
Assim que, sabendo que a prosperidade non era nada novo para mim, non outorguei muita importância ao auge de Canet; xamais tivem um conceito estábel da riqueza. Quando os negócios começarom a ir-me bem, sabía o que som os vaivens da fortuna e que ésta é unha deidade muito volúbel. Podía ter-me enrriquecido em Barcelona com o ofício de negro de estudantes, incluso podía ter unha carreira de proveito, unha vez volto aos estudos e aos libros; mas o que era capaz de aprobar por encargo, era incapaz de sacá-lo para mim. E, alí estaba, empantanado nunha ciénaga de suspensos em Matemáticas, Física e Química, e enrredado noutras peripécias menos exemplares e de maior solaz. Decidím polo tanto cortar com esta etapa de falsificaçóns e de cátedra latinista, pois o importânte era viver a minha vida sem que nada nem ninguém me atosigara. Dabame igual unha cousa que outra, sempre que a minha liberdade non peligrara: soplón anarquista entre maderos, confidente de putas, falsificador de exámes, camarero, contrabandista ou mamporrero. Agora, tocaba camarero outra vez; mas com mais fundamento que os dias da cafetaría de Aribau. (…) Para minha disculpa, caso de que a necessitára, e para que non haxa malos entendidos, direi que o gacho non me interessaba nada; mas, a mulher sim. Voltabam de unha “noche loca” e o “gin-tonic” rezumaba por todos os poros da sua pel. Levabam duas semanas em España e até entón eram unha parexa discreta e reconcentrada neles mesmos: um matrimónio xovem, menores de trinta anos, acaso em “lua de mel”. Mas, esa noite soltou-se a lado selvaxem e queriam seguir a festa dentro do bar do qual, a essas horas da madrugada, eu era dono e senhor. O bar estaba pechado, excepto para mim e para quem eu queria admitir. Meditaba na penumbra, solitário e nebulosamente beôdo, como esperando algúm suceso extraordinário. No fundo, o único que esperaba era a plenitude da solidón: esse momento no qual se reseca a boca, agudiza-se o entendimento de maneira insufríbel e as cousas vem-se com unha espantosa claridade. O alcohol, em vez de embotar o pensamento, agudíza-o. Bebe-se para escurecer a mente e para destruir o corpo; e notas que este começa a pôr-se ingrávido e aquela resplandecente. Naquel tempo ocurría-me algunhas vezes. Somente a resaca presentída para o día seguinte me paraba; tudo o que era ingravidez pola noite, transformába-se em pedra e martírio ao despertar. Entón a luz da razón torna-se torpeza e a cabeça é um campo de batalha. Nel lutam a néboa com a luminosidade, a lembrânza com o esquecimento, o vigor com o cansaço. O resultado é unha dor enlouquecida que rebota, sem escapatória, dentro do crâneo; tálmente as migranhas de doña Montse.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO