
Simónides de Ceos, é um bom exemplo de como funcionaba dentro do seu marco relixioso o espírito humanístico da lírica coral de finais do século VI e princípios do V. A sua longa vida (557-56 até 468), foi testemunha tanto do florecimento da última arte arcaica, como da turbulência e câmbios que levarom ao período clássico. Grande viaxeiro, instalado tanto nas côrtes dos tiranos como na Atenas democrática, recebeu encargos para importântes epigramas dedicatórios durante as Guerras Médicas, e foi celebrado pola sua sabiduría em negócios prácticos tanto como pola habilidade da sua arte. Simónides non tem unha influênça importante sobre a poesía de Baquílides (seu sobrinho) e sobre Píndaro, senon que também pode reivindicar o dereito a ser considerado precursor da ilustraçón sofística. Non se conserva ningúm poema completo. O fragmento mais importânte, é parte de unha oda dedicada a Escopas de Tesalia (542). Platón, cita longos passáxes do poema, como mostra de habilidade interpretativa de Protágoras. Pola natureza da referência e a nossa ignorância sobre o xénero ao qual pertênce (as possibilidades mais probábeis apontam para o encômio e a endeixa) há muitas incertidûmes. A opinión mais difundida (muito apoiáda polo novo fragmento de Oxirrinco, 541) é que Simónides está criticando a definiçón tradicional do home “bom”, “nobre” ou “com êxito” (agathós, esthlós). Essa “bondade” ou “nobreza” dependem de consecuçóns e possesóns externas (riqueza, honra, proezas em batalha), que som demasiádo inseguras para formar unha base real da excelência humana. Em seu lugar, Simónides valóra a intençón, a xustiça que benefícia a cidade, o reconhecimento da fraxilidade da vida: “Alabo e quero a todo aquel que non fai por seu gosto mal a ninguém (aischrón), mas contra a necessidade nem sequer os deuses lutam… Bastame o que non sexa demasiádo indefenso (apálamnos), o que sabe que xustiça benefícia a cidade, o sensato e sán. Non reprocharei, porque o número de nécios é infinito. Tudo o que se tenha enfrentado com o mau (tà aischrá) é nobre (kalá)”. Aos absoluctos heroicos da tradiçón aristocrática, opón Simónides unha ética tolerante, flexíbel, que tem plenamente em conta a tensón entre a probidade interna e a incertidûme da fortuna. Por esta razón o poema podería interesar a Protágoras. Píndaro também pode desafiar os valores de um mecenas, como nos seus conselhos a Hierón nas Píticas 1 e 2. Ainda assim, Píndaro identifica-se com a ética heroica, mentras Simónides adopta um vocabulário só para analizá-lo e dar-lhe um novo valor, como fai no caso de palabras como “agathós”, “kakós”, “aischrós” (“agradábel”, “mezquinho”, “vergonhoso”). O seu estilo bruscamente antitéctico expressa esta mesma tensón entre o novo e o tradicional. Podemos notar o contráste entre a formulaçón homérica de “todos os que de nós disfrutamos dos frutos da terra extensamente assentáda” e o coloquialismo quase despreocupado de “quando o encontre (ao home sem mácula), mandarei-vos notícias”.
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)