.

A filosofia dos anos em que a obra “O mundo como vontade e representaçón” foi publicada, nada tinha de pessimista. Na verdade o movimento cultural do “romantismo”, com os seus líderes literários como os irmáns Schlegel e o filósofo Schelling e a corrente filosófica do “idealismo” alemán, com Fichte e Hegel à cabeça, endeusavam a natureza e o “espírito” e sobrevalorizavam o poder do “eu”. Estes autores non se mostravam críticos da realidade, pois esta era para eles “tal como debería ser”. Se o ser humano non estaba de acordo com ela, podería sempre tentar transformá-la em algo melhor, porque para eles a totalidade evoluía para o melhor. Schelling publicara as suas obras mais importantes, como “Ideias para unha filosofia da natureza” e “Sistema do idealismo transcendental”, em 1797 e 1800 respectivamente. Nestas obras, estabelecia a identidade do espírito e da natureza do inconsciente e do consciente, da necessidade e da liberdade daquilo a que chamou “o infinito”. Fichte, com a obra “Fundamentos para unha doutrina da ciência” (1794-1795), postulou o “eu” como base de toda a filosofia; o “eu” sería criador da realidade absoluctamente ideal. Influenciádo polos dous filósofos, mas tentando diferenciar-se deles, Hegel destacou-se como a grande figura filosófica da primeira metade do século XIX. Graças a obras como “Fenomenoloxia do espírito” (1807), “Ciência da lóxica” (1812-1816) ou “Enciclopédia das ciências filosóficas” (1817), monopolizou a atençón intelectual do seu tempo. Hegel proporcionou unha perspectiva pensada do universo. Acreditaba nunha razón histórica e no sentido e na finalidade de tudo o que existia, proclamando que “todo o ideal é real e o real é ideal” e com isto definiu os alicerces do optimismo da sua época. Românticos e idealistas, embora se revoltassem contra o “Iluminismo” e a preponderância da razón sobre tudo o resto (em detrimento das sensaçóns), acreditavam na liberdade absolucta do indivíduo, impossíbel de dominar pola natureza ou pola arte. Ignoravam Kant, que impunha limites à metafísica, argumentando que non existiam fronteiras para o pensamento libre, nem limitaçóns para o suxeito pensante. Idealismo e optimismo foram sinónimos tanto em filosofia como na política da época. Fichte e Hegel apoiaram as revoluçóns libertárias e exaltaram as ideias de naçón e de pátria baseadas na unidade de um idioma comum. O idealismo, o optimismo, as ânsias revolucionárias e a placidez trazidos pola Restauraçón depois da queda de Napoleón em 1815 eram as ideias que predominavam na Alemanha, quando apareceu o libro de Schopenhauer, unha obra que rompia com o normal porque contrariava o tom xeral dos filósofos idealistas. Em primeiro lugar, Schopenhauer partia de Kant, um home que a sua época esquecera por completo. Depois, axía como se entre Kant e ele non tivesse existido qualquer outro filósofo. Mencionaba os antigos como Platón, os modernos como Descartes e Espinosa e a filosofia da Índia sem ter em conta qualquer outro pensador do seu tempo. Isto era naturalmente estranho para a sociedade da época de Hegel.
LÉRIA CULTURAL.