
Heis aquí as Azores, últimas pérolas vacilantes na antiga coroa portuguesa. O capitán por xentileza, apartou-se lixeiramente da rota e enfilou o buque por entre duas ilhas cuxo verdor alegre, rompeu a matadora monotonía do Oceáno, encanta a mirada e levanta o corazón. Ambas estavam prolixamente cultivadas, e o esforço humano obstenta-se por todas as faldas da montanha. Aspiramos com ledícia, durante momentos a atmósfera cargada de emanaçóns vexetais, e logo o grupo de ilhas começou a perder-se no horizonte, desvanecêndo-se como unha ilusón. (…) Depois de unha larga travessia de quince días, avistamos as pintorescas costas da Guadalupe e o vapor arroxa a âncora na bahía da Pointe-à-Pitre. O efeito óptico resulta admirábel: a luxuriosa vexetaçón dos trópicos, tán característica sempre, obstentosa ante os olhos extácticos dos europeios, que contemplam em pasmáda admiraçón os elegantes coqueteiros, com seus frutos apiñádos na altura e os bananos de largas e perezosas ramas, lentamente mecidas polo vento. O calor é violento e todos desexámos saltar a terra, quando se nos anûncia que Pointe-à-Pitre está em quarentena, porque fai estragos a febre amarela. Para nós non había inconveniente em baixar, por quanto nos portos da costa do Caribe, a onde nos diriximos, habita com tanta frequência essa temída maleita, que se considéra xá como da família. Mas, como da Guadalupe parte o anexo que debe conducir ao seu destino os passaxeiros que ván para Cayena e ahí seríam suxeitos a quarentena, evitámos o contácto para non os comprometer. Este ailhamento non impéde (o que me fai rir, sobre a eficácia destas quarentenas em todas as partes do mundo) que nos abasteçámos de víveres em abundância, especialmente de frutas. Volto a encontrar o sabroso aguacate, que os francêses chaman avocat, os peruanos palta, que varía de denominaçón em cada Estado de Colombia e que Humboldt chamou tán exactamente “manteiga vexetal”. Aparece a chirimoya, clássico fruto tropical, com o seu sabor a caramelo, e o mango indixesto, que trascende desde lonxe à essência de trementina. Mirámo-los com olhares ávidos, porque o calor incita, mas a prudência vence e recuámos, evitando unha febre segura. Horas depois detémo-nos em La Basse-Terre, no costado oposto da ilha. O aspecto é menos brilhante, e tampouco nos está permitido baixar a terra. Ao cair da noite, continuámos viáxe, e sobre a aurora tocámos por breves momentos em Saint-Pierre, a capital comercial da Martinica, como Fort-de-France é a capital política. Apenas clareaba, seguimos marcha, polo que me sería impossíbel dar notícia deste porto, que asseguram oferece um belíssimo quadro à vista. Por fim, heis-nos em Fort-de-France, o antigo Fort-Royal, teatro de tantas e tenáces lutas entre inglêses e francêses, a patria da “Doce Josefina Beauharnais”, cuxa estátua, em lascivo tráxe do Directório, se levanta na praça; aquí o lugar onde passou a sua xuventude aquela mademoiselle d’Aubigné, que debía casar-se em primeiras núpcias com um rimador paralítico e mendicante e em segundas com um senhor Borbón, que reinou sessenta anos a França baixo o nome de Luis XIV.
MIGUEL CANÉ