.

Trump. Instalou-se a má dixestao, assumiu a governaçao da cabeça imperial. E, nós abusamos das carnes vermelhas e das gorduras. Gostamos de comer toucinho; entremeada; chouriços e bifes altos e mal passados. Depois, queixámo-nos das azias e flactulências. Zumbimos ao ouvido do amigo ou amiga, para saber se tem “sal de frutas” Eno, ou talvez unha fatiazinha de abacaxi. Os amigos, como sempre, nesse momento nunca apresentam remédio milagroso. Nem um advogado que nos salve dos arrotos. Entramos em crise social. Escondemo-nos; metemo-nos na cama, se somos solteiros ou no sofá solitário, se somos casados ou vivemos amigádos. A má dixestao é unha epidemia tao grande, como o loiro que se instalou na Casa Branca. A má dixestao é mais grave que a crise arbitral de Bruno de Carbalho. É tao grave e levanta muros tao altos como Donald desexa levantar entre U.S.A. e México. É tao perigosa, como a presença do espanhol na Web da Casa Branca… A má dixestao, é má, porque o mesmo nome assim o indica; mas, sem querer ser faccioso, o Donald Pato, resulta num grande arroto, producto todo da má dixestao e de um ardor de estômago de quem bebeu unha garrafa de Tequila, com ou sem muros. Agora só podemos confiar na C. I. A., ou que qualquer outra empresa priváda de espionáxem, venha salvar o “Mundo Libre”, carregada de “Sal de frutas Eno”. ¿Qual será a maneira mais romântica e altruísta, de salvar o mundo gringo das garras de Lucifer? Até aqui, as botas militares dos “gringos”, tenhem esmagado nos desertos, através de selváxens bombardeamentos massivos. Agora, serám as sibilinas e humanistas, axências da “intelixência”, que nos librarám da má dixestao dos telexornais! Pato Donald, homem de gosto surreal, no que se refere ao penteado, tornou-se unha espécie de propulsao cosmopolita, para unha nova era. Os poetas fariam sonetos inspirados nesta galopante “intelixência”, patriotismo, aversao e prevençao perante o outro! Xenofobia, muros, separaçao, esta é unha acçao que nos diz, ¡¡o outro, nem vê.lo!! No ano de 1968 a Universidade de Berkeley lançou ao mundo Marcuse. París descobríu que debaixo das calçadas estava a praia. Madrid começou a fazer cocegas nos cascos da “dentadura”. Os “canábis” alimentabam os grandes “gurus” da música “pop e rock”. Através da leitura ou do fumo, ultrapassavam-se fronteiras; muitos mundos que cabiam num só mundo. Choravam pelo Vietname. Em Cincinatti, odiávam a Franco e a Salazar. Na Ameixoeira, combatia-se a Nixon. O futebol, xurábam os mestres trabalhadores da contestaçón, era embrutecedor. E, hoxe temos muros, dos mais malditos, que se erguem para separar xentes contíguas, temos futebol, árbitros e Brunos do Caralho, em tamanha abundância, como temos letras nunha sopa de letras.
JOSÉ LUÍS MONTERO MONTERO