrores, fóbias e fantasias que se concretizam em formas animais. “Final del juego” (México, 1956; Buenos Aires, 1964) mostra a mesma preocupaçón por esse mundo do fantástico. Em “Las armas secretas” (1959) Cortázar expressou o seu interesse pola deshumanizaçón do home e pola sua angustia. “Historias de cronopios y famas” (1962) léva a Alice, a do país das maravilhas, a unha Arxentina de ciência ficçón no qual as “famas” som as personáxes convencionais, os “cronopios” som verdes e brilhantes elementos de alegría de viver e as “esperanzas” som extraordinarios microbios. A fantasía do autor converte-se em poesía e no manexo do elemento inesperado num mundo que accidental ou deliberadamente se deshumanizou. “Todos los fuegos el fuego” (1966) mostra a contínua rebeldía do autor frente à clásse média e seus valores. As suas novelas causárom ainda mais admiraçón que os seus contos, aos que el classificou de “literatura de evasión”. “Los premios” (1960) resulta unha parábola da vida moderna a través dunha viáxe em barco, ganha nunha lotaría. “Rayuela” (1963), com influênça de Marechal no planteamento, invita ao leitor a unha ordenaçón diferênte em cada leitura. O capítulo 62 consiste nunha obra que se publicou também por separado: 62, “modelo para armar” (1968). Escrebeu também dous libros que xogam com as palabras e que dentro da sua fragmentada estructura reflexam a existência do home e do mundo no qual vive: “La vuelta al día en ochenta mundos” (México, 1968), e “Último round” (México, 1969). Também escrebeu “El perseguidor y otros relatos” (1967), “Viaje alrededor de una mesa” (1970), “Pameos y meopas” (Barcelona, 1971), “Prosa del observatorio” (Barcelona, 1972), “Libro de Manuel” (1973), “La casilla de los Morelli y otros cuentos” (Barcelona, 1973), “Alguien que anda por ahí” (1977), “Un tal Lucas” (1979), “Queremos tanto a Glenda” (1981) e “Deshoras” (1983). Em colaboraçón com Mario Vargas Llosa e Oscar Collazos escrebeu “Literatura en la revolución y revolución en la literatura (México, 1970). A sua influênça dentro da literatura Hispanoamericana foi muito âmpla.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALFONSO CORTÊS)
Publicado o21/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORTÊS, Alfonso (León, 1883). Poeta nicaragüense que vivíu mais de vinticinco anos na casa onde Rubén Darío passou a sua xuventude. Em 1927 foi declarado louco. O seu pai e as suas irmáns, reunirom os poemas que compuxo durante a sua xuventude e a madurés, tanto em períodos de lucidés como de loucura. Assim forom publicadas “Poesías” (1931; 1937), “Tardes de oro” (1934) e “Poemas eleusinos” (1935). Simbolista em poemas como “El barco pensativo” e místico em “La canción del espacio”, foi comparado com San Juan de la Cruz em “Nueva poesía nicaragüense” de Ernesto Cardenal (Madrid, 1949).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (HERNÁN CORTÊS)
Publicado o21/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORTÊS, Hernán (Medellín, 1485-1547). Conquistador de México. Estudou humanidades em Salamanca. Parece ser que modelou o seu estilo literário com a leitura e traducçón de Julio César. Chegou a La Espanhola em 1504. Pasou a Cuba em 1511 e foi comissionado para emprehender a exploraçón do México em 1519. Non obstânte, non tinha autorizaçón de conquista, polo qual se apressurou a fundar a “Villa de Veracruz”. Passou por Tlaxcala e Cholula, engrossando as suas filas com tribus descontentas com os aztecas. Em 1520, chegou a cidade de México, mas tivo que voltar sobre os seus pasos, para fazer frente a Narváez, quem vinha para sacarlhe o mando. Depois de derrotar a este, voltou à cidade de México, onde foi derrotado por sua vez. Buscou refúxio em Tlaxcala e marchou de novo contra a cidade, à qual puxo sítio o vinte de Maio de 1521. As pugnas internas dos caciques, ademais de outras circunstâncias, o convertírom em vencedor. O quinze de Outubro de 1522, recebeu a carta do imperador que o confirmaba como conquistador de México e merecedor, por tanto, de unha série de possessóns, cargos e dinheiro. Depois de unha expediçón por terras de Guatemala e Honduras, iniciáda em 1524, voltou a Espanha em 1528. Em 1530 regressou a México, depois de haber probádo a sua inocência dos cargos de que fora acusado pola Audiência, mas em 1540 voltou a Espanha, onde morreu. Cortês, foi o primeiro cronista da sua façanha, em informes oficiais que envíou ao imperador, para dar-lhe conta dos feitos. Conhecemos cinco destes informes, escritos em epístolas: a primeira está perdida, e foi substituída, nas edicçóns das “Cartas de relación”, por um informe fechado o dez de Xulio de 1519, polo rexente da “Villa Rica de la Vera Cruz”, que conta a chegada dos conquistadores a México e a quantidade de ouro, xóias, prata e pedras preciosas que atoparom. A segunda carta tem data do trinta de Outubro de 1520 e foi publicada por primeira vez em Sevilha em 1522. Conta como Cortês e os seus homes entrarom no interior do país e quais forom as suas principais façanhas. Nesta carta conta-se a derrota espanhola de “La noche triste”, onde mais de quinhentos espanhois forom mortos e várias decenas forom apanhados para ser sacrificados depois aos deuses. A “Carta III” (quinze de Maio de 1522) alberga um subtítulo: “de las cosas sucedidas y muy dignas de admiraçón en la conquista y recuperaçión de … Temixtitán”, y que foi publicada em Sevilla no ano 1523. A quarta Carta (publicada em Toledo, 1525) foi enviada por Cortês o quinze de Outubro de 1524. Nela fala da traiçón de Diego Velázquez, gobernador da ilha de Cuba e seu rival como gobernador de México, xá que Cortês debía ter feito todas as suas conquistas em nome de Velázquez – por ser seu subordinado – e nunca em nome próprio. Pide ao imperador nessa carta que o reconheça como gobernador e capitán xeral de México e solicita mais homes para povoar o país. A quinta Carta (do três de Septembro de 1526) non foi publicada no seu tempo, pois até ao século XIX non se descubríu a sua existência -xunto com a primeira carta- na Biblioteca Imperial de Viena. Nela descrebe a traiçón feita por Cristóbal de Olid, a quem tinha enviado para conquistar o que hoxe é Honduras. Cortês tinha grandes inimigos na corte, que conspirabam contra el, acusando-o de ser o assassino da sua mulher e de Juan de Garay, e de haber ocultado grande parte do botín ao imperador. Foi entón chamado a Espanha, mas, ainda que ganhou o xuízo, non conseguíu ser nomeádo vicerrei de “Nova Espanha”, como había desexádo. O seu estilo literário resulta claro e a miúdo lacónico. Destaca como narrador, nos quadros que descrébem o novo mundo que se mostra ante os seus olhos. O entusiasmo pode ser rectórico, para enaltecer a sua conquista, mas, em parte debeu ser autêntico, pois transmíte-nos o seu asombro com grande vitalidade. As suas “Cartas de relación”, forom muito populares na Europa. Pouco depois da sua publicaçón em castelán forom vertídas para latim e para italiano. Lorenzana as publicou em México no século XVIII e entón traducidas para françês. A colecçón completa foi publicada por primeira vez em Madrid no ano 1852. E reeditadas em 1960.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN CORTÊS DE TOLOSA)
Publicado o23/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CORTÊS DE TOLOSA, Juan (Madrid. 1590-c. 1643). Novelista. Estudou no coléxio dos xesuitas. Chegou a ser secretário de Felipe III. Escrebeu “Discursos morales de cartas y novelas” (Zaragoza, 1617) e “Lazarillo de Manzanares, con otras cinco novelas” (1620), reeditádo em 1901 e 1970. Como o seu título suxére, trata-se de unha imitaçón do “Lazarillo de Tormes”, mas o autor propuxo-se superar o modelo a través de um argumento mais complexo e unha maior quantidade de personáxes desarrolhadas na obra. Non logrou o seu propósito.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (COSANTE)
Publicado o23/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COSANTE (Em realidade cosaute, do françês “coursault”). Cançón cortesán orixinal da França, que deu nome à forma poética na qual muitas cantigas de amigo forom escritas. Consta de unha série de pareados e de um estribilho que se repete depois de cada um. Caracterizam-se pola repetiçón dos versos, polo paralelismo e por frases interconectadas. A matéria da qual tratam resulta frequêntemente lixeira e o tratamento é simples e viváz, como no famoso cosante de Diego Hurtado de Mendoza.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ MARÍA DE COSSÍO)
Publicado o23/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COSSÍO, José María de (Santander, 1893-1977). Crítico literário. Estudou nas universidades de Valladolid e Madrid. As suas obras, nas quais se aprecía a sua “afición” pola tourada, som “Los toros en la poesía española: estudio y antología” (1931, dous volûmes), “Romancero popular de la montaña” (1933), “La obra literaria de Pereda: su historia y crítica” (1934), “Poesía española: notas de asedio” (1936), “Siglo XVII: Espinosa, Góngora, Gracián, Calderón, Polo de Medina, Solís” (1939), “El romanticismo a la vista: tres estudios” (1942), “Los toros” (1943-1961, quatro volûmes), “Fábulas mitológicas de España” (1952), “Cincuenta años de poesía española, 1850-1900” (1960, dous volûmes).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL BARTOLOMÉ COSSÍO)
Publicado o24/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COSSÍO, Manuel Bartolomé (Haro, Logroño, 1858-1935). Educador e crítico literário. Foi discípulo de Giner de los Ríos. Dedicou a sua vida a reformar o sistema educativo espanhol. Durante mais de cinquenta anos foi professor da “Institución Libre de Enseñanza”, da Universidad de Madrid e director do Museo Pedagógico Nacional entre 1883 e 1929. Ademais de propugnar um novo tipo de professor mais receptivo para com a sensibilidade dos alumnos que com o aprendizáxe memorístico, Cossío colaborou na criaçón das “Misiones Pedagógicas” que, em vista do fracasado intento de encher o país de bibliotecas, cumprirom um papel importântíssimo no meio rural. As “Misiones” enviárom professores com pinturas, libros e grabaçóns por todo o país. Escrebeu “De su jornada” (1922) e “El Greco” (1908), um importânte estudo sobre o pintor.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL COSTA I LLOBERA)
Publicado o24/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COSTA I LLOBERA, Miguel (Pollença, Mallorca, 1854-1922). Poeta mallorquín, que foi ordenado sacerdote em 1888 e alcanzou o gráu de doutor em teoloxía um ano depois. Com Joan Alcover, foi um dos poetas que practicárom um neoclassicismo cheio de claridade no uso da língua e riqueza formal. Foi nomeádo “mestre en gai saber” polo seu don poético. Combinou as tradiçóns do cristianismo e do paganismo no seu melhor libro, “Horaciones” (1906), no qual utilizou metros latinos. Viaxou por Itália e Europa, enriquecendo desta maneira a temática da sua obra. O seu melhor poema é “El pi de Formentor”. Entre os seus libros destacan “Poesies” (Palma, 1885), “Del ayre i de la terra” (1897), “Líricas” (1899), “Tradicions i fantasies” (Barcelona, 1903), “Poesies” (1907) e “Visiones de Palestina” (1908).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAQUÍN COSTA Y MARTÍNEZ)
Publicado o25/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COSTA Y MARTÍNEZ, Joaquín (Graus, Huesca, 1846-1911). Historiador, erudicto e político reformista. Filho de um campesinho aragonés pobre, mas, um seu tío, reconheceu o seu talento e pagou a sua educaçón. Depois de unha brilhante carreira universitária foi diputado a Cortes, mas nunca conseguíu um lugar. Precursor da xeraçón do 98. Costa propugnou o “regeneracionismo” e a europeizaçón da Espanha. Despreçaba o passado tradicionalista da sua patria, que acreditaba irrelevante na vida moderna. Nas suas “Obras completas” (Huesca, 1911-1924, 21 vols.) , incluie obras tán importântes como “Teoría del hecho jurídico, individual y social” (1880), “La poesía popular: mitología y literatura celtohispana” (1881), “Estudios ibéricos” (1891) e “El colectivismo agrario en España” (1898).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (COSTUMBRISMO)
Publicado o25/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COSTUMBRISMO. Chama-se assím em literatura à atençón especial que se dá ao retracto das costûmes e maneiras de vida que som características de unha rexión ou de um país. A corrente que tende ao “costumbrismo” esteve pressente na literatura espanhola desde o “Siglo de Oro” e ainda antes, por exemplo nos mais antigos entremeses de Cervantes ou nas suas “Novelas ejemplares”. A sua relativa importância cresceu nos séculos XVIII e XIX, sobre tudo com os chamados “cuadros de costûmes” e com os versos recitados no interválo das obras teatrais. Neles, a atmósfera social incrementou a sua importância, antes concedida únicamente ao argumento da obra. A grandes rasgos, pode-se dividir o xénero em duas tendências: “a neutral” ou filosófica e a “satírica” ou política, que podemos exemplificar com “Cartas del pobrecito holgazán” de Sebastián de Miñano (1820). Artígos xornalísticos com um costumbrismo incipiente apareceron no “El Pensador” de Clavigo y Fajardo e outros xornais. A culminaçón do xénero deu-se com “Los españoles pintados por sí mismos” (1850). Os escritores mais representativos do “costumbrismo” forom Fernán Caballero (pseudónimo de Cecilia Böhl de Faber) com os seus “Cuadros de costumbres” (1857) situados em Andalucía; Pedro Antonio de Alarcón em “Cosas que fueron” (1871), também âmbientada na Andalucía e em que demostra unha grande habilidade para resaltar o individual e o característico da España rural; e José María de Pereda, quem nas “Escenas montañesas” (1864) inicia a série de novelas nas que a paisáxe santanderina e o home das serras, serán protagonistas da acçón novelesca. Também costumbristas som Mariano José de Larra, Serafín Estébanez Calderón e Ramón de Mesonero Romanos. O movimento tivo grande importância no desarrolho da novela rural em España e Hispanoamerica.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RODRIGO DE COTA)
Publicado o26/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COTA, Rodrigo de (m. depois de 1504). Poeta probabelmente nascido em Toledo. Foi xudéu converso e durante algúm tempo foi-lhe atribuído o primeiro acto de “La Celestina” e as “Coplas del provincial”, assim como “Las Coplas de Mingo Revulgo. Escrebeu o “Epithalamium”, sátira contra o tesoureiro real, que non o tinha convidado à sua boda. É mais conhecido pelo seu “Diálogo entre el Amor y un viejo”, no qual um anciano que xa renunciou aos prazeres do amor é visitado por este, que com fermosas palabras volta a atear as paixóns, e leva-lhe unha doncela ao seu retiro, tán arruinado como a sua vida emocional. Quando o velho finalmente sucumbe à tentaçón, o amor acaba burlándo-se das suas aloucadas pretensóns. O argumento tem um hábil dessarrolho, enrriquecido com multitude de imáxes, mas non entra no xénero de debate porque termina com a victória dunha das partes. O estilo da última parte, fai esquecer o drama narrado. Foi imitado por Juan del Encina em duas ocasións. Foi publicado por primeira vez no “Cancioneiro general de 1511” e foi reeditado em Florencia, 1961, com um “Diálogo entre el Amor, el viejo y la hermosa”, que parece provir do de Cota, e que é de autor desconhecído.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EMILIO COTARELO Y MORI)
Publicado o26/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COTARELO Y MORI, Emilio (Vega de Ribadeo, 1857-1936). Erudicto asturiano. Foi discípulo de Marcelino Menéndez y Pelayo e continuou as ediçóns e comentários de este à obra de Lope de Vega. Muitas colaboraçóns suas aparecerom no “Boletín de la Real Academia”, da qual foi membro desde 1898. Em parte a sua eleiçón debeu-se ao excelente estudo “Iriarte y su época” (1897). Dos seus melhores trabalhos citaremos “El conde de Villamediana” (1886). “Tirso de Molina” (1893), “Vida y obras de don Enrique de Villena” (1896), “Don Ramón de la Cruz” (1899), “Juan del Encina y los orígenes del teatro español” (1901), “Lope de Rueda y el teatro español” (1901), “Bibliografía de las controversias sobre la licitud del teatro en España” (1904), “Francisco de Rojas Zorrilla” (1911), a fundamental “Colección de entremeses, loas, bailes…” (1911), “Luis Vélez de Guevara” (1916-1917) e “Pedro Calderón de la Barca” (1924).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SEBASTIÁN DE COVARRUBIAS (H)OROZCO)
Publicado o27/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

COVARRUBIAS (H)OROZCO, Sebastián de (Toledo, 1539-1613). Canónigo de Cuenca e lexicólogo. Filho de Sebastián de Horozco, quem recopilou infinidade de proverbios. O seu irmán foi Juan de Horozco y Covarrubias, autor de libros relixiosos. Escrebeu o “Tesoro de la lengua castellana o española” (1611), que é, xunto com o de Nebrija, o diccionário espanhol mais importânte até à apariçón do “Diccionario de autoridades” publicado pola Real Academia entre 1726 e 1739. Foi reeditado, revisado e completado por fray Benito Remigio Noydens em 1674. Covarrubias prometeu um “Suplemento al Tesoro” que nunca chegou a publicar-se. Tem a grande virtude de saber sacar todo o proveito possíbel ao material de que dispunha, que era imenso, ainda que lhe falta a sobriedade de Nebrija e a precisón do de Autoridades. Foi reeditado em 1944. Covarrubias escrebeu também unha colecçón de “Emblemas morales” (1610; 1973) muito diferênte à publicada polo seu irmán Juan em 1589.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (O CREACIONISMO)
Publicado o27/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CREACIONISMO. Movimento vanguardista que apareceu em 1916 quase simultâneamente em França (Reverdy) e no mundo hispâno (Huidobro). O manifesto creacionista pode-se resumir nos seguintes versos do chileno: “¿Por qué cantáis la rosa, oh poetas? / ¡Hacedla florecer en el poema! / El poeta es un pequeño dios”. Depois de Huidobro, outros poetas creacionistas som Gerardo Diego e Juan Larrea. A sua intençón, segundo Huidobro, era escreber o poema como quem cria unha realidade cósmica que o artista adxunta à natureza e que debe albergar, como todas as demais cousas, mais forças que as centrífugas e as centríptas. As principais consequências do movimento forom a renovaçón da linguáxe poética e o seu enriquecimento a través de novas asociaçóns de imáxes e novas metáforas, nas que o poéta renunciába a refléxar a simples realidade para criar outra mais complexa e mais rica.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (VICTORIANO CRÉMER)
Publicado o27/05/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRÉMER, Victoriano (Burgos, 1908). Poeta e fundador da revista “Espadaña”, que deu nome ao grupo de poetas que defendiam unha posiçón mais comprometida com a sociedade e que reaccionabam contra o modernismo. Escrebeu “Tendiendo el vuelo” (1928), “Tacto sonoro” (1944), “Caminos de mi sangre” (1946), “Las horas perdidas” (1949), “La espada y la pared” (1949), “Nuevos cantos de vida y esperanza, Libro de Santiago” (1954) e “Furia y la paloma” (1956).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (HASDAI CRESCAS)
Publicado o20/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRESCAS, Hasdai (Barcelona, 1340-1410). Foi gran rabino de Aragón. Filósofo que contribuiu para a apariçón do Resurximento na Espanha e para a superaçón do sistema aristotélico na Península introduzido por Averroes. A sua obra mais importânte foi “Or Adonai” (Ferrara, 1555), que segue a tradiçón de Nissim Girondí de Barcelona. Escrebeu também unha história de las matanzas de Aragón de 1391 e foi mêstre de Joseph Albó.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL JOSÉ CRESPO)
Publicado o20/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRESPO, Rafael José (Alfajarín, Zaragoza, 1800-1858). Escrebeu fábulas e epigramas. No prólogo ao seu libro “Fábulas morales y literarias” (Zaragoza, 1820) defende-se a si mesmo das acusaçóns de falta de orixinalidade nas suas criaçóns. Outros libros seus som “Poesías epigramáticas” (Zaragoza, 1827), “Don Papis de Bobadilla, o sea, defensa del cristianismo y crítica de la seudofilosofía” (Zaragoza, 1829) e “Vida de Nuestro Señor Jesucristo” (Valencia, 1840).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (REMIGIO CRESPO TORAL)
Publicado o20/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRESPO TORAL, Remigio (Cuenca, 1860-1939). Poeta e ensaista equatoriano. O seu primeiro libro foi “Mi poema” (4ª ed., 1908), influído por Núñez de Arce, cheio de fervor xuvenil. Outras obras forom “Leyenda de Hernán” (1917) e “Selección de ensayos” (1936).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CRIOLLISMO)
Publicado o20/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRIOLLISMO. Movimento literário definido polo venezuelano Rufino Blanco-Fomnona como “la pintura, à outrance, de las costumbres populares, com os tipos e com a lenguáxe do pobo baixo”. Esta corrente estimulou o desarrollo dunha literatura rexionalista que dominou especialmente na Venezuela e na Colômbia alá polo 1900. Unha das suas debilidades consiste num matiz moralizador que só os grandes lográrom eludir, como o colombiano Tomás Carrasquilla. O criollismo alcanza a cúspide com Ricardo Güiraldes na obra mêstra “Don Segundo Sombra” e se aprecía aínda nas primeiras narraçóns gauchescas de Jorge Luís Borges. O “gauchismo” é o equivalente riopratense do criollismo. Houbo também xornais e revistas “criollistas” como “El Cojo Ilustrado” (1892-1915), em Venezuela, e “Orígenes” (1944-1957), em Cuba.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CRÓNICA)
Publicado o21/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRÓNICA. Revista literária paraguaya publicada de 1913 a 1915. Foi a primeira do Paraguay, que apoíou o “modernismo”, publicando poemas de Guillermo Molinas Rolón, Pablo Max Ynsfrán e Leopoldo Ramos Jiménez, assim como dos contistas Leopoldo Centurión (1893-1922) e Roque Capece Faraone (1894-1928), ambos mortos prematuramente por exceso de drogas e alcoholismo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CRÓNICAS)
Publicado o21/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRÓNICAS. Histórias escritas normalmente polas testemunhas dos feitos ou tomadas de acontecimentos contemporâneos dos seus autores. Carecem de valor crítico ou analítico. A miúdo som parciais ou panexíricas. Non sempre descartam as lendas e os elementos de ficçón, que passam a formar parte da narraçón ao mesmo nível que os feitos reais. A crónica mais antiga das Espanhas, foi escríta em prossa navarro-aragonesa e encontra-se no final do manuscrípto do “Fuero general de Navarra. A sua data de composiçón foi fixada em 1186. Os historiadores fixérom um bom uso das crónicas, onde sacarom multidón de dactos importântes. Unha das mais famosas é a “Estoria de España” (também conhecída como “Primera crónica general”), feita por mandato de Alfonso X el Sabio, nas postrimerías do século XIII. Existem muitas crónicas datadas no século XIV e especialmente no XV, como a “Crónica del rey don Pedro” de López de Ayala, a “Crónica de don Álvaro de Luna” (de Gonzalo Chacón?) e a “Crónica sarracina” de Pedro del Corral, entre outras.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CRONICONES)
Publicado o22/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRONICONES. Crónicas medievais escritas em verso ou prossa, chamadas assim para diferenciálas das narraçóns históricas chamadas “crónicas”, que tenhem mais elementos de ficçón que os “cronicones”, às vezes meros anais ou descripçóns detalhadas dos feitos. Carecem de unha visón crítica dos acontecimentos e a sua precisón é muito variábel. Em latim conhecemos “Epitome imperatorum vel arabum ephemerides”, também conhecido como “Cronicón del Pacense”, que cobre os acontecimentos dos anos 611 até 754; o “Croniçón de san Isidoro de León”, que contém os datos mais precisos para a história dos anos 618 até 939 em Castela, que também é conhecido como “Anales castellanos primeros”; e estes están complementádos polos “Anales castellanos segundos”, que ván até 1126. O “Cronicón de Alfonso III” (672-866) foi atribuído a Sebastián, bispo de Salamanca (ou de Oviedo) na sua segunda versón xá revisada. O “Cronicón Albeldense” foi chamado assim polo mosteiro rioxano onde foi encontrado; é anónimo até 883. A partir dessa data foi composto polo monxe Vigila, que narra os feitos até ao ano 978. Outros cronicóns som “Cronicón del Silense”” (718-1054), “Cronicón complutense” (281-1065); “Cronicón de Pelayo” , escrito polo bispo de Oviedo (982-1109); “Cronicón compostelano” (362-1126); “Cronicón Lusitano” (311- 1222); “Cronicón burgense” até 1250, e “Cronicón barcinonense” (958-1308). Os cronicóns escritos em castelán som menos numerosos: dous de Cardeña (797-842 e 856-1327), tres “Anales toledanos”; o de “Lucas de Túy” ou “El Tudense” e a “Historia gótica ” ou “De rebus Hispaniae” de Rodrigo Ximénez de Rada.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EL CROTALÓN)
Publicado o22/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CROTALÓN, El. Sátira escrita por volta de1552, por Chistophoro Gnosopho. Algúns críticos pensam que foi escríta por Cristóbal de Villalón, aínda que Bataillon, pensa que foi escríta por um súbdito italiano naturalizado espanhol. O título vem da palabra “crótalo”, instrumento musical de orixem arcaica, emparentado com as castanholas, que podem atrair um espírito a esta vida e fazê-lo falar. Assim, no sonho do autor, dialogam um zapateiro e um galo. Trata-se de um diálogo erasmista pleno de sarcasmo, no qual o galo vai describindo as suas vidas anteriores, e criticando ácidamente unha grande quantidade de costûmes hipócritas prevalecentes na sociedade espanhola da época. As anedoctas som narradas com um estilo fluído e preciso que transformam o libro num dos melhores do seu tempo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ÁNGEL CRUCHAGA SANTA MARÍA)
Publicado o22/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRUCHAGA SANTA MARÍA, Ángel (Santiago, 1893-1964). Poeta chileno que ganhou o Premio Nacional de Literatura em 1948. Trabalhou durante um tempo no Banco Español e na Biblioteca Nacional. Foi presidente da Alianza de Intelectuales. De algunha maneira non albergou um estilo próprio, e moveuse dentro do “posromanticismo”, do “realismo” e do “simbolismo”, e também cantou as paisáxes e a natureza do seu país natal. Alguns dos títulos das suas obras forom: “Las manos juntas” (1915), “Job” (1922), “Afán del corazón” (1933), nos que mostra unha tendência ascéptica, perdida xá em “Paso de sombra” (1939) e “Anillo de jade” (1959). Neruda seleccionou unha “Antología” (Buenos Aires, 1946) da sua obra, mais coherente que a que reuníu o próprio autor em “Pequeña antología” (1953).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAMÓN DE LA CRUZ CANO Y OLMEDILLA)
Publicado o23/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CRUZ CANO Y OLMEDILLA, Ramón de la (Madrid, 1731-1794). Autor teatral cuxo nome vai sempre ligado ao melhor momento do “sainete” madrileno. Começou por escreber traxédias e comédias, quase sempre adaptaçóns e traduçóns de orixinais franceses e italianos como “Bayaceto” (do Bajazet, de Racine), “Hamlet”, da traduçón italiana da obra de Shakespeare feita po Duciso, y “Aecio” (de Metastasio). Em “Teatro” (1786-1791, 10 vols.) incluíu dezanove obras sérias e quarenta e sete sainetes, num intento para persuadir aos leitores de que também fora um autor sério. Non obstânte, passou à história da literatura graças aos seus sainetes. Insistíu sempre em que se inspiraba em feitos da vida real, mas apartando os elementos amargos que acostumam existir nela. Nestas obras há a miúdo, um afán moralizador do qual carecíam os “entremeses” do século XVII. Também há maiores câmbios em escena. Predominam os tipos de baixa extraçón social, como o “viscaíno”, em boca de quem pôn um castelán “cómico”. Reflexa a sociedade desde um ponto de vista tradicionalista, como na licçón que dá o aristocrático esposo à sua mulher, que antes fora criáda, em “La presumida burlada”. Os tipos que retrata nos seus sainetes non chegam nunca a convertir-se em personáxes, e a sequência das escenas, non leva tampouco ao desarollo de um argumento bem estructurado, assim que com frequência o final resulta disparatado ou pouco consequênte com a obra. “El alcalde limosnero” é o típico exemplo das suas obras: nela, um alcaide de pobo, que é o responsábel de distribuir as limosnas, debe manter a um fidalgo arruinádo, a unhas doncelas e a um soldado. Em “Manolo, De la Cruz” paródia as traxédias do seu tempo, cheias de mortos e de enrredados argumentos. Também foi autor de “zarzuelas”, entre elas “As segadoras de Vallecas” (1762) e “Las foncarraleras” (1772). Na Academia de los Arcades, era conhecído como “Larissio Dianeo”. Entre os seus epígonos figuran Luceno e Ignacio González del Castillo (1763-1800).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CUADERNA VÍA)
Publicado o24/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUADERNA VÍA. Forma métrica utilizada polos clérigos dos mosteiros de Castela que utilizabam o “mester de clerecía”. Foi substituída a princípios do século XV polo verso de arte maior. O têrmo utilizou-se no século XIII e XIV, para nomear unha estrofa de quatro versos, cada um de quatorze sílabas, divididos em dous hemistiquios de sete. Cada estrofa repete normalmente a mesma rima consonântica nos seus quatro versos: “Si estos votos fuessem lealment enviados, / estos sanctos preciosos serien nuestros pagados, / avriemos pan e vino, temporales temprados, / non seriemos com somos de tristicia menguados” (Berceo). A “cuaderna vía” ou “alejandrino” -assim chamada na estrofa segunda do “Libro de Alexandre” non é orixinária da Península, e probabelmente proceda da poesía latina da Idade Média ou da poesía francesa do século XII. A rima é aaaa, bbbb, etc…
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CUADERNOS AMERICANOS)
Publicado o24/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUADERNOS AMERICANOS. Importânte revista publicada em México por um grupo de exiliados hispânos, como Juan Larrea e León Felipe em colaboraçón com os mexicanos: Jesús Silva Herzog e Bernardo Ortiz de Montellano, entre outros. Quando “España Peregrina”, non puido salvar as dificuldades para seguir publicando-se, os intelectuais acudirom a Silva Herzog para financiar outra revista que a vinhéra substituir. Herzog pensou um novo proxecto mais hispanoamericano. Assim, o primeiro número foi publicado em Xaneiro de 1942. Nela colaborarom Bergamín, Chumacero, Francisco Giner de los Ríos, Cardoza y Aragón, Pla y Beltrán, e outros muitos escritores.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ DE LA CUADRA)
Publicado o24/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUADRA, José de la (Guayaquil, 1903-1941). Contista, novelista e ensaista equatoriano, membro do grupo de Guayaquil. A sua melhor novela foi “Los Sangurimas” (1934), história neorrealista situada entre os violentos montuvios de Equador, aos quais também dedicou um estudo em 1937.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PABLO ANTONIO CUADRA)
Publicado o25/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUADRA, Pablo Antonio (Managua, 1912). Poeta, ensaista e autor teatral nicaragüense. É um dos escritores de maior importância da literatura do seu país. Foi editor de várias revistas literárias como: “Vanguardia” (1929) e “Trinchera” (1936-1939), assim como do suplemento literário do xornal “La Prensa de Managua” (1941) e de “El Pez y la Serpiente” (1961). A sua poesía está imbuída de um profundo amor por Nicaragua e um grande apego à tradiçón hispânica e católica. Oreste Macrí chamou-o o promotor de um “nuevo clasicismo rural” em Centroamérica, em libros como “Poemas nicaragüenses” (Santiago de Chile, 1934), “Canto temporal” (Granada, Nicaragua, 1943) e “Corona de jilgueros” (Madrid, 1949), que é unha recopilaçón dos seus poemas escritos entre 1929 e 1949. “En el jaguar la luna” (1959) Cuadra ensanchou a sua perspectiva, que agora contempla o continente enteiro. Outros libros seus som: “Cantos de Cifar” (1971), “Tierra que habla” (1974), “Esos rostros que asoman en la multitud” (1975). Entre os ensaios citaremos “Hacia la cruz del sur” (Buenos Aires, 1938), “Breviario imperial” (Madrid, 1939), “Promisión de México” (México, 1945), “Entre la cruz y la espada” (Madrid, 1949), “América o el purgatorio” (Madrid, 1955) e unha colecçón dos artígos que publicou em “La Prensa: El Nicaragüense (1974), entre outros. As suas obras de teatro som desiguais. A primeira foi de tema político: “Por los caminos van los campesinos” (1936). Outros títulos da sua bibliografía teatral som: “La cegua” (1945), “Máscaras exige la vida” (1952) e “Tres obras de teatro nuevo” (1958). Em 1979 publicou o libro de poemas: “Cantos de Cifar”; em 1981, “Siete árboles contra el atardecer” (Caracas).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ÁLVARO CUBILLO DE ARAGÓN)
Publicado o27/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUBILLO DE ARAGÓN, Álvaro (Granada, 1596?-1661). Estudou humanidades em Granada. Passou parte da sua vida como gobernador da prisón de Calatrava. Sempre em apuros económicos, nunca perdeu a oportunidade de escreber versos para os mais variádos clientes. O seu melhor poema é “Curia Leónica” (1625), unha alegoría. As únicas obras teatrais que publicou em vida aparecerom em “El enano de las musas. Comedias e obras diversas, con un poema de las Cortes del León, y del Águila, acerca del búho gallego” (1654). Enxenhoso e a miúdo subtil nos diálogos, foi um mêstre em vários estilos: no heroico “El genízaro de España, y rayo de Andalucía”, no relixioso “Los triunfos de san Miguel”. Outras obras suas som “El conde de Saldaña y su secuela, Hechos de Bernardo del Carpio”; “La perfecta casada”; “Las muñecas de Marcela”; “El señor de las Noches Buenas”; “El amor cómo ha de ser” e “El invisible príncipe del baúl”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JERÓNIMO CUÉLLAR)
Publicado o27/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUÉLLAR, Jerónimo (Madrid, 1622-c. 1666). Dramaturgo da escola de Calderón. Obtívo um pequeno emprego na corte, e em 1650 recebeu o hábito da Ordem de Santiago. Foi-lhe atribuída a obra teatral “El pastelero de Madrigal (Manuel Fernández y González convertíu-a em novela em 1862), mas a única obra sua que nos queda é “Cada cual a su negocio y hacer cada uno lo que debe” (BAE, 1858, vol. 47), intelixente peza teatral dentro das normas e tratamento usuais desde Calderón.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ TOMÁS DE CUÉLLAR)
Publicado o28/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUÉLLAR, José Tomás de (México, 1830-1894). Dramaturgo e novelista que escrebeu a miúdo baixo o pseudónimo de “Facundo”, estudou humanidades e filosofía na sua cidade natal e posteriormente foi alumno da Academia Militar de Chapultepec. Participou na defesa mexicana contra os invasores norteamericanos em 1847. Estudou depois pintura e desenho na Academia de San Carlos. Em 1848 começou a colaborar em xornais e a escreber obras de teatro. A primeira representaçón foi “Deberes y sacrificios” (1855), à qual seguírom “El arte de amar”, “El viejecito Chacón”, “¡Qué lástima de muchachos!” e “Natural y figura”, na qual satiriza a influênça francesa na vida mexicana. Baixo o pseudónimo de “Facundo” escrebeu unha série de novelas conhecidas no seu conxunto com o nome de “La linterna mágica” (primeira série, seis volûmes, 1871-1872; segunda série, vintiquatro volûmes, Barcelona, 1889-1892), que, segundo o próprio autor, “no trae costumbres de ultramar, ni brevete de invención; todo es mexicano, todo es nuestro, que es lo que nos importa”. Estes quadros, parte ficçón e parte realidade, inauguram em México o xénero “costumbrista”. As suas novelas e quadros revelam ao humorista e ao moralista. Em certa maneira segue a tradiçón de Fernández de Lizardi, mas com maior dinamismo e com um melhor manéxo do diálogo e da situaçón. Cuéllar é um autor urbano, mais convincente nos seus retratos da clásse média que nos da aristocrácia ou nos da clásse proletária.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RUFINO J. CUERVO)
Publicado o28/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUERVO, Rufino J. (Bogotá, 1844- París, 1911). Filólogo colombiano. Viveu em París, onde morreu. O Instituto Caro y Cuervo foi fundado para fazer novas edicçóns das obras de Cuervo, das que xá aparecerom as seguintes: “Obras inéditas” (1944, ed. R. P. Félix Restrepo); “Diccionario de construcción y régimen de la lengua castellana” (1953-1961, três volûmes); “Disquisiciones sobre filología castellana” (1950, ed. R. Torres Quintero) e o “Epistolario” (1965-1972, cinco vols.).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JORGE CUESTA)
Publicado o29/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUESTA, Jorge (Córdoba, Veracruz, 1903-1942). Poeta e ensaista mexicano. Estudou ciências químicas. Foi colaborador da revista “Ulises” (1927-1928) e membro do grupo “Contemporáneos” com Villaurrutia, Novo, Pellicer, Owen, etc… A sua breve obra poética (algo mais de quarenta poemas) situa-o entre os mais importântes poetas da sua xeraçón, sobre tudo com “A un dios mineral”, poema hermético, no qual a estéctica de Cuesta manifésta-se no seu esplendor. Cuesta propunha a obra literária como um tratado de frialdade, non de comunicaçón. O estilo esmerado, frío, descríptivo e ao mesmo tempo suprametafórico da sua obra pervivíu e influênciou nas xeraçóns posteriores. Cuesta perdeu a razón e suicidou-se. As suas obras em prosa e verso están reunidas no volûme “Poemas y ensayos” (1964, 4 vols).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALFONSO CUESTA Y CUESTA)
Publicado o29/07/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUESTA Y CUESTA, Alfonso (Cuenca, 1912). Novelista e contista equatoriano, cuxa fama segue em crescendo a pesar de que se resiste a publicar as suas obras. Foi um dos membros mais destacados do grupo “Elan”, de da xeraçón de 1933. Está considerado como um dos analistas mais agudos da mentalidade e da conducta dos nenos de hispanoamerica, expressa estes conhecimentos no seu libro “Llegada de todos los trenes del mundo” (1932) e nunha novela, todavía inédicta “Los hijos”, que ganhou o segundo lugar do prémio convocado pola Casa de las Américas de La Habana.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DE LA CUEVA)
Publicado o19/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUEVA, Juan de la (Sevilla, 1543 – 1610). Autor teatral e poeta. Passou algúns anos em México, na companhia do seu irmán Claudio, que foi inquisidor. Ó seu regresso, Cueva começou a escreber obras teatrais em 1579. A sua “Primera parte de las comedias y tragedias” (1583; segunda ediçón, 1588) foi importânte, como afirmou Marcel Bataillon, porque foi publicada. Na realidade, quase ningum autor de entre os seus contemporâneos se tomaba a moléstia de publicar as suas obras, a causa do qual hoxe som pouco conhecídas. Das quatro traxédias e dez comédias, que conhecemos deste autor, pode-se fazer a seguinte classificaçón: de tema clássico: “Tragedia de Ayax Telamón”; “Tragedia de la muerte de Virginia” e “Comedia de la libertad de Roma por Mucio Scévola”; de argumento totalmente ficticio: “El infamador”, “El viejo enamorado” e “La constancia de Arcelina”; de tema nacional: “Los siete infantes de Lara”, “El saco de Roma”, “La muerte del rey Don Sancho” e “La libertad de España por Bernardo del Carpio”. O seu desarrolho da morte de Virginia, foi sem dúvida o melhor do seu tempo, mas o grande acerto é a técnica com que adaptaba os românces e as crónicas medievais à escena. A ela debe o teatro do “Siglo de Oro”, a maior quantidade de temas, ainda que o feito de que Lope non mencione a Juan de la Cueva nos seus escriptos, nos fai pensar que non valoraba a sua importância dentro da tradiçón dramática espanhola. De la Cueva, non obstânte, non dominaba a arte da composiçón das escenas, nem tinha altura literária. Os seus poemas som também débeis e pouco orixinais: “Obras” (Sevilla, 1582), contem poesía petrarquista, a maior parte dela dotada de um forte erotismo; “Caro febo de romances historiales” (Sevilla, 1587), sendo qualificados por Gallardo, como os piores românces que se lêm em castelán; a “Conquista de la Bética, poema heroico” (Sevilla, 1603) resulta bastânte tédiosa e “Ejemplar poético o Arte poética española” tampouco é muito melhor (1770; 1774, 1904; 1924).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CULTERANISMO)
Publicado o20/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CULTERANISMO. Termo orixinalmente peiorativo (pola sua similitude com “luteranismo”) acunhado a principios do século XVII, para descreber um estilo de extrema artificialidade, tinxído de cultismos e de associaçóns com a mitoloxía, a sintáse e o vocabulário do mundo clássico. Posseía também multitude de referências erudictas às literaturas clássicas e extranxeiras, e estaba cheio de neoloxismos e arcaísmos, que faciam as obras practicamente inintelexíbeis para o leitor comúm. Considera-se que o “Libro de erudición poética” de Luis Carrillo y Sotomayor, publicado por primeira vez nas suas “Obras” (1611), é unha espécie de “manifesto” do movimento, que alguns pensárom se opôm ao “conceptismo”. Carrillo afirma que o poeta tem de empapar-se nas fontes clássicas e mitolóxicas e descobrir, desde aí, significados ocultos que poidam ser desvelados somente por um leitor igualmente culto e infinitamente paciente. A obscuridade na expressón non debe buscar-se por sí mesma, senón que debe ser o resultado de unha complexidade interna do pensamento e de unha elaboraçón poética extrema. A sua própria “Fábula de Acis” ilustra como exemplo claro estes preceptos, mas sem dúvida é a figura de Luis de Góngora a que deu renome ao movimento. Contra el fixérom causa comúm Quevedo, em nome dos “conceptistas”; Lope de Vega e os poetas populares; Jáuregui e a escola de Sevilla; e Pedro de Valencia y Cascales, por parte dos humanistas. Non obstânte, este estilo foi defendido por: Trillo y Figueroa, Espinosa Medrano, Díaz de Rivas e García Salcedo y Coronel. Ademais do “Polifemo”, das “Soledades” e do “Panegírico” de Góngora, as obras de Tassis y Peralta, Soto de Rojas, Bocángel e Polo de Medina som também representativas deste estilo. A obra cimeira foi o “Polifemo” de Góngora, que é especialmente importânte, pelo uso que fai da metáfora e das imáxens non só visuais, mas também dos sons, essências e pedras preciosas. Os inimigos do “culteranismo” atacarom as obras em xeral bassando-se na frequência no uso dos hipérbatos e das alussóns clássicas, non sempre afortunadas.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CURIAL E GÜELFA)
Publicado o21/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CURIAL E GÜELFA. Título dado normalmente a unha novela catalán anónima do século XV, escrita probabelmente entre 1435 e 1462 por um autor familiarizado com a topografía italiana, talvés porque residíra algúm tempo na côrte de Nápoles. Dentro da tradiçón dos libros de cabalaria resulta excepcional, pois carece de elementos máxicos e maravilhosos. Curial é um guerreiro extraordinário, que por amor à sua dama, Güelfa, converte-se num perfeito amante, cabaleiroso e xentil. Curial, home tímido de humilde condiçón, foi tentado por Laquesis, filha do duque de Bavaria (Laquesis é na mitoloxía grega a que decide o destino). Finalmente, depois de incontábeis aventuras, Curial consegue casarse com a sua amada Güelfa. A caracterizaçón das personáxes é mais subtil do que a maioria das obras deste tipo. Está baseada em Pere II (1276-1289). A fonte inmediáta do libro, está no número sessenta e um das “Cento novelle antiche”. Foi publicáda várias vezes: 1901, 1930-1933.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AGUSTÍN CUZZANI)
Publicado o21/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CUZZANI, Agustín (1924). Dramaturgo arxentino. Antirrealista e expresionista, e a sua obra entra na linha da farsa contemporânea de Beckett ou Pinter. Com frequência a obra do arxentino protesta contra a inxustiça e a conformidade. “Una libra de carne” (1954) é unha reelaboraçón da narraçón de Shylock. “El centroforward murió al amanecer” (1955), é unha crítica intelixente do sistema capitalista. As suas duas obras seguintes resultam algo inferiores: “Sempronio” (1957) e “Los indios estaban cabreros” (1958). Mas, superou toda a sua obra anterior com “Para que se cumplan las escrituras” (1965), parábola de Dios, o home e o mundo da informática. Em “Teatro” (1960), foi reunída toda a obra publicada até à data.
OXFORD
LETRA CH
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN CHABÁS MARTÍ)
Publicado o22/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CHABÁS MARTÍ, Juan (Denia, Alicante, 1898-1954). Novelista e poeta. Foi professor de literatura em Genoa e, depois da guerra civil, em Cuba. “Espejos” (1920) é um libro muito temperám, influenciádo por Juan Ramón. As suas novelas, influenciádas por Gabriel Miró, forom descriptas por Eugenio de Nora como cheias de um “lirismo psicolóxico”. Som “Sin velas, desvelada” (Barcelona, 1927), “Puerto de sombra” (1928) e “Agor sin fin” (1930). “Fábula y vida” (1955) é unha colecçón de contos, e “Vuelo y estilo” (1934), de ensaios.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ROSA CHACEL)
Publicado o22/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CHACEL, Rosa (Valladolid, 1898). Novelista. Passou vários anos em Itália estudando arte. Antes da guerra civil tinha-se forxado unha pequena reputaçón literária com a novela “Estación, ida y vuelta” (1930), antecedente importânte das obras do “nouveau roman”, e com os sonetos de “A la orilla de un pozo” (1936). Depois de 1939 emigrou a Buenos Aires e viviu um par de anos em Nova York. Regressou a Espanha brevemente e depois passou unha larga temporada em Rio de Xaneiro. A sua obra narrativa foi practicamente desconhecida em Espanha, até aos anos setenta. Em Barcelona foi reimpresa “La sinrazón” (1970, Buenos Aires, 1960), que veio a ser o primeiro tomo das suas “Obras completas”, que mostram unha boa evoluçón desde a sua “Teresa” (1941), excessivamente pintoresca, que trata da vida de Teresa Mancha, amante de José de Espronceda. A heroína das “Memorias de Letícia Valle” (Buenos Aires, 1945), é unha nena de onze anos, que seduce a um home casado. “Sobre el piélago” (Buenos Aires, 1952) reúne alguns dos seus contos. Em 1976 publicou “Barrio de Maravillas” e uns anos depois “Novelas antes de tiempo” (1981).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ERNESTINA DE CHAMPOURCIN)
Publicado o22/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CHAMPOURCIN, Ernestina de (Victória, 1905). Poeta. Casou com o poeta Juan José Domenchina, e depois da guerra civil espanhola viaxou para México com el. Alí, em colaboraçón com outras mulheres escritoras, entre elas Nuria Balcells, fundou a revista “Rueca”. As suas orixens vascas evidencíam-se através de toda a sua obra. A influência de Juan Ramón Jiménez, em câmbio, passa a ser quase imperceptíbel nos seus últimos títulos. A sua temática acostuma a ser o amor e a “mística”. Publicou “En silencio” (1926), “Ahora” (1928), “La voz en el viento” (1931) e “Presencia a oscuras” (1952) entre outros. Traducíu a Elizabeth Barrett-Browning e a Emily Dickinson, assim como a Gaston Bachelard. A sua única novela, “La casa de enfrente” (1936), é interessante pola maestría com que dibuxou a personáxe de Elena.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS FRANCISCO CHANGMARÍN)
Publicado o24/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CHANGMARÍN, Carlos Francisco (Caserío de Leones, Veraguas, 1922). Poeta e contista panamenho, que foi também famoso pintor, autor de cançóns populares e fotógrafo professional. Os seus contos de “Faragual” (1961), mostram o destino e a traxédia da xente do campo de Veraguas. A sua poesía está reunida em “Punto e Llanto” (1948) e “Poemas corporales” (1956).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FERNANDO CHAVES)
Publicado o25/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CHAVES, Fernando (Otavalo, 1902). Novelista equatoriano. Foi director da Biblioteca Nacional de Quito. Escrebeu as novelas “La Embrujada” (Quito, 1923) e “Plata y bronce” (1927) mentras exercía de maestro rural. A importância destas obras radica em que som as primeiras escritas no Equador e som modelo do qual se servirá Jorge Icaza, para escreber a sua muito mais ambiciosa novela “Huasipungo”. Chaves non tratou ós indígenas equatorianos como a elementos de tipo pintoresco e folklórico, senón como elementos muito importântes do desarrolho da sua naçón e um problema político digno de ser estudado. Em “Plata y bronce”, Raúl, um home de raza criolha, enamora-se e seduce a unha xovem indígena. A posterior vingança dos indios, non se basa só nesse incidente, senón nos séculos de exploraçón da sua raza polos caciques e os latifundistas. O assunto converte-se na gota que desborda o copo e que desencadeia a violencia. “Escombros” (1958) resulta totalmente diferente da obra anterior de Chaves, tanto no tema como no estilo e na actitude. O indignado defensor do “indigenismo” dá passo nesta novela ao desencantado home de mundo. Perpetua, unha mulher encantadora mas inescrutábel, viáxa com um home que a adora, mas que permanece tán distante como ela. Alguns passaxes da novela, descendem, ainda que lonxanamente dos diálogos socráticos. Desenrrola-se dentro de unha atmôsfera outonal de solidón e de esterilidade.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALÍ CHUMACERO)
Publicado o25/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

CHUMACERO, Alí (Acaponeta, Nayarit, 1918). Poeta e crítico mexicano. Foi influído pola obra de Octavio Paz e de Xavier Villaurrutia. É o membro mais sobranceiro do grupo de poetas de “Tierra Nueva”, revista que deu nome ao grupo e que se editou de 1940 a 1942. Este grupo reuníu a J. Cárdenas Peña, J. González Durán, e Manuel Clavillo, entre outros. Como os seus antecessores do grupo os “Contemporáneos”, considerarom a poesía como um fim em sí mesma, sem ter que aportar unha carga de menssáxe ou moral social. Os libros de Chumacero mostram unha gradual aprofundizaçón e severidade na expressón; os seus temas som o desexo, o amor, a solidón e a morte. “Páramo de sueños” (1944), “Imágenes desterradas” (1948) e “Palabras en reposo” (1956) som alguns dos seus títulos mais significativos. Editou e prologou a obra de Ángel del Campo, “Micrós”, Xavier Villaurrutia e Alfonso Reyes. É coautor da excelente antoloxía “Poesía en movimiento.” México 1915-1966, em colaboraçón com Octavio Paz, José Emilio Pacheco e Homero Aridjis (México, 1966).
OXFORD
LETRA D
ESCRITORES HISPÂNOS (SANTIAGO DABOVE)
Publicado o27/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DABOVE, Santiago (1889-1949). Contista arxentino cuxa obra foi publicada por primeira vez, na “Antologia de la literatura fantástica” (1940) editada por Borges, Bioy Casares e Silvina Ocampo. O seu libro “La muerte e su traje”, colecçón de contos, quedou inédito por desexo do autor, ainda que cedeu à petiçón de publicar algunhas narraçóns em revistas literárias. Talento orixinal e audaz, criou narraçós de loucura, terror, viàxe no tempo (“El experimento de Varinsky”) e metamorfose (“Ser polvo”). Amigo de Macedonio Fernández e de Borges. O retracto que fai do tipo psicótico resulta demasiádo convincente para ser obxecto de unha leitura pracenteira, mas o seu estilo non carece de humor. Descrebe os pesadélos com cuidadoso esmero.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ÁNGEL MARÍA DACARRETE)
Publicado o27/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DACARRETE, Ángel María (1827-1907). Poeta. Foi discípulo de Lista. Conheceu a Bécquer e convertíu-se no seu mais importânte precursor, ao misturar elementos alemáns com espanhois, “la soleá” com o “lied”, ademais de ter composto a estrofa “becqueriana” de um eptasílabo ou, às vezes de um pentasílabo. Foi colaborador de “La América”, fundada em 1857, e na que colaborarom também Campoamor, Eulogio F. Sanz e Castelar. O ar angloxermánico da revista compracía a Dacarrete, que fazia excelentes imitaçóns de Heine, ao tempo que criába unha obra mais pessoal. As “Sus Poesías” aparecerom depois da sua morte (1906).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SALVADOR DALÍ)
Publicado o28/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DALÍ, Salvador (Gerona, 1904). Pintor e escritor catalán, que se uníu ao movimento surrealista em 1929 e inventou o “método paranoico-crítico”, que segundo R. Melville consiste no uso calculado da ilusón e a alucinaçón, para converter os obxectos da vida real na iconografía dos desexos e dos temores. Este método era contrário ao “automatismo surrealista”. A sua fama começou a extender-se a partir dos anos trinta com obras como “La persistencia de la memoria”, que hoxe pertence ao Museo de Arte Moderno de Nova York. O seu primeiro libro importânte foi unha autobiografía, “La vida secreta de Salvador Dalí” (1942), seguida de “Journal d’un génie” (París, 1964). A sua imáxem de “enfant terrible”, alimenta-se de declaraçóns chocantes, tales como “renégo de tudo o anteriormente feito por mim” (1951). Os xuízos que lhe merecem os seus contemporâneos, aparecerom nunha ediçón bilingüe (francês-inglês), “Dalí on modern art: the cuckolds of antiquated modern art” (Londres, 1958). Fixo também dous filmes extraordinários com Luis Buñuel: “Un perro andaluz” e “La edad de oro”, que aportou um ar fresco no ambiente intelectual, mais bem enquilosado naqueles anos. A sua aportaçón mais importânte à literatura foi “Rostros ocultos” (Barcelona, 1952). A heroína da novela, a senhora Solange de Clèda, amante mística e física do conde Hervé de Grandsailles, personáxe basado no marqués de Sade. Os feitos som narrados dentro de unha atmôsfera de sonho e irracionalidade, na que os elementos principais som o erotismo, a maxía, os pesadelos e a violência.
OXFORD
ECRITORES HISPÂNOS (ROQUE DALTON)
Publicado o28/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DALTON, Roque (San Salvador, 1935-1975). Poeta salvadorenho. Estudou dereito nas universidades de El Salvador, Santiago de Chile e México. Em 1955 ingresou no partido comunista salvadorenho e desde entón a sua obra literária e a sua militância política correrom paralelas. Foi encarcerádo várias vezes e acabou exilando-se em México, Checoslováquia e Cuba. Em México publicou o seu primeiro libro de poemas, “La ventana en el rostro” (1961). Foi representante do Partido Comunista Salvadorenho em Praga, e com este cargo viaxou polos países do Este. Abandonou o partido e integrou-se na guerrilha, dentro do Frente Revolucionário del Pueblo (FRP). Foi membro do comité de colaboraçón da revista cubana “Casa de las Américas” e publicou em La Habana grande parte da sua obra: “El turno ofendido” (1963) e “Los testimonios” (1964), entre outras obras. “La taberna y otros lugares” é sem dúvida o seu libro mais importânte. Nele entrecruzam-se as diversas influênças que Dalton recebeu na sua literatura: o realismo socialista e o surrealismo, o prosaísmo e a eufonía, o testemunho colectivo e o eu poético. Obra complexa e alonxáda do panflecto, “La taberna” é um dos monumentos da poesía centroamericana contemporânea. Dalton escrebeu também estudos políticos como “¿Revolución en la revolución?” (1970). “Las historias prohibidas de Pulgarcito” é unha orixinal mistura de poesía, narraçón e autobiografía, que non logra superar “La taberna”, apesar da sua ambiciosa construcçón técnica. Postumamente víu a luz “Pobrecito poeta que era yo”, novela com toques autobiográficos. Em 1975 o FRP decidíu executar a Dalton, sobre a base de unha acusaçón de colaborar com o inimigo, ainda que nunca forom aclarados os feitos do crime.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL DAMIRÓN)
Publicado o29/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DAMIRÓN, Rafael (1882-1956). Poeta, autor teatral e novelista dominicano. “Del cesarismo” (1911) trata da história política contemporânea, mas o autor alcançou a fama com as seguintes novelas e quadros de costûmes: “El monólogo de la locura” (1914), “La sonrisa de Concho” (1921), “¡Ay de los vencidos!” (1925), “Estampas” (1938), “La cacica” (1944), estudo psicolóxico de unha mulher ruda e poderosa, “Hello Jimmy!” (1945) e “Canciones de antaño” (1946). As suas obras de teatro, de tendência realista, non resultarom tán exitosas: “Alma criolla” (1916), “Como se cae la balanza”, “Mientras los otros rien” e “La trova del recuerdo” (1917). Em “Pimentones” reuníu os seus artígos xornalísticos (1944).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RUBÉN DARÍO)
Publicado o29/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DARÍO, Rubén (San Pedro de Metapa, Chocoyo, 1867-1916). Pseudónimo de Félix Rubén García Sarmiento. Poeta nicaragüense de proxecçón universal. A sua infância em León, foi infeliz e permaneceu como tema recurrente da sua poesía. Foi o poeta mais importânte da sua época dentro do âmbito hispâno; experimentou acertadamente em muitos estilos e formas poéticas: do “parnasianismo” ao “simbolismo” e do hexámetro latino ao soneto. Teve unha consciência, inigualábel aínda hoxe, da fala que manexou, das suas possibilidades fonéticas e da sua flexibilidade. Darío acunhou o termo “modernismo” e converteu-se na cabeça deste movimento. Viaxou a Managua e a San Salvador como menino prodíxio e publicou unha grande quantidade de efímeros poemas cívicos. O seu primeiro libro importânte foi “Azul” (Valparaíso, 1888), que contem poemas e contos. Juan Valera fixo unha resenha eloxiosa do libro, que foi reeditado dous anos depois com algunhas adicçóns e com um prólogo do mesmo Valera. Como diplomático, viaxou por vários países. Fomentou o intesse dos literátos franceses pola literatura hispâna, mas sobre tudo, introduzíu as correntes europeias no âmbito bastânte pechado e apático, da literatura hispâna do seu momento. Viveu unha vida bohémia e foi amigo de Valera, Pardo Bazán, Verlaine, Moréas e Gourmont. Ao seu regresso a Buenos Aires em 1893, dedicou-se durante cinco anos a colaborar com “La Nación”, diário ao qual tinha enviádo artígos desde Europa a partir de 1889. Na cidade bonaerense publicou “Los raros”, libro no que retrata a escritores como Poe, Bloy e Leconte de Lisle, e “Prosas profanas”, ambos em 1896. Este último foi recebido com verdadeiro fervor pola nova xeraçón; foi imitádo ao largo e ao ancho de todo o continente, tanto polo seu atrevido linguáxe, cheio de extanxeirismos e de exotismos, como também pola sua audácia métrica: disonâncias, asimetrías, ritmos internos e maneirismos que resultabam extraordinariamente orixinais. Exótico, nostálxico e cosmopolita, o libro foi atacado em Buenos Aires por Paul Groussac, mas Darío non se desanimou por isso e publicou unha edicçón aumentada em París, em 1901. Continuou a viaxar por França, Inglaterra, Austria e Alemanha, e em 1905 publicou em Madrid “Cantos de vida y esperanza”, libro importânte no qual se volta para sí mesmo e ao mesmo tempo está mais interessado em acontecimentos políticos e sociais. A sua visón pessoal resulta mais madura e o seu estilo menos ecléctico. Com um sentido da vida quase oriental, a sua deificaçón do artista resulta mesmamente absolucta. Regressou a Nicaragua depois de dezoito anos em 1906. “El canto errante” (Madrid, 1907) reforçou o seu prestíxio. Seguirom aparecendo com regularidade novas obras: “Poema del otoño y otros poemas” (Madrid, 1910) e “Canto a la Argentina y otros poemas” (Madrid, 1914), um dos seus melhores libros: nele está plasmádo o fruto da sua experiência pessoal e alcançou um estilo raro e particular. Disolucto, relixioso, solitário, às vezes cínico e outras vezes infantil, Darío resulta demasiádo complexo para ser definido em breves palábras. A. Méndez Plancarte reuníu as suas: “Obras completas” (Madrid, 1971, dous volûmes) e as “Poesías completas” (Madrid, 1952).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SAMUEL DARÍO MALDONADO)
Publicado o30/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DARÍO MALDONADO, Samuel (1870-1925). Ensaísta, explorador e poeta venezuelano. A sua autobiografía, “Tierra nuestra” foi considerada um “innventário emocionado” de Venezuela. No transcurso de unha exploraçón à selva, as personáxes falam e discutem sobre variádos temas, desde diferêntes perspectivas: do literato caraquenho xá decadente até ao perigoso cacique de pobo. Deixou um longo poema em fragmentos, “Luis Cardozo”, no qual o herói, de novo um explorador e home do trópico, é visto como unha espécie de Childe Harold, em cuxa mente lutam elementos primitivos e civilizados, tema de civilizaçón e barbárie que tem raízes muito profundas na literatura hispâna.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (BALBINO DÁVALOS)
Publicado o30/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DÁVALOS, Balbino (Colima, 1866-1951). Poeta e diplomático mexicano, traducíu a Gautier, Verlaine, a Aphrodite de Pierre Louÿs e a Monna Vanna de Maeterlinck. A sua poesía apareceu em “Las ofrendas” (Madrid, 1909) e os seus ensaios críticos em “Sobre poesía horaciana en México” (1901) e “Discursos leídos ante la Academia Mexicana” (1930). Foi professor de línguas románicas nas universidades de Minnesota e Columbia.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARCELINO DÁVALOS)
Publicado o30/09/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DÁVALOS, Marcelino (Guadalajara, 1871-1923). Contista, poeta e autor teatral mexicano. A sua primeira obra dramática, “El último cuadro” (1900), estaba situáda em Espanha e mostraba a influênça de Echegaray. Aborda temas do seu país em “Guadalupe” (1903), um alegato contra o alcoholismo, e “Así pasan…” (1908), onde mostra a vida de unha actriz medíocre, a ponto de envelhecer. Tinha um grande sentido do teatro, mas faltou-lhe sensibilidade e sentido da linguáxe teatral. As suas últimas obras teatrais forom: “El crimen de Marciano” (1909), “Jardines trágicos” (1916) e “¡Indisoluble!” (1916). Também foi autor dunha “Monografía del teatro” (1917, 2 vols.) e “¡Carne de cañón!” (1915), unha colecçón de dez contos sobre as víctimas do Porfiriato. Os seus libros de poesía som: “Iras de bronce” (1916), “Del Bajío y arribeñas” (1917) e “Mis dramas íntimos” (1917).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN CARLOS DÁVALOS)
Publicado o24/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DÁVALOS, JUAN CARLOS (Salta, 1887-1959). Poeta e contista arxentino que practicou a autobiografía e o rexionalismo no seu libro de poemas “De mi vida y de mi tierra” (1914), em “Cantos agrestes” e em “Cantos de la montaña” (1921). Escrebeu os libros de contos, com tema também rexional, “Salta” (1921), “El viento blanco” (1922) e “Airampo” (1925). As suas melhores histórias están reunidas no volûme “Cuentos y relatos del norte argentino” (1946).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ ANTONIO DÁVILA)
Publicado o24/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DÁVILA, José Antonio (Bayamón, 1899-1941). Poeta portorriquenho, filho de Virgilio Dávila. “Vendimia” (1940) reúne a maior parte da sua obra poética, enriquecida pola tradiçón da poesía inglesa, que estudou durante a sua estância em Estados Unidos. Os poemas mais sinxélos, escritos em formato tradicional, encontram-se reunidos em “Almacén de baratijas” (1942).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (VIRGILIO DÁVILA)
Publicado o24/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DÁVILA, Virgilio (1869-1943). Poeta portorriquenho, cuxo estilo passou do “romântismo” “Patria” (1903), ao “modernismo” em “Viviendo y amando” (1912), “Aromas del terruño” (1916) e “Pueblito de antes” (1917). Tomou os seus temas da vida do seu país e às vezes da sua própria vida como em “Un libro para mis nietos” (1928).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DE REGIMINE PRINCIPUM)
Publicado o25/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DE REGIMINE PRINCIPUM. Xénero literário que consiste em aconselhar os príncipes e reis sobre a melhor maneira de gobernar. Também se chama “espelho de príncipes” e o melhor exemplo é “O Príncipe” de Machiavelli (1513). O “De regimine principum” de santo Tomás de Aquino é em parte apócrifo. De orixe oriental (budista), o xénero fíxo-se popular em Espanha desde a época da ocupaçón árabe, e continuou sendo importânte, até finais do século XVII. María Ángeles Galino Castillo contou oitenta e unha obras em espanhol e português que pertencem ao xénero, somente durante os séculos XVI e XVII. Gil de Roma (Egidio di Colonna) escrebeu “De regimine principum” em 1284 para Felipe, delfim de França. Juan García de Castrogeriz, traduzíu-o para castelán em 1435, mas, non se publicou até 1480 em Barcelona. Non obstânte, o xénero xá era conhecido por essa época e aínda antes, como consta por “Castigos e documentos”, atribuído a Sancho IV, e o Libro infinido de don Juan Manuel. Gómez Manrique escrebeu “Regimiento de príncipes” antes de 1478; Diego Ortúñez de Calahorra escrebeu a primeira parte de “Espejo de príncipes y caballeros”, que foi continuada por Pedro de la Sierra e Marcos Martínez; fray Antonio de Guevara é autor de “Reloj de príncipes” (Valladolid, 1529) e Diego Saavedra Fajardo leva o xénero à sua cima com “Idea de un príncipe político cristiano” (1640).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DEBATES)
Publicado o26/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DEBATES. Diálogos em verso muito comúns durante a época medieval em que se opunham pessoas ou ideias, ou elementos opostos como nos “Denuestos del agua y el vino”, “Disputa del alma y el cuerpo” e o incompleto “Diálogo de Elena y María”, que trata do amor mundano e do divino. Em algúns casos existe um árbrito que decide qual das ideias, abstracçóns e elementos vence ao outro. O diálogo mais importânte que se escrebeu em língua castelán foi o do “Carnaval y la quaresma” dentro do “Libro de buen amor” de Juan Ruiz.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DÉCADAS)
Publicado o26/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DÉCADAS. Série de dez libros nos quais copistas antigos, dividirom o “Ab urbe condita libri” de Tito Livio (27-25 a. C.). Varias décadas forom escritas por autores hispânos. Unha das mais antigas é a de Alfonso Fernández de Palencia, também conhecida por “Crónicas de Enrique IV”, escrita orixinalmente em latim e entitulada “Gesta hispaniensia ex annalibus suorum dierum colligentis”, que descrebe ao estilo de Tácito, os acontecimentos espanhois ocurridos entre 1440 e 1477. Foi traduzida para castelán por A. Paz y Meliá (1904-1912). Fray Antonio de Guevara compilou unhas extravagantes biografías de emperadores romanos que entitulou “Década de los césares” (Valladolid, 1539). Juan de Coloma escrebeu a “Década de la pasión” (Cagliari, 1576). Antonio de Herrera compuxo unhas “Décadas. Historia general de los hechos de los castellanos en las islas y tierra del mar océano” (1601, quatro volûmes). O duque de Almodóvar fixo unha defesa do drama françês e um ataque ao espanhol, em “Década epistolar sobre el estado de las letras en Francia” (1781; 2.ª ed., 1792), mentras era embaixador de Espanha em París.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DECASÍLABOS)
Publicado o26/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DECASÍLABOS. Versos de dez sílabas. Um decasílabo simples ou dactílico , tem o acento na 3ª, 6ª e 9ª sílabas: “Del salón en el ángulo oscuro / de su dueño tal vez olvidada, / silenciosa y cubierta de polvo / veíase el arpa” (Bécquer). Um decasílabo composto combina dous hemistiquios pentasilábicos como em “Oye mis penas, mira mis males” (sor Juana Inés de la Cruz).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DÉCIMAS)
Publicado o27/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DÉCIMAS. Estrofas de dez octasílabos com “abba: ac: cddc”. Também se chamam “espinelas”, xá que Vicente Espinel foi um verdadeiro mêstre nas suas “Rimas” (1591), aínda que non foi o seu criador. Outros poemas escritos nesta forma métrica som “Las moscas y la miel” de Samaniego e “El vértigo” de Núñez de Arce. A forma é comúm em Lope, Tirso y Moreto, mas chegou à sua expressón mais alta nos dous parlamentos de Segismundo em “La vida es sueño” de Calderón, um dos quais começa “Apurar, cielos, pretendo, / ya que me tratáis así, / qué delito cometí, / contra vosotros naciendo” e o que afirma “Es verdad; pues reprimamos / esta fiera condición, / esta furia, esta ambición / por si alguna vez soñamos”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DECIRES)
Publicado o27/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DECIRES. Poemas curtos que aparecerom no século XV. Os seus temas som habitualmente didácticos, políticos ou corteses, e por isso contrastam com o tema amoroso, que predomina nas cantigas e cançóns. Os seus antecedentes están na “Historia troyana”, “Libro de buen amor” e “Rimado de palacio”. Técnicamente, os “decires” diférem das “cançóns” pois carecem tanto de tema como de estribilho. Adopta as formas da copla de arte menor. “Decires” de arte maior, podem encontrar-se no “Cancioneiro de Baena” (1445). “Decir de las siete virtudes” de Francisco Imperial, que é a primeira imitaçón de Dante conhecida. Outros poetas que escreberom “decires” som Juan Agraz, Fernán Pérez de Guzmán, o marquês de Santillana e Ferrán Sánchez de Calavera. Mais recentemente, forom utilizados por Rubén Darío nos seus “Decires, layes y canciones”, no qual utiliza metros medievais, mas este rasgo rubeniano non encontrou seguidores.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DE DIOS DEL CID)
Publicado o28/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DEL CID, Juan de Dios (San Salvador, 1606-1683). Poeta e científico que manexou a primeira imprenta conhecida no Novo Mundo. Polos seus quarenta anos entrou na ordem franciscana, mentras também practicava a poesía e o cultivo do índigo. Frustrado por falta de unha imprenta, el mesmo fabricou unha, e imprimíu um tratado sobre a pranta do índigo, “El puntero apuntado con apuntes breves”, publicado em 1647, treze anos antes da chegada a Guatemala da primeira imprenta espanhola.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS ENRIQUE DÉLANO)
Publicado o28/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DÉLANO, Luis Enrique (Santiago de Chile, 1907). Novelista, contista e xornalista chileno. Foi colaborador de “El Mercurio” desde 1928. O seu primeiro libro de contos foi “Viaje de sueño” (1935). Em “Cuatro meses de guerra civil” (1937) conta as suas experiências na guerra civil espanhola, tema no qual volta a insistir em “El rumor de la batalha” (1964), sequela de “El viento del rencor” (1961), sobre a guerra civil chilena de 1891. A sua melhor novela é probabelmente “Puerto de fuego” (1956), na que mistura os conflictos sociais com os emotivos. Outros libros seus som “Balmaceda, político romántico” (1937), a novela “En la ciudad de los Césares” (1940), “Viejos relatos” (1941), “Lastarria” (1944) e “Pequeña historia de Chile” (1944).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ MARÍA DELGADO)
Publicado o28/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DELGADO, José María (Salto, 1884-1956). Novelista e poeta uruguaio, que cultivou o “rexionalismo” literário. “El relicario” (1919) foi um extraordinario libro de poemas, e em “Metal” (1920), revelou-se como um poeta com qualidades para o xénero épico. Escrebeu unha obra de teatro, “La princesa Perla Clara” (1921), e varios libros de viaje, entre eles “Por las tres Américas” (1929) e “Las viñas de San Juan” (1951), mas foi mais conhecido polas novelas situadas em Salto: “Juan María” (1941), “Doce años” (1946) e “Las niñas de San Antonio” (1951).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL DELGADO)
Publicado o29/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DELGADO, Rafael (Córdoba, Veracruz, 1853-1914). Novelista Mexicano da escola do realismo. A sua primeira novela, “La Calandria”, apareceu por entregas na Revista Nacional de Letras y Ciencias em 1890, e foi publicada em forma de libro o ano seguinte. Trata do dilema de unha mulher, que non sabe se escolher como esposo a um home honrado da sua mesma clásse social ou um “dandy” depravado. Os defeitos do argumento desaparecem ante a fluidez do estilo, modelado na leitura de Cervantes e de Pereda. “Angelina” (1893) é similar em tema e estilo à “María” de Jorge Isaacs. “Los parientes ricos” (1901-1902) e “Cuentos y notas” (1902), de estilo costumbrista, forom seguidos pola novela curta “Historia vulgar” (1904).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (WASHINGTON DELGADO TRESIERRA)
Publicado o29/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DELGADO TRESIERRA, Washington (Cuzco, 1927). Poeta peruano. Reside em Lima desde 1930. Foi professor em variádas universidades e publicou estudos sobre Lope de Vega, Rubén Darío e Jorge Guillén. É coeditor da revista “Visión del Perú”. Os seus libros de poesía som “Formas de la ausencia” (1955), “Días del corazón” (1957), “Para vivir mañana” (1959), “Parque” (1965) e “Tierra extranjera” (1968). Foi um mêstre em vários estilos, a miúdo semiparodiando outros, como chegou a ser característico nos escritores peruanos da sua xeraçón, que se rebelou contra a rectórica usual e os temas patrióticos, para asumir unha poesía mais íntima, como em “La condición humana” ou a mais amarga mas eficaz condena da opressón do estado e da Igrexa que fai no poema “Las buenas maneras”. A sua “Elegía” a Pedro Salinas é unha das melhores mostras do seu xénero na literatura hispanoamericana. Escrebeu também em prosa um exquisito homenaxe ao seu amigo Javier Heraud.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL DELIBES)
Publicado o30/11/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DELIBES, Miguel (Valladolid, 1920). Novelista e xornalista. A sua primeira novela, “La sombra del ciprés es alargada” (Barcelona, 1948), ganhou o Premio Nadal. Foi a amarga historia de um orfán criádo no pessimismo, mas que muda de carácter ao enamorar-se dunha xovem que morre uns dias depois de ter-se casádo com el. Alcançou mediáno êxito, o mesmo que a sua seguinte novela, “Aún es de día” (1949). Non obstânte, com “El camino” (Barcelona, 1950) alcançou súbito reconhecimento. Também escrebeu unha série de libros de viáxem: “Un novelista descubre América” (1956), “Por esos mundos” (1961), “Europa, parada y fonda” (1963), “USA y yo” (1966) e “La primavera de Praga” (1968). Em “Vivir al día” (1968) reúne unha selecçón de artígos xornalísticos. Non obstânte, Delibes será recordado polas suas novelas, entre elas, por “Mi idolatrado hijo Sisí” (1953), unha novela de tese na qual contraría as teorías de Malthus e que abarca um período de trinta anos na cidade de Valladolid; “La hoja roja” (1959), onde narra a solidón de um anciano, que foi esquecido pola empresa em que trabalhou durante cinquenta e três anos; “Las ratas” (1962), construída a partir de unha sucessón de anécdotas nas quais recorda um pobo desparecído de Castela e os seus inesquecíbeis habitântes, como Nini ou o Tio Ratero; “Cinco horas con Mario” (1966), quase enteiramente estructurada a partir de um monólogo interior e “Parábola del náufrago” (1969), sobre o choque entre o individuo e o burocratísmo. Era também amante da caça menor e sobre o tema escrebeu “La caza de la perdiz roja” (1963), “El libro de la caza menor” (1964) e “Con la escopeta al hombro” (1970). Esta loucura pola caza aparece nas suas novelas “Diario de un cazador” (1955) e “Diario de un emigrante” (1957). Logo publicou “Un año de mi vida” (1971), “El príncipe destronado” (1973), no qual intenta narrar as cousas desde a perspectiva de um neno de quatro anos, que acaba de ter unha irmán, e “Las guerras de nuestros antepasados” (1975). Depois de publicar o volûme de contos “La partida” (1950), Delibes publicou varias narraçóns curtas em xornais e revistas, que depois forom reúnidas em “Obra completa”. Posteriormente publicou os seus contos em “Siestas con viento sur” (1959) e “La mortaja” (1970), que contem varios esquemas narrativos que prometem trabalhos mais longos.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO DELICADO)
Publicado o01/12/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DELICADO, Francisco (Córdoba ?, c. 1480-d. de 1533). Novelista, editor e médico. Estudou com Nebrija mas, dada a sua condiçón de converso, tivo que deixar o país em 1492. Morou em Roma desde essa data até 1528, onde escrebeu a novela “Retrato de la lozana andaluza en lengua española muy clarísima” (Venecia, 1528), que publicou sem o seu nome. A obra é um ataque dialogado dos vícios da Roma renascentista. Nela utiliza o mesmo âmbiente que o Aretino nos seus “Ragionamenti” (1534-1536). Na obra aprecía-se multitude de palabras de orixe romano e algunhas do dialecto de Jaén. Depois da morte de seu pai, a exuberante andaluza Aldonza, viáxa por toda a Península acompanhada pola sua nái. Ao morrer esta, volta a Sevilha para viver com a sua tía. Alí conhece a um xovem mercader xenovés e escapa com el para Cádiz. O pai do xovem pensa que ela é unha caza-fortunas e ordena aos seus servidores que a matem. Aldonza logra escapar e vai para Roma, onde tem lugar a maior parte da obra. O seu ascenso à riqueza e à vida social, está narrado desde unha perspectiva cheia de ironía, cargada de descripçóns e detalhes. Como outras heroínas da picaresca, aprende a medida que adquire experiência e dá-se conta que os trucos e os enganos som armas indispensábeis para medrar. Ó final, retíra-se para a ilha de Lipari, com o seu servinte Rampín e com todas as suas riquezas. A influênça de “La Celestina”, que Delicado editou em Venecia (1531), resulta evidente. Delicado escrebeu também dous tratados de medicina: “De consolatione infirmorum” (Roma, 1525), hoxe perdido, e “El modo de adoperare el legno de India occidentale” (Roma, 1525, conhecido a través da ed. de Venecia de 1529). Também se perdeu o “Spechio vulgare per li sacerdoti che administranno li sacramenti in ciaschedune parrochia” (Roma, 1526?). Editou o “Amadís de Gaula” (Venecia, 1533) e “Los tres libros del caballero Primaleón y Polendos su hermano” (Venecia, 1534), que forma parte do ciclo de Palmerín.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GASTÓN FERNANDO DELIGNE)
Publicado o02/12/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DELIGNE, Gastón Fernando (Santo Domingo, 1861-1913). É o poeta mais importânte do seu país. Autodidacta, chegou a albergar unha extraordinária biblioteca. Durante vinte anos trabalhou como contable de unha firma comercial em San Pedro de Macorís. Em “Ars nova scribendi” (1897) satirizou aos modernistas, ainda que com o tempo adoptou algunhas das innovaçóns que propunham. Henríquez Ureña decia que a obra do seu paisano consistía em pequenas histórias psicolóxicas escritas em verso. Isto pode-se observar nos seus fermosos retractos femeninos: “Angustias” (1885), “Soledad” (1887) e “Confidencias de Cristina” (1892). A sua fina poesía política convertíu-o em poeta nacional do seu país: “Ololoi” (1899) no é um libro heroico nem cínico, nem corresponde ao tópico patriótico, mais bem é um libro em que se expresa a inquietude do poeta sobre temas da realidade nacional. O seu estilo é conciso. Fixo poesía descriptiva em: “En el botado” (1897) e em “Romances de la Hispaniola” (1931) recupera a forma métrica tradicional. O interesse que todavia hoxe desperta a sua obra reflexa-se na publicaçón de “Páginas olvidadas” (1944).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL ALFREDO DELIGNE)
Publicado o03/12/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DELIGNE, Rafael Alfredo (Santo Domingo, 1863-1902). Ensaista e autor teatral. Foi adbogado de profissón. Colaborou asiduamente com a revista “El Cable”, utilizando o pseudónimo de “Pepe Cańdido”. Editou, com a colaboraçón de Luis Arturo Bermúdez, a revista “Prosa y Verso” (1894-1895). Os seus ensaios publicarom-se no volûme “Cosas que son y cosas que fueron”, e os seus contos em “Cuentos del lunes”. Unha lixeira tendência ao realismo dentro de unha estéctica maiormente romântica fán destacar as suas obras teatrais “La justicia y el azar” (1894) e “Vidas tristes” (1901), a sua melhor obra. “La antología En prosa y verso” apareceu em 1902.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DOMINGO DELMONTE)
Publicado o03/12/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DELMONTE, Domingo (1804-1853). Home de letras cubano, que publicou “Romance, colección de baladas cubanas”. Reuníu ao seu redor um grupo de novelistas românticos durante os anos trinta, que protestabam pola escravidón no seu país, depois de que esta fora declarada ilegal em 1815 e 1817. Entre estes escritores podemos mencionar a Anselmo Suárez y Romero, José Antonio Echeverría, Félix Manuel Tanco y Bosmeniel e Ramón de Palma.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARCO DENEVI)
Publicado o04/12/2024por fontedopazo | Deixar un comentario

DENEVI, Marco (1922). Contista, novelista e autor teatral arxentino. Filho de um inmigrante italiano. O seu primeiro libro importânte foi a novela de intriga “Rosaura a las diez” (1955), cheia de unha grande carga intelectual. Trata do assassinato de unha rapariga num hotel barato de Buenos Aires e as reacçóns de quatro pessoas que a conhecerom, entre as que se encontra o suspeitoso, Camilo. O final sorpressivo resulta superior ao da maior parte das novelas policíacas ao uso. O autor reconhece a influênça de “The woman in white” (1860) e de “The moonstone” (1868) de Wilkie Collins. Fernando Alegría considera-o um dos autores arxentinos mais orixinais e asombrosos deste século. Ganhou o premio que “Life” concedeu à melhor novela curta latinoamericana com “Ceremonia secreta” (Nova York, 1955). Publicou também duas colecçóns de contos: “Falsificaciones” (1966) e “Hierba del cielo” (1973), na qual se nota a influênça de Jorge Luis Borges. Em “Antología precoz” (1973) inserta extractos de duas novelas, varios contos e obras teatrais breves. As suas obras teatrais som realistas e expresionistas: “Los expedientes” (1957), “El emperador de China” (1959) e “El cuarto de la noche” (1962). Na obra de Denevi o home é víctima de unha despersonalizaçón crecente a causa de um mundo burocratizado, que oferta unha ilusón de realidade, para compensar o caos que se está xestando. A linguáxe deste autor é rica, cheia de suxerências, ainda que non precisamente poética.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (BERNAT DESCLOT)
Publicado o23/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DESCLOT, Bernat (século XIII). Cronista catalán, que escrebeu entre 1283 e 1288 e foi, por tanto, contemporâneo de Ramon Llull. É o cronista catalán mais antigo. O melhor dos seus manuscriptos é o “Llibre del rei en Pere d’Aragó e dels seus antecessors passats” (Barcelona, 1949-1951). A historia começa no reinado de Ramon Berenguer IV (1131-1162), mas passa rápidamente por esses anos até chegar ao reinado de Pere II (1276-1285), especialmente para narrar a conquista catalano-aragonesa do sul de Italia e a fracasada intentona francesa de invadir Catalunha. Desclot descrebe os erros de Pere e os desmáns que comete contra os franceses. Os feitos interesam-lhe mais que a sua interpretaçón. O seu sucesor, o aragonés Zurita, alaba a sua escolha de documentos, ainda que é bastânte discriminatória e partidista.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EDMUNDO DESNOES)
Publicado o23/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DESNOES, Edmundo (La Habana, 1930). Novelista e contista cubano. Os seus primeiros contos e poemas aparecerom em “Todo está en juego” (1952). Depois escrebeu “No hay problema” (1961), unha violenta sátira dos anos da dictadura de Batista. “El cataclismo” (1965), descrebe os efeitos da revoluçón cubana em todos os extractos da sociedade. Julio E. Miranda, descrebe a este autor como um crítico implacábel e a miúdo com ternura, que também practica a autocrítica. O elemento autobiográfico ao qual alude Miranda, manifesta-se nas suas “Memórias del subdesarrollo” (1965), que é a historia de um fracasso, do abandono de familiares e amigos nunha narraçón feita em primeira pessoa. “Puntos de vista” (1967), recolhe os seus ensaios. Últimamente publicou “Los dispositivos de la flor” (1981).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALEJANDRO DEÚSTUA)
Publicado o24/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DEÚSTUA, Alejandro (1849-1945). Filósofo positivista peruano que também escrebeu sobre temas de educaçón e estéctica. A sua obra mais famosa é “La cultura nacional” (1937), mas é mais recordado como mêstre. Entre os seus discípulos figurarom: Humberto Borja García (1890-1925) e Pedro S. Zulen (1889-1925).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (¡DI, PANADERA!)
Publicado o24/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

¡DI, PANADERA! Coplas satíricas espanholas, escritas depois da batalha de Olmedo, na qual Juan II e Álvaro de Luna derrotarom aos nobres rebeldes, e na que só houbo que lamentar a morte de vintidous homes em total. Rincón suxére, que há mais crueldade nas coplas que a que houbo no campo de batalha. As coplas encontram-se em duas versóns: unha com o estribilho “¡Ay, panadera!”, no Cancioneiro de Gallardo (século XV) e a outra num manuscrípto da biblioteca de Marcelino Menéndez y Pelayo. Esta última foi atribuída a Juan de Mena. A versón que aparece no Gallardo é a que Rincón publica nas suas “Coplas satíricas y dramáticas de la Edad Media”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN BAUTISTA DIAMANTE)
Publicado o25/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIAMANTE, Juan Bautista (Madrid, 1625-1687). Autor teatral muito prolífico que pertenceu à escola de Calderón. Durante a sua turbulenta xuventude assassinou um home, mas saíu em liberdade quando o seu pai pagou unha xenerosa indemnizaçón à viúva. A sua inquietude vital non acabou nem sequer ao tomar o hábito de San Juan de Jerusalén. Escrebeu numerosas zarzuelas e outras peças lixeiras para a corte dos reis Felipe IV e Carlos II, mas fai muito tempo que forom esquecidas. Forom-lhe atribuídas unhas cinquenta comédias e unha dozena de autos sacramentais, loas, entremeses e bailes. “El honrador de su padre”, escenificada por primeira vez em 1657, resulta quase unha traducçón literal de “Le Cid” de Corneille, excepto polo terceiro acto, que sim é orixinal de Diamante. Alguns críticos atribuirom-lhe a autoría de “La judía de Toledo”, mentras que outros pensam que é de Mira de Amescua. Outras obras suas som “El valor no tiene edad y Sansón de Extremadura” e “Cuánto mienten los indicios y el ganapán de desdichas”. No que respeita às obras relixiosas, podemos citar “La devoción del rosario”, que imita a obra de Calderón de la Barca “La devoción de la Cruz, y La Magdalena de Roma”, que trata da conversón de unha cortesana que supera as tentaçóns do démo com a intervençón divina. As obras teatrais de tipo histórico som as melhores da sua produçón: “María Estuarda” narra a vida da rainha católica desde a sua chegada a Inglaterra até à sua morte. As suas obras forom publicadas em 1670 e 1674, baixo os títulos de “Primera parte de las comédias” y “Segunda parte…”
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DIARIO DE LOS LITERATOS DE ESPAÑA)
Publicado o26/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIARIO DE LOS LITERATOS DE ESPAÑA. Revista fundada em 1737 por Francisco Manuel de Huerta y Vega, Juan Martínez Salafranca e Leopoldo Jerónimo Pug. O Diario tinha como modelo “Le Journal des Savants” (1655-1792 e de1816 até à data). Foi interrompida a sua publicaçón em 1742, principalmente porque non estaba suficientemente de acordo com as teorías de Luzán. O talânte da revista foi moderado e bastante ecléctico e daba muita importância aos temas científicos. A pesar de que quase nunca se emitían xuíços sobre os libros resenhados, muitos autores molestarom-se com os colaboradores da revista, que non temían emitir comentários adversos sobre as obras recentemente publicadas. José Gerardo de Hervás, foi um dos colaboradores da revista. Publicou unha “Sátira contra los malos escritores”, utilizando o pseudónimo de “Jorge Pitillas”. Também colaborarom Juan de Iriarte e Gregorio Mayans i Siscar, autor de unha crítica à “Poética” de Luzán, o qual contra atacou com unha demanda xudicial desfavorábel à obra de Mayans “Origenes de la lengua española” e unha “Conversación sobre el Diario de los Literatos en España” (1737) do mesmo Luzán, na qual atacava a revista.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JORGE DÍAZ)
Publicado o26/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ, Jorge (Rosario, Arxentina, 1930). Autor teatral chileno, cuxas primeiras obras forom estreádas em Santiago de Chile: “Un hombre llamado Isla” (1961), “El cepillo de dientes” (1961), “Réquiem por un girasol” (1961), “El velero en la botella” (1962), “El lugar donde mueren los mamíferos” (1963), “Variaciones para muertos de percusión” (1964) e “El nudo ciego” (1965), obras todas publicadas em Chile e no estranxeiro. “Teatro” (Madrid, 1967) contém a obra em um acto “La víspera del degüello”, comédia de humor negro sobre o fim do mundo, “El cepillo de dientes” e “Réquiem para un girasol”; nelas satiriza à burguesía seguindo a linha de Jarry e Genet. Díaz vive em Espanha desde 1965.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LEOPOLDO DÍAZ)
Publicado o27/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ, Leopoldo (chivilcoy, Buenos Aires, 1862-1947). Poeta arxentino. Foi cónsul em Xinebra aos trinta e cinco anos. Logo foi embaixador do seu país em Noruega, Venezuela e Paraguay. O seu primeiro libro foi “Fuegos fatuos” (Mendoza, 1885), no qual percebe-se a influênça de Bécquer. Sonetos (1888) mostra xá a sua precisón e a sua maestría, mas mudou completamente o seu estilo, depois da chegada de Rubén Darío a Buenos Aires e sacou “Bajorrelieves” (1895). O seu libro “Traducciones” (1897) deu a conhecer na Arxentina os nomes de Edgar Allan Poe, Leconte de Lisle e D’Annunzio. O helenismo rectórico de Hérédia en “Les trophées” deixou a sua pegada nos sonetos de Díaz reunidos em “Las sombras de Hellas” (Xinebra, 1902), “Atlántida conquistada” (Xinebra, 1906) e “Las ánforas y las urnas” (1923). Em 1945 publicou-se unha “Antología”, na qual se sacan poemas inéditos de Díaz.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (HERNÁN DÍAZ ARRIETA)
Publicado o28/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ ARRIETA, Hernán (Santiago de Chile, 1891). Crítico literário, historiador e autor de resenhas para “La Nación” e “El Mercurio”, os dous diários mais importântes do seu país. Firma os seus artígos baixo o pseudónimo de “Alone”. A sua semiautobiográfica novela “La sombra inquieta” (1915) é o diário de um cidadán de Santiago durante o ano de 1910. A sua aportaçón à história literária chilena começou com o seu muito útil “Panorama de la literatura chilena durante el siglo XX” (1931) e a antoloxía “Las cien mejores poesías chilenas” (1935; 3ª ed., 1957). Escrebeu também “Don Alberto Blest: biografía y crítica” (1941), “Reseña de historia cultural y literaria de Chile” (Buenos Aires, 1945), “Historia personal de la literatura chilena” (1954; 2ª ed., 1962), “Memorialistas chilenos: crónicas literarias” (1960), “Bello en Caracas” (Caracas, 1963) e “Los cuatro grandes de la literatura chilena del siglo XX: Augusto d’Halmar, Pedro Prado, Gabriela Mistral, Pablo Neruda” (1963). Reuníu alguns dos seus melhores escrítos em “Leer y escribir” (1962).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARCELO DÍAZ CALLECERRADA)
Publicado o28/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ CALLECERRADA, Marcelo (Madrid, século XVII). Poeta e reitor da Universidade de Salamanca, protexído de Rodríguez de Ledesma. Escrebeu Endimión (1627), poema narrativo em estilo culterano em oitavas reais. O poema (BAE, vol. XXIX, 1854) está dividido em três cantos: no primeiro, Venus é insultada pola lua e incita a Amor a enfeitiçála; no segundo, a fría deusa é queimada por Endimión; e no terceiro, fai-na dormir mentras o seu amor é satisfeito. Temáticamente, o poema de Díaz debe muito às Metamorfoses de Ovidio. Em quanto ao estilo, a obra rebosa elegância e atractivo. Lope eloxía-a no seu Laurel de Apolo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GUILLERMO DÍAZ CANEJA)
Publicado o28/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ CANEJA, Guillermo (Madrid, 1876-1933). Novelista. As suas últimas obras non están à altura do que prometíam as primeiras: “Escuela de humorismo” (1913), “La pecadora” (1914), “La deseada” (1915), “El sobre en blanco” (1918) e “Pilar Guerra” (1920). O seu estilo é medíocre, xá que carece de orixinalidade e de afán de experimentaçón. As suas personáxes tendem a ser morais e convencionais, especialmente nas últimas obras que escrebeu, “El vuelo de la dicha” (1921), “La virgen paleta” (1922), “La mujer que soñamos” (1924), “Garras blancas” (1925), “La novela sin título” e “El carpintero y los frailes” (ambas de 1927) e “El misterio del hotel” (1928).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (HUMBERTO DÍAZ CASANUEVA)
Publicado o29/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ CASANUEVA, Humberto (Santiago de Chile, 1905). Poeta. Estudou filosofía e ciências em Alemanha e depois passou para o corpo diplomático em Espanha, Estados Unidos, Argelia e outros países. Regresou e tomou parte na reforma educativa de Chile, que se iniciou esse mesmo ano. Por razóns políticas tivo que exiliarse. Radicou no Uruguay e foi depois professor na Universidade de Caracas. Trata-se de um poeta hermético, innovador, tanto na rima como nas metáforas que utiliza. Entre os seus libros citaremos “El aventurero de Sabá” (1926), “Vigilia por dentro” (1930), “El blasfemo coronado” (1941), “Réquiem” (1945), dedicado à sua nái, e “La estatua de sal” (1947).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EUGENIO DÍAZ CASTRO)
Publicado o29/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ CASTRO, Eugenio (Soacha, 1804-1865). Novelista e autor de quadros de costûmes colombiano. A sua obra mais importânte foi “La Manuela” (1889), novela que apareceu por entregas no importânte diário colombiano “El Mosaico”. A acçón sitúa-se a finais da década de 1850. Cejador define-a como unha das melhores versóns artísticas da realidade e unha das novelas mais acabadas que forom escrítas em América até hoxe. Díaz, que era conservador, satiriza na novela a um benintencionado liberal, Demóstenes, que trata de liberar a Manuela do fazendeiro don Tadeo Candillo, ao mesmo tempo que intenta liberar ao pobo da sua nefasta influênça. Ainda que o argumento resulta débil, a novela segue sendo lexíbel, pola descripçón das festas do pobo e da vida dos trabalhadores. Tadeo é derrotado por Demóstenes nas eleiçóns, mas vinga-se queimando a igrexa, na qual Manuela está a casar com um xovem do lugar. “El rejo de enlazar” (1873) e outras novelas suas xá forom esquecídas, mas os viváces esbozos de “Una ronda de don Ventura Ahumada y otros cuadros” tenhem sído reimpressos e conservam toda a sua frescura.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DÍAZ COVARRUBIAS)
Publicado o30/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ COVARRUBIAS, Juan (Xalapa, Veracruz, 1837-1859). Novelista mexicano. Estudou letras e humanidades no Colegio de San Juan de Letrán, e ingressou na Faculdade de Medicina. A morte de sua nái e um desengano amoroso impulsarom-no a enrolar-se no exército liberal como assistente médico durante a guerra civil mexicana de 1859. Durante um episódio sangrento, o xeneral Márquez fusilou os médicos e doentes em Tacubaya, e com eles ao xovem escritor mexicano, que entón tinha vintium anos. As suas novelas sentimentais albergabam o tema do amor frustrado como “leit-motif”, na mesma linha que as de Orozco y Berra. A falta de madurez artística nota-se sobre tudo nunha carência estilística e na falta de imaxinaçón. Non obstânte, mostra qualidades na descripçón de escenas e tipos mexicanos e também nas partes narrativas onde fala da guerra civil em que lhe tocou lutar e morrer. A obra mais vigorosa é “Gil Gómez el insurgente, o la hija del médico” (1859) e a mais fraca é “La sensitiva” (1859), mero esboço de novela na qual a heroína Luisa morre de amor. “La clase media” (1859) trata da reabilitaçón de unha prostituta que se encontra demasiado indigna para casar-se com Román e entra num convento. Em “El diablo en México” (1860) mostra como o amor puro de Enrique e Elena se contamina a partir de consideraçóns puramente materiais, e acabam casando-se cada um por seu lado, motivados polo interesse económico.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RUY DÍAZ DE GUZMÁN)
Publicado o31/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ DE GUZMÁN, Ruy (Asunción, c. 1554-1629). Historiador. Filho de Riquelme de Guzmán, quem chegou ao Rio de la Plata em companhia do seu tio, o adiantado Álvar Núñez Cabeza de Vaca, onde se casou com Úrsula, filha mestiça de Martínez de Irala, unha das figuras mais importântes da conquista do Paraguay. Díaz de Guzmán, foi o primeiro historiador mestiço do Rio de la Plata. Acabou de escreber o seu libro em 1612, que foi popularmente conhecido como “La Argentina manuscrípta”, para distinguí-lo do poema épico de 1602 publicado por Barco de Centenera. O libro non foi publicado até 1835. O título completo é “Anales del descubrimiento, población y conquista de las provincias del Rio de la Plata”. Existem vários manuscríptos incompletos, aínda que o orixinal perdeu-se. Estilo claro e narraçón modesta. A precisón histórica non é elevada, xá que o autor se mostra excessivamente crédulo, especialmente no que refére a lendas e milágres, que descrebe como se pertenceram ao mundo real. Também se resente a obra com unha excessiva parcialidade: busca engrandecer a memória de seu pái e do seu avô, esaxerando as proezas que levarom a cabo. As suas fontes forom eminentemente orais e de tipo tradicional. Nunca pôn em dúvida o relixioso ou as actitudes políticas e guerreiras dos conquistadores.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (BERNAL DÍAZ DEL CASTILLO)
Publicado o31/01/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ DEL CASTILLO, Bernal (Medina del Campo, 1492-Guatemala, 1581). Conquistador e historiador da conquista de México. A pesar de ser um simples soldado, Díaz del Castillo era um home com educaçón. Chegou ao Nuevo Mundo em 1514 às órdens de Pedr’Árias Dávila. De Darién passou a Cuba e participou nas expediçóns de Hernández de Córdoba e Juan de Grijalva, para finalmente alistar-se na expediçón de Hernán Cortés a México. Foi premiádo com unha encomenda em Guatemala, onde morreu. Alí leu a história oficial que sobre a façanha de Cortés escrebeu Francisco López de Gómara, que lhe causou unha grande indignaçón e o motivou a escreber a sua própria versón dos feitos. Tinha mais de setenta anos quando começou a escreber a “Historia verdadera de la conquista de la Nueva España”. El mesmo fixo unha aceitábel cópia do libro sobre 1578, que non se publicou até 1632. Díaz non alberga o barniz literário de López de Gómara e por isso é muito mais acessíbel ao leitor moderno. Descrebe os feitos que viveu, mas também os sentimentos da tropa e do mesmo, frente aos feitos vividos, incluso o medo que sentíu antes de entrar em combate. O libro cobre as duas expediçóns exploratórias ao longo da costa mexicana, a marcha até à cidade de Moctezuma, a fuga dos espanhois durante a Noite Triste e a sua victória final sobre Cuauhtémoc. Narra também as intrigas em España, Cuba e La Espanhola, a marcha sobre a xungla hondurenha e o triunfo final de Cortés. Contradí a Las Casas, pois afirma que os conquistadores non só iban motivados pola sede de riquezas e xoias, terras e escravos, senón também por um celo misioneiro, pola lealdade a España e pola noçón algo vaga da gloriosa empresa que estabam levando a cabo. Como escritor, Díaz é menos tendencioso que López de Gómara. O seu sentido da traxédia mostra-se especialmente nas escenas em que intervenhem os simples soldados, entre os que se move como testemunha da sua luta. Díaz pinta aos conquistadores e aos homes de a pé com exactitude e rudeza, o mesmo que narra as maravilhas da cidade azteca ou a nobreza dos reis indígnas, aínda que non duvída xamais sobre a tarefa encomendada aos espanhois. A melhor ediçón da obra publicou-se em México (1955, dous volûmes)
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO DÍAZ DE TOLEDO)
Publicado o01/02/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ DE TOLEDO, Pedro (século XV). Traducíu os Proverbios de Séneca (Zamora, 1482), e editou as glosas dos “Proverbios” escritas polo marqués de Santillana (reed., 1944). É autor também do “Diálogo y razonamiento en la muerte del marqués de Santillana”, editado por Paz y Meliá en “Opúsculos literarios de los siglos XIV a XVI (1892).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ DÍAZ FERNÁNDEZ)
Publicado o02/02/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ FERNÁNDEZ, José (Aldea del Obispo, Salamanca, 1898-1940). Novelista e xornalista que colaborou sucesivamente no “El Sol”, “Crisol” e “Nueva España”. Combateu em Marrocos em 1921. De essa experiência vital extraíu material para a sua novela “El blocao” (1928; segunda ed. com prólogo, 1928). Díaz Fernández foi pacifista por humanismo, non por razóns políticas. O seu libro é realista, mas non pretende ser ideolóxico. Segundo o autor, só há unha forma de fazer arte e é com emoçón. Non cría personáxes com peso e a sua estructura novelística resulta bastante débil. A sua força está na efectividade da sua narraçón, emparentada com o cinêma, e na precisón e riqueza da linguáxe. “La Venus mecânica” (1929) é unha curiosa amalgama de nihilismo, técnicas vanguardistas (a narraçón está interpolada com poemas em prosa) e erotismo. “La heroína, Obdulia”, é unha “niña bien” que acaba prostituíndo-se. Díaz Fernández solidarizou-se com a República durante a guerra civil espanhola. Participou no Congreso de Intelectuales Antifascistas e morreu exiládo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAQUÍN DÍAZ GARCÉS)
Publicado o02/02/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ GARCÉS, Joaquín (Santiago de Chile, 1877-1921). Escritor, estudou dereito na Universidade Católica aínda que non chegou a licenciar-se. Foi cofundador do diário “El Mercurio”, “Las Últimas Noticias” e “Pacífico Magazine”, entre outros. Chegou a ser alcaide de Santiago em 1906 e foi secretário da legaçón do seu país em Bélxica, Italia e Holanda. Foi candidacto à presidência de Chile em 1920. Utilizou com frequência o pseudónimo “Ángel Pino” nas suas narraçóns costumbristas ou de humor. Obras principais: “Páginas chilenas” (1908), “Páginas de Ángel Pino” (1917) e as publicadas póstumamente: “Un siglo en una noche”, “La muerte de O’Higgins” (1942) e a novela “La voz del torrente”, que se publicou o mesmo ano da sua morte.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS DÍAZ LOYOLA)
Publicado o02/02/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ LOYOLA, Carlos (Curicó, 1895-1968). Poeta chileno que firmaba os seus libros como “Pablo de Rokha”. Home turbulento, empregaba com facilidade adxectivos como “enorme” e unha longa lista de substântivos de um “xigantismo” herdado da rectórica de Whitman, sem que chegara a albergar a profunda visón do poeta norteamericano. “Los gemidos” (1917) foi a última colecçón de poemas que publicou neste estilo. A sua preocupaçón polo marxismo, o levou a formar parte da “guerrilla intelectual” e passou a escreber desde entón unha série de libros muito pessoais: “Satanás” (1927), e o poema longo “Jesucristo” (1930), seguidos dos libros político-poéticos “Canto de trinchera” (1933) e “Oda a la memoria de Gorki” (1936). Assim mesmo de esquerdas som os seus libros “Gran temperatura” (1937), “Cinco cantos rojos” (1938), “Morfología del espanto” (1942) e “Canto al Ejército rojo” (1944). A sua “Arenga sobre el arte”, apareceu em 1950. Para esa data, o liderato poético chileno estaba na mán de Pablo Neruda. “Neruda y yo” foi publicado em 1955.
.OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PORFIRIO DÍAZ MACHICAO)
Publicado o 26/03/2025 por fontedopazo | Deixar un comentario
DÍAZ MACHICAO, Porfirio (1909). Novelista e ensaista boliviano. Foi bibliotecario da Universidade de San Andrés em La Paz. Escrebeu um libro de contos, “Los invencibles” (1932), situado em época da “guerra del chaco”, no qual puxo de manifesto um pacifismo activo. Mais conhecido pola sua produçón novelística: “El estudiante enfermo” (Cochabamba, 1938), que versa sobre os problemas sexuais de varios estudantes universitários e de um soldado da guerra do Chaco; “Vocero” (1942), sobre a prensa, e “La bestia emocional” (1955), que é ao mesmo tempo história e autobiografía. A sua detalhada “Historia de Bolivia” (1954, cinco volûmes; aínda em curso de publicaçón) cobre até agora o período comprehendido entre 1920 e 1943. Dos seus ensaios, os mais conhecidos som: “20 lecciones sobre Bolívar” (1949), “El ateneo de los muertos” (1956) e “Crónica de crónicas” (1963). Compilou duas antoloxías: “Antología de la literatura boliviana” (Cochabamba, 1965, quatro volûmes.) e “Prosa y verso de Bolivia: antología” (1966-1967, três volûmes).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AURELIO DÍAZ MEZA)
Publicado o26/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ MEZA, Aurelio (Talca, 1879-1933). Autor teatral chileno que colaborou no xornal de Talca “La Libertad”, até que abalou para Santiago em 1899. Aparte das suas peças teatrais, escrebeu unha biografía de ficçón, “La Quintrala” ( o fundamento do libro, foi também tratado por Magdalena Petit “La Quintrala”, e Armando Araiza, “La tragedia de los Lisperguer”, 1936). O seu primeiro êxito no teatro foi com “Bajo la selva” (1914), comédia, ao igual que a obra num acto “Amorcillos” (1916). Outras peças teatrais forom “Ricacahuín”, “Araucania” e “Con su destino”. Publicou “Leyendas y episodios chilenos” (1925-1927, onze volûmes).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SALVADOR DÍAZ MIRÓN)
Publicado o27/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ MIRÓN, Salvador (Veracruz, 1853-1928). Poeta mexicano cuxa influênça sobre Darío e José Santos Chocano foi muito considerábel. O seu poema “Sursum” (1884) e os seus “Discursos políticos” (1884 e 1885) indicam que facía sua a afirmaçón byroneana de que o poeta é o líder dos homes. Mais tarde, habería de rechazar as suas românticas “Poesías” (Xalapa, 1886; 2ª ed., 1901) e toda a poesía que escrebeu antes de “Lascas” (Xalapa, 1901), importante documento do que é primeiro modernismo latinoamericano. Abandonou os temas de tipo social e adentrou-se nunha temática de fastío e desengano. Voltou os olhos para Quevedo polo seu tratamento da fala e a Góngora pola sua brilhante capacidade metafórica. As suas “Poesías completas” publicarom-se em 1941 (3ª ed., 1952). Novas ediçóns dos seus poemas, algunhas delas facsimilares, forom sendo publicádas nos últimos anos. Os escritos de Díaz Mirón non reflectem a violência que presidíu a sua vida. Perdeu o braço esquerdo nunha zaragata acontecida antes de unhas eleiçóns. Abandonou México por sua própria vontade e seguíu practicando o xornalismo político durante 1874 e 1875. Regressou a México como diputado em 1878. Em 1892 matou um home durante unha campanha eleitoral e foi sentenciádo a quatro anos de prisón. Em 1910 foi encarcerádo de novo por intento de asesinato e saíu libre em 1911 com o triunfo do presidente Madero. Os seus últimos borradores: “Astillas” e “Triunfos”, non chegarom a publicar-se.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GUILLERMO DÍAZ- PLAJA)
Publicado o28/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ-PLAJA, Guillermo (Manresa, 1909-1984). Historiador da literatura, crítico e ensaista que editou a “Historia general de las literaturas hispánicas” (1949-1967, sete volûmes) e a “Antología mayor de la literatura española”. Escrebeu mais de cento cinquenta libros; foi crítico literario de “ABC” e foi director do Instituto Nacional del Libro Español. Alguns dos seus escritos mais orixinais som: “El arte de quedarse solo y otros ensayos” (1936), “Introducción al estudio del romanticismo español” (1936; 2ª ed. rev., 1942), que obtívo o Premio Nacional de Literatura, na sua primeira apariçón; “El espíritu del Barroco” 1940; ed. ampl., 1983); “Modernismo frente a noventa y ocho” (1951); “Las estéticas de Valle-Inclán” (1965) e “El oficio de escribir” (1969). A sua “Poesía junta” apareceu em 1967. Últimamente publicou “Retrato de un escritor” (1978) e “El combate por la luz”. “La hazaña intelectual de Eugenio D’Ors” (1981).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DÍAZ RENGIFO)
Publicado o28/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ RENGIFO, JUAN (século XVI). Xesuita. Autor de “Arte poética española con una fertilísima silva de consonantes comunes, propios, esdrújulos y reflejos y un divino estímulo del amor de Dios” (Salamanca, 1592). O libro foi ampliádo, sem que se notara melhora algunha, por Joseph Vicens na edicçón de 1703. Na poética de Rengifo, a doutrina (o utile de Horacio) tem maior importância que o deleite (lo dulce en Horacio). Rengifo basou-se nas doutrinas de teóricos italianos como António da Tempo, aos quais adaptou às esixências da métrica espanhola. A sua Silva de consonantes o diccionario rítmico” era tán popular que Moratín, na sua obra “La derrota de los pedantes” (1789), escrebeu: “Qué es la poesía? El arte de hacer coplas. Y cómo se hacen las coplas? Comprando Rengifo por tres pesetas”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL DÍAZ RODRÍGUEZ)
Publicado o29/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ RODRÍGUEZ, Manuel (1868-1927). Româncista venezolano influído por Bécquer e Rodó. Os seus românces sociosatíricos apresentam unha intelixente descripçón das personáxes e narraçóns de viáxes, mas, carecem de um diálogo adequado. As suas obras som: “Sensaciones de viaje (París, 1896), “De mis romerías” (Caracas, 1898), “Sangre patricia” (Caracas, 1902) e a novela autobiográfica “Ídolos rotos” (París, 1901).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JESÚS DÍAZ RODRÍGUEZ)
Publicado o29/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ RODRÍGUEZ, Jesús (La Habana, 1942). Contista e ensaista cubano, professor de materialismo dialéctico na Universidade de La Habana. O seu libro “Los años duros” ganhou o Premio Casa de las Américas, em 1966.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAMÓN DÍAZ SÁNCHEZ)
Publicado o30/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ SÁNCHEZ, Ramón (Puerto Cabello, 1903-1968). Româncista e contista venezolano. Foi xornalista e colaborador de “Ahora” (1936-1937), xefe de publicaçóns do Ministerio de Agricultura e director da Editorial Nacional de 1942 a 1944. Na sua primeira novela, “Mene” (1936), usou a técnica documental para narrar a história de um povoádo que se converte vertixinosamente nunha próspera cidade pola chegada de unha companhía petrolera. Em “Cumboto” (1950) mostrou os problemas do mestiçáxe e das relaçóns entre brancos e negros nunha facenda cocoteira perto de Puerto Cabello, poboádo natal do escritor. O narrador é o negro Natividad, que conta a sua própria história e a de Federico Zeus, um branco, ao mesmo tempo que narra também a da mulata adolescente Pascua e a doutros personáxes. A fantasía entreláza-se com os feitos, o terror mistura-se com a piedade e o passado com o presente. As suas novelas posteriores resultam menos impresionantes: “Casandra” (1958) trata de unha pobre mulher que enlouqueceu e que alberga habilidades para predizer o futuro. Em essência a novela ataca o materialismo, mas fracasa ao non converter em herói ao personáxe José Uberto, que aparece como plano e carente de vida. Em “Borburata” (1961), unha família antanho poderosa abandona a cidade para tomar conta de unha prantaçón de cacao. Também publicou dous libros de contos: “Caminos del amanecer” (1942) e “La Virgen no tiene cara” (1946). E duas excelentes biografías: “Guzmán, elipse de una ambición de poder” (1951), que é um extraordinário panorama da história do século XIX, centrado nas figuras de Antonio Leocadio Guzmán e do seu filho Antonio Guzmán Blanco, e “El Caraqueño” (1967), sobre Simón Bolívar. Como historiador da literatura, escrebeu “Teresa de la Parra: clave para unha interpretación” (1954) e “Paisaje histórico de la literatura venezolana” (México, 1965), entre outras obras.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (VASCO DÍAZ TANCO)
Publicado o30/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍAZ TANCO, Vasco (Fregenal de la Sierra, Extremadura, 1490?-1573?). Autor teatral e poeta. Viaxou por Portugal, Italia, França e Turquía e foi probabelmente cautivo dos mouros antes de 1547, ano da publicaçón do libro entitulado “Palinodia de la nefanda y fiera nación de los turcos y de su engañoso arte y cruel modo de guerrear” (Ourense, 1547). Baseou o seu libro nos “Commentari delle cose dei turchi” (Venecia, 1541) de Paolo Giovio (1483-1552). Foi um autor muito prolífico, xá que no prólogo ao seu “Jardín del alma cristiana” (Valladolid, 1552) menciona ser autor de mais de quarenta e oito obras, algunhas das quais eram compilaçóns e outras, traduçóns. Perto de trinta destas obras perderom-se, mas “Los veinte triunfos” (c. 1530; ed. Rodríguez Moñino, 1945), história em verso de vinte importantes barcos espanhois, sobrevivéu e chegou até nós. O seu estilo latinizado recorda o de Juan de Mena.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAQUÍN DICENTA)
Publicado o30/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DICENTA, Joaquín (Madrid, 1893). Filho do importânte autor teatral Joaquín Dicenta Benedicto. Autor teatral também, tivo êxito com obras em verso como “Leonor de Aquitania” e “Son mis amores reales, publicados con Plumas en el viento en Obras dramáticas” (1933). Com Antonio Paso escrebeu “Un pasatiempo bufo-lírico-bailable en un acto” y “Los cuernos del diablo” (1927). Publicou também dous libros de poemas: “El libro de mis quimeras” (1912) e “Lisonjas y lamentaciones” (1913) com prólogo de Pérez Galdós. Escrebeu também a triloxía dramática “Hernán Cortés”.
OXFORD
DICENTA BENEDICTO)
Publicado o31/03/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DICENTA BENEDICTO, Joaquín (Calatayud, 1863-1917). Novelista e autor teatral de tendências liberais. Ao princípio da sua carreira escrebeu melodramas em versos post-românticos, seguindo a linha de Echegaray: “El suicidio de Werther” (1887), “La honra y la vida” (1888) e “La mejor ley” (1889). O seu drama em prosa “Luciano” (1894) foi seguido por “Juan José” (1906), estreádo em 1895. É um drama que narra o amor que sente a personáxe central por Rosa, que non lhe corresponde, mas, que desexa unha vida cómoda e confortábel. Juan José é um humilde trabalhador e rouba para poder dar a Rosa os seus desexos, mas, é colhido e encarcerado. Rosa vai viver com o seu rival, Paco. Juan José escapa da gaiola, mata o tal Paco e estrângula Rosa, que intentaba pedir socorro. Um amigo aconselha-o fuxir, mas el decíde quedar-se e afrontar o castigo, xá que a vida sem Rosa carece de sentido para ele. Apesar de ser ateo, Dicenta respeitaba a sensibilidade relixiosa. As suas obras teatrais estabam cheias desse socialismo liberal que Donoso Cortés atacaba. Considerado como o fundador do drama social espanhol, Dicenta resulta mais interesante nos dramas éticos. Non obstânte, a pesar de que os problemas éticos e morais o preocupabam mais que os da pobreza, el foi o primeiro que os meteu na escena espanhola, com peso e riqueza de matices e non como mero fundo para as escenas ou como ideias abstráctas. “El señor feudal”, estreáda em 1896, é mais representativa que “Juan José”. Unha moza campesina é deshonrada por um home de clásse média, o tío Roque, e é vingada polo seu irmán. Roque é o capataz dum fazendeiro andaluz e dota o seu filho Carlos, do qual espera que case com a neta do marquês de Atienza. Tío Juan é a personáxe simpática, cuxo filho Jaime é o prototipo do “home novo”, convencido das ventáxas do progresso e home de cidade. Mas, Jaime alberga certas características de Peribáñez e Pedro Crespo. O marquês prohíbe à sua neta o matrimónio com Carlos, non por razóns de clásse, senón por razóns morais. O terceiro drama social de Dicenta, “Daniel” (1906), que transcorre num poboádo mineiro, resulta menos convincente que os anteriores. Dicenta escrebeu também sainetes e zarzuelas, entre os que podemos mencionar: “El duque de Gandía” (1894), “Curro Vargas” (1898) e “La cortijera” (1899). “El crimen de ayer” (1904) mostra a um artista em decadência, o mesmo que o melodrama. “El lobo” (1913), que trata de um convicto que é redimido polo amor. A obra autobiográfica “Sobrevivirse” mostra a um artista que perde o favor do público, as ofertas de trabalho e ao final dá-se conta que non voltará a ser tído em conta, polo qual se suicida. As novelas de Dicenta, hoxe xá pouco lídas som: “Galerna” (1911), “Los bárbaros” (1912), “Encarnación” (1913), “De la vida que pasa” (1914), “Mi Venus” (1915) e “Paraíso perdido” (1917). Em “Novelas” (París, 1913) forom publicadas “El idilio de Pedrín”, “Idos y muertos”, “Infanticida” e “Sol de invierno”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MAX DICKMANN)
Publicado o02/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DICKMANN, Max (Buenos Aires, 1902). Xornalista, novelista e traductor que pertenceu ao grupo “Boedo”, comprometido com a reforma social. Entre os seus temas está o problema da inmigraçón, a integraçón dos xudeos, a pobreza e a inxustiça. Xunto com Leónidas Barletta e Lorenzo Stanchina é o grande mêstre da “novela proletária” do seu país. Escrebeu o libro de contos “Europa” (1930), que foi seguido pola sua novela mais conhecida, “Madre América” (1935), escrita num tôm épico que recorda ao de John Dos Passos, ao qual traduzíu para castelán. San Itatí, cidade que reflexa a realidade hispânoamericana como um microcosmos, está situada no delta do Paraná. As personáxes som representativas: Gabriel, fatalista; Perfecto, idealista; e Faustina, unha anciana bruxa. A linguáxe resulta áxil e vivída, mas, Dickmann passa a miúdo do épico para o banal. “Gente” (1936) contrapón o ascênso dos novos ricos como Óscar Lunel com a decadência da velha aristocrácia exemplificáda por Julia Rocamara. “Los frutos amargos” (1941), transcorre em Rosario, onde Ana Allison, filha de páis ingleses, contrai matrimónio com Walter Phelps. Rosario é unha cidade com unha grande quantidade de inmigrantes, na qual os ingleses tenhem maiores dificuldades de adaptaçón que outros grupos, assím que a obra coloca todos os ingredientes para que exista um conflícto entre Walter, que é antiarxentino, e Ana, que trata de integrar-se no seu novo país. “Esta generación perdida” (1945) reflexa a preocupaçón do autor pola Arxentina de postguerra. O herói Francisco San Millán, sacrifica a sua ex-amante Flora para lograr os seus próprios fins. “El motín de los ilusos” (1949) trata de unha revoluçón, mas, a personáxe do “revolucionário” carece de definiçón e, em xeral, à novela falta-lhe convicçón. Outras obras som: “Los habitantes de la noche” (1952), “El dinero no cree en Dios” (1958), e “Los atrapados” (1962). A sua obra non mereceu muita atençón por parte da crítica.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ELISEO DIEGO)
Publicado o02/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIEGO, Eliseo (La Habana, 1920). Poeta e contista cubano cuxas primeiras criaçóns se publicarom na importante revista “Orígenes”, fundada em 1944 por José Lezama Lima e José Rodríguez Feo. Diego viaxou por toda Europa e Estados Unidos. Sentiu-se atraído pola literatura anglosajona e foi identificado com círculos literários prerrevolucionários como os que integram Eugenio Florit e Mariano Brull. O seu compromiso é mais poético e literário que patriótico. “En la calzada de Jesús del Monte” (1949) é unha das suas melhores obras poéticas, ainda que colheitou igual êxito com os seus contos, especialmente com “Divertimentos” (1946).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ DE DIEGO)
Publicado o02/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIEGO, José de (Aguadilla, 1868-1918). Poeta e político portorriquenho. Seguía estudos em Espanha, quando foi encarcerado por ser simpatizante da República. Estando em Barcelona em 1887, escrebeu o seu primeiro libro de ensaios, “Jovillos” (Barcelona, 1904), que seguem a linha patriótica de R. E. Betances e E. M. de Hostos. “Los grandes infames” (1885) é unha colecçón de vintiséis sonetos. “Sor Ana” (1887) é um poema longo em tôm irreverente. Também como poeta publicou “Pomarrosas” (Barcelona, 1904) e o libro, patriótico e um tanto hinchado de estilo, “Cantos de rebeldía” (1916). “Cantos de pitirre” (Palma de Mallorca, 1950) publicados muitos anos depois da sua morte.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GERARDO DIEGO CENDOYA)
Publicado o03/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIEGO CENDOYA, Gerardo (Santander, 1896). Poeta, antólogo e musicólogo. Estudou com os Xesuítas em Deusto, e em Madrid e Salamanca. Foi professor de literatura em Soria, Gijón, Santander e Madrid. Foi também professor de música. Entre as suas antoloxías podemos citar “Antología poética en honor de Góngora desde Lope de Vega a Rubén Darío y Poesía española contemporánea” (1932; 2ª ed. (1901-1934), 1949). Participou nos movimentos “ultraístas” e “creacionistas”. É poeta de varios estilos que fundou duas revistas para reflexar os seus pontos de vista católicos: “Carmen”, para os poemas cultos, e “Lola”, para a poesía de tipo popular. “Iniciales” (1918) é um libro de poesía rexional e intimista. “El romancero de la novia” (1920; reescripto em 1944) é unha colecçón xuvenil excessivamente indulxente no que respeita ao seu sentimentalismo. “Imagen” (1922) é unha obra “creacionista”, seguindo a moda imposta por Huidobro; “Soria” (ed. lim., Valladolid, 1923; 2ª ed., Santander, 1948) contém sonetos com temas espanhois; “Manual de espumas” (1924; 2ª ed., 1941) reflexa novamente a sua preocupaçón polo uso de técnicas experimentais, mentras que em “Versos humanos” (1925) volta para os temas tradicionais e às suas formas poéticas. Com este libro ganhou o Premio Nacional de Literatura, compartído com Rafael Alberti e o seu “Marinero en tierra” aquel ano. Os seus libros posteriores continuam expostos às modas literárias: “La sorpresa” (1944), “La luna en el desierto” (1949), “Limbo” (Las Palmas, 1951), “Biografía incompleta” (1953). Também é autor de “Viacrucis” (Santander, 1931); “Fábula de Equis y Zeda” (México, 1932), de estilo gongorino; “Poemas adrede” (México,1932; 1943); “Ángeles de Compostela” (1940; 1961), de tema relixioso; “Alondra de verdad” (1941); “Amazona” (1955; 2ª ed.,1956); “Égloga de Antonio Bienvenida” (Santander, 1956); “Paisaxe con figuras” (Palma, 1956); “Canciones a Violante” (1959); “La suerte o la muerte” (1963), sobre tauromaquia; “El Jándalo” (1964); “Poesía amorosa” (1965); “El cordobés dilucidado” (1966); “Vuelta del peregrino” (1967); “La fundación del querer” (1970); e “Poemas mayores” (1980).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRAY DIEGO DE ESTELLA)
Publicado o04/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIEGO DE ESTELLA, Fray (Estella, Navarra, 1524-1578). Escritor místico da Orden de San Francisco. Estudou em Toulouse e Salamanca e o seu nome foi Diego Ballesteros y Cruzas. Viveu durante muitos anos em Portugal, onde chegou a ser confesor do Cardeal Granvelle (1517-1586) e conselheiro de Ruy Gómez da Silva; depois da morte deste último regressou ao seu povo natal, onde escrebeu a obra mística em prosa que lhe deu renôme igual ao de fray Juan de los Ángeles e san Pedro de Alcântara. As suas obras som basicamente doutrinais e tenhem escaso valor literário, sendo representativas da sua época em estilo devoto: “Tratado de la vida, loores y excelencias del glorioso apóstol y bienaventurado evangelista san Juan” (Lisboa, 1554; 2ª ed., Valencia, 1595); “Libro de la vanidad del mundo” (Toledo, 1562), reescripto e dividido em três partes (Salamanca, 1574, 3 volûmes); “In sacrosanctum Iesu Chisti domini nostri Evangelium secundum Lucam enarrationum” (Salamanca, 1575); “Meditaciones devotísimas del amor de Dios” (Salamanca, 1576); ed. Ricardo León, 1920), que é o libro mais interessante de Fray Diego. Nele examina o significado do “amor de Dios” e mostra um sentido autênticamente franciscano de amor para com a natureza. Finalmente, escrebeu “Modus concionandi: et explanatio in Psalm. CXXXVI super flumina Babylonis” (Salamanca, 1576; ed. P. Sagués Azcona, 1951, dous volûmes).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ I. DE DIEGO PADRÓ)
Publicado o05/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIEGO PADRÓ, José I. de (Vega, 1896). Escritor portorriquenho que viaxou por Espanha, França e Estados Unidos durante a sua xuventude e que se alistou em 1917 no exército estadounidense para lutar em Europa. “La última lámpara de los dioses” (1920; 2ª ed., 1950) é um texto poético post-modernista em que se tratam temas pagáns. A sua novela “En Babia: el manuscrito de un braquicéfalo” (1940) está âmbientada nos bairros pobres de Nova York: Harlem e o Bowery, entre outros; o herói é um intelectual e a protagonista é unha pervertida com tendências masoquistas. A novela enlaza com a tradiçón naturalista portorriqueña exemplificada por Alejandro Tapia e Manuel Zeno-Gandía. Em 1921, Diego e Luis Palés Matos fundarom o fugaz movimento “diepalismo” (nome derivado das letras iniciais dos seus apelhidos), no qual se defendía o uso da “onomatopeia” como linguáxe poético. Na sua obra posterior nota-se a influênça dos primeiros simbolistas franceses, que a sua vez abrirom o caminho à influênça de Whitman em alguns dos seus poemas. Resulta interesante mencionar que Diego denunciou o xovem movimento afroantilhano (em 1932) como carente de equilibrio mental e de ser um intento mórbido de orixinalidade.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DIÉGUEZ OLAVERRI)
Publicado o06/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIÉGUEZ OLABERRI, Juan (Guatemala, 1813-1882). Poeta. Adbogado de tendências liberais, foi perseguido por isso, até à ascensón ao poder do seu partido, depois da morte do dictador Rafael Carrera (1838-1865). Nomeádo professor de xurisprudência na Universidade de Guatemala. As suas “Poesías líricas” (1893) forom reedictadas com outro título “Poesías” em 1957. O melhor poema do libro é unha elexía dedicada a André Chénier chamada “El cisne”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAFAEL DIESTE)
Publicado o06/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DIESTE, Rafael (Rianxo, Corunha, 1899-1981). Contista, autor teatral e ensaista, dono de unha prosa cuidada e a miúdo fermosa. Xornalista professional, passou muitos anos como colaborador do “El Pueblo Gallego”. De tendências radicais, foi director do teatro das “Misiones Pedagógicas” durante a República. Exiliou-se depois do golpe de estado franquista em París, Buenos Aires, Cambridge e Nuevo León, México. As suas melhores narraçóns están reunidas em “Historias e invenciones de Félix Muriel” (Buenos Aires, 1943; 1974) e os seus ensaios em “La vieja piel del mundo” (1936), “Luchas con el desconfiado” (Buenos Aires, 1948), “Nuevo tratado del paralelismo” (Buenos Aires, 1955) e “Pequeña clave ortográfica” (Buenos Aires, 1959). A principios dos anos sessenta, Dieste voltou à sua Galiza natal. A sua melhor obra teatral é “A fiestra valdeira”, escrita em galego no 1926 e publicada por primeira vez no ano seguínte. Obra simbolista de grande interesse, trata do regresso de Miguel a Galiza depois de ter feito fortuna no Brasil. Um retrato recente pintado por um xovem artista mostra-o no âmbiente da sua vida na América: rodeado de marinheiros no cais. A sua mulher e a sua filha, que som consciêntes da sua nova situaçón económica esíxem que ese fundo sexa modificádo. Os habitantes do lugar, suxérem comprar o quadro tal como está, mas, Miguel néga-se a vender unha obra que el mesmo encargou. E, corta o fundo do quadro, no qual se vê o mar e leva o pequeno pedázo. Ó final a mulher e a filha logran recuperar o fragmento que faltava.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (VÍCTOR MANUEL DÍEZ-BARROSO)
Publicado o06/04/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍEZ-BARROSO, Víctor Manuel (México, 1890-1936). Autor e crítico teatral. A sua primeira obra, “Las pasiones mandan” (1925), é convencional tanto em tema como em tratamento, mas, “Véncete a ti mismo” (1926), escenificada por primeira vez em 1925, mostra a influênça das ideias de Freud sobre o subconsciênte e também deixa vêr a técnica de Pirandello. Em 1926 estreou “Una lágrima y Una farsa”. A éstas seguirom “La muñeca rota” (1927) e em “El Riego” (1929). A sua melhor obra foi “El y su cuerpo” (estreáda e publicada em 1934), na qual narra a história de um piloto aviador que fínxe haber morto num accidente. Conta depois à sua nái e ao seu amigo, que o fíxo por cobardía e que quedou muito impressionado polas mostras de respeito e dôr dos seus concidadáns no funeral. Como non pode sofrer a vergonha de ser descoberto, suicida-se. A obra está baseáda num feito real sucedido em México. As suas peças curtas están reunídas em “Siete obras en un acto” (1935).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ENRIQUE DÍEZ-CANEDO)
Publicado o29/05/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍEZ-CANEDO, Enrique (Badajoz, 1879-1944). Poeta posmodernista. Foi também o melhor crítico literário do seu tempo. Colaborou no “Diario Universal” e como crítico teatral no “El Sol”. A partir de 1939 exiliou-se em México, onde foi professor da Universidade Nacional. A sua poesía recebeu a influênça de Darío, Verlaine e Jiménez e publicou-se em “Versos de las horas” (1906) e “La visita del sol” (1907). Mais orixinais som “La sombra del ensueño” (1910), “Algunos versos” (1924) e “Epigramas Americanos” (1928). Xá no exilio, publicou “El desterrado” (México, 1940). Os seus artígos xornalísticos están reunidos em “Conversaciones literarias” (em várias series) publicadas nas “Obras completas” (1964-1965). A sua crítica teatral está reunida em “El teatro y sus enemigos” (México, 1939). “La nueva poesía” (1941), “Juan Ramón Jiménez en su obra” (1944) e “La poesía francesa del romanticismo al superrealismo” (Buenos Aires, 1945) recolhem os seus estudos sobre poesía.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ DÍEZ-CANSECO)
Publicado o30/05/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍEZ-CANSECO, José (Lima, 1904-1949). Novelista peruano que segue a linha social de Ricardo Palma, nas suas “Tradiciones peruanas”. “Suzy” (1929) é unha novela curta que reflexa as experiências do autor e que narra um amor adolescente. Totalmente diferêntes seríam as obras seguintes, por exemplo, “Estampas mulatas” (1930), série de esboços realistas que abarcam unha variáda gama de situaçóns e de histórias do “Perú costeño” e provinciano. “El gaviota” e “Kilómetro 83”, som as melhores das dez narraçóns sobre as comunidades chinêsas, que se desarrolham entre negros, sacerdotes e criminais. Algunhas destas narraçóns aparecerom por primeira vez em “Amauta”, onde xá afloraba a maestría do autor para descreber o ritmo do discurso e as costûmes dos abandonádos do seu país. César Miró pensa que Díez-Canseco é o mais criolho dos escritores peruanos, xá que as suas obras estám cheias de vivacidade, enxenho e malicia. As observaçóns mais profundas sobre a vida limenha podem encontrar-se nestas obras e nas de José Fernando (1903-1947). “Duque” (Santiago, 1934) é unha chispeante sátira sobre a alta sociedade limenha, da qual el mesmo era membro. As suas “Obras completas” aparecerom em 1949.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GUTIERRE DÍEZ DE GÁMEZ)

DÍEZ DE GÁMEZ, Gutierre (1378?- depois de 1448). Autor de “El Victorial: crónica de don Pero Niño, conde de Buelna”, que terminou de escreber em 1448. Ademais dos elóxios algo extravagantes que dedica á personáxe central, escrebe de unha maneira agradábel, intercalando na sua crónica passaxens do Libro de Alexandre, moralexas, máximas, romances, estribilhos e um excelente discurso, parecido ao das armas e as letras de Cervantes no seu Quixote.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FERNANDO DÍEZ DE MEDINA)
Publicado o31/05/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DÍEZ DE MEDINA, Fernando (La Paz, 1908). Historiador da literatura, ensaísta e polemista boliviano. Profundamente molesto polo que consideraba o negativismo de Aleides Arguedas, atacou-o com unha arenga patriótica chamada “Los valores negativos” (1929). Em 1941 respondeu ao discurso do vicepresidente norteamericano Henry Wallace, The American choice (1940), con “¡Siéntate, hombre del norte, y atiende al sur!” À obra de Tamato Para siempre, contrapuxo o seu “Para nunca”, panfletos surxídos da biografía fantástica escrita por Díez de Medina baixo o título de “Franz Tamayo, hechicero del Ande” (1942; 3ª ed., 1968). Em 1951 atacou a biografía escrita por Madariaga, Simón Bolívar (1949) e a secçón que Toynbee dedica no seu A study of history, aos Andes. Em 1948 fundou o movimento reformista “pachakutismo”, de caríz político. O primeiro panfleto do movimento foi “Pachakuti” (1948), que quere dizer “El reformador”, no qual se mostra contrário aos poderosos interesses mineiros em Bolivia e a favor das massas. O segundo panfleto é “Siripaka” (1949), e o terceiro “Ainoka” (1950). Os seus ensaios “Thunupa” (1947) e o seu poema em prosa “Nayjama” (1950) criárom um sentido de nacionalismo na xeraçón boliviana da postguerra. O seu “Libro de los misterios” (1951) é teatro simbolista na linha de Claudel; “La enmascarada y otros cuentos” é unha colecçón de narraçóns fantásticas que non albergam grande orixinalidade, sendo a sua linguáxe mais pedante que poética. A sua história “Literatura boliviana” (1953) foi reimpresa em Madrid em 1959.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ARMANDO DISCÉPOLO)
Publicado o01/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DISCÉPOLO. Armando (n. 1887). Dramaturgo arxentino que escrebeu a maioria dos seus sainetes em colaboraçón com Rafael de la Rosa, entre os quais, “El chueco Pintos”, sobre um vilán que desexa converter-se em chefe da polícia local e acaba na gaiola. Em “El conservatório de la armonía”, satiriza aos músicos profissionais, mentras que em “Stéfano” (1928) ridiculariza a um músico de orquesta que fracassou. Usando o “sainete” como modelo e vehículo, criou unha obra muito mais ambiciosa, “Relojero” (1934), com asômos pirandelianos. Unha das suas temáticas preferidas é a contínua frustraçón da ambiçón humana. A sua técnica resalta o grotesco, com o qual de algunha maneira antecipa o teatro do absurdo. Três dos seus neo-sainetes están reunidos em “Três grotescos” (1958).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DISPUTA DE ELENA Y MARÍA)
Publicado o01/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DISPUTA DE ELENA Y MARÍA. Debate do século XIII, de autor leonés desconhecido, que imitou o orixinal de Picardy, “Le jugement d’amour”. Também foi conhecido como “Disputa del clérigo y del caballero”. Trata-se de um texto que chegou incompleto e que consta de quatrocentos dous versos de metro irregular. Trata da discussón entre Elena e María sobre os méritos dos seus respectivos namorados, um cabaleiro e um abade. María alaba a vida acomodada do clérigo, o seu dinheiro, servintes e boa mesa. Elena afirma: “Somos irmáns e filhas d’algo, / mais eu amo o mais alto, / ca é cabaleiro armado, / das suas armas esforçado; / el mio és defensor, / el tuyo es orador: / que el mío defiende tierras / e sufre batallas y guerras, / ca el tuyo yante e yaz / y siempre está en paz”. As mulheres acudem a um rei para que decida, mas o manuscrípto termina antes de chegar a unha soluçón da disputa.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DISPUTA DEL ALMA Y DEL CUERPO)
Publicado o02/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DISPUTA DEL ALMA Y DEL CUERPO. Fragmento de trinta e sete versos de finais do século XII, que pertence ao “mester de xugraría”. Foi encontrado num pergaminho que tem a data de 1201. É unha traducçón do francês “Débat du corps et de l’âme. O tema resulta à sua vez recreado do “Rixa animi et corporis” latino. Trata-se da discusón da alma e o corpo de um home, cada um dos quais culpa o outro dos males que padece o home durante a sua vida. No fragmento encontrado no pergaminho do mosteiro de Oña, somênte sobrevive o parlamento da alma. Foi publicado em 1856 e 1900. O tema aparece muito bem tratado, no auto sacramental de Calderón “El pleito matrimonial del alma y del cuerpo”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FABIÁN DOBLES)
Publicado o02/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOBLES, Fabián (San Antonio de Belén, 1918). Novelista, contista e poeta costarricense, de ideoloxía marxista. Identifica-se a sí mesmo com os pobres em “Ese que llaman pueblo” (1942). O mais vivído naturalismo enche esta historia de um campesino pobre, que é obrigado a pedir um préstamo baixo interesses leoninos para poder contraer matrimónio, e por isso vê como a vida se lle complica dia trás dia. “El sitio de las obras” (Guatemala, 1950) mostra o problema da inxusta distribuiçón das terras. “Una burbuja en el limbo” (1946) é unha história quasi surrealista, na qual cría a personáxe de “Tata Mundo”, um campesino costarricense que é o narrador dos contos “Historias de Tata Mundo” (1955) e “El Maijú” (1957). Unha colecçón dos seus “Cuentos” apareceu em 1971.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS DOBLES SEGREDA)
Publicado o03/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOBLES SEGREDA, Luis (Heredia, 1890-1956). Historiador, bibliógrafo e costumbrista costarricense. Foi professor no seu país e secretário de Educaçón Pública. Professor de xeografía e espanhol em Estados Unidos. Ocupou cargos diplomáticos em Arxentina, Chile e vários países europeios. Compilou o excelente “Índice bibliográfico de Costa Rica” (1927-1936, nove vols.) e dedicou unha grande parte do seu tempo a “Heredia: Por el amor de Dios” (1918), sobre cinco mendigos; “Caña brava” (1926), basándo-se em recordaçóns da sua infância; e “Fradique Gutiérrez”, com tema colonial.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DODECASÍLABOS)
Publicado o03/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DODECASÍLABOS. Versos de doze sílabas. O tipo de dodecasílabos simples ou dactílicos acentúam-se na 2ª, 5ª, 8ª e 11ª sílabas: “Bendice mil vezes, bendice, alma mía, / en himno sonoro al Dios de Israel, / que mano y clemente visita su pueblo / y fuerte quebranta el yugo cruel” (Alberto Lista). O tipo composto pode consistir em dous hemistiquios de seis sílabas ou dous hemístiquios irregulares en combinaçóns de 7,5; 5,7; e 8,4, este último anotado na “Gramática de Nebrija”, mas raro na práctica. O composto de 5,7 foi utilizado por José Santos Chocano na sua “Momia incaica”. Sor Juana Inés de la Cruz a miúdo utilizaba o composto de 7,5, como nestes versos de “Nocturnos” (1679): “—Plaza, plaza, que sibe vibrando rayos. / —¿Cómo, qué? —Aparten, digo, / y háganle campo. / Abate allá, que viene, y a puntillazos / les sabrá al sol y la luna romper los cascos”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN JOSÉ DOMENCHINA)
Publicado o04/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOMENCHINA, Juan José (Madrid, 1898-1959). Novelista, poeta e crítico. Escrebeu resenhas literárias para “El Sol” baixo o pseudónimo de “Gerardo Rivera”, reunidas em “Crónicas y Nuevas crónicas de Gerardo Rivera”. A sua poesía, culterana no discurso e barroca na forma, está modelada na herência de Quevedo, Valéry e Juan Ramón Jiménez. Publicou “Del poema eterno” (1917; 2ª ed., 1922), “Las interrogaciones del silencio” (1918; 3ª ed.,1922), “La corporeidad de lo abstracto” (1929), “El tacto fervoroso” (1930), “Dédalo” (1932), “Margen” (1933), “Elegías barrocas” (1934) e “Poesías completas” (1936). As suas novelas resultam orixinais mas igualmente cerebrais que os seus poemas: “El hábito” (1926), e “La túnica de Neso” (1929), que mostra a neurose do intelectual Arturo, durante a última semana da sua vida. Depois do seu matrimónio com a poetísa Ernestina de Champourcin e do seu exilio em México, publicou “Destierro” (1942), “Pasión de sombra” (1944), “Exul umbra” (1948), “La sombra desterrada” (1950), “El extrañado: 25 sonetos, 1948-1957” (1958) e “Poesía, 1942-1958” (1975), todos eles publicados em México.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ DE JESÚS DOMÍNGUEZ)
Publicado o04/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOMÍNGUEZ, José de Jesús (Añasca, 1843-1898). Poeta e historiador portorriqueño. Estudou medicina em París e servíu na armada francesa durante a guerra franco-prussiana. Escrebeu “Los jíbaros de Puerto Rico” e “Prehistoria de Bunken”, assím como a inconclusa “Historia del lenguaje y la civilización”. Os seus primeiros poemas mostram a influênça de Espronceda e Bécquer: “Poesías de Guerardo Alcides” (1979) e “Odas elegíacas” (1883). Mas xá em “Las huríes blancas” (1886) se deixa notar a influênça de Rubén Darío. Escrebeu também a obra num acto “El sueño de una cacica” (1892), para celebrar o quarto centenário do descubrimento da América.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS L. DOMÍNGUEZ)
Publicado o05/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOMÍNGUEZ, Luis L. (Buenos Aires, 1819-1898). Historiador arxentino. Em 1878 ingresou no servíço diplomático. Estivo em Perú, Brasil, Estados Unidos, Espanha e Inglaterra. A sua família emigrou para o Uruguay em 1834. Está representado em numerosas antoloxías com o seu poema patriótico “El ombú”, mas a sua melhor obra é “Historia argentina, 1492-1820” (1861), que Sarmiento califica de excelente.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (RAMIRO DOMÍNGUEZ)
Publicado o05/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOMÍNGUEZ, Ramiro (1929). Poeta paraguayo da xeraçón de 1950. Colaborou em “Alcor”. Alguns dos seus libros som “Zumos” (1962) e “Salmos a deshora” (1963). Em 1953 publicou em colaboraçón com José Luís Appleyard e outros, o volûme “Poesía”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (BERNARDO DOMÍNGUEZ ALBA)
Publicado o05/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOMÍNGUEZ ALBA, Bernardo (1904). Poeta, novelista e contista panamenho, mais conhecido polo seu pseudónimo “Rogelio Sinán”. No seu libro “Onda” (Roma, 1929) propón unha completa ruptura com o verso tradicional. Influído entre outros por Gaspar Octavio Hernández (1893-1918), à sua vez influíu a poetas como Roque Xavier Laurenza (1910). Outras obras posteriores som “Incendio” (1944) e “Semana Santa en la niebla” (1949). As suas obras de ficçón, entre eróticas e psicolóxicas tenhem um toque pirandelliano: “Plenilunio” (1947) e os contos “La boina roja y cinco cuentos” (1954) e “Los pájaros del sueño” (1958). últimamente escrebeu obras de teatro, que aínda permanecem inéditas.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (HERNANDO DOMÍNGUEZ CAMARGO)
Publicado o06/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOMÍNGUEZ CAMARGO, Hernando (Bogotá, 1601?-1656). Poeta épico colombiano. Viveu durante uns anos em Lima e formou parte da Ordem de San Ignacio, mas parece que abandonou os hábitos polo final da sua vida. Morreu sendo párroco de Guatavita. Mais conhecido por ser o autor de um poema de estilo gongorino, que acabou inconcluso: “San Ignacio de Loyola, fundador de la Compañia de Jesús: poema heroico” (Madrid, 1666), composto por 1.117 oitávas reais, num estilo que combina as técnicas de Góngora e a sua escola, com nomes de prantas americanas, metáforas exóticas, construcçóns clássicas, alusóns mitolóxicas, aliteraçón e hipérbaton. Foi reedictádo duas vezes, em 1956 e em 1966, âmbas em Bogotá. Vários poemas curtos do autor forom incluídos no “Ramillete de varias flores poéticas recogidas y cultivadas en los primeros abriles de sus años de Jacinto de Evia” (Madrid, 1676). O melhor de todos é “A un salto por donde se despeña el arroyo de Chile”, inspirado nunha descripçón de Góngora nas “Soledades”. A autoría da maior parte das suas obras, foi posta em dúvida por Aurelio Espinosa Pólit em 1959.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO CÉSAR DOMINICI)
Publicado o06/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOMINICI, Pedro César (1872-1954). Novelista venezolano. Como xornalista e como diplomático passou muitos anos fora do seu país. Editou a importânte, ainda que fugaz revista “Cosmópolis” (1894-1895) com Coll y Urbaneja Achelpohl, para mostrar os diversos estilos literários das principais naçóns. El mesmo reflexou a influênça dos poetas franceses parnasianos. A sua novela “Dionysos” (1904), situada na Alexandría do século I a. C., debe mais à Aphrodite (1896) de Pierre Louÿs, que à leitura dos gregos, especialmente no que concerne ao herotismo e ao exôtismo da linguáxem. Non obstânte, a obra resulta muito melhor que a “La tristeza voluptuosa” (1899), situada no bairro Latino de París, tán familiar para o autor. Em “El triunfo del ideal” (París, 1901), intentou reflexar o período do renascimento italiano num estilo que recorda o de D’Annunzio. Só em “El cóndor” (1925) tratou um tema indíxena, narrando a disputa de Atahualpa com Huáscar e a conquista do Pirú. Escrebeu a sua autobiografía “Bajo el sol de otoño: del bosque de mis recuerdos” (Buenos Aires, 1947).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ DONOSO)
Publicado o07/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DONOSO, José (Santiago de Chile, 1924). Novelista e contista. A sua família pertence à burguesía. Estudou no Instituto Pedagóxico de Chile e obtuvo o gráu de “Bachiller en Artes” na Universidade de Princeton em 1951. Ensinou inglês no Instituto Pedagóxico da Universidade Católica e na Escola de Periodismo da Universidad de Chile. Os contos reunidos em “El veraneo” ganharom o Premio Municipal em 1956. Outro volûme de contos foi “El charleston”. As suas novelas: “Coronación” (Santiago, 1957) e “Este domingo” (1967) atacaba à oligárquia chilena. “El lugar sin límites” (1967) está situada no campo; a personáxe central é o proprietário don Alejo, que é também um libertino e um semvergonha. “El obsceno pájaro de la noche” (1970) é a sua obra mais ambiciosa. A novela está narrada por um surdomudo, que fora secretário de don Jerónimo, rico proprietário. Nunha das suas parcelas vivem mendigos, orfáns e “pillos”. A orfán Iris, escapa unha noite e fica prenháda. A novela está nunha linguáxe cheia de vivacidade e é a miúdo surrealista. Descrebe um mundo decadente, desesperado e delirante que Donoso identifica claramente com o mundo que lhe tocou viver. Trata-se de unha das melhores novelas hispanoamericanas. Outras obras som “Casa de campo” (1978) e “La misteriosa desaparición de la marquesita de Loria” (1980).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DONOSO CORTÊS)
Publicado o07/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DONOSO CORTÊS, Juan, marqués de Valdegamas (Valle de la Serena, Badajoz, 1809-1853). Ensaista de temas políticos e relixiosos. Foi entusiasta da monarquía e da Igrexa católica. A sua melhor obra é “Ensayo sobre el catolicismo, el liberalismo y el socialismo” (1851), que está incluido nas suas “Obras” (ed. G. Tejado, 1854-1855, cinco vols.). Donoso, no momento de escreber o ensaio, era embaixador de España em França. Descrebe de que maneira passou de um xuvenil entusiasmo polo liberalismo, que identificou com o socialismo, a unha posiçón católica que defendeu contra as outras das tendencias. O libro foi traducído para francês e para inglês, e levantou muitas controversias polo seu tôn “tajante”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ARMANDO DONOSO NOVOA)
Publicado o08/06/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DONOSO NOVOA, Armando (Talca, 1887-1946). Crítico e ensaista chileno, que também escrebeu textos humorísticos baixo o pseudónimo de “Gilko Orellana”. “Los nuevos: la joven literatura chilena” (Valencia, 1913) foi o primeiro dos libros e antoloxías que dedicou á literatura do seu país. O mais completo é “Nuestros poetas: antología chilena moderna” (1924) e o melhor é “Algunos cuentos chilenos” (Buenos Aires, 1943; segunda ed., 1945). Entre os seus ensaios literários podemos citar “Bilbao y su tiempo”, “Menéndez y Pelayo y su obra” (ambos de 1913) e “La sombra de Goethe” (Madrid, 1916). Escrebeu também unha autobiografía “Recuerdos de cincuenta años” (1947).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EL DORADO)
Publicado o30/07/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DORADO, EL. Lugar de riqueza inimaxinábel que, segundo os mais antigos exploradores do Amazonas, está localizado perto da rexión do Rio da Xungla. O mítico rei Manoa estaba, segundo as lendas, coberto primeiro de azeite e depois de pó de ouro. Muitas das expediçóns espanholas e inglesas, partíron com a esperança de encontrar o mítico lugar. Por extensón, o epícteto refére-se a qualquer lugar que esconda fabulosos tesouros, ouro e ricas pedrarías.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DIEGO JOSÉ DORMER)
Publicado o30/07/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DORMER, Diego José (m. 1705). Foi cronista dos feitos ocurridos em Aragón a partir de 1677, continuando os “Anales” (Zaragoza, 1663) de Uztarroz. Só foi publicada a primeira parte da sua obra, “Progresos de la historia en el reino de Aragón” (Zaragoza, 1680), que trata fundamentalmente da vida de Jerónimo de Zurita. As suas últimas obras forom “Discursos varios de historia, con muchas escrituras reales antiguas” (Zaragoza, 1683) e “Anales de Aragón desde el año MDXXV hasta el de MDXL” (Zaragoza, 1697). Os seus escritos som detalhados e precisos e o seu estilo é natural e sinxélo. Também é autor de “San Laurencio defendido” (1673).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (REINHART PIETER ANNE DOZY)
Publicado o31/07/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DOZY, Reinhart Pieter Anne (Liexa, 1820 – 1883). Arabista holandês especializado na Espanha musulmana cuxas obras preparatórias incluiem unha ediçón da “History of the Almohades” (Liexa, 2ª ed., 1881) e o “Scriptorum Arabum loci de Abbadidis” (Liexa, 1846-1863, três vols.) de al-Marrâkushî; “History of Africa and Spain de Ibn ‘Idhârî” (Liexa, 1848-1852, três vols.); “Historical commentary on the poem of Ibn ‘Abdûn” (Liexa, 1848) de Ibn Badrûn, e o seu “Dictionnaire détaillé des noms de vêtements chez les Arabes” (1845). A sua obra magna é a “Histoire des mussulmans d’Espagne, jusqu’à la conquête de l’Andalousie par les almoravides, 711-1110” (Liexa, 1861), completada por “Recherches sur l’histoire et la littérature de l’Espagne pendant le moyen âge” (Liexa, 1849, dous vols.; 3ª ed. rev., 1881). Esta última é um maxistral análise da inconsistência das crónicas com respeito ao Cid; mostrando, ao mesmo tempo que destrói as lendas a um Cid, muito menos aceitábel que o que defendem os espanhois. R. Menéndez Pidal, óbsta a Dozy na obra mais importânte que se escrebéu para refutar as teorías do holandês: “La España del Cid” (1929, dous vols.). A obra de Dozy no campo da filoloxía foi também âmpla; culminou com o “Supplément aux dictionnaires arabes” (Liexa, 1877-1881, dous vols.) e com a publicaçón do libro que escrebeu em colaboraçón com W. H. Engelman, “Glossaire des mots espagnols et portugais, dérivés de l’arabe” (Liexa, 1866). Também editou os “Analectes sur l´histoire et la littérature des arabes d’Espagne” (Liexa, 1855 – 1861, dous vols.) de al-Maqqarî e, com “De Goeje, la Description de l’Afrique et de l’Espagne” (1866) de al-Idrîsî e o “Calendrier de Cordoue de l’année 961” (Liexa, 1874). Tivo menos êxito como divulgador em “Het Islamisme” (Haarlem, 1863) e “De Israeliten te Mekka” (Haarlem, 1864), âmbos de carácter polémico.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (OSVALDO DRAGÚN)
Publicado o01/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DRAGÚN, Osvaldo (1929). Autor teatral arxentino que experimentou exitosamente com temas clássicos “La peste viene de Melos” (1956), e temas indígnas, “Tupac Amaru” (1957). O crú realismo de “El jardín del infierno (1959) desarrolhará-se em dramas mais subtís como “Y nos dijeron que éramos inmortales” (1962) e “Milagro en el mercado viejo” (1963). “Heroica de Buenos Aires” (1966) ganhou o Premio Casa de las Américas. Um volûme do seu “Teatro” apareceu em 1965.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS DROGUETT)
Publicado o01/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DROGUETT, Carlos (1914). Novelista e contista chileno obsessionado por temas de violência e morte. É autor prolífico cuxas simpatías se decantam para as clásses trabalhadoras e os estudantes de esquerdas. “Sesenta muertos en la escalera” (1953), ganhou o Premio Nascimento. O tema da obra é a masacre de estudantes cometida pola polícia em 1938. “Eloy” (Barcelona, 1960) é um monólogo bem construído, inspirado em Proust, que trata da última noite do condenado à morte Ñato Eloy, um bandido. “100 gotas de sangre y 200 de sudor” (1961) é unha recreaçón literária da conquista de Chile narrada com toda a força e o horror que a acompanhou. “Patas de perro” (1965), conta a história do inválido Bobi, com quem cada leitor se sente identificado. “El compadre” (1967) trata de Ramón, alcohólico, que tem por amigo e companheiro a um santo da igrexa. Non obstânte, a axuda divina falha e continua caíndo no vício. A melhor das suas novelas posteriores é “El hombre que había olvidado” (Buenos Aires, 1968), cuxos principais protagonistas som Mauricio, a sua noiva La Rubia e um assassino psicópata que se ensanha com os bebes. O medo e a desesperança do home som os temas xerais da obra de Droguett, que publicou as suas narraçóns curtas em “Los mejores cuentos de Carlos Droguett” (1967).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (OTTO D’SOLA)
Publicado o02/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

D’SOLA, Otto (Valencia, 1912). Poeta venezolano, colaborador da revista “Viernes”. Os seus libros “Acento” (1935), “Presencia” (1938), “De la soledad y las visiones” (1941) e “El viajero mortal” (1943) som imaxinarivos e sensuais. Utiliza técnicas surrealistas, mas non é a dominante do seu trabalho a perfeiçón formal, senón a emotividade da poesía. Editou unha importante “Antología de la poesía venezolana” (1940, dous vols.).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DIEGO DUBLÉ URRUTIA)
Publicado o02/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DUBLÉ URRUTIA, Diego (Angol, 1877-1967). Poeta rexional chileno. Foi diplomático e viveu fora do seu país desde 1904, até a sua reforma. Os seus poemas alcanzaron um equilibrio entre o romantismo, o classicismo e o modernismo. “Fontana árida” (1953), alberga obras suas escritas desde 1895 até 1952; neste libro encontram-se também “Del mar e la montaña” (1903) e “El caracol” (1903), selecçóns da sua obra. Em “Veinte años” (1898) estudou a literatura chilena.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DE DUEÑAS)
Publicado o02/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DUEÑAS, Juan de (c. 1405-1460?). Poeta cortesano. Perdeu o favor de Juan II e passou a servir aos filhos de don Fernando de Antequera em Aragón e Navarra. Em companhia de don Alfonso de Aragón foi feito prisioneiro na batalha de Ponza em 1435 (esta batalha inspirou ao marqués de Santillana a “Comedieta de Ponza”). Mentras estaba cautivo em Nápoles escrebeu o poema alegórico em octassílabos “La nao del amor”, editado com outras obras em “Cancionero castellano del siglo XV de Fouché-Delbosc” (1915). O marqués de Santillana, retou-o a duelo literário no seu breve “Decir contra los aragoneses” (1429). A resposta de Dueñas aparece editada no “Cancionero” xá citado. Que se fíxo muito popular com “El pleito que tuvo J. de D. con su amiga, diálogo cheio de versos enxenhosos”. Ao seu regreso, viveu na corte de Blanca de Navarra.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AQUILINO DUQUE)
Publicado o03/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DUQUE, Aquilino (Sevilla, 1931). Poeta, novelista e traductor, que vive em Roma. Estudou leis nas universidades de Sevilla, Cambridge e Dallas e viaxou por muitos países. Traduzíu para castelán a Roy Campbell, Dylan Thomas, Heinrich Böll, Thomas Mann, Bertold Brecht e Anna Akhmatova. Os seus libros de poemas som “La calle de la luna” (1958) e “El campo de la verdad” (1958). Na excepcional novela “Los consulados del más allá” (Barcelona, 1966), satirizou a Cádiz de 1868 e 1869. As suas obras anteriores mostram a influênça de Valle-Inclán, reduzída a mínimos nas suas seguintes novelas, “El invisible anillo” (1971), “La rueda de fuego” (1971), “La linterna mágica” (1971) e “El mono azul” (Barcelona, 1974).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DIEGO DUQUE DE ESTRADA)
Publicado o03/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DUQUE DE ESTRADA, Diego (Toledo, 1589-1647). Poeta e probabelmente autor teatral, pois menciona dezasete comédias na sua romântica autobiografía. Non obstânte, ningunha delas foi encontrada e Gayangos duvída da veracidade das mesmas. A autobiografía foi reeditada em “Memorial histórico español” (1860, vol. 12) e “Autobiografías de soldados” (1956). A obra está cheia de fugas, amores, façanhas militares, ademais de unha orixe aristocrática, que pode muito bem ser também imaxinária. Titula-se “Comentarios del desengañado de sí mismo, prueba de todos dos estados y elección del mejor de ellos” (1956). Da sua poesía só nos queda “Octavas rimas a la insigne victoria que la Serenísima alteza del príncipe Filiberto ha tenido…” (Mesina). Passou os últimos anos da sua vida num mosteiro de Cerdenha, baixo o nome de Justo de Santa María.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ARMANDO DURÁN)
Publicado o04/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DURÁN, Armando (La Habana, 1938). Narrador venezolano que fíxo os seus primeiros estudos em Estados Unidos, e doutorou-se na Universidade de Barcelona. Professor de literaturas românicas na Universidade de Michigan. As suas novelas, impressionantes âmbas, som “Contracorrientes” (1969) e “Triángulos” (1971). A influênça de Jorge Luis Borges manifesta-se em contos como “José Barcalayo, killer of pests”, traduzida em “Mundus Artium” (Atenas, verán de 1970).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AGUSTÍN DURÁN)
Publicado o04/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DURÁN, Agustín (Madrid, 1789-1862). Crítico literário e editor de românces. Foi director da Biblioteca Nacional e formou unha excelente biblioteca que foi adquerída polo estado pouco depois da sua morte. Escrebeu “Discurso sobre el influjo que ha tenido la crítica moderna en la decadencia del teatro antiguo español, y sobre el modo con que debe ser considerado para juzgar convenientemente de su mérito particular” (1828). Neste importânte estudo aclara alguns pontos que tinham servído aos neoclássicos para atacar o teatro do “Siglo de Oro”: afirmaba que o teatro espanhol mais antigo non deriva do drama clássico grego; que os seus princípios e leis diférem e deben diferir dos modelos clássicos xá que som por natureza diferentes; que as leis do drama espanhol debem ser suficientemente libres para permitir o libre voo da imaxinaçón e que a poesía oral da Península, que se infiltrou no teatro do “Siglo de Oro”, debe ser considerada unha das razóns principais do êxito que tívo o teatro. O seu “Discurso” foi defendido por Nicolás Böhl de Faber em Cádiz, e atacado polos apoloxístas neoclássicos José Joaquín de Mora, Alcalá Galiano e outros. Durán defendia a paixón antes que a perfeiçón formal em literatura. Polo qual, afastaba a obra de Leandro Fernández de Moratín e pugnaba porque foram reconhecidas as de Calderón, Lope e Tirso. Também ficou famoso por ter recolectado mais de 1.200 românces, que reuníu no “Romancero general ou Romancero de Durán” (1828-1832, cinco vols.). Esta obra foi reimprimida duas vezes: unha em París (1838) e outra em Barcelona (1840). Insatisfeito com estas edicçóns, Durán preparou outra, na qual se incluía 1.887 românces (BAE, vol. X, 1849, e vol. XVI, 1851). Os seus pontos de vista sobre a orixe dos românces xá non están vixentes, mas os textos e a maioría das notas continuam a ser úteis. Compilou também unha “Colección de sainetes” (1843). Escrebeu duas curiosas lendas, às quais deu um toque de antiguidade tanto no tratamento como na linguáxe: “La infantina de Francia y sus amores con la hija del rey de Hungría” e “Leyenda de las tres toronjas del vergel de amor” (1856), publicadas baixo o pseudónimo de “El Trovador”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL DURÁN)
Publicado o05/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DURÁN, Manuel (Barcelona, 1925) Poeta e crítico que saíu de Espanha com a sua família ao terminar o quartelazo de 1936. De França passou a México em 1942. Estudou leis e letras na Universidade Nacional Autónoma de México e na Universidade de Princeton. Os seus libros de poesía som “Puente” (México, 1946), “Ciudad asediada” (México, 1956), “La paloma azul” (México, 1959), “El lugar del hombre” (México, 1965), “El lago de los signos” (México, 1978). Publicou também um libro de poemas em catalán: “Ciutat i figures” (México, 1952). Dos seus trabalhos críticos citamos: “El superrealismo en la poesía española contemporánea” (México, 1952) e “La ambigüedad en el “Quijote” (Xalapa, 1960). Editou “Lorca: a collection of critical essays” (Englewood Cliffs, 1962).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS DURAND)
Publicado o05/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

DURAND, Luis (Traiguén, 1895-1954). Novelista e contista chileno. Ao terminar os seus primeiros estudos começou a trabalhar na Biblioteca Nacional do seu país. Foi durante muitos anos director da revista “Atenea”. As suas melhores obras de ficçón som as que tenhem como protagonistas às clásses campesinas do sul de Chile, perto de Temuco, na fronteira entre brancos e indios mapuches. Delas a melhor é “Frontera” (1949), que non tem o vigor de José Eustacio Rivera nem o lirismo de Rómulo Gallegos, mas que o compensa na finura do tratamento épico dos temas e polo mistério do que sabe rodeálos. Trata-se de um escritor na linha de Mariana Latorre, que descrebe as personáxes das clásses dominadas com técnica realista. Estas personáxes tenhem um horizonte mental muito limitado e unha linguáxe pobre nos contos de “Tierra de pellines” (1929), “Campesinos” (1932) e “Cielos del sur” (1933). Outras novelas suas som “Mercedes Urízar” (1935), “Piedra que rueda” (1935) e “El primer hijo” (1939). Os seus ensaios aparecerom em “Presencia de Chile” (1942), “Alma y cuerpo de Chile” (1947) e “Gente de mi tiempo” (1953).
OXFORD
LETRA “E”
PABLO ECHAGÜE)
Publicado o06/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ECHAGÜE, Juan Pablo (San Juan, 1877-1950). Home de letras arxentino, que primeiro se deu a conhecer com resenhas teatrais em “El País” (1904-1908), xornal no qual colaborou baixo o pseudónimo de “Jean Paul”, e em “La Nación” (1912-1918). Estas “resenhas” forom publicadas em “Punto de vista” (Barcelona, 1905) e “Prosa de combate” (1908). Reuníu as suas últimas resenhas em “Una época del teatro argentino, 1904-1918” (París, 1918; Buenos Aires, 1926). Ao seu regreso dunha viáxe por Europa, ensinou história do teatro no Conservatório Nacional, foi membro fundador da Academia Nacional de la Historia desde 1931 e presidente do Consejo Nacional de Bibliotecas Públicas. Em 1938 ganhou o Premio Nacional de Literatura com a sua obra de ficçón “Por donde corre el Zonda: fantasmagorías” (1938).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO ECHAGÜE)
Publicado o06/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ECHAGÜE, Pedro (Cuyo, 1800-1875). Autor teatral e româncista arxentino. Ganhou a vida de muitas diferentes maneiras: foi viaxante, soldado e inspector escolar. Editou “El Zonda”, revista fundada por Sarmiento. Escrebeu unha série de novelas, hoxe esquecidas e duas boas obras de teatro: “Rosas” (1851; 2ª versón, 1860) e “Amor y virtud” (1868) que mostram as naturais fraquezas do romantismo em boga. J. A. Leguizamón díxo del: “Dentro do seu tempo e do seu meio, nos aparece como um honrado artista, trabalhador paciente na canteira apenas explorada”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ ECHEGARAY)
Publicado o07/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ECHEGARAY, José (Madrid, 1832-1916). Autor de melodramas que dominarom a escena espanhola desde 1875 até 1905. Matemático e enxenheiro de profissón, ao fim da sua vida foi ministro de Finanças e fundador do Banco de España. Começou a escreber obras teatrais no exilio, quando contaba quarenta anos. Acadou êxito com a sua primeira obra “El libro talonario” (1874), escríta baixo o pseudónimo de “Jorge Hayaseca”. Trata-se de unha comédia de salón na qual unha enxenhosa esposa pón em apretos a um marido infiel. Depois escrebeu algo mais de sessenta obras, algunhas forom êxitos extraordinários e outras completos fracassos. Echegaray herdou o arrastre popular que em seu dia tívo Tamayo e a mesma nefasta influênça sobre os seus contemporâneos, imitadores e seguidores. A sua versificaçón carece de encanto; as suas personáxes acartonadas e as grotescas situaçóns às que as conduz, som resolvidas de maneira inverossímil e violenta. A sua única virtude é que consegue dar às suas obras um ar de mistério e consegue manter a atençón do público até ao final da obra. Por isso os seus melodramas em verso com tema histórico, conseguirom resistir melhor o paso do tempo que as outras obras e talvés por isso também foi situádo erróneamente dentro do romantismo espanhol. As suas obras mais famosas som: “En el puño de la espada” (1875); “O locura o santidad” (1877); “El gran galeote” (1881), que trata das consequências funestas das murmuraçóns; “Dos fanatismos” (1888); “El hijo de Don Juan” (1892), na qual se nota a influênça do Ibsen dos “Espectros”; “Mariana” (1892); “Mancha que limpia” (1895); “La duda” (1898); “El loco Dios” (1900); e “La fuerza de arrastrarse” (1905). Ganhou o Premio Nobel de Literatura em 1904. As mais âmplas edicçóns das suas obras som: “Obras dramáticas escogidas” (1884-1905, 12 vols.) e “Teatro escogido” (1955; 2ª ed., 1959). Também escrebeu “Algunas reflexiones generales sobre la crítica y el arte literario” (1894), “Cuentos” (1912) e a autobiografía “Recuerdos” (1917, 3 vols.).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL ECHEGARAY)
Publicado o07/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ECHEGARAY, Miguel (Quintanar de la Orden, Toledo, 1848-1927). Autor teatral. Irmán de José Echegaray. A primeira obra que estreou foi “Cara y cruz” (1864) e de alí em diante, formou parte do trío de libretistas do “género chico” mais famoso do seu tempo. Os outros dous membros forom Vital Aza e Miguel Ramos. Os seus libretos mais famosos som “El dúo de la Africana” (1893), “Gigantes y cabezudos” (1898) e “La viejecita” (1898). Foi elexído membro da Real Academia em 1913.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AQUILEO J. ECHEVERRÍA)
Publicado o08/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ECHEVERRÍA, Aquileo J. (San José, 1866 – Barcelona, 1909). Poeta costarricense, que Darío consagrou como “el poeta nacional”. o poeta representativo, o poeta familiar. Desde unha perspectiva actual. os seus versos som excessivamente sentimentais e afundam com frequência no lugar comúm. “Concherías” (1905) alberga poemas escrítos no idioma dos campesinos costarricenses o “conchos”, que é ainda muito popular entre eles. Em 1908 fíxo unha viáxe à Europa, a causa da sua saúde, e morreu em Barcelona sem poder ver a segunda edicçón da sua obra (Barcelona, 1909).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ESTEBAN ECHEVERRÍA)
Publicado o08/08/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ECHEVERRÍA. Esteban (Buenos Aires, 1805-1851). Novelista, poeta e ensaista arxentino. Em 1825 partíu para París, onde vivéu cinco anos. Em 1830 regressou ao seu país e dous anos depois publicou “Elvira, o la novia del Plata”. Escrebeu depois “Los consuelos” (1834) e “Rimas” (1837), onde encontramos o famoso poema “La cautiva”, ambientado nas pampas, que xá revela unha filiaçón romântica. Foi opositor do rexíme de Rosas e tívo que exiliar-se no Uruguay em 1840. No ano seguinte escrebeu “El matadero” (publicado em 1871) contra o dictador, novela curta na qual fái unha descripçón realista desse lugar, que simboliza a Arxentina baixo Rosas. Espúxo as teorías românticas no seu libro “Fondo y forma de las obras de imaginación”, no qual refúta as teorías aristotélicas. Defende a poesía, à que considéra a forma superior da criaçón artística. O “padre del romanticismo argentino” afirma que o artísta debe ser libre de escolher o seu tema e estilo; cada raza desarrolhará um gosto estéctico que a represente. Echeverría tívo grande influênça sobre outros escritores arxentinos, especialmente sobre Juan María Gutiérrez.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ ANTONIO ECHEVERRÍA)
Publicado o27/09/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ECHEVERRÍA, José Antonio (Venezuela, 1815-1885). Cubano por adopçón, escrebeu vários libros sobre temas de história cubana, mas é recordado por unha novela histórica na tradiçón de Walter Scott entitulada “Antonelli” (1838), que descrebe um episódio imaxinário na vida de Giambattista Antonelli, arquitecto encargado de construir o castelo de El Morro, na Habana, mandado por Felipe II em 1560. Echeverría foi o copista e também o adaptador do primeiro poema cubano: “Espejo de paciencia”, atribuído a um tal Silvestre de Balboa, datado em 1608. Exiliado em Nova York, fundou em colaboraçón com José de Armas, o xornal “La Revolución” (1869).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JORGE EDWARDS)
Publicado o27/09/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EDWARDS, Jorge (Santiago de Chile, 1931). Contista e novelista. Estudou leis na Universidade de Chile e litigou e prestou os seus serviços no Ministério de Asuntos Exteriores. O seu tema mais caro é a debilidade da clásse média chilena. Os seus contos tenhem muito que ver com a obra de Mario Benedetti: mostram o destino, o humor, a dôr e a traxédia dos habitantes da capital. Estas narraçóns forom publicadas em “El patio” (1952), “Gente de la ciudad” (1961) e “Las máscaras” (1967), esta última recopilaçón é muito superior às anteriores. “El peso de la noche” (1964) arranca do dito por Portales: “El orden social en Chile se mantiene por el peso de la noche”. Nesta obra, Edwards trata de reflexar a carência de valores xenuínos da cidade de Santiago, que é vista a través dos olhos de Cristina, do seu filho Joaquín (um alcohólico) e do seu enfermiço neto, Francisco. Outra novela, em parte autobiográfica, é “Persona non grata”, sobre a sua estância como diplomático em Cuba. Depois publicou “Los convidados de piedra” (1978).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAQUÍN EDWARDS BELLO)
Publicado o28/09/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EDWARDS BELLO, Joaquín (Valparaíso, 1886-1968). Româncista e ensaista chileno. Foi descendente directo de Andrés Bello. Primeiros estudos na Escuela Inglesa de Valparaíso e posteriormente estudou em Europa. A sua obra de ficçón pode ser dividida em dous períodos: a anterior a 1928, unha obra comparada à de Vicente Blasco Ibáñez e que derivaba do naturalismo de Zola, e a que publicou depois dessa data, unha vez liberado do zolaismo e que começa com a publicaçón de “El chileno en Madrid” (1928). O seu primeiro período começa com “El inútil” (1910), novela que mostra a degradaçón de um chileno em París. Causou tanto desgosto com a publicaçón desta obra, que teve de exiliarse no Brasil, como conta no seu libro “Tres meses en Rio de Janeiro” (1911). “El monstruo” (1912) retoma o asunto do chileno em París, mas esta vez o protagonista salva-se da degradaçón ao voltar rápidamente para Chile e namorar-se alí dunha mulher honesta, non antes de que o autor se permitíra satirizar a sociedade antes de que isto aconteça. Torres Rioseco refére-se principalmente a esta novela quando comentaba que o autor é um Larra da América, que fustiga com um látigo os corpos nús dos seus compatriotas. Também escrebeu “La tragedia del “Titanic” (1912), que foi depois reescrita e publicada baixo o título de “La muerte de Vanderbilt” em 1922. “El roto” (1920) é a obra em que por fim se atreve a aplicar as teorias de Zola à sociedade chilena “in situ” e non em París, causando o esperado escândalo. “Cap Polonio” (1929); “Valparaíso, la ciudad del viento” (1931) é a obra na que por primeira vez, observa e descrebe a beleza da sua cidade natal, tema sobre o qual volta a insistir “En el viejo almendral” (1943). Antes publicára outras novelas: “Criollos en París” (1933) e “La chica del Crillón” (1935), outra vez unha sátira em que unha “niña bien” cai no vício. A pesar de que tem um grande domínio da narraçón, as personáxes carecem de profundidade e é excessivamente explícito no que toca aos seus xuízos morais. Que fán decair o interesse do leitor.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ÉGLOGAS)
Publicado o28/09/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ÉGLOGAS (do grego eklogé, elexído). O significado clássico deste nome aplica-se a poemas bucólicos ou pastorís. Virxílio utiliza três tipos de églogas: a narrativa, a dramática e a combinaçón das duas. Teócrito está considerado por unanimidade o grande mestre grego deste xénero. Na literatura, também adquere forma lírica, como as de Garcilaso de la Vega e dramática como as de Juan del Encina e Lucas Fernández. “Idilio” é unha palabra que se utiliza a miúdo como sinónimo, sobre tudo entre autores clássicos, mas Martínez de la Rosa suxére que o “idilio” é mais delicado e oferta a descripçón de sentimentos de maior ternura que a égloga. Alguns dos mestres deste xénero literário som: Herrera, Lope de Vega, Rioja, Pedro de Espinosa, Fernández de Moratín e Meléndez Valdés.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN JOSÉ DE EGUIARA Y EGUREN)
Publicado o29/09/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EGUIARA Y EGUREN, Juan José de (México, 1695-1763). Bibliógrafo. Foi reitor e catedrático da Universidade de México. Depois de haber ocupado importantes canongías, foi nomeado bispo de Yucatán, mas renunciou ao honroso cargo para dedicar-se a escreber a sua ambiciosa “Biblioteca mexicana” (1755, vol. I, A-C), empresa para a qual non estaba preparado, polo seu estilo excessivamente gongorino, por rexeitar o uso do castelán e preferir o latím e polo seu acercamento polémico e algo duvidoso à investigaçón. Morreu antes de publicar a obra na sua totalidade. Chegou a publicar o primeiro volûme e preparou as entradas que ván da D à J, mas o manuscrípto (hoxe propriedade da Universidade de Austin) só foi publicado fragmentariamente. A sua obra foi continuada, com maior intelixência e imparcialidade, por José Mariano Beristáin de Souza na “Biblioteca hispanoamericana septentrional” (1816). O propósito de Eguiara de criar unha enciclopedia de autores do Novo Mundo, debe-se às várias opinións despectivas de erudictos e intelectuais espanhois e europeus a respeito da cultura de América. Por isso, Eguiara, e mais adiante Beristáin, intentarom dar unha ideia completa da existência de autores, correntes e publicaçóns da América hispânica. No caso de Eguiara, a “proba” de que tais homes existíam se frustra em grande parte por que a obra está escrípta em latím (incluso os títulos dos libros), pois pensaba (erróneamente) que a obra ganharía com isto peso intelectual. Outras obras menores som “Vida del venerable padre don Pedro de Arellano y Sosa, sacerdote…” (1735) e “Selectae dissertationes mexicanae ad scholasticam spectantes theologiam tribus tomis distinctae” (1746), da qual só chegou a aparecer o primeiro volûme.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS DE EGUÍLAZ)
Publicado o29/09/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EGUÍLAZ, Luis de (Sanlúcar de Barrameda, 1830-1874). Novelista e autor teatral. Quando tinha somênte quatorze anos, escrebeu e escenificou em Xerez a sua obra em um acto “Por dinero baila el perro”. Estudou léis em Madrid e começou a sua carreira literária como protexído de Eugenio de Ochoa. Como dramaturgo, um dos seus piores defeitos, é que tende a criar caricaturas em lugar de personáxes, como na sua primeira obra séria “Verdades amargas” (1853), na qual Carlos é o hipócrita arquetípico e Luis o egocêntrico. Sucede igual em “Mentiras dulces” (1859) e “La cruz del matrimonio” (1861), que é a sua melhor obra a pesar das personáxes estereotipadas de Mercedes e Enriqueta. As suas “Obras dramáticas”, reunidas em 1864, forom publicadas em París. Escrebeu também unha novela histórica, “La espada de san Fernando” (1852), que narra a conquista de Sevilla. Mas, o tratamento que fai Eguílaz de tán importante acontecimento, perde-se nunha linguáxe deshilvanada, com excessivas doses de piedade.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ MARÍA EGUREN)
Publicado o01/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EGUREN, José María (Lima, 1874-1942) Poeta e pintor peruano. Home de possibilidades económicas, foi criádo no campo, aínda que adquiríu âmpla experiência da vida urbana. Escrebeu sobre âmbos modos de vida, com igual confiança nunha linguáxe de asombrosa orixinalidade. É o poeta peruano mais importante depois de César Vallejo. O seu primeiro libro, “Simbólicas” (1911), dá a errónea impressón de que estaba baixo a influênça dos poetas simbolistas franceses, quando de feito utilizaba palabras mais polo seu valor musical, que polo seu significado. Influíu intensamente ao grupo experimentalista “Colónida”, que começou a reunir-se em 1916 e no qual estabam: E. Bustamante y Ballivián, A. Valdelomar, A. Hidalgo e J. Parra del Riego. O seu segundo libro foi importante: “La canción de las figuras” (1916), e as suas “Poesías” (1929) reúnem a sua poesía mais antiga e a sua aínda mais impressionante obra nova. Românticas no sentido clássico da linguáxe e às vezes simbolistas na expressón, as suas “Poesías completas” (1952), forom reimpressas em 1961 e em 1970, com unha selecçón de prosa. A obra non poética foi recolhida no volûme “Motivos estéticos” (1959). R. Silva Santiesteban editou as suas “Obras completas” (1974). Um tema constante da sua poesía é a cidade de Lima e os seus arredores. Usa abundantes neoloxísmos, num alarde de criatividade, mas isto non obstaculiza a apreciaçón da suavidade dos seus poemas oníricos, que ofertam extranhos pensamentos e repentinas metamorfoses, que tán bem forom aceitadas polos surrealistas peruanos, cuxa cabeça é sem dúvida César Moro.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SAMUEL EICHELBAUM)
Publicado o01/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EICHELBAUM, Samuel (Domínguez, Entre Rios, 1894-1967). Dramaturgo arxentino. Ao princípio adheríu à proposta naturalista, mas foi-se afastando gradualmente, para extender a sua técnica ao realismo emotivo, que contrasta com as suas obras anteriores, bastante mecânicas; nelas mostrou a degradaçón dunha personáxe a causa das influênças exteriores (determinismo ambiental). Com Conrado Nalé Roxlo, está considerado o autor teatral mais importante da Arxentina da sua época. Escrebeu também narraçóns curtas e novelas. As suas obras mais conhecidas som: “La mala sed” (1920), “Un hogar” (1922), “La hermana terca” (1924), “Señorita” (1930), “Soledad es tu nombre” (1932), “El viajero inmóvil” (1933), “Pájaro de barro” (1940), “Un guapo del 900” (1940) (que trata de um “matón” professional, é unha das suas melhores obras e um excelente retrato de Buenos Aires de princípios do século). “Um tal Servando Gómez” (1942), “Nadie le conoció nunca” (1956) e “Las aguas del mundo” (1959).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JORGE EDUARDO EIELSON)
Publicado o02/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EIELSON, Jorge Eduardo (Lima, 1921). Poeta e novelista peruano. Os seus primeiros poemas estabam influênciados por Rilke e os poetas franceses postsimbolistas: “Reinos, separata da revista Historia” (n.º 9, 1945) e “Dédalo dormido” (1946). “Canción y muerte de Rolando” (1959), apareceu publicado por primeira vez em “El Mercurio Peruano” (Xunho de 1944). A meiados dos anos cinquenta, Eielson interessouse mais polas artes plásticas, mas desde entón, escrebeu unha obra de teatro, “Maquillaje”, um volûme de poesías “Mutatis mutandis” (1967) e unha novela, “El cuerpo de Gulia-no” México, 1971). Compilou, em colaboraçón com S. Salazar Bondy e J. Sologuren, unha importante antoloxía: “La poesía contemporánea del Perú” (1946) e el mesmo está representado na antoloxía de M. Lauer e A. Oquendo “Surrealistas y otros peruanos insulares” (Barcelona, 1973), Em 1977 publicou as suas poesías completas em “Poesía escrita”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCESC EIXIMENIS)
Publicado o02/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EIXIMENIS, Francesc (Gerona, a. de 1327-1409). Foi franciscano. Estudou em Toulouse e foi ordenado em Barcelona em 1352. Desempenhou altos cargos eclesiásticos. Foi embaixador de vários reis. Compilou a sua enciclopédia “Lo chrestià” partindo de prácticas e principios do cristianismo. Escrebeu também outras obras menores. “Primer del chrestià” (Valencia, 1483) escríto entre 1379 e 1381, sendo o primeiro de treze libros planeados. Terminou de escreber quatro deles, que em total tenhem 2.587 capítulos. “El Segon del chrestìa” foi escríto entre 1382 e 1383, mas non chegou a publicar-se. “El Terç del chrestià” foi escríto em 1384. Os primeiros 352 capítulos da obra forom reeditados em Valencia (1929-1932, três volûmes). O doceavo libro, “Dotzè del chrestià”, foi escríto entre 1385 e 1386 e foi publicado com pouca precisón por Bulbena baixo o título de “Tractat de regiment de princeps e comunitats” (Barcelona, 1904). Nesta edicçón som publicadas únicamente 68 dos 907 capítulos, que orixinalmente formabam o libro. A obra é unha fonte inagotábel de conhecimento sobre o pensamento medieval e a religiosidade do seu tempo, que permanecerom intactas a pesar da sofisticaçón de Metge ou o xénio intelectual de Llull. Eiximenis nos dá unha vivida crónica do surximento da clásse média, escrebendo específicamente para “persones simples e legues e sans grans lletres”, como o mesmo afirma. Viaxou constantemente. Sabemos que esteve em Oxford, Avinhón e em varias cidades italianas. Os diálogos intercalados em várias partes da obra, alixeiram tán longa leitura, que poucas vezes chega a ser tediosa. Tivo a suficiênte penetraçón para assinalar que o “pactisme” (gobernar por mutuo consentimento) foi unha das maiores contribuiçóns cataláns à tradiçón política europeia.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GRUPO ELAN)
Publicado o03/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ELAN, Grupo. Movimento literário equatoriano dos anos trinta, formado polos escritores: Alfonso Cuesta y Cuesta, Alejandro Carrión, Jorge Fernández, José Alfredo Llerena, Augusto Sacotto Arias, Ignacio Lasso e Humberto Vacas.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ELIPANDO DE TOLEDO)
Publicado o03/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ELIPANDO DE TOLEDO (Toledo, 717-794?). Godo que foi prelado das Espanhas em 783, ano em que sucedeu a Cixila. Atacou a herexía de Migecio, que ensinaba que a primeira pessoa da Trindade era David, a segunda o seu descendente Jesús, e a terceira, san Paulo. O mesmo Elipando ensinaba que Jesús non era o filho natural de Deus, senón somente o seu filho adoptivo. A herexía do adopcionismo orixinou-se nas Espanhas e foi impulsada por Félix de Urgel, que foi condenado, xunto a Elipando, na Assambleia de Frankfurt em 794. Sobrevivem sete cartas suas: todas reeditadas por Menéndez y Pelayo na sua famosa “Historia de los heterodoxos españoles” (1880, vol. I).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (MARTÍN ELIZONDO)
Publicado o03/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ELIZONDO, Martín (n. 1923?). Importante dramaturgo, que viveu em França desde o final da guerra civil, como Fernando Arrabal e José Guevara. Foi fundador e director de “Los Amigos del Teatro Español”, grupo que produze obras espanholas para os exiliádos que vivem em França. Professor da Universidade de Toulouse. As suas obras ocupam-se xeralmente dos efeitos da tiranía nos individuos. Começou a escreber em francês, para poder ter accéso a públicos maioritários. “De verdugo a verdugo” (1964), “La garra y la dura escuela de los Perejones” (1966), na qual a família marxináda dos Perejones som desaloxados por unha anciana centenária, “La Garra”. “Otra vez el mal toro” (1967) é unha visón sardónica da inutilidade das revoluçóns. “La faim” (1968) versa sobre a distribuiçón inxusta das reservas alimentárias do mundo. “Pour la Grèce” (1969) é unha obra de teatro baseada no golpe militar de 1967 em Grecia. A estreia da obra em Toulouse foi interrompida por um comando fascista, mas o público pensou que este feito formaba parte da obra e o comando quedou completamente em ridículo.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (SALVADOR ELIZONDO)
Publicado o04/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ELIZONDO, Salvador (México, 1932). Novelista, poeta e contista. Os seus “Poemas” (1960) mostram unhas paixóns violentas, com técnica semisurrealista. Fíxo-se famoso com a publicaçón da novela “Farabeuf o la crónica de un instante” (1965) que, na opinión de George McMurray, é um momento climático de orgasmo e morte, nunha atmôsfera de erotismo e sadismo. “El hipogeo secreto” (1968) resulta menos impresionante, a causa fundamentalmente da sua aridés intelectual. Nela as verdadeiras protagonistas som as palabras e a novela em si mesma, que descende directamente das experiências e técnicas de Joyce e Faulkner. Escrebeu unha autobiografía, “Salvador Elizondo” (1966), e excelentes contos reunidos em “Narda o el verano” (1966) e “El retrato de Zoé y otras mentiras” (1969).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DEL ENCINA)
Publicado o04/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENCINA, Juan del (Salamanca, 1469-1529?). Músico, autor teatral e poeta, foi conhecido como o pai do teatro renascentista espanhol. Estudou em Salamanca e graduou-se como “bachiller” em leis. Tomou as ordens menores. Entrou ao serviço do duque de Alba em 1492 (ou em 1495, segundo outras fontes); passou vários anos ao seu serviço como cortesán, dramaturgo, músico, actor e productor de entretimentos. Em 1498 competíu para ganhar o posto de cantor na catedral de Salamanca, mas o posto foi para Lucas Fernández, e Encina partíu para Roma, onde se convertíu no favorito de Alejandro VI. O papa Julio II nomeou-o arcediano da Catedral de Málaga em 1509, mas Encina era home inquieto e finalmente acadou de León X o cargo de prior da Catedral de León, cidade onde morreu a finais de 1529 ou princípios de 1530. O seu “Cancionero” (Salamanca, 1496; ed. facs. de E. Cotarelo y Mori, 1928) contem toda a sua obra poética e as suas primeiras oito églogas dramáticas. Estas obras curtas de tipo pastoril forom escritas para comprazer ao duque de Alba, no seu retiro de Alba de Tormes. Non apresentam mais influênça italiana que a que lhes dá o tema pastoril. “El Cancionero” tivo várias reediçóns às quais se agregarom algúns poemas e continuou sendo, durante bastante tempo, unha fonte de estilo e temática para todos os dramaturgos espanhois anteriores a Lope de Vega. Só três das suas églogas seguem a tradiçon cristán medieval: a segunda, que é unha obra de Natal, e a terceira e a quarta, sobre a paixón e resurreiçón de Cristo. As obras restantes som de tema secular e verdadeiramente dramáticas pola sua tensón e os seus contrastes. Algunhas resultam enxenhosas e divertidas. A “Égloga de Cristino y Febea” pode ter antecedentes italianos. Outras obras suas com seguridade os tenhem: a “Égloga de Fileno, Zambardo y Cardonio”, por exemplo, é unha imitaçón do poeta italiano Antonio Tebaldeo. Também com antecedentes italianos, podemos citar a “Égloga de Plácida y Vitoriano”. A linguaxe de Encina resulta tán vigorosa, que chega a ser innovador. Foi o criador do parlamento do campesino cómico chamado “sayagués”, muito imitado depois por outros autores. É um versificador intelixente, que tem o cuidado de adoptar a linguáxe adequada a cada unha das personáxes. A pesar de que os seus argumentos som sinxélos, a estructura é cuidadosa. Atribuirom-se-lhe várias obras que non som do seu cunho: o “Auto del repelón” e a “Égloga interlocutoria”. As suas obras forom reeditadas e estudadas neste século (1968-1976).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRAY PEDRO DE ENCINAS)
Publicado o05/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENCINAS, Fray Pedro de (Burgos, c. 1530-1595). Monxe dominico que estudou em Salamanca e passou a maior parte da sua vida em Huete. Os seus “Versos espirituales, que tratan de la conversión del pecador, menosprecio del mundo y vida de Nuestro Señor” (Cuenca, 1596), abarcam seis églogas relixiosas em “terza e ottava rima” (das mais antigas no seu xénero) e outros poemas líricos. As suas obras também aparecerom em “Séptima e ottava”, parte de “Flor de varios romances nuevos” (Alcalá, 1597) e em “Novena parte” (Madrid, 1597). Foi citado e eloxiádo (erróneamente como Ezinas) no Buscapié.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ENDECASÍLABOS)
Publicado o05/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENDECASÍLABOS. Versos de onze sílabas cada um. O tipo mais comúm utilizado por Garcilaso de la Vega, baseado no modelo de Petrarca, é o “endecasílabo heroico”, acentuádo na 2ª, 6ª e 10ª sílabas: “¡Oh más dura que mármol a mis quejas…” (Garcilaso, Égloga primeira). Também existe o “endecasílabo enfático” (mistura de “dactílico” e “trocaico”), que se acentúa na 4ª, 7ª e 10ª. Finalmente, o “sáfico”, acentuádo na 4ª, 6ª e 10ª.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ENEASÍLABOS)
Publicado o05/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENEASÍLABOS. Versos de nove sílabas infrequentes na literatura espanhola. Villasandino utilizou-os no Cancioneiro de Baena. Depois foi Valverde, como no verso “No quieren beber en el río”; Darío, autor dos melhores eneasílabos em “El clavicordio de la abuela”; Rosalía de Castro e Salvador Rueda também os utilizarom. O “trocaico” está acentuado na 4ª e na 8ª sílabas, mentras que o “dactílico” na 2ª e na 8ª, e o “mixto” na 3ª e na 8ª.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CARLOS ENRÍQUEZ)
Publicado o07/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENRÍQUEZ, Carlos (1907-1957). Novelista cubano. “Tilín García” (1939) trata da reforma agrária em termos moralistas, mas “La feria de Guaicanama” (1960) logrou superar o corsé da novela de tese, para aproximar-se ao anarquismo selvaxem e à exuberante sensualidade de D. H. Lawrence e ao extremismo político de Bakunin e Kropotkin, que de algunha maneira se perde baixo um alud de metáforas e de hipérboles. “La vuelta de Chencho” (1960) é unha novela picaresca e directa sobre a vida no campo cubano.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (DIEGO ENRÍQUEZ DEL CASTILLO)
Publicado o07/10/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENRÍQUEZ DEL CASTILLO, Diego (Segovia, 1433-1504?). Biógrafo que foi capelán e conselheiro do rei Enrique IV. A sua “Crónica del rey don Enrique el cuarto de este nombre”, foi publicada nunha edicçón sem data e reeditada em 1787 e em 1878. A primeira versón desta crónica, que vai do ano 1454 a 1467, perdeu-se depois da batalha de Olmedo. Enríquez reconstruíu-a de memória e, em consequência, é a parte mais débil da obra, à vez que a menos precisa. Está cheia de colorido na descripçón dos detalhes e vivacidade na descripçón das personáxes, mas carece de serenidade e da obxectividade da verdadeira história. Favorece nela ao rei Enríque, e a Alfonso Fernández de Palencia o ataca sem piedade.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO ENRÍQUEZ GÓMEZ)
Publicado o06/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENRÍQUEZ GÓMEZ, Antonio (Segovia, 1600-1663). Novelista, poeta e autor teatral da escola de Calderón, conhecido também como “Fernando de Zárate” que regressou do exílio em França, por volta de 1649 e foi autor das obras teatrais “Quien habla más obra menos” e “El valiente Campuzano”, reeditadas em 1858. O seu pai foi xudéu português, Diego Enríquez Villanueva. Enríquez Gómez tivo que escapar de Espanha a causa da perseguiçón relixiosa. Estabeleceu-se em França, onde publicou grande parte da sua obra. Chegou a ser secretário do rei Luis XIII. Nos seus libros ataca os excésos da Santa Inquisiçión. Ao regressar, foi queimado em esfíxie em 1660 e depois arrestado polo Santo Tribunal, em cuxas masmorras morreu. A sua poesía apareceu pola primeira vez em “Academias morales de las Musas” (Burdeos, 1642), com quatro obras de tipo calderonianas totalmente insubstanciais: “Contra el amor no hay engaños”, “Amor con vista y cordura” e “A lo que obliga el amor”, que foi editada xunto com “Celos no ofenden al sol”, a quarta destas obras (BAE, vol. XLVII). Escrebeu também outras vintiduas obras baixo o seu nome, ningunha das quais tenhem demasiado valor, pois carecem de orixinalidade, tanto na temática como no estilo. Algúns dos seus poemas resultam interesantes, sobre tudo no uso da metáfora, aprehendida de Góngora. “Sansón Nazareno” (Ruán, 1656) é um poema heróico em quatorze cantos no qual segue o estílo ao uso. Algunhas pasáxes de “La culpa del primer peregrino” (Ruán, 1644; 2ª ed. ampl. com mais sonetos) e “El pasajero” (Madrid, 1735) resultam surprehendentes. A sua obra mais celebrada é a novela satírica “El siglo pitagórico y vida de don Gregorio Guadaña” (Ruán, 1644), a última parte é unha inserçón de tôn picaresco, que se publicou sem a primeira em 1854.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAQUÍN DE ENTRAMBASAGUAS)
Publicado o07/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENTRAMBASAGUAS, Joaquín de (Madrid, 1904). Crítico literário, ensaista e editor de grande reputaçón, que se especializou na obra de Lope de Vega, sobre quem publicou mais de cem estudos e mais de vinte edicçóns. As suas ediçóns anotadas de “Las mejores novelas españolas contemporáneas” (Barcelona, 1956, 12 vols.) som extremadamente úteis. Entre os seus estudos mais importantes podemos assinalar “Miguel de Molinos” (1935), “Obras de Pedro Laynez” (1951), “Vicente Espinel, poeta de la reina Ana de Austria” (1956), “El Madrid de Moratín” (1960), “Lope de Vega y su tiempo” (Barcelona, 1961), “Góngora y Lope en la coyuntura del Renacimiento y el Barroco” (1962), “La obra poética de Bécquer en su discriminación creadora y erótica” (1974) e “Estudios y ensayos sobre Góngora y el Barroco” (1975).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ENTREMESES)
Publicado o07/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENTREMESES. Obras teatrais curtas, frequentemente acompanhadas com música, cuxo orixe é relixioso ou semirrelixioso e que depois se convertírom em seculares. Obras deste tipo, forom documentadas em Valencia xá em 1412, mas o xénero non alcançou a sua maior expressón até Luis Quiñones de Benavente. Poucas obras forom representadas entre 1620 e 1650, sem que entre actos se intercalaram “entremeses”, normalmente entre o primeiro e o segundo. O obxecto era aliviar a tensón da obra com um bocádo cómico, às vezes incongruente com a obra representada, mas sempre importante pola descripçón da vida contemporânea usualmente tomada dos baixos fundos. O primeiro autor que utilizou este termo foi Joan Timoneda, na sua colecçón de entremeses “Turiana” (Valencia, 1565). Lope de Rueda escrebeu muitos entremeses dos quais Lope de Vega, soubo extrair unha grande quantidade de temas e personáxes para os seus próprios, publicados com as suas comédias. Oito entremeses cervantinos sobreviven. Os melhores som “El retablo de las maravillas” e “La cueva de Salamanca”. Probabelmente o melhor autor de entremeses sexa Quiñones de Benavente, criador da imortal personáxe “Juan Rana”. O entremés chegou a ser tán popular, que nas primeiras décadas do século XVII, os volûmes de comédias a miúdo insertabam os entremeses, que se tinham representado com elas. A primeira antoloxía de entremeses, apareceu em Zaragoza em 1640. Autores mais modernos cultivárom este xénero, como os irmáns Álvarez Quintero.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FRANCISCO DE ENZINAS)
Publicado o08/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ENZINAS, Francisco de (Burgos, 1520-1552). Humanista que estudou em Lovaina, foi professor de grego em Cambridge, viaxou a Ginebra para entrevistar-se com Calvino e morreu de peste ao regressar a Estrasburgo. Foi discípulo de Lutero e admirador de Melanchton. Helenizou o seu nome e passou a chamar-se “Dryander”. Escrebeu “Breve y compendiosa institución cristiana” (1540), antes de traduzir e publicar “Nuevo Testamento de nuestro redentor” (Amberes, 1543), a causa do qual foi encarcerado em Bruxelas. Conseguíu escapar da prisón, e continuou escrebendo, para divulgar a Reforma. Tradúxo a Livy, Luciano, e as “Vidas de Plutarco”. É autor da importante “Historia del estado de los Países Bajos y de la religión de España” (1558), utilizando a versón francesa do seu nome, “François du Chesne”. As suas interesantes “Memorias” (1543-1545), som autobiográficas.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (EPÍSTOLA MORAL A FABIO)
Publicado o08/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

EPÍSTOLA MORAL A FABIO. Poema moral anónimo, escrito em tercetos e que foi atribuído a Bartolomé Leonardo de Argensola, ao ser publicado por primeira vez em “Parnaso español” (1768) de López de Sedano, a pesar de que num dos manuscríptos declara que o poema non é seu, senón de Francisco de Medrano. Foi posteriormente atribuído a Francisco de Rioja em 1797; a Rodrigo Caro em 1932 e a Andrés Fernández de Andrada em 1875 e 1960. Está considerado um dos poemas mais importantes do século XVII espanhol. A Epístola expón um punto de vista estoico no sentido de aguantar as adversidades, no desengano que provoca o mundo das aparências, e a natureza fugaz da vida e dos bens materiais, mas sobre tudo, no tôn meditativo, que é a contrapartida secular aos poemas de frai Luis de León. Ao parecer, o poema teve influênça na “Elegy” de Gray.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (CATALINA DE ERAUSO)
Publicado o09/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ERAUSO, Catalina de (San Sebastián, 1592?-1635?). Baixo o seu nome escrebeu-se unha falsa autobiografía. Nasceu no seio de unha família aristocrática e entrou muito nova para o convento das dominicas. Depois de unha discussón com as monxas, escapou em 1607 e viaxou por toda Espanha, vestida de home. Xogaba às cartas, cortexaba as damas, bebía e non recusaba os desafíos. Partíu cara à América, onde foi grumete, criádo e alférez. Participou em várias batalhas e ganhou unha bandeira. Durante unha penosa enfermedade foi descoberta. Depois de viver algum tempo em Espanha e em Roma, voltou à América, mas o barco afundou-se e “Antonio de Erauso” foi declarado oficialmente morto. Existe um manuscrípto em Sevilha entitulado “Memorial de los méritos y servicios del alférez Erauso”, que probabelmente servíu de fonte à apócrifa “Historia de la monja alférez” (París, 1829), escrita em primeira pessoa e reeditada em 1919 e 1974. Pérez de Montalbán utilizou o “Memorial” como fonte da sua obra teatral “La monja alférez”, que também foi levada à pantalha.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALONSO DE ERCILLA Y ZÚÑIGA)
Publicado o09/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ERCILLA Y ZÚÑIGA, Alonso de (Madrid, 1533-1594). Poeta épico de nobre berzo. A sua obra “La Araucana”, cuxa primeira ediçón completa é de 1589, sendo a mostra mais notábel da épica espanhola, aínda que versa sobre um tema relativamente banal: a conquista de um pequeno val chileno. A grandeza da obra resíde na brilhantês das descripçóns dos caciques indios, as batalhas e as paisáxes. Ercilla viaxou por toda Europa antes de sentir a necessidade de participar na aventura de América. Uníu-se às tropas de Alderete que invadirom o val de Arauco. Depois da morte do seu xefe, Ercilla viaxou a Lima, onde combateu às ordens de Garcia Hurtado de Mendoza. Recebeu unha ferída de consideraçón em 1560, mas recuperou-se e voltou a España, onde contráxo ventaxoso matrimónio. Vivéu a partir de entón na côrte.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (AMÓS DE ESCALANTE Y PRIETO)
Publicado o10/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCALANTE Y PRIETO, Amós de (Santander, 1831-1902). Novelista e poeta, que utilizou o pseudónimo de “Juan García”. Autor de unha excelente novela histórica, “Ave Maria stella”. História montanhesa do século XVII (1877; 1920), cuxo único defeito reside nunha relativa lentidón na acçón. Escalante cria maxistralmente a atmôsfera e as personáxes adequadas à temática da obra. Como poeta resulta mais convencional. Publicou “Poesías” (1907), libro em que os melhores poemas están dedicados ao mar e às montanhas de Santander. Escrebeu libros de viáxes: “Del Manzanares al Darro” (1863), “Del Ebro al Tíber” (1864), “Costas y montañas” (1871) e “En la playa” (1873). As suas “Obras escogidas” forom publicadas em 1956, em dous volûmes.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ROLANDO ESCARDÓ)
Publicado o10/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCARDÓ, Rolando (Camagüey, 1925-1960). Poeta cubano da primeira xeraçón revolucionária, que morreu num accidente automovilístico. Passou o último ano da dictadura de Batista em México, para depois voltar ao seu país. Ocupou um cargo no Instituto Nacional de Reforma Agraria em Las Villas. A maior parte dos seus poemas están escrítos com descuido, mas som, non obstânte, impressionantes documentos de unha vida vivida com plenitude, a pesar da fame e da pobreza, que sempre acompanharom ao poeta. Influênciado por Vallejo, Escardó tinha-se decantado para um estilo mais individual que social, nos tensos e líricos poemas de “Las ráfagas” (1961) e “El libro de Rolando” (1962).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PEDRO DE ESCAVIAS)
Publicado o11/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCAVIAS, Pedro de (fl. 1470). Historiador e poeta. Foi alcaide de Andújar (pequena povoaçón andaluza), e axudou a Miguel Lucas a soster o reino de Jaén. Proveeu a Enrique IV de um reducto fiel no Sul. Escrebeu poemas, dos quais sobreviverom vintidous (nos “Cancioneros de Gallardo-San Román” e de “Oñate y Castañeda”), e unha história de España entitulada “Repertorio de príncipes”, âmbos editados conxuntamente em Jaén, 1972. Tendo em conta o estilo, podemos também inferir que sexa autor de “Hechos del condestable Miguel Lucas de Iranzo”.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ALBERTO ESCOBAR)
Publicado o11/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCOBAR, Alberto (1929). Crítico, poeta neorromântico e antólogo peruano. Os seus poemas em “Diario de viaje” (1958) están construídos com sumo cuidado, sem que por isso resultem académicos ou fríos. A sua melhor aportaçón à literatura, deu-se no campo da crítica e do ensaio: “Asedio en torno del cuento y la novela” (1952), “La narración en el Perú” (com unha antoloxía, 1956) e “Patio de letras” (1965), que contem estudos sobre o Inca Garcilaso, González Prada, Palma, Alegría e autores mais recentes, no qual se concentra num análise de texto muito preciso, raro em hispanoamérica. Algunhas das suas antoloxías mais importantes som “El cuento peruano 1825-1925” (Buenos Aires, 1964) e “Antología de la poesía peruana” (1965).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JULIO ESCOBAR)
Publicado o12/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCOBAR, Julio (Arévalo, Ávila, 1901). Xornalista e novelista. Começou a colaborar em províncias antes de ingressar no equipo de “El Imparcial” (Madrid) em 1929. Os seus ensaios aparecerom reunidos em “Azulejos españoles” (1947) e “Andar y ver” (1949). Entre as suas novelas, que forom muito bem recebidas pola crítica, destacam “El hidalgo de Madrigal” (1952), “Teresa y el cuervo” (1954), “Cinco mecanógrafas y un millonario” (1955), “La viuda y el alfarero” (1957), “Una cruz en la tierra” (1960), “El viento no envejece” (1964), “Se vende el campo” (1966), “La sombra de Caín” (1968), “Vargadores de ceniza” (1971) e “El novillo del Alba” (1971), que ganhou o Premio Álvarez Quintero da Real Academia, por ser a melhor novela publicada durante os três anos anteriores.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO DE ESCOBAR Y MENDOZA)
Publicado o12/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCOBAR Y MENDOZA, Antonio de (Valladolid, 1589-1669). Poeta barroco e xesuíta. Os seus dous poemas longos som “San Ignacio” (1613) e “Historia de la Virgen Madre de Dios” (1618), esta última publicada depois baixo o título de “Nueva Jerusalén María” (1625). Âmbos os poemas usam linguáxe artificiosa e rebelam unha imaxinaría fantástica. “San Ignacio” é um dos muitos poemas inspirados na vida e lenda do fundador da Compañia de Jesús. Consta de dezoito cantos que rebosam o tipo de mitoloxía clássica que Góngora e Camoes tinham posto de moda na Península. O poema mariano tem de ornato o que lhe falta de inspiraçón xenuína. De audaz maneira compara a Virxem com unha nova Xerusalém, cuxos fundamentos som xacintos, crisoprasas e outras pedras preciosas. Pascal ridicularizou-o nas suas “Lettres provinciales” (1656-1657).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (FEDERICO ESCOBEDO)
Publicado o13/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCOBEDO, Federico (Salvatierra, Guanajuato, 1874-1949). Poeta mexicano e traductor que escrebeu também em latím. A sua saúde delicada, impedíu que continuára com os seus estudos de alta teoloxía em Granada. Voltou a México, onde publicou várias series de poemas neoclássicos com leves pinceladas de romantísmo e modernismo. A maioría dos quais carecem de interesse literário a causa da falta de imaxinaçón do poeta. Non obstânte, a sua afecçón à língua latina como instrumento expressivo, resulta bastante curiosa. Escrebeu “Carmina latina” (Puebla, 1902), “Poesías” (Puebla, 1903) e muitos libros mais, dos que os mais interessantes som “Rapsodias bíblicas, horacianas y soledades canoras (Teziutlán, 1923), “La sombra de Virgilio” (Teziutlán, 1930) e a “Elegía” (1940) que dedica ao arzobispo Montes de Oca. Traduzíu a importante obra de Rafael Landivar, “Rusticatio mexicana: geórgicas mexicanas” (Teziutlán, 1925).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JUAN DE ESCOIQUIZ)
Publicado o13/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCOIQUIZ, Juan de (fl. 1798-1814). Poeta épico, traductor e autor de unha autobiografía. Home politicamente honesto, sofreu encarceramentos e exílio em França, por recusar traicionar ao seu pupilo Fernando, príncipe de Asturias, durante a invasón francesa de 1808. Traduzíu o famoso libro de “Young Night thoughts” (1742-1745) em 1797, e no ano seguinte publicou o seu poema épico em vintiseis libros, “México conquistado” (1798, três volûmes), que foi um fracaso a causa do escaso cuidado da fonte: “Historia de la conquista de México” de Antonio de Solís. As estrofas están mal construidas e a pesadez do poema non se alixeira quase nunca, pois talta-lhe imaxinaçón para recrear atmôsferas e pessoeiros. Por outra parte, as alegorias proliféram em excesso e entorpecem a pouca acçón que há no poema. Mentras foi preso político em França (de 1808 a 1814), traduzíu o “Paradise lost” de Milton. As suas “Memorias” (1807-1808) forom editadas em 1915.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (PATRICIO DE LA ESCOSURA)
Publicado o14/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCOSURA, Patricio de la (Oviedo, 1807-1878). Poeta romântico, autor teatral e novelista. Discípulo de Lista, foi amigo de Espronceda e membro da sociedade secreta Los Numantinos (véxa-se “Numancia”) e como tal se víu obrigado a abandonar España, quando a sociedade foi descoberta. Ao seu regresso, foi embaixador em Filipinas e outros países. Teve certa fama como novelista, na linha de Walter Scott: “El conde de Condespina (1832, dous volûmes), “Ni rey ni Roque” (1835, 4 vols.), situada em 1595, “El patriarca del valle” (1846-1847, 2 vols.), “La conjuración de México, o los hijos de Hernán Cortés” (México, 1850, 3 vols.) e a novela semiautobiográfica “Memórias de un coronel retirado” (1868). Emitou a Espronceda na lenda “El bulto vestido de negro capuz” (1835). As suas obras teatrais em verso tivérom algunha popularidade, especialmente as que tratabam de feitos históricos conhecidos como “La corte del Buen Retiro” (1837) e a sua secuela “También los muertos se vengan” (1838), “La aurora de Colón” e “Don Jaime el Conquistador” (âmbas de 1838) e “Las mocedades de Hernán Cortés” (1845). Como crítico aportou um estudo sobre a obra de “Calderón de la Barca” (1868), que foi publicado pola Real Academia Española em dous volûmes. Escrebeu também um “Manual de mitología” (1845) e “Estudios históricos sobre las costumbres españolas” (1851).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (JOAN ESCRIVÀ)
Publicado o14/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCRIVÀ, Joan (c. 1450-1520). Poeta que escrebeu em valencià e em castelán. O único dacto biográfico que temos dele, é que foi embaixador de Fernando e Isabel no Vaticano em 1497. A sua poesía resulta imaxinativa, melodiosa e a miúdo cheia de inxénio, aínda que a cançón “Soledad triste que siento” (1511) alberga um tôn gráve e sério. É autor do vilhancico “¿Qué sentís, corazón mío?” e do diálogo “Una queja que da a su amiga ante el Dios de amor”, que xunto com outras vintinove composiçóns do mesmo autor, están incluídas no “Cancionero general de Hernando del Castillo” (2ª ed. , 1514). A cançón “Ven, muerte tan escondida” chama a morte dunha maneira tán aparentemente lixeira.
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (GONZALO ESCUDERO)
Publicado o15/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESCUDERO, Gonzalo (Quito, 1903). Poeta e diplomático equatoriano, filho do ministro liberal de Educaçón, Manuel Eduardo Escudero. Foi colaborador de “El Día y La Tierra”. Entre os seus libros: “Los poemas del arte” (1919), “Parábolas olímpicas” (1922), “Hélices de huracán y de sol” (Madrid, 1933), “Altanoche” (1947), “Estatua de aire” (Madrid, 1951), “Materia del ángel” (1953), “Autorretrato” (1957) e “Introducción a la muerte” (1960). Os seus primeiros poemas acusam a influênça de Walt Whitman, mas, foi centrando-se mais no humano desde Altanoche. É autor dunha comédia: “Paralelogramas” (1935).
OXFORD
ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO DE ESLAVA)
Publicado o15/12/2025por fontedopazo | Deixar un comentario

ESLAVA, Antonio de (Sangüesa, Navarra, 1570?). Escrebeu onze narraçóns em forma dialogal, que aparecerom na “Primeira parte” de “Noches de invierno” (Pamplona, 1609) e noutras edicçóns que aparecerom noutras cidades, com unha diferênça de poucos meses. Foi reeditado em 1942. A “Segunda parte”, nunca chegou a publicar-se. Existem boas possibilidades para pensar que Shakespeare conhecía a história de Eslava “Do se cuenta la soberbia del rey Nicíforo y incendio de sus naves, y la arte mágica del rey Dardano”, de onde probabelmente tomou material para a sua obra “La tempestad” (1611-1612). Esta história, xunto com “Do se cuenta cómo fue descubierta la fuente del desengaño” e “Se cuenta el nacimiento de Carlo Magno, rey de Francia y emperador romano” forom publicádos em “Cuentos viejos de la vieja España” (comp. F. C. Sainz de Robles, 1949).
OXFORD