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Em consequência, se o axente é perfeito, também debem sê-lo a acçón e os meios para executá-la, assim como o paciente que recebe a acçón em tanto que a recebe, aínda que noutros aspectos sexa imperfeito. E se da acçón non resulta a conversón do paciente no axente, ao menos a obra produzida por tal acçón é perfeita, se procede de um axente perfeito, e imperfeita, se procede de um imperfeito, porque, como afirmam os médicos, aquilo que se presenta da testemunho dos seus principios. O que um é, isso fai, e tal como um é assim actua, sempre que haxa meios idóneos. E o som os semelhantes ao axente, pois desta maneira ambos se alíam melhor contra o paciente. Por tanto, o axente perfeito actuará melhor contra o paciente, e levará melhor a cabo a obra que se propón, se é axudado por instrumentos e meios perfeitos que se o está polos imperfeitos. Compróba-o em todas as acçóns, tanto naturais como voluntárias. O Sol, o mais perfeito de todos os corpos (polo qual muitos chegam a pensar que é Deus), ¿que acçón exerce? Unha acçón perfeitíssima, semelhante à de Deus. Certamente: este cría todas as cousas, aquel as enxendra, o qual constituie o gráu seguinte à criaçón. Mas há unha diferença: Deus cría por si mesmo, el só, da nada e sem meio ou instrumento. O Sol, que recebe de Deus o poder, enxendra ao home com a colaboraçón do home, a partir do semem e mediante o calor, aínda que também, às vezes, enxendra muitas cousas el só, sem um coxenerante, por exemplo os ratos a partir do esterco, as ráns do lodo, os saltóns, pulgas, mosquitos, lagartos, escarabelhos, piolhos e outros muitos animais, e entre as prantas a língua de cervo, a douradinha, o cabelo de Venus, o culandrinho, o liquem, a pulmonária, o mordago, os hongos, e tudo o inanimado, como o ouro, a prata, as pedras, as pedras bonitas de todo tipo, e até enxendra os elementos mesmos, uns a partir de outros.
FRANCISCO SÁNCHEZ