GALLEIRA (32)

Xá em grupos, ou sexa de maneira ailhada, no cûme dos montes, nos seus declíves, nas cháns, nas beiras do mar, no mais recóndito dos bosques, e o que é mais significativo, na crôa dos castros. Estes bloques com estânques naturais ou artificiais, apresentam-se, à vista do que os examina, como cousa digna de especial estudo. Na sua presença, non pode deixar-se de perguntar: ¿quê forom? ¿Teriam o destino relixioso que se lhes asigna? ¿Quê papel representarom na nossa mitoloxía? ¿Servíron xá as razas anarianas ou só fixo uso delas o celta? ¡Quem o pode afirmar!… Graças que os nossos verdadeiros antiquários, convenham em conceder-lhes um indiscutíbel destino relixioso. Para o Sr. Villaamil a pedra de Foz, non só alberga este carácter, senón que a xulga proba fehacente de que se conhecerom na Galiza os que el chama “bárbaros usos druídicos”. Para nós é assim evidente que forom sagradas, xá como altares, xá como pedras, que por qualquer motivo que fosse se lhes rendía culto; ora servíram os seus buracos ou concabidades para conter as águas do céu e por tanto milagrosas, ora se depositássem nelas as ofertas dos que acreditam. Consta a adoraçón de que forom obxecto, pensou-se que estabam adornadas de especiais virtudes, consta em fím que o pobo, como se respondesse a unha lonxana tradiçón, denomina, a muitas delas, altar, na Bretanha como em Portugal e na Galiza. ¿Por quê? A maior parte destas rochas tenhem hoxe ós olhos do rústico a sua virtude, a sua tradiçón, a sua história. Non lhe som indiferêntes. Restos da sua antiga importância relixiosa, formam parte das lendas e dos santos mais populares, das crênças do rústico, das superstiçóns adxuntas como para sempre ao corazón da multidón. Pedras milagreiras unhas e encantadas outras, xá que están unidas ao culto actual, e recordam um passado ainda non morto. Persistem nas costûmes, conservando os rasgos necessarios para testemunhar o grande uso relixioso que delas se fixo noutros tempos. Confirmam a adoraçón de que forom obxecto, a inscripçón da Torre de Hércules (Coruña); o seu destino xurídico. As pedras de abalar; a sua virtude milagrosa, as de Padrón e Viveiro, e a sua estreita unión com os tesouros, as que se encontram cobertas de signos, mais ou menos antigos e importântes.

MANUEL MURGUÍA

Deixar un comentario