.

Num alarde de pensamento pragmático, Machiavelli adverte-nos ainda que, como as consequências da indecisón demonstram, é pior quedar parado do que enganar-se. Na sua opinión, a necessidade de dilaçón é atribuída à neglixência do príncipe, porque o que a necessidade esixe é unha acçón decidida e rápida, tanto na guerra, como na política. A audácia e a determinaçón som duas das principais “virtudes” do príncipe maquiaveliano. Por exemplo, Lourenço de Medici, “o Magnífico”, apresentou-se na corte do rei de Nápoles para negociar pessoalmente a paz, quando a sua situaçón era pouco menos que desesperada. Perante aquele infortúnio, soube ultrapassar a adversidade com determinaçón e enfrentar a tempestade “virtuosamente”. Ora bem, apesar da sua adversón à perda de tempo, Machiavelli teve de inventar formas de passar um semestre inteiro a ganhar tempo ao rei da França e a conversar com os seus privados à espera de algunha decisón da parte de Florença. Pouco a pouco, a saturaçón foi-se instalando no espírito de ambas as partes. O próprio secretário relata-nos unha discussón com o cardeal de Rouen, Georges d’Amboise, que lhe obxectou que os italianos non sabiam guerrear. A punxente resposta de Machiavelli foi que, em contrapartida, os franceses non entendiam nada de política, porque estavam a permitir que a Igrexa aumentasse o seu poder na rexión da Romanha (até entón pequenos principados controlados polo monarca gaulês), deixando que passassem para as máns do novo home forte de Roma, que non tardaria a tornar-se na maior dor de cabeça de todos os príncipes italianos.
IGNACIO ITURRALDE BLANCO