
A VIDEIRA CHARDONNAY
A Chardonnay é a variedade de uva branca mais apreçada, dentro do pequeno grupo das clássicas. Os vinificadores intentaron recrear, ao menos parcialmente, o êxito que esta tivo nas suas terras orixinárias da Borgonha e da Champagne. Unha variedade muito adaptábel, que dá vinhos variádos nunha gama de lugares diferêntes. É fácil de cultivar, suporta todo o tipo de climas, desde os fríos da Champagne aos calores da Austrália do Espíro Santo. Os vinhos clássicos da chardonnay som os da Côte d’Or, de Chablis, do Mâconnais e da Champagne. Na Borgonha, a chardonnay é vinificada em solitário. Na Champagne, pola contra, é misturada frequentemente com uvas negras de “pinot noir” e de “pinot meunier”. O seu vinho branco xunta os sabores da chardonnay e do carbalho. Em xeral as barricas som usadas para a fermentaçón do vinho e também para a sua crianza. Esta uva, acostuma apresentar poderosos aromas, nos países mais cálidos. Os melhores vinhos de chardonnay acostumam a madurar bem, outros som feitos para beber rápidamente, tudo dependêndo da estratéxia do vinificador.
LUGARES EM QUE SE PODE ENCONTRAR

Ésta é, talvés a melhor referência de um chardonnay de Borgonha. Domaine de la Romanée-Conti, é somente proprietário de 0,7 ha das oito hectárias de “Le Montrachet”. da qual compraron as parcelas 31, 129 e 130 em 1963, 1965 e 1980, respectivamente. Todas as videiras se encontram no sector “Chassagne-Montrachet” do vinhedo. As uvas som vinificadas na “cuvérie” do Domaine em Vosne-Romanée por Bernard Noblet, e som engarrafadas depois de haber madurado em barrica sobre uns quinze meses. O Domaine procura recolectar o seu Montrachet tán tarde como sexa possíbel, a miúdo muito depois de que os outros productores acabaram de vindimar. O coproprietário, Aubert de Villaine, observou ao largo dos anos que as uvas de Montrachet retenhem a sua acidez, incluso se estas se deixam até muito tarde nas vinhas. A colheita tardía dá como resultado, unha opulência excepcional e unha intensidade quase monolítica, que afirma mais do productor, que do vinhedo. Mas depois de um momento na copa, começa a mostrar o carácter incríbel do vinhedo. Resulta difícil definir com palabras a duçura deste vinho. A colheita de 2000, que este autor probou fai pouco tempo, mostra um vinho quase perfeito, que persiste durante unha extraordinária lonxitude de tempo.
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Madame Lalou Bize-Leroy é a proprietária, xunto com outros accionistas, de Domaine Leroy, em Vosne-Romanée, e da firma comercial Maison Leroy, em Auxey-Duresses. Xunto com a sua irmán, é dona da mitade do Domaine de la Romanée-Conti. Por se isto fora pouco, também foi construíndo ó longo de mais de vinte anos unha empressa própria. A propriedade non é muito grande -actualmente tem menos de quatro hectárias- mas está composta por: Mazis-Chambertin, Bonnes-Mares, Criots-Bâtard-Montrachet e Chevalier-Montrachet; de este último pago, colheita dous tonéis e meio. Comprou esta parcela á firma Chartron, em Puligny-Montrachet, a inícios dos noventa. Está situada nas Demoiselles, na parede norte de Le Montrachet. O rendimento desta propriedade Leroy é muito reducído. Outros cultivadores poderíam sacar, probabelmente, um terço mais de produçón. Mas desta maneira ganha-se em concentraçón do vinho. Este 2002 tem unha força que só se vê num Montrachet. Trata-se de um vinho que alberga muito corpo, resulta seco mas muito rico, profundo, multidimensional, aristocrático e magnífico.
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Os sete “climats grand crus” de Chablis ocupan somente o três por cento da superfície total cultivada da zona. Les Clos talvés sexa o mais valorado e a miúdo o mais denso de todos, com grande riqueza e brío. Jean-Paul Droin cultiva vinte e quatro hectáreas e conquistou um nome durante a década de 1980, graças a uns vinhos concentrados e poderosos que resultarom controvertidos debido á utilizaçón de unha alta proporçón de carbalho novo, especialmente no caso dos “grands crus”. Desde começos da década de 2000, o seu filho Benoit moderou a exposiçón ao carbalho envelhecendo a mitade dos vinhos “cru” em depósitos, mentras o resto madura em quinze por cento de carbalho novo. O ano 2005 sacou um vinho excepcional e um Les Clos exemplar. Destacam o aroma a pedra, probabelmente derivado do alto conteúdo em caliza do chán, assim como riqueza e intensidade, qualidades que se reflexam no paladar. É um vinho potente e com corpo, mas bem equilibrado com unha acidez briosa que lhe outorga unha grande persistência de sabor. Como vinho xovem resulta surprehendentemente acessíbel, para ser Les Clos, e a sua estructura e equilibrio garantizam-lhe unha longa e interesante vida.
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Orixem: França, Champagne, Côte des Blancs. (Vinho espumante natural, branco seco, 12% vol. Uva: Chardonnay. O conde Audoin de Dampierre é um experto em champagne, aristócrata e algo excêntrico, cuxa conexón familiar com a sua terra remonta a mais de setecentos anos. Facendo honra ao orgulhoso lema da sua família -“Sans peur et sans reproche”- compra somênte uvas de terrenos “grand cru” e “premier cru”, e non pede disculpas polo alto preço dos seus vinhos. Entre os raros afortunados, que podem permitir-se probar estes vinhos, há embaixadores em todo o mundo, ademais de algún que outro monarca, presidente ou primeiro ministro. Mas, ainda que quarenta e dous embaixadores non se podem enganar e o “Cuvée des Ambassadeurs NV”, resulta unha boa mistura de chardonnay e pinot noir, também o conde tem muito bom gosto, e o seu “Blanc de Blancs Reserva Familiar” é sem sombra de dúvida o seu melhor vinho. Este “Blanc de Blancs” elabora-se com uvas dos “grands crus” de Avize (50%), Le Mesnil-sur-Oger (40%) e Cramant (10%). Fermentado em tanques de áço-inox, nota-se a sua ilústre orixem. O superlativo 1996 alberga unha mousse extrafina, textura sedosa e retrogosto centelheante. Leva unha etiqueta desenhada no século XIX, e unha rolha de cortíza atáda à mán com bramante.
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Parece lamentábel que este asombroso vinhedo de cinco hectáreas e meia, non poida ser classificado como “grand cru”, mas o lugar ao qual pertênce, Mareuil-sur-Aÿ, é somênte um “premier cru” (do 99%). O Clos des Goisses alza-se empinado sobre as casas de Mareuil, orientado para sul, e está prantado com pinot noir (70%) e chardonnay (30%). Este Champagne, Montagne de Reims, vinho branco seco de 13% vol., foi durante anos o grande segredo dos iniciados no champagne. Mas agora Clos des Goisses, é o nome que um solta para demonstrar as nossas credenciais de autêntico amante deste vinho espumoso. O Clos des Goisses resulta antivarietal, É quase impossíbel adivinhar os seus componentes específicos. O que impressiona deste vinho, é a robustés, a masculinidade e a sua intensa mineralidade caliza. Define o estilo do grande champagne e ao mesmo tempo, difére lixeiramente; nem tán afrutado como o Cristal nem tán salobre e com sabor a nózes como o Krug. O Clos des Goisses, pode ser o champagne mais importânte, o que combém encargar, porque xá non o vás a encontrar mais. Um vinho penetrante, capaz de despertar non só admiraçón, mas também curiosidade.
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França, Champagne. Vinho espumânte natural, branco seco, 12% vol. Uva chardonnay. A colheita de Champagne de 1990 tivo desde um princípio um potencial de grandeza. Foi um vrán muito quênte, com um récord de 2.100 horas de sol. Por sorte, as uvas non sufríron demasiádo calor, xá que a chuva chegou nos momentos adequádos; assim pois, para os cultivadores atentos, houbo um nível aceitábel de acidez. As condiçóns forom practicamente perfeitas para a elaboraçón de um sumptuoso Dom Ruinart, a “cuvée” de prestíxio, obtída exclusivamente de uvas chardonnay, da firma mais antiga da Champagne. Mas este foi um “blanc de blancs” diferênte, xá que Ruinart utilizou sempre unha importânte proporçón de chardonnay das suas aldeias natais de Montagne de Reims: Sillery y Puissieulx. Estes “crus” de Montagne dán vinhos mais ricos e redondos que os dos grandes vinhedos da Côte des Blancs. Quando se misturam hábilmente as chardonnay de Montagne e da Côte -como fixo em 1990 Jean-François Barot- obtem-se algo muito especial. Degolado em 2002, tudo vai encaixando, quando este champagne se aproxima aos seus 18 anos: a côr dourada, unha naríz sensualmente madura, mineral e unha boca âmpla e luxosa -mais rica e sedosa que a de 1996-, com gloriosa nota final de vainilha. A opulência do 1990, transforma o Dom Ruinart nunha opçón gastronómica destinada para as grandes ocasións. Acompanha muito bem o “foie gras fresco” ou algo que pode convertir-se em mais sensacional todavía -uns “tartuffi” brancos, no risotto definitivo. Bom proveito, para os que poidam!
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França, Champagne. Vinho espumânte rosado seco, 12% vol. Uvas Chardonnay (87%), Pinot Noir (13%). O Dom Ruinart Rosé de 1988, será talvés o melhor champagne rosado do mercado e desde logo desmente o mito de que o champagne rosado é um espumânte efímero que debe beber-se novo. Procede dos mesmos “grands crus” de chardonnay que o “blanc de blancs”, mas em 1988 xuntou-se-lhe um 17% de bouzy rouge. É unha colheita de champagne para entendidos: um ano clássico, equilibrado, mais firme, mais seco e menos vistoso que em 1990, mas igual de bom. De exquisito tom asalmonado com luzes cobrizas, O 1988 tem um buqué extraordinario, fresco e vexetal, com um atractivo sensual próprio de um borgonha. Com alto conteúdo de chardonnay, o paladar resulta elegante, mas com unha maravilhosa complexidade, mais associáda à pinot noir: peche os olhos e, se non fora polas borbulhas, podería estar bebendo algo fragante e com estilo de Volnay. O exotismo deste rosé bem envelhecido, mas ainda vital, fai-no bom acompanhante para um âmplo repertório de pratos, tanto clássicos como orientais: vacuno secado ó aire, prosciutto de San Daniele, lagosta com salsa de vainilha, costélas de vitéla, pato à cantonesa, queixo Epoisse… a relaçón pode ser grande. As instalaçóns de Reims, restauradas no seu estilo do século XVIII, rezumando tradiçón. As adegas calizas galorromanas (crayères) som as melhores da cidade e forom declaradas monumento nacional. Estas adegas som o escenário do Trophée Ruinart, unha competiçón internacional para elexir ao melhor “sumiller” da Europa.
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França, Champagne. Vinho espumânte natural, branco seco, 12% vol. Uvas Pinot Noir (55%), Chardonnay (30%), Pinot Meunier (15%). Este vinho é simplesmente um dos melhores Champagne sem anhada. Os seus preceitos e composiçón resultan do histórico legado do difunto Daniel Thibault, o mêstre adegueiro de Heidsieck e, para muitos comentaristas, o melhor misturador de champagne do seu tempo. ¿Por qué unha mistura “NV” específica um ano na sua etiqueta? Daniel acreditaba que os entendidos em champagne, tinham que estar debidamente informados da idade da mistura, com o fím de xulgar a sua madurés. A expresón “Mis en Cave” significa na realidade (data de engarrafamento), e o vinho base é engarrafado sempre na primavéra seguinte à colheita, de maneira que “1997” indica que o vinho base é da grande colheita de 1996. Nunha cata vertical de cinco “Mis en Cave” realizada em 2007, este vinho quedou primeiro. A côr verde dourado suxería a asombrosa estructura do champagne, confirmada polo vigorosamente fresco buqué, com aromas de acidez rochosa. Em boca era xeneroso, redondo e carnoso, com deliciosos sabores a pera e damâsco, e o retrogosto, duradouro. Com a sua textura cruxente e mastigábel, quase se podía comer, com o acompanhamento de um frango assado de Bresse.
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Este vinho de Pol Roger é um champagne absoluctamente delicioso, com clásse e ridículamente infravalorado… ainda que sexa um fenómeno paradoxal. Dado que os champagne Pol Roger som famosos pola sua lonxevidade, e que a chardonnay é a uva de mais longa vida da Champagne, o razoábel sería esperar que um Pol Roger de pura chardonnay conseguíra o seu maior potencial de envelhecimento. Mas, non obstânte, este resulta muito curto. Todas as colheitas desta “cuvée” som tán sumptuosas e cremosas quando som postas no mercado, que non tem muito sentido madurá-las. Também, se desarrolham bem em adega, e se quere um Pol Roger com unha duraçón garantizada de cinquenta anos ou mais, compre Pol Roger Vintage. Mas, se o que quer, é um impacto instantâneo e fascinante, abra unha garrafa de “blanc de blancs”. O 1998, foi unha das melhores colheitas desta “cuvée”, mas a de 1999 (do primeiro ano de Dominique Petit, ex chefe de adega de Krug) dá-lhe pola barba, se temos em conta que 1998 foi unha melhor colheita.
LÉRIA CULTURAL