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“Os Anais de Volusio…” Este drástico verso, o primeiro e o último do poema, define o seu tema: a poesía, o antigo e passado de moda, oposto implicitamente ao elegante e novo: a poesía de Catulo, Cina e os seus amigos, dos quais se supôn que é um elemento especíme. Lesbia tinha feito um ridículo voto a Venus e Cupido: se Catulo voltaba para ela e cesaba de dedicar-lhe os seus féros “yambos”, ofertaría os versos mais escolhidos do pior dos poetas (referíndose a Catulo) ao lento deus do fogo. Catulo, dá o seu consentimento: que se cumpra o seu xentil voto e ¡ao fogo com os Anais de Volusio! Lesbia, como a namorada de Cecilio no poema precedente, é unha “docta puella”, unha mulher intelixente, seductora, cuxo gosto respeito da poesía e dos poetas resulta impecábel. Este peculiar enredo de poesía (ou pedantería, como chega a sê-lo às vezes) apaixonádo, non é fácil de entender, nem sequer com a axuda da “explicaçón” de Catulo. A divertida farsa do voto de Lesbia, serve de pretexto à pregária de Catulo à deusa do amor e do mar, um pasáxe exquisito da xeografía literária e pessoal: “agora tú, filha do mar azul, que habitas o sagrado Idalio e a chán de Urios, Ancona e Gnido fértil em canas e Amatunte e Golgos e Dirraquio, taberna do Adriático…” Hadriae taberna: ¿Xerga marinheira adquirida por Catulo na sua viáxe por Bitinia? Aquí serve para rebaixar o tôn elevado da invocaçón até ao nível conversacional do resto do poema. Idalio, Urios, Ancona, Gnido, Amatunte, Golgos, Dirraquio (nomes todos de lugares onde a deusa do amor era venerada, com escasa cerimónia, como pode supôr-se, em Dirraquio). Um verso em “Peliaco quondam: quaeque regis Golgos quaeque Idalium frondosum “que reinas em Golgos e no frondoso Idalio”. Indica que Catulo leu e recordou a Teócrito: “Senhora, que amas Golgos e Idalio”. Catulo tería lído sobre Gnido e probabelmente também a tería visitado durante a sua viáxe em barco pola costa de Asia Menor, xá que era unha atracçón turística e parece que chegou polo Sul até Rodas. Golgos, Idalio e Amatunte eram cidades de Chipre (cidades que Catulo non tinha visto nunca), relacionadas as três com o mito de Adonis. E Amatunte, de acordo com Pausanias, era um antigo santuário de Adonis e Afrodita. Mas Amatunte non pode encontrar-se nem em prosa nem em poesía, com anterioridade a Catulo. ¿Onde encontrou Catulo um nome tán desconhecído? Com a maior probabilidade na “Zmyrna” de Cina; emprega-o aquí, como emprega Sátraco no noventa e cinco: para homenaxear um poeta amigo e mostrar o contraste entre a poesía nova e a velha. Quedan três nomes: Dirraquio, Urios, Ancona, nomes dos três lugares de escala da viáxe de Catulo a través do Adriático, na primavera ou verán do cinquenta e seis a. C. Desde Dirraquio cruzou a Urios, um pequeno porto no lado norte do Monte Gargano, depois percorreu a costa até Ancona seguindo um vento favorábel, e mais tarde até ó Po (¿perto da desembocadura de Padua?), e finalmente arribou a Sirmión, sua casa.
E. J. KENNEY Y W. V. CLAUSEN (EDS.)