
Vexámos, agora o bom, o feio e o mau do empirismo inglês (naturalmente, entendendo o título do filme de Sergio Leone no mais metafórico dos sentidos e referído à percepçón mais berkeliana possíbel que se tem de Locke, Berkeley e Hume na maioría das vezes). John Locke (1632-1704) está considerado o rosto amábel do empirismo, o fundador da corrente que equacionou o problema do conhecimento de unha perspectiva crítica, em virtude da qual antes de conhecer as cousas é preciso analisar os limites do nosso entendimento. Do racionalismo cartesiano assume a proposta de que conhecer é ter ideias e de que as ideias incluiem tudo o que a mente contém, quer sexa um sabor, unha dúvida ou unha alegria, contudo, ao contrário de Descartes, propóm que as ideias procedem unicamente da experiência e que a mente humana é como um “papel em branco” no qual a experiência escrebe. A sua tese central é que non existem ideias inactas na nossa mente e que, portanto, é falsa a doutrina que sustenta a existência de caracteres orixinários impressos na mente desde o primeiro momento do seu ser. No “Ensaio sobre o Entendimento Humano, Locke propón estudar as possibilidades e os limites do entendimento, para o qual assume unha perspectiva crítica da teoría do conhecimento: Se me for permitido importunar-te com a história deste Ensaio, dir-te-ei que, encontrando-nos cinco ou seis amigos num quarto, a discutir sobre um tema muito distante, nos sentimos em apuros por causa das dificuldades que surxiam. Depois de as tentarmos resolver, pensei que tinhamos enveredado por um caminho erróneo e que, antes de fazer qualquer investigaçón, era necessário examinar a nossa capacidade e ver com que obxectos a nossa mente estaba em condiçóns de tratar.
LUIS ALFONSO IGLESIAS HUELGA