.

A primeira questón que debemos ter em conta para evitar possíbeis enganos é que “condiçón humana”, non é o mesmo que “natureza humana”. O seu obxectivo non é em caso algum desenvolver unha teoria sobre a “natureza humana”, xá que para ela toda a tentativa deste tipo conduz a unha naturalizaçón da política ou a unha teoloxia: A política tem pouco a ver com a “natureza humana”, sobre a qual non se podem fazer afirmaçóns válidas (…) e tem muito a ver com a “condiçón humana”, isto é, com o facto de non importar como ou o que debe ser a “natureza humana”, mas, sim, que muitos homes vivam xuntos e habitem a Terra. Sem a pluralidade humana non haberá política, e essa pluralidade non é unha qualidade da sua “natureza”, mas a autêntica quinta-essência da sua condiçón terrena. Essas condiçóns da própria existência humana som a vida, a natalidade, a mortalidade, a mundanidade, a pluralidade e a Terra. Todas elas som condiçóns dadas à espécie humana como próprias da nossa existência, que nos condicionam, e permanecem relativamente constantes, embora algunhas, como a mundanidade, também possam, em parte, ser criadas –ou destruídas– polos indivíduos. Com elas, o que Arendt destaca é que os seres humanos som seres condicionados e, portanto, todas as actividades que desenvolvem, sexa a labor, a acçón, o trabalho ou o pensamento, dependeram da existência dessas condicionantes, e sem elas as diferentes actividades non fariam sentido tal como as conhecemos. Estas condicionantes permitem-nos responder à pergunta “¿o que somos?”, aparecendo como seres plurais, que nascem e morrem, reúnem-se e vivem com outros e partilham um mundo e um “habitat” comum, a Terra. Todas essas condiçóns se encontram, por sua vez, relacionadas com as diferentes actividades que fazem parte da “vida activa”. Esta expressón “vida activa”, desempenha um papel importante na sua teoria: por um lado, permite-lhe estabelecer una diferenciaçón entre “vida activa” e “vida contemplativa”, e, por outro, identificar onde se situa a política como actividade e em que condiçóns tem lugar. Para isso, pede emprestada a ideia da vida activa ao mundo clássico grego, à vida da “polis” grega, onde imperaba o ideal de vida dedicada à comunidade política, à participaçón nas questóns da “polis” e ao autogoverno. Perante este tipo de vida, identificada com a acçón dos cidadáns, desde a Idade Média vai ganhando terreno o ideal da “vida contemplativa”, representado xá non no cidadán, mas no filósofo afastado do mundo, e que mostra um desinteresse acentuado polo público. O obxecto de Arendt é, portanto, mostrar (e recuperar) esse significado orixinário da “vida activa”, e analisar as causas que fixérom este conceito mudar radicalmente, até perder o seu significado e o seu sentido. Desta forma, propôn-se recuperar a acçón política como unha ocupaçón especificamente humana, entendida como fim em si mesma e non como meio para outros fins. Em suma, recuperar a antiga dignidade da política.
CRISTINA SÁNCHEZ