
Depois da sua tese de doutoramento e do opúsculo sobre as côres, após quatro anos de intensa dedicaçón ao estudo da filosofía e à maturaçón das suas próprias ideias, Schopenhauer publicou em 1818 “O mundo como vontade e representaçón”. Apresentando o libro ao seu editor, Brockhaus, nunha carta datada a dezoito de Março de 1818, com as seguintes palabras: “A minha obra é um novo sistema filosófico; mas novo no mais xenuíno sentido da palabra. Non se trata de outra exposiçón de cousas que xá sabémos, mas unha série de pensamentos obsoluctamente coherentes, e que até agora nunca tinham visto a luz na cabeça humana”. A obra estaba escrípta com inteira clareza e o seu estilo distanciába-se grandemente da “Verborreia e da fanfarroníce” doutros filósofos da época. O seu obxectivo era desentranhar o enígma da existência. A obra resultou um fiásco editorial, xá que passou totalmente desapercebída. Non obstânte, Arthur estaba exultânte com a sua obra, e seguro de haber descoberto as chaves para entender o mundo. Na obra expunha o que era a realidade e, as causas da dor da existência e, o comportamento dos seres humanos. Incluía os fundamentos de unha teoría do conhecimento (gnoseoloxía), assim como unha metafísica da qual nascem unha estéctica e unha ética. Deus, non tinha lugar neste sistema. Schopenhauer consideráva-se um metafísico, no verdadeiro sentido da palabra. À semelhança dos antigos filósofos gregos, procurou também o “arché”, ou sexa, o princípio orixinário de todas as cousas. Muitos procuráram em causas materiais, como a água ou o fogo. Mas o pensador de Caliningrado, logrou encontrar o princípio primordial das cousas, sem sair de sí mesmo. A sua metafísica, non partía das crênças, mas sim da reflexón sensata da experiência. Afirmaba que a grande maioría dos homes prefere acreditar do que pensar. Por conseguinte, tentaba explicar o mundo a partir de dentro, descifrando o seu enigma “Na minha filosofia, existe um pensamento fundamental, que se aplica como unha chave a todos os fenómenos do mundo”. No caso de Schopenhauer, o seu ponto de vista foi o seguinte: “Quero, logo som”. Esta “Vontade”, também foi aplicáda ao mundo e aos seres na sua totalidade, querem e por isso existem. Estabeleceu este desexo inquiéto e cégo da “Vontade”, como unha fonte de dor e, com isso, fundou unha metafísica sem Deus, cuxo “arché” é unha “Vontade” irracional.
A IRMANDADE CIRCULAR