
Segundo o Antigo Testamento, Deus fixo a Adán e a Eva, tán só seis días depois da criaçón. O bispo Ussher, primado de toda a Irlanda desde 1625 até 1656, situou a orixe do mundo com maior precisón todavía, às nove da manhám do 27 de Outubro do ano 4004 a. C. Na actualidade adoptamos um ponto de vista diferênte, a saber, que os humanos som unha criaçón recente mas o universo começou muito antes, fai uns treze mil setecentos millóns de anos. A primeira evidência científica actual de que o universo teve um inicio, procede da década de 1920. Tal como afirmamos no capítulo terceiro, nessa época a maioria dos científicos, acreditava num universo estáctico que tinha existido sempre. A evidência do contrario era indirecta, apoiada nas observaçóns que Edwin Hubble tinha realizado com o telescópio de cem pulgadas do observatório de Monte Wilson, nas colinas de Pasadena, na California. Analizando o espectro da luz que emitían as galáxias, Hubble determinou que prácticamente todas elas se estában alonxando de nós, e que quanto mais lonxe están, com maior velocidade se afastam. Em 1929, publicou unha lei que relacionaba a taxa de alonxamento das galáxias com a sua distância de nós e chegou à conclusón que o universo se estába expandindo. Se efectivamente fora assím, o universo debería de ter sído mais pequeno num passado. De feito, se extrapolamos o passado lonxáno, toda a matéria e a enerxía do universo teríam estádo concentradas nunha rexión minúscula de temperatura e densidade inimaxinábeis e, se retrocedemos o suficiênte, debería haber habido um instânte em que tudo começou, o sucéso que conhecemos actualmente como “Big Bang” ou grande explosón primordial. A ideia de que o universo se está expandindo implica diversas subtilezas. Por exemplo, non queremos afirmar que se esté expandíndo da maneira em que, por exemplo, expandiríamos unha casa, empuxando as paredes para fora e situando unha nova sala de baño onde antes houbo um maxestuoso carbalho. Mas que “extender-se” o proprio espaço, o que está crescendo é a distância entre dous pontos qualquera “dentro” do universo. Esta ideia emerxéu na década de 1930, rodeada de controvérsias, e unha das melhores maneiras de visualizá-la segue sendo todavía unha metáfora proposta em 1931 polo astrónomo da Universidade de Cambridge, Arthur Eddington. Eddington visualizou o universo como a superfície de um “globo” que se está expandíndo e as galáxias como pontos sobre a dita superfície. Essa imaxem ilustra claramente por qué as galáxias lonxanas se separam más rápidamente que as mais próximas. Por exemplo, se o rádio do “globo” se duplicara cada hora, a distância entre duas galáxias qualquera sobre o “globo” se duplicaría a cada hora. Se num certo instânte duas galáxias estivéram separadas um centímetro, unha hora depois estaríam separadas dous centímetros e pareceriam que se están separando a unha da outra com um rítmo de um centímetro por hora. Mas se inicialmente tivéram estado separadas dous centímetros, unha hora depois estaríam separadas quatro centímetros e parecería que se están separando entre sí a um rítmo de dous centímetros por hora. Isto é precisamente o que Hubble descubríu: quanto mais lonxe se encontra unha galáxia, mais velozmente se alonxa de nós.
STEPHEN HAWKING E LEONARD MLODINOW