
A VIDEIRA PINOT NOIR
Tán exasperante para os viticultores, como fascinante para os catadores. A pinot noir é a uva dos grandes borgonhas tintos. A sua Meca é a Côte d’Or, mas atesoura unha larga história nos archivos borgonhóns, que a fán remontar ao século XIV. Alberga unha certa inestabilidade xenética, que leva a numerosas mutaçóns, e também é bastânte senssíbel às doênças. As xeládas de primavera, no verán as chuvias e os grandes calores, e depois o frescor outonal dificulta a maduraçón, ademais dá pouco vinho. O sabor da pinot noir resulta difícil de definir porque, como ocurre com outras variedades tintas, depende muito dos terrenos e também da vinificaçón.
LUGARES ONDE SE PODE ENCONTRAR

A história deste Domaine remonta-se ao seu fundador epónimo e a 1880, mas foi o actual Robert Drouhin quem, em 1957, tomou o mando e elevou a sua fama. Non só limitou os fertilizantes, travou os químicos e reducíu os rendimentos productivos, também comprou vinhedos em Chambertin-Clos de Bèze, Bonnes Mares e Musigny. Em 1973 contratou a primeira enóloga de Borgonha, Laurence Jobard, e foi ela quem criou este vinho, na faustuosa adega gôtica debaixo do antigo palácio dos duques de Borgonha, construído para os reis da França. Ao norte de Beaune, depois de Grands-Echézeaux e Clos Vougeot, um pouco antes do poboádo Chambolle, há um pequeno promontório com unhas vistas fantásticas sobre a explanada que se encontra debaixo. O chán parece lixeiro e está pragado de pequenos seixos. É Musigny, que oferta um vinho de pureza excepcional. Pesse à sua xuventude, predominam os sabores a cereixa e violeta, mas só depois do envelhecimento aparecem os autênticos sabores. Refinado e complexo, matíces de folhas caídas, bosques exóticos, incluso rastros de couro. No paladar é um vinho de um refinamento, harmonía e elegância incomparábeis. No seu melhor momento, é a expressón mais pura da pinot noir do mundo. A anhada de 1978 foi memorábel em toda Borgonha. Dado que a produçón total do Musigny de 1999 foi só de duzentas e vinte caixas, os afortunados que tenham unha garrafa podem considerar-se ricos.
.


Quando em 1760 a família de Groonembourg decidíu vender as suas acçóns dos vinhedos de Vosne e La Tâche, estes vinhos xá gozabam de grande prestíxio. Aquilo explicaba a ferocidade com que se desatou a guerra das puxas, e o preço final que teve de pagar Louis François de Bourbon, príncipe de Conti, para desbancar a sua enemiga declarada, madame de Pompadour. Logo, xuntou o seu título ao nome da finca Romanée, unha xóia confiscada trinta anos antes pola Revoluçón. Unha das habilidades mais notábeis do vinhedo de La Tâche é alumbrar unha fantástica pinot noir, incluso nas cepas teoricamente “acabadas”; toda unha proeça, dada a natureza extremadamente indómita da pinot noir borgonhona. O vinhedo tem pouco mais de seis hectáreas e apenas produze mil novezentas caixas ó ano, se bem isto representa a maior producçón dos “grands crus” da finca. O seu extratosférico preço entende-se pola conxunçón da escasséz e da exacerbada reputaçón da vinha. A producçón foi reduzida em 1999 e o vinho é, consequentemente, ainda mais concentrado. Degustado nada mais apresentar-se, tem um buquê asombrosamente complexo a carne magra, essência de morângo e fumo. Ao paladar, exhibía taninos bastânte marcados, mas envoltos num sumptuoso manto de frutos roxos e negros, xeneroso carbalho e destelhos de acidéz própria de cereixas, mentras que o pesado final se desarrolha entre cereixa negra, madeira de sândalo e notas de especiarias.
.


O Domaine Armand Rousseau non é só o maior proprietário de Chambertin, senon também o segundo proprietário mais importânte da vecinha Chambertin-Clos de Bèze. A finca incluíe nada menos que seis “grands crus”, que entre todos se extendem por oito hectáreas, fundadas nas décadas de 1950 e 1960 por Charles Rousseau e o seu pai. O vinho elabora-se por pautas modernas nos arredores de Gevrey-Chambertin. O Chambertin e o Clos de Béze som vinificados utilizando parte dos cangalhos, depois do qual é aloxádo nunha adega para que cumpra o procéso de fermentaçón maloláctica e para esperar que se emgarrafe a colheita anterior. As barricas som trasladadas a unha adega mais profunda e mais fría, traséga-se unha vez e emgarrafa-se ao cabo de mais ou menos vinte meses. Chambertin e Chambertin-Clos de Bèze som dous dos poucos vinhos que podem situar-se na cima da xerarquía borgonhona, xunto ao melhor de Vosne-Romanée. ¿Qual é a diferênça entre o Chambertin e o Clos de Bèze? No caso de Rousseau, e utilizando as palabras do próprio Charles, “o Chambertin é masculino e robusto. Carece de parte da delicadeza na sua xuventude, para logo redondear-se. O Clos de Bèze resulta mais complexo, tem mais clásse e é mais delicado”. Este Clos de Bèze é profundo, apresenta múltiples dimensóns, está super concentrado, é rico, suave e maravilhosamente equilibrado.
LÉRIA CULTURAL