PLUTÓN E A CINTURA DE KUIPER (16)

O director do observatório de Lowell decidíu retomar a pesquisa, contratando para tal um xovem do Kansas chamado Clyde Tombaugh. O xovem non tinha formaçón como astrónomo, mas era trabalhador e arguto. Passado um ano de observaçón paciente, conseguíu encontrar Plutón, um ténue ponto de luz, num firmamento cintilante. Foi unha descoberta miraculosa, mas o mais impressionante é que as observaçóns em que Lowell se tinha baseado para prever a existência de um planeta para além de Neptuno, eram quase todas erróneas. Tombaugh percebeu imediatamente que o novo planeta non era de forma algunha semelhante à maciça bola de gás que Lowell tinha postulado, mas quaisquer reservas que ele ou qualquer outra pessoa tenha tído quanto à natureza do planeta, forom imediatamente postas de lado, dissolvidas no delírio que envolvia logo qualquer notícia espectacular naquela época de entussiasmos fáceis. Este era o primeiro planeta descoberto por americanos, e ninguém estaba disposto a deixar que a atençón fosse desviáda para o facto de ser apenas um xeládo e distante pontinho no universo. O nome de Plutón, foi em parte atribuído polas duas primeiras letras corresponderem às iniciais de Percival Lowell. Este foi posteriormente aclamado em todas as partes, como um xénio de primeira água, enquanto Tombaugh foi rapidamente esquecido por quase todos, à excepçón dos astrónomos planetários, que tendem a reconhecer o seu mérito. Alguns astrónomos continuam a pensar que talvez exista um “planeta X” algures no universo -unha cousa grandiosa, possibelmente dez vezes maior do que Júpiter, mas situado tán lonxe que sexa invisíbel para nós. (Caso em que recebería tán pouca luz solar, que quase nenhuma lhe restaría para reflectir.) Pensa-se que talvez non sexa um planeta convencional como Xúpiter ou Saturno -estaría lonxe de mais para tal, a qualquer cousa como sete bilións de quilómetros- mas mais como um sol que non chegou a vingar. A maioría dos sistemas solares no cosmos som binários (tenhem dous soles), o que faz do nosso único sol unha raridade relativa. Ninguém tem bem a certeza de que tamanho será Plutón, de que estará feito, que tipo de atmósfera tem, ou mesmo, de que tipo de astro se trata. Muitos astrónomos acreditam que nem sequer é um planeta, mas apenas o maior obxecto xamais encontrado nunha zona de detríctos galácticos conhecida como “cintura de Kuiper”. Apesar de a cintura ter sído teorizada por F. C. Leonard, em 1930, o nome foi dado na honra de Gerard Kuiper, cidadán holandés que trabalhou na América e desenvolveu a ideia. A “Cintura de Kuiper” é a fonte do que se costuma designar por cometas de periodicidade curta -os que reaparecem com bastante regularidade- , dos quais o mais famoso exemplo é o cometa “Halley”. Os cometas de periodicidade longa, mais ariscos (entre os quais os que nos visitarom recentemente, como o “Hale-Bopp” e o “Hyakutake”), venhem da nuvem “Oort”, muito mais distante.

BILL BRYSON

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